Autor: Karen Marie Moning
Género: Romance histórico
Editora: Dell | Nº de páginas: 366
Nota: 3/5
Resumo (da capa): Only her love could gentle his savage soul…
A WOMAN'S TENDER TOUCH
He was born to a clan of warriors of supernatural strength, but Gavrael McIllioch abandoned his name and his Highland castle, determined to escape the dark fate of his ancestors. Hiding his identity from the relentless rival clan that hunted him, he called himself Grimm to protect the people he cared for, vowing never to acknowledge his love for ravishing Jillian St. Clair. Yet even from afar he watched over her, and when her father sent an urgent summons, "Come for Jillian" he raced to her side—into a competition to win her hand in marriage.
A WARRIOR'S STEELY HEART
Why had he run from her so many years before? And why return now to see her offered as a prize in her father's manipulative game? Furious, Jillian vowed never to wed. But Grimm was the man she loved, the one who urged her to marry another. He tried to pretend indifference as she tempted him, but he could not deny the fierce desires that compelled him to abduct her from the altar. She was the only woman who could tame the beast that raged within him—even as deadly enemies plotted to destroy them both...
Opinião: Tendo ficado decepcionada com o anterior livro, não tinha expectativas tão altas para este volume, onde seguimos Grimm, que conhecemos em Beyond the Highland Mist, amigo de Hawk e que no final do dito livro fica de pé atrás com o desejo que Adrienne fez por ele a uma estrela cadente. Ficamos a conhecer então as origens de Grimm e se o desejo de Adrienne se veio a realizar.
A história está mais bem conseguida que a do livro anterior e as personagens, apesar de ainda bastante básicas, são mais agradáveis. Grimm, ao contrário de Hawk e de muitas outras personagens neste livro, tem uma verdadeira guerra interior, se bem que não deixa de ter atitudes menos conseguidas, enquanto que Jillian consegue ser menos infantil e detestável que Adrienne. Ainda assim, a embirração de ambas as personagens, até meio do livro, cansa e faz revirar muitas vezes os olhos. Já a segunda metade, mais uma vez a partir do momento em que percebem que não podem estar separados, fica bem mais interessante e emotiva, com bastante mais acção e o que se quer de um romance histórico, ou pelo menos eu quero.
Mais uma vez, a autora não peca por escrever mal, pelo contrário eu acho que ela escreve bastante bem, mas por não desenvolver mais as suas personagens, que parecem cingir-se a querer apenas darem asas à sua luxúria. Não é que não goste mas cansa a partir de determinada altura. É preciso algo mais para manter o leitor agarrado à história e preocupar-se com o que está a acontecer. Neste livro, felizmente, isso foi mais bem conseguido mas não chega para convencer.
27 de dezembro de 2008
26 de dezembro de 2008
Prendinhas de Natal
Devo de dizer que estou surpreendida. Entre chocolates e cachecóis esperava encontrar também meias e pijamas (sim, eu gosto de receber meias e pijamas, quentinhos, fofinhos e de preferência com vaquinhas ou renas) mas tal não aconteceu. :( Entre os chocolates e os cachecóis recebi também livros! O que é de pasmar pois não tinha pedido livros. Ok, tinha pedido um livro em especial mas esse não recebi... :( Recebi então:
- A Verdadeira Treta de Eduardo Madeira e Filipe Homem Fonseca - Não sou grande fã da dupla Toni e Zezé, mas não deixam de ter alguma piada falarem dos temas que preocupam, vá lá, a sociedade portuguesa. Na verdade, conheço alguns Toni's e Zezé's e é engraçado ver tais pessoas retratadas. Já estive a ler alguns diálogos, porque é de diálogos que o livro é composto, e são realmente pérolas que se pode ouvir por aí, em qualquer café ou restaurante.
- Mentiras e Traições de Nora Roberts - Tinha alguma curiosidade em ler esta autora, mas andava mais de olho nas edições Chá das Cinco (uma chancela da Saída de Emergência), mas pode ser um bom livro para apreciar o estilo da autora. É um daqueles livros que há tempos atrás teria receio de ser vista a ler ("romances? não, isso não é para mim, gosto de literatura a sério" seria algo que eu diria, mas uma moça pode mudar de opinião...) mas agora quero lá saber qual é o género, desde que a história seja bem contada.
- Equador Ilustrado de Miguel Sousa Tavares - Não é propriamente um livro que eu escolheria, não sou grande fã do autor, mas contava adquirir o DVD caso a série fosse editada (por motivos vários não a posso seguir no horário em que estreou, mas sendo uma série de época, ainda por cima portuguesa, a curiosidade é grande para alguém como eu). Mas esta edição é magnífica, apesar do tamanho. Parece uma monografia em vez de um livro, mas que se há-de fazer? O interior é belo! (Num aspecto gráfico é claro, pois ainda não li a história.) Os postais que ilustram o livro são de época, magnificos como tudo o que é antigo, e parece-me que ajudam o leitor a imaginar os locais onde a história se desenrola. Mal posso esperar para o ler.
Não me posso queixar que o Pai Natal tenha sido mau...
- A Verdadeira Treta de Eduardo Madeira e Filipe Homem Fonseca - Não sou grande fã da dupla Toni e Zezé, mas não deixam de ter alguma piada falarem dos temas que preocupam, vá lá, a sociedade portuguesa. Na verdade, conheço alguns Toni's e Zezé's e é engraçado ver tais pessoas retratadas. Já estive a ler alguns diálogos, porque é de diálogos que o livro é composto, e são realmente pérolas que se pode ouvir por aí, em qualquer café ou restaurante.
- Mentiras e Traições de Nora Roberts - Tinha alguma curiosidade em ler esta autora, mas andava mais de olho nas edições Chá das Cinco (uma chancela da Saída de Emergência), mas pode ser um bom livro para apreciar o estilo da autora. É um daqueles livros que há tempos atrás teria receio de ser vista a ler ("romances? não, isso não é para mim, gosto de literatura a sério" seria algo que eu diria, mas uma moça pode mudar de opinião...) mas agora quero lá saber qual é o género, desde que a história seja bem contada.
- Equador Ilustrado de Miguel Sousa Tavares - Não é propriamente um livro que eu escolheria, não sou grande fã do autor, mas contava adquirir o DVD caso a série fosse editada (por motivos vários não a posso seguir no horário em que estreou, mas sendo uma série de época, ainda por cima portuguesa, a curiosidade é grande para alguém como eu). Mas esta edição é magnífica, apesar do tamanho. Parece uma monografia em vez de um livro, mas que se há-de fazer? O interior é belo! (Num aspecto gráfico é claro, pois ainda não li a história.) Os postais que ilustram o livro são de época, magnificos como tudo o que é antigo, e parece-me que ajudam o leitor a imaginar os locais onde a história se desenrola. Mal posso esperar para o ler.
Não me posso queixar que o Pai Natal tenha sido mau...
22 de dezembro de 2008
Feliz Natal!
21 de dezembro de 2008
Beyond the Highland Mist (The Highlander Series, Livro 1)
Autor: Karen Marie Moning
Género: Romance histórico
Editora: Dell | Nº de páginas: 375
Nota: 2/5
Resumo (da capa): He would sell his warrior soul to possess her....
AN ALLURING LAIRD
He was known throughout the kingdom as Hawk, legendary predator of the battlefield and the boudoir. No woman could refuse his touch, but no woman ever stirred his heart—until a vengeful fairy tumbled Adrienne de Simone out of modern-day Seattle and into medieval Scotland. Captive in a century not her own, entirely too bold, too outspoken, she was an irresistible challenge to the sixteenth-century rogue. Coerced into a marriage with Hawk, Adrienne vowed to keep him at arm’s length—but his sweet seduction played havoc with her resolve.
A PRISONER IN TIME
She had a perfect “no” on her perfect lips for the notorious laird, but Hawk swore she would whisper his name with desire, begging for the passion he longed to ignite within her. Not even the barriers of time and space would keep him from winning her love. Despite her uncertainty about following the promptings of her own passionate heart, Adrienne’s reservations were no match for Hawk’s determination to keep her by his side....
Opinião: Já sabia que este livro não estaria ao nível de Os Leões de Al-Rassan, poucos estarão ao nível dele, nem eu pedia que estivesse, mas mesmo assim esperava mais deste livro.
Seguimos a história de Hawk, um belo exemplar de homem e cuja virilidade é apregoada por todas as mulheres que se deitaram com ele, inclusive a rainha dos Tuatha Dé Danann, sem no entanto amar alguma. Após a rainha declamar os seus feitos, Hawk torna-se o alvo da vingança de um dos amantes da rainha. É assim que Adrienne, que devido ao seu passado odeia todos os homens bonitos, se vê atirada do séc. XX para o séc. XVI e um peão na vingança contra Hawk.
As duas primeiras partes do livro consistem então em Hawk e Adam Black tentarem levar Adrienne para a cama. A sério… gostava de estar a brincar mas é praticamente a isto que se pode resumir as duas primeiras partes do livro. É claro que aqui e ali vão sendo atiradas algumas intrigas, mas é basicamente dois homens a prometerem levarem-na ao céu (ou a Valhala) se ela escolher ter sexo com um deles. Adam Black até é uma personagem interessante, mas Hawk e Adrienne, as duas personagens principais, são simplesmente enfadonhas. Ele passa quase todo o tempo a questionar-se porque é que ela não gosta dele, já que é tão viril e belo, e ela passa o tempo a lamentar-se como foi traída por um homem bonito e a negar os avanços de Hawk por ele ser tão bonito. Profundidade de carácter? Pouca ou quase nehuma.
Felizmente a terceira parte compensa um pouco, a história torna-se mais interessante com a separação deles após perceberem que se amam mutuamente. Mas mesmo assim fica muito aquém de Outlander, por exemplo, em que também uma viagem no tempo leva os protagonistas a conhecerem-se e apaixonarem-se. Aí temos personagens com profundidade, que estranham o mundo para que foram trazidas, que se interrogam o porquê de tal acontecer, o que acontece parcamente neste livro.
O que vale é que a autora até não escreve mal, as cenas de sexo são bastante quentes, mas podia desenvolver muito mais as personagens e a história, de modo a fazer-nos sentir algo pelas personagens e desejarmos que eles fiquem juntos, desde o início e não deixar isso para o fim. Estive mesmo para deixar este livro a meio devido à pouca empatia que sentia pelas personagens.
Género: Romance histórico
Editora: Dell | Nº de páginas: 375
Nota: 2/5
Resumo (da capa): He would sell his warrior soul to possess her....
AN ALLURING LAIRD
He was known throughout the kingdom as Hawk, legendary predator of the battlefield and the boudoir. No woman could refuse his touch, but no woman ever stirred his heart—until a vengeful fairy tumbled Adrienne de Simone out of modern-day Seattle and into medieval Scotland. Captive in a century not her own, entirely too bold, too outspoken, she was an irresistible challenge to the sixteenth-century rogue. Coerced into a marriage with Hawk, Adrienne vowed to keep him at arm’s length—but his sweet seduction played havoc with her resolve.
A PRISONER IN TIME
She had a perfect “no” on her perfect lips for the notorious laird, but Hawk swore she would whisper his name with desire, begging for the passion he longed to ignite within her. Not even the barriers of time and space would keep him from winning her love. Despite her uncertainty about following the promptings of her own passionate heart, Adrienne’s reservations were no match for Hawk’s determination to keep her by his side....
Opinião: Já sabia que este livro não estaria ao nível de Os Leões de Al-Rassan, poucos estarão ao nível dele, nem eu pedia que estivesse, mas mesmo assim esperava mais deste livro.
Seguimos a história de Hawk, um belo exemplar de homem e cuja virilidade é apregoada por todas as mulheres que se deitaram com ele, inclusive a rainha dos Tuatha Dé Danann, sem no entanto amar alguma. Após a rainha declamar os seus feitos, Hawk torna-se o alvo da vingança de um dos amantes da rainha. É assim que Adrienne, que devido ao seu passado odeia todos os homens bonitos, se vê atirada do séc. XX para o séc. XVI e um peão na vingança contra Hawk.
As duas primeiras partes do livro consistem então em Hawk e Adam Black tentarem levar Adrienne para a cama. A sério… gostava de estar a brincar mas é praticamente a isto que se pode resumir as duas primeiras partes do livro. É claro que aqui e ali vão sendo atiradas algumas intrigas, mas é basicamente dois homens a prometerem levarem-na ao céu (ou a Valhala) se ela escolher ter sexo com um deles. Adam Black até é uma personagem interessante, mas Hawk e Adrienne, as duas personagens principais, são simplesmente enfadonhas. Ele passa quase todo o tempo a questionar-se porque é que ela não gosta dele, já que é tão viril e belo, e ela passa o tempo a lamentar-se como foi traída por um homem bonito e a negar os avanços de Hawk por ele ser tão bonito. Profundidade de carácter? Pouca ou quase nehuma.
Felizmente a terceira parte compensa um pouco, a história torna-se mais interessante com a separação deles após perceberem que se amam mutuamente. Mas mesmo assim fica muito aquém de Outlander, por exemplo, em que também uma viagem no tempo leva os protagonistas a conhecerem-se e apaixonarem-se. Aí temos personagens com profundidade, que estranham o mundo para que foram trazidas, que se interrogam o porquê de tal acontecer, o que acontece parcamente neste livro.
O que vale é que a autora até não escreve mal, as cenas de sexo são bastante quentes, mas podia desenvolver muito mais as personagens e a história, de modo a fazer-nos sentir algo pelas personagens e desejarmos que eles fiquem juntos, desde o início e não deixar isso para o fim. Estive mesmo para deixar este livro a meio devido à pouca empatia que sentia pelas personagens.
18 de dezembro de 2008
Aquisições (XII)
16 de dezembro de 2008
Os Leões de Al-Rassan
Autor: Guy Gavriel Kay
Género: Fantasia histórica
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: 547
Nota: 5/5
Resumo (da capa): Inspirado na História da Península Ibérica, Os Leões de Al-Rassan é uma épica e comovente história sobre amor, lealdades divididas e aquilo que acontece aos homens e mulheres quando crenças apaixonadas conspiram para refazer – ou destruir – o mundo.
Lar de três culturas muito diferentes, Al-Rassan é uma terra de beleza sedutora e história violenta. A paz entre Jaddites, Asharites e Kindath é precária e frágil, mas é precisamente a sombra que separa os povos que acaba por unir três personagens extraordinárias: o orgulhoso Ammar ibn Khairan – poeta, diplomata e soldado, o corajoso Rodrigo Belmonte – famoso líder militar, e a bela e sensual Jehane bet Ishak – física brilhante. Três figuras cuja vida se irá cruzar devido a uma série de eventos marcantes que levam Al-Rassan ao limiar da guerra.
Opinião: Devo afirmar que não conhecia o autor e só tomei conhecimento deste livro através de uma bastante favorável crítica escrita pela Canochinha, do blog Estante de Livros, ao mesmo. Mas ainda bem que lhe peguei, é mais um para juntar à lista dos melhores livros que li em 2008.
Nota-se claramente a influência da história da Península Ibérica neste livro, aquando da ocupação muçulmana do Sul (o denominado Al-Andalus), enquanto que a Norte se encontravam os reinos cristãos. A acção apesar de se passar num outro mundo, daí o elemento fantástico, se bem que muito parecido ao nosso com apenas a diferença de possuir duas luas, parece retratar o período de taifas, surgidas após a desagregação de dinastias unificadoras do Al-Andalus (o primeiro período de taifas surgiu após a desagregação do califado de Córdova) e que vieram a ser depois agregadas sobre os Almorávidas e posteriormente os Almoádas, dinastias do Norte de África de carácter fundamentalista, para quem os reinos taifas se viravam quando se viam em perigo de serem conquistados pelos reinos cristãos do Norte.
Neste livro temos então três povos diferentes, os jaditas do Norte (alusivo aos cristãos), os asharitas a Sul (correspondendo aos muçulmanos) e os kindates (correspondentes aos judeus que, na Península Ibérica fosse sob muçulmanos ou sobre o poder cristão, viviam em bairros, as chamadas judiarias, separados da maior parte da população que seguia a religião do poder central, tinham de pagar pesados impostos, e mesmo assim não se livravam de cair sobre eles a culpa por tudo o que acontecia de mal, daí existir períodos de conversões forçadas), que foram conseguindo coexistir em conjunto, apesar da grande tensão existente entre os mesmos. Seguimos três personagens, cada um deles sendo um representante destes povos, e que apesar de tudo conseguem ser amigos num claro exemplo de tolerância quando se luta por um objectivo comum. É esta a mensagem do livro.
Gostei muito da forma como o autor nos conta a história. Ao contrário do que costuma me acontecer, conforme vou lendo vejo a acção passar-se à minha volta (em relatos na terceira pessoa) ou sendo eu parte integrante nessa acção (em relatos na primeira pessoa), aqui era como se me tivessem a contar a história, como se a estivessem a declamar segundo uma tradição oral. O “Orador” faz um trabalho fenomenal, escondendo algumas partes da história e levantando umas pontas sem desvendar tudo, agarrando-nos da primeira à última página, fazendo-nos emocionar em determinadas partes de tanto que nos envolve na história. As personagens estão muito bem construídas, com defeitos e feitios como qualquer pessoa, e enquanto vamos seguindo as suas histórias, não podemos deixar de nos deixar ligar a elas e de as considerar como nossas conhecidas ou mesmo amigas.
Guy Gavriel Kay faz um trabalho excepcional neste livro. Não é só um autor, ele é um contador de histórias e estou ansiosa por conhecer as outras histórias que tem para contar.
Género: Fantasia histórica
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: 547
Nota: 5/5
Resumo (da capa): Inspirado na História da Península Ibérica, Os Leões de Al-Rassan é uma épica e comovente história sobre amor, lealdades divididas e aquilo que acontece aos homens e mulheres quando crenças apaixonadas conspiram para refazer – ou destruir – o mundo.
Lar de três culturas muito diferentes, Al-Rassan é uma terra de beleza sedutora e história violenta. A paz entre Jaddites, Asharites e Kindath é precária e frágil, mas é precisamente a sombra que separa os povos que acaba por unir três personagens extraordinárias: o orgulhoso Ammar ibn Khairan – poeta, diplomata e soldado, o corajoso Rodrigo Belmonte – famoso líder militar, e a bela e sensual Jehane bet Ishak – física brilhante. Três figuras cuja vida se irá cruzar devido a uma série de eventos marcantes que levam Al-Rassan ao limiar da guerra.
Opinião: Devo afirmar que não conhecia o autor e só tomei conhecimento deste livro através de uma bastante favorável crítica escrita pela Canochinha, do blog Estante de Livros, ao mesmo. Mas ainda bem que lhe peguei, é mais um para juntar à lista dos melhores livros que li em 2008.
Nota-se claramente a influência da história da Península Ibérica neste livro, aquando da ocupação muçulmana do Sul (o denominado Al-Andalus), enquanto que a Norte se encontravam os reinos cristãos. A acção apesar de se passar num outro mundo, daí o elemento fantástico, se bem que muito parecido ao nosso com apenas a diferença de possuir duas luas, parece retratar o período de taifas, surgidas após a desagregação de dinastias unificadoras do Al-Andalus (o primeiro período de taifas surgiu após a desagregação do califado de Córdova) e que vieram a ser depois agregadas sobre os Almorávidas e posteriormente os Almoádas, dinastias do Norte de África de carácter fundamentalista, para quem os reinos taifas se viravam quando se viam em perigo de serem conquistados pelos reinos cristãos do Norte.
Neste livro temos então três povos diferentes, os jaditas do Norte (alusivo aos cristãos), os asharitas a Sul (correspondendo aos muçulmanos) e os kindates (correspondentes aos judeus que, na Península Ibérica fosse sob muçulmanos ou sobre o poder cristão, viviam em bairros, as chamadas judiarias, separados da maior parte da população que seguia a religião do poder central, tinham de pagar pesados impostos, e mesmo assim não se livravam de cair sobre eles a culpa por tudo o que acontecia de mal, daí existir períodos de conversões forçadas), que foram conseguindo coexistir em conjunto, apesar da grande tensão existente entre os mesmos. Seguimos três personagens, cada um deles sendo um representante destes povos, e que apesar de tudo conseguem ser amigos num claro exemplo de tolerância quando se luta por um objectivo comum. É esta a mensagem do livro.
«Acho que» murmurou Husari, «se tal pessoa existisse – e se conseguíssemos encontrar uma em Ragosa esta semana –, poderia muito bem dizer que nós representamos o que de melhor esta Península tem para oferecer. O valente Alvar e a minha pobre pessoa, tal como nos encontramos humildemente à sua frente, somos a prova de que esses homens oriundos de mundos diferentes podem combinar e unificar esses mesmos mundos. De que podemos pegar nas coisas mais requintadas de cada um deles, para formar um novo todo, brilhante e imperecível.»
Gostei muito da forma como o autor nos conta a história. Ao contrário do que costuma me acontecer, conforme vou lendo vejo a acção passar-se à minha volta (em relatos na terceira pessoa) ou sendo eu parte integrante nessa acção (em relatos na primeira pessoa), aqui era como se me tivessem a contar a história, como se a estivessem a declamar segundo uma tradição oral. O “Orador” faz um trabalho fenomenal, escondendo algumas partes da história e levantando umas pontas sem desvendar tudo, agarrando-nos da primeira à última página, fazendo-nos emocionar em determinadas partes de tanto que nos envolve na história. As personagens estão muito bem construídas, com defeitos e feitios como qualquer pessoa, e enquanto vamos seguindo as suas histórias, não podemos deixar de nos deixar ligar a elas e de as considerar como nossas conhecidas ou mesmo amigas.
Guy Gavriel Kay faz um trabalho excepcional neste livro. Não é só um autor, ele é um contador de histórias e estou ansiosa por conhecer as outras histórias que tem para contar.
12 de dezembro de 2008
50 Book Challenge
Prometo que este é o último desafio. Ler 50 livros ou, em opção, 15.000 páginas, já que alguns livros que espero ler têm um tamanho considerável. Isto dá uma média de 1 livro ou 300 páginas por semana. Confesso que é difícil, leio devagar e nem sempre tenho disposição para ler, mas mesmo assim quero tentar.
Podem seguir a lista no post dos livros lidos em 2009.
Edit: Atingi as 15.000 páginas ao ler Aristotle Detective. :)
2009 Audiobook Challenge
E porque gosto de audio-livros, também resolvi entrar neste desafio cujo objectivo é, mais uma vez, ouvir 12 audio-livros durante o ano de 2009. A minha média costuma ser 6, pelo que se ouvir mais um que seja fico muito contente. :)
1. Harry Potter and the Philosopher's Stone (Book 1) por J.K. Rowling, lido por Stephen Fry (ouvido)2. Harry Potter and the Chamber of Secrets (Book 2) por J.K. Rowling, lido por Stephen Fry (ouvido)3. Harry Potter and the Prisoner of Azkaban (Book 3) por J.K. Rowling, lido por Stephen Fry (ouvido)
4. Harry Potter and the Goblet of Fire (Book 4) por J.K. Rowling, lido por Stephen Fry (ouvido)
5. Harry Potter and the Order of the Phoenix (Book 5) por J.K. Rowling, lido por Stephen Fry (ouvido)
6. Harry Potter and the Half-Blood Prince (Book 6) por J.K. Rowling, lido por Stephen Fry (ouvido)
7. Harry Potter and the Deatly Hallows (Book 7) por J.K. Rowling, lido por Stephen Fry (ouvido)
8. The Lion, The Witch And The Wardrobe por C.S. Lewis, lido por Maurice Denham & Cast (BBC Radio Collection: Chronicles of Narnia) (ouvido)
9. Prince Caspian por C.S. Lewis, lido por Maurice Denham & Cast (BBC Radio Collection: Chronicles of Narnia) (ouvido)
10. The Voyage of the Dawn Treader por C.S. Lewis, lido por Maurice Denham & Cast (BBC Radio Collection: Chronicles of Narnia) (ouvido)
11. The Silver Chair por C.S. Lewis, lido por Maurice Denham & Cast (BBC Radio Collection: Chronicles of Narnia) (ouvido)
12. The Horse and His Boy por por C.S. Lewis, lido por Maurice Denham & Cast (BBC Radio Collection: Chronicles of Narnia) (ouvido)
2009 Suspense & Thriller Reading Challenge
Gosto de mistérios e thrillers pelo que resolvi aderir a mais este desafio (e adianto desde já que não me fico por aqui).
O objectivo é deste desafio é ler 12 livros, durante o ano de 2009, de diferentes sub-géneros desta temática. Podem ver a lista aqui. Ainda não tenho uma lista definida mas conto ler os seguintes sub-géneros:
Action thrillers -
Amateur Detective mystery - Perguntem a Evans de Agatha Christie (*) (lido)
Conspiracy thriller -
Cozy mystery -
Drama thriller - O Terceiro Passo de Christopher Priest (lido)
Disaster thriller - Pompeii de Robert Harris (lido)
Inverted mystery - Lolita de Vladimir Nabokov (lido)
Historical Thriller - Nefertiti de Nick Drake (lido)
Legal thrillers - Aristotle Detective de Margaret Doody (**) (lido)
Murder Mystery - Silent in the Grave de Deanna Raybourn (lido)
Religious thrillers - O Labirinto da Rosa de Titania Hardie (lido)
Techno-thrillers - Tom Clancy's Op-Center: Mirror Image de Tom Clancy, Steve Pieczenik e Jeff Rovin (lido)
(*) considerado apesar de integrado num livro com dois volumes da autora.
(**) considerado já que parte da acção se passa numa instituição da Grécia Antiga semelhante a um tribunal. :P
8 de dezembro de 2008
Poison Study (Study Trilogy, Livro 1)
Autor: Maria V. Snyder
Género: Fantasia
Editora: Mira | Nº de páginas: 409
Nota: 5/5
Resumo (da capa): CHOOSE: A QUICK DEATH OR SLOW POISON…
On the eve of her execution for murder, Yelena is reprieved, but her relief is short-lived. She is to be the Commander of Ixia’s food taster. Can Yelena learn all she needs to know about poisons before an assassin succeeds?
Her troubles have only just begun, however… Valek, her captor, has a uniquely cruel method to stop her escaping; General Brazell, father of the man she killed, still wants her dead; and someone is plotting against the Commander.
Resourceful and wily, Yelena gains friends, survival skills – and more than a few enemies. In a desperate race against time, the Commander’s life, the future of Ixia and the secrets of her own past will be in her hands…
Opinião: Tenho de dizer que as capas por vezes influenciam a minha escolha. Este foi um desses casos. Achei a capa bonita e depois li uma crítica favorável. Pouco mais me levou a comprar o livro. E ainda bem que o fiz!
Eu não compro livros em inglês para ficar com eles, porque cá em casa sou a única que lê (ficção entenda-se) nessa língua, mas para depois trocá-los no BookMooch. Este livro vai constituir por isso uma excepção. É simplesmente fantástico, pelo menos para quem gosta deste género, e achei algo inovador. Eu gosto de fantasia embora ainda não tenha lido muitos livros deste género. A maior parte da fantasia que leio, ou seja Tolkien e George R.R. Martin, parecem transportar-nos para uma época medieval o que não acontece com este livro. Associei-o mais a épocas modernas, industrializadas. Devido ao carácter autoritário e militar, associei-o mais à Alemanha de Bismark apesar de não saber muito sobre este período histórico. Mas passando ao enredo…
O livro conta a história de Yelena a quem, condenada à morte por ter assassinado o filho do General que a acolheu como orfã, é dada mais uma oportunidade de viver. A proposta feita por Valek, braço direito do Comandante (que governa todo o território de Ixia), tem como é óbvio um senão já que consiste em ela aceitar ser a provadora de comida do Comandante, sendo a sua função detectar venenos nos alimentos. Ou seja, apesar da segunda oportunidade, a sua vida continua ameaçada. Seguimos então Yelena no seu treino como provadora, enquanto vai fazendo amigos, evitando inimigos, revelando intrigas e descobrindo-se a si própria.
O mundo encontra-se pouco desenvolvido, vamos conhecendo um pouco de cada vez, quando é necessário para entender o que se passa à nossa volta. O ponto forte é sem dúvida as personagens. Há semelhança de Outlander, vemos relações de amizade nascerem e desenvolverem-se de forma consistente, levando mesmo ao romance. A personagem principal é forte, tendo também as suas fraquezas e os seus fantasmas. Gostei como a autora vai lançando, ao longo do livro, pistas sobre o passado e os poderes de Yelena, sem revelar logo tudo. E o mesmo é válido para os restantes personagens: Valek, o Comandante (cuja história acho a mais interessante), Irys…
A acção e intriga vêm em doses agradáveis, o que nos agarra ao livro para tentar descobrir o que se segue. A isto, junta-se a magia e um bocadinho de romance. Para mim é um livro completo, dando-me tudo o que peço quando leio: um escape do meu dia-a-dia.
Género: Fantasia
Editora: Mira | Nº de páginas: 409
Nota: 5/5
Resumo (da capa): CHOOSE: A QUICK DEATH OR SLOW POISON…
On the eve of her execution for murder, Yelena is reprieved, but her relief is short-lived. She is to be the Commander of Ixia’s food taster. Can Yelena learn all she needs to know about poisons before an assassin succeeds?
Her troubles have only just begun, however… Valek, her captor, has a uniquely cruel method to stop her escaping; General Brazell, father of the man she killed, still wants her dead; and someone is plotting against the Commander.
Resourceful and wily, Yelena gains friends, survival skills – and more than a few enemies. In a desperate race against time, the Commander’s life, the future of Ixia and the secrets of her own past will be in her hands…
Opinião: Tenho de dizer que as capas por vezes influenciam a minha escolha. Este foi um desses casos. Achei a capa bonita e depois li uma crítica favorável. Pouco mais me levou a comprar o livro. E ainda bem que o fiz!
Eu não compro livros em inglês para ficar com eles, porque cá em casa sou a única que lê (ficção entenda-se) nessa língua, mas para depois trocá-los no BookMooch. Este livro vai constituir por isso uma excepção. É simplesmente fantástico, pelo menos para quem gosta deste género, e achei algo inovador. Eu gosto de fantasia embora ainda não tenha lido muitos livros deste género. A maior parte da fantasia que leio, ou seja Tolkien e George R.R. Martin, parecem transportar-nos para uma época medieval o que não acontece com este livro. Associei-o mais a épocas modernas, industrializadas. Devido ao carácter autoritário e militar, associei-o mais à Alemanha de Bismark apesar de não saber muito sobre este período histórico. Mas passando ao enredo…
O livro conta a história de Yelena a quem, condenada à morte por ter assassinado o filho do General que a acolheu como orfã, é dada mais uma oportunidade de viver. A proposta feita por Valek, braço direito do Comandante (que governa todo o território de Ixia), tem como é óbvio um senão já que consiste em ela aceitar ser a provadora de comida do Comandante, sendo a sua função detectar venenos nos alimentos. Ou seja, apesar da segunda oportunidade, a sua vida continua ameaçada. Seguimos então Yelena no seu treino como provadora, enquanto vai fazendo amigos, evitando inimigos, revelando intrigas e descobrindo-se a si própria.
O mundo encontra-se pouco desenvolvido, vamos conhecendo um pouco de cada vez, quando é necessário para entender o que se passa à nossa volta. O ponto forte é sem dúvida as personagens. Há semelhança de Outlander, vemos relações de amizade nascerem e desenvolverem-se de forma consistente, levando mesmo ao romance. A personagem principal é forte, tendo também as suas fraquezas e os seus fantasmas. Gostei como a autora vai lançando, ao longo do livro, pistas sobre o passado e os poderes de Yelena, sem revelar logo tudo. E o mesmo é válido para os restantes personagens: Valek, o Comandante (cuja história acho a mais interessante), Irys…
A acção e intriga vêm em doses agradáveis, o que nos agarra ao livro para tentar descobrir o que se segue. A isto, junta-se a magia e um bocadinho de romance. Para mim é um livro completo, dando-me tudo o que peço quando leio: um escape do meu dia-a-dia.
6 de dezembro de 2008
18th and 19th Century Women Writers' Reading Challenge
Apesar de não ter concluído o único desafio a que até agora me propus, isso não me tirou o ânimo para participar em outros. O que me interessa é ler e se um desafio me incentiva a ler, ainda melhor.
Neste desafio pretende-se ler entre 4 a 12 livros escritos, entre 1701 e 1899, por mulheres. O desafio começa a 1 de Janeiro de 2009 e termina a 29 de Dezembro de 2009. Os livros a que me proponho ler são:
a)escritos no século XVIII:
1. Mansfield Park de Jane Austen (lido)2.
3.
4.
b)escritos no século XIX:
5. Daniel Deronda de George Eliot (lido)
6.
7. North and South de Elizabeth Gaskell (lido)
8.
(*) livros que não tenho, daí dispor do título original e em português, por não saber que edição irei ler.
4 de dezembro de 2008
Aquisições (XI)
2 de dezembro de 2008
Black Powder War (Téméraire, Livro 3)
Autor: Naomi Novik
Género: fantasia histórica
Editora: Del Rey | Nº de páginas: 400
Nota: 4/5
Resumo (da capa): After their fateful adventure in China, Capt. Will Laurence of His Majesty’s Aerial Corps and his extraordinary dragon, Temeraire, are waylaid by a mysterious envoy bearing urgent new orders from Britain. Three valuable dragon eggs have been purchased from the Ottoman Empire, and Laurence and Temeraire must detour to Istanbul to escort the precious cargo back to England. Time is of the essence if the eggs are to be borne home before hatching.
Yet disaster threatens the mission at every turn–thanks to the diabolical machinations of the Chinese dragon Lien, who blames Temeraire for her master’s death and vows to ally herself with Napoleon and take vengeance. Then, faced with shattering betrayal in an unexpected place, Laurence, Temeraire, and their squad must launch a daring offensive. But what chance do they have against the massed forces of Bonaparte’s implacable army?
Opinião: Estes livros começam a parecer-se com a série Sharpe de Bernard Cornwell, mas se aquela segue um soldado comum, nesta seguimos um dragão e o seu aviador que, a cada livro, são chamados para cumprir alguma ordem ao serviço de Sua Majestade. Não era bem isto que eu esperava desta série, mas não deixa de ser boa por causa disso.
Desta vez, os nossos protagonistas, ainda na China, são chamados a dirigirem-se para Istambul e reaverem três ovos, aí comprados pelo governo britânico. Seguimos então a sua viagem, liderada por Tharkay, um misterioso guia, e conhecendo pelo caminho outros dragões (estes não domados). Chegando a Istambul, são confrontados com intrigas fomentadas por Lien. Mas este dragão não se fica por aqui e dá a conhecer as suas verdadeiras intenções, juntar-se a Napoleão e assim fazer a sua vingança.
Mais uma vez adorei os dragões, nomeadamente Téméraire. Gosto de como ele se deixa influenciar por aquilo que vai vendo e vai argumentando as suas dúvidas e ideais com Laurence. Este, que até conhecer o dragão nunca tinha questionado o que fazia, começa também a deixar-se influenciar pelas ideias de Téméraire, assistindo-se deste modo a um gradual crescimento das personagens. Gostei sobretudo da parte em que este comenta com Téméraire a maneira como Napoleão vê os dragões e actua tendo-os em grande conta, quase à semelhança das ideias de Téméraire. Eis pelo que, na minha opinião, esta série se assemelha mais uma vez a Sharpe. Também o protagonista de Cornwell se questiona sobre os ideais que Napoleão reivindica, como a ascensão pelo mérito e que vai de encontro às suas pretensões.
Também gostei da personagem de Lien, apesar de se ver pouco, e de Tharkay, que gostaria de continuar a ver presente nos livros. A pequena Iskierka também parece vir a dar o que fazer. Resta agora adquirir os restantes volumes e pedir à Editorial Presença que se apresse a publicá-los.
Género: fantasia histórica
Editora: Del Rey | Nº de páginas: 400
Nota: 4/5
Resumo (da capa): After their fateful adventure in China, Capt. Will Laurence of His Majesty’s Aerial Corps and his extraordinary dragon, Temeraire, are waylaid by a mysterious envoy bearing urgent new orders from Britain. Three valuable dragon eggs have been purchased from the Ottoman Empire, and Laurence and Temeraire must detour to Istanbul to escort the precious cargo back to England. Time is of the essence if the eggs are to be borne home before hatching.
Yet disaster threatens the mission at every turn–thanks to the diabolical machinations of the Chinese dragon Lien, who blames Temeraire for her master’s death and vows to ally herself with Napoleon and take vengeance. Then, faced with shattering betrayal in an unexpected place, Laurence, Temeraire, and their squad must launch a daring offensive. But what chance do they have against the massed forces of Bonaparte’s implacable army?
Opinião: Estes livros começam a parecer-se com a série Sharpe de Bernard Cornwell, mas se aquela segue um soldado comum, nesta seguimos um dragão e o seu aviador que, a cada livro, são chamados para cumprir alguma ordem ao serviço de Sua Majestade. Não era bem isto que eu esperava desta série, mas não deixa de ser boa por causa disso.
Desta vez, os nossos protagonistas, ainda na China, são chamados a dirigirem-se para Istambul e reaverem três ovos, aí comprados pelo governo britânico. Seguimos então a sua viagem, liderada por Tharkay, um misterioso guia, e conhecendo pelo caminho outros dragões (estes não domados). Chegando a Istambul, são confrontados com intrigas fomentadas por Lien. Mas este dragão não se fica por aqui e dá a conhecer as suas verdadeiras intenções, juntar-se a Napoleão e assim fazer a sua vingança.
Mais uma vez adorei os dragões, nomeadamente Téméraire. Gosto de como ele se deixa influenciar por aquilo que vai vendo e vai argumentando as suas dúvidas e ideais com Laurence. Este, que até conhecer o dragão nunca tinha questionado o que fazia, começa também a deixar-se influenciar pelas ideias de Téméraire, assistindo-se deste modo a um gradual crescimento das personagens. Gostei sobretudo da parte em que este comenta com Téméraire a maneira como Napoleão vê os dragões e actua tendo-os em grande conta, quase à semelhança das ideias de Téméraire. Eis pelo que, na minha opinião, esta série se assemelha mais uma vez a Sharpe. Também o protagonista de Cornwell se questiona sobre os ideais que Napoleão reivindica, como a ascensão pelo mérito e que vai de encontro às suas pretensões.
Também gostei da personagem de Lien, apesar de se ver pouco, e de Tharkay, que gostaria de continuar a ver presente nos livros. A pequena Iskierka também parece vir a dar o que fazer. Resta agora adquirir os restantes volumes e pedir à Editorial Presença que se apresse a publicá-los.
1 de dezembro de 2008
Porque música é poesia (2)
E por vezes nem precisa de palavras para exprimir sentimentos.
Este excerto é do filme "Ladies in Lavender", do qual já escrevi uma crítica e que aconselho deveras.
Este excerto é do filme "Ladies in Lavender", do qual já escrevi uma crítica e que aconselho deveras.
Prémio Dardos
Este meu cantinho recebeu o Prémio Dardos de um outro Cantinho. Obrigada Pedro!
Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada bloguista emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre as suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloguistas, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.
Quem recebe o Prémio Dardos e o aceita deve seguir algumas regras:
1. Exibir a distinta imagem;
2. Linkar o blogue pelo qual recebeu o prémio;
3. Escolher 15 outros blogues a quem entregar o Prémio Dardos.
Não sou frequentadora de muitos blogs, mas gostaria de salientar os seguintes:
- Livros, Livros e Mais Livros
- Nefertiri's Book Blog
- Estante de Livros
- N Livros
- Leituras e Devaneios
- O Cantinho do Bookoholic
- Os Livros de Sofia
- Na Companhia dos Livros
- Literaturismos e Afins
- 1001 Páginas
- Propostas Literárias
- BibliotecaPortaberta
- Pó dos Livros
- Reading, Writing and Ranting
- Outlandish Dreaming
Apesar de alguns não estarem actualizados, todos estes blogues dão me a conhecer novos livros e diferentes opiniões. Fomentam o meu vício. :)
Editado a 7/Dez.: Também distinguido pelo blog Vidas Desfolhadas.
Editado a 14/Jan.: Distinguido pelo blog Cosy World e Livros, Livros e mais Livros.
Manias de Leitor
Dá para ver que hoje não me apetece fazer nada. :D
Já tinha visto um post deste género no blog Estante de Livros, depois n'O Cantinho do Bookoholic. Passo então a enumerar as minhas manias:
- adoro ler à noite, pois é a altura em que consigo me concentrar melhor;
- gosto de ler em silêncio, mas o barulho também não me atrapalha, pelo que geralmente estou a ler quando o resto da família está a ver televisão (por vezes fico tão alheada do que está a minha volta que só percebo que estão a falar comigo quando me tiram o livro das mãos);
- uso sempre um marcador de livro para marcar a página onde vou (um da Penguin ou, ultimamente, um da Bertrand que faz menção à época natalícia), e faço colecção. Já roubei alguns marcadores que por vezes vêm como oferta nos livros (ou seja, abro o livro, encontro o marcador, tiro-o e não compro o dito livro). Se não tiver um marcador, uso à coisa que estiver mais à mão, como bilhetes de autocarro ou mesmo o telemóvel;
- adoro cheirar os livros quando os abro pela primeira vez;
- quando começo a ler um livro, leio a primeira página, depois a última frase e só então leio o livro;
- tento organizar as estantes por autor ou colecção;
- leio dois livros ao mesmo tempo mas em diferentes formatos, ou seja, leio um livro e oiço um audio-livro ao mesmo tempo;
- gosto de ler os livros das outras pessoas, ou que já foram lidos anteriormente. Aborrece-me, no entanto, quando os livros se encontram com notas escritas de leitores anteriores, porque distrai a leitura. O mesmo se passa com notas de rodapé, não sou grande apreciadora;
- tento ler sempre os livros até ao fim, mas já deixei três a meio: Os Maias de Eça de Queirós, Aparição de Vergílio Ferreira e, recentemente, Love and War de John Jakes;
- sempre que vou a um centro comercial é obrigatório ir à FNAC e à Bertrand, mesmo que saia lá de mãos vazias. Aliás, num centro comercial, nomeadamente Colombo e Vasco da Gama, consigo saber sempre qual é o meu ponto georeferencial em relação às duas lojas. :D
Já tinha visto um post deste género no blog Estante de Livros, depois n'O Cantinho do Bookoholic. Passo então a enumerar as minhas manias:
- adoro ler à noite, pois é a altura em que consigo me concentrar melhor;
- gosto de ler em silêncio, mas o barulho também não me atrapalha, pelo que geralmente estou a ler quando o resto da família está a ver televisão (por vezes fico tão alheada do que está a minha volta que só percebo que estão a falar comigo quando me tiram o livro das mãos);
- uso sempre um marcador de livro para marcar a página onde vou (um da Penguin ou, ultimamente, um da Bertrand que faz menção à época natalícia), e faço colecção. Já roubei alguns marcadores que por vezes vêm como oferta nos livros (ou seja, abro o livro, encontro o marcador, tiro-o e não compro o dito livro). Se não tiver um marcador, uso à coisa que estiver mais à mão, como bilhetes de autocarro ou mesmo o telemóvel;
- adoro cheirar os livros quando os abro pela primeira vez;
- quando começo a ler um livro, leio a primeira página, depois a última frase e só então leio o livro;
- tento organizar as estantes por autor ou colecção;
- leio dois livros ao mesmo tempo mas em diferentes formatos, ou seja, leio um livro e oiço um audio-livro ao mesmo tempo;
- gosto de ler os livros das outras pessoas, ou que já foram lidos anteriormente. Aborrece-me, no entanto, quando os livros se encontram com notas escritas de leitores anteriores, porque distrai a leitura. O mesmo se passa com notas de rodapé, não sou grande apreciadora;
- tento ler sempre os livros até ao fim, mas já deixei três a meio: Os Maias de Eça de Queirós, Aparição de Vergílio Ferreira e, recentemente, Love and War de John Jakes;
- sempre que vou a um centro comercial é obrigatório ir à FNAC e à Bertrand, mesmo que saia lá de mãos vazias. Aliás, num centro comercial, nomeadamente Colombo e Vasco da Gama, consigo saber sempre qual é o meu ponto georeferencial em relação às duas lojas. :D
Quiz Time!
Porque está a chegar o Natal e se fala do frio no post anterior...
You Are a Snowflake |
You live for the winter - blizzards, cold nights, snowball fights! The holidays are just a bonus! |
30 de novembro de 2008
O dia está bom para isto...
29 de novembro de 2008
Love and War (North and South, Livro 2)
Autor: John Jakes
Género: Ficção histórica
Editora: Dell | Nº de páginas: 1087
Nota: 1/5 – não acabei
Resumo (da capa): The Hazards and the Mains – the first fatal shot fired at Fort Sumter divided them irrevocably with loyalties more powerful than family ties. The young would clash on the bloody battlefields of Bull Run and Fredericksburg, while in intrigue-ridden Washington and Richmond strong-willed men and beautiful women would defend their principles with their lives... or satisfy illicit cravings with schemes that could destroy friends and enemies alike, caught in the fury, the glory, the surging drama of... LOVE AND WAR.
Opinião: Eu tentei, a sério! Tentei ler, tentei pegar nele, tentei motivar-me para ler mais uma página, mais uma linha, mais uma palavra que fosse, mas não deu. Desisti por volta das 300 páginas, o que já foi um feito, a meu ver.
O primeiro livro até foi interessante, apresentou-nos as principais personagens, colocou-nos na época, que a princípio seria interessante até porque pouco sei sobre a Guerra Civil Americana, mas a forma como o autor resolveu abordar este livro foi completamente um “turn-off”, por assim dizer. Eu entendo o desejo do autor em debruçar-se sobre a política, dar a conhecer os dois lados da contenda e tentar dissecar ainda mais esses lados, mostrando que nem seriam assim tão diferentes, que algumas pessoas apesar de estarem num lado não lutavam pelos mesmos ideais. No entanto, fá-lo de uma maneira tão secante, sem ritmo nem acção! Se calhar sou eu que estou mal habituada, talvez devido aos áudio-livros do Sharpe, à saga do George R.R. Martin, que nos levam até ao meio da batalha, mas este livro não tem nada disso. A única batalha com que me deparei consistia, na sua maioria, na descrição de pessoas a correr, a fugirem do local! Da batalha pouco ou quase nada.
Além disso tem tantas personagens e tão pouco desenvolvidas, que pouco me interessava saber o que as esperava. Não consegui identificar-me, preocupar-me com uma personagem que fosse. Se isso até se entendia no primeiro livro, já que servia de introdução às mesmas, esperava que as mesmas fossem mais aprofundadas, tivessem uma atitude dinâmica. George Hazard por exemplo, em vez de dizer o que pensa, parece passar a maior parte do tempo a andar de um lado para o outro a moer e remoer os assuntos.
Parece que lemos e lemos e nada acontece. É frustrante. Desisto de ler, prefiro a série televisiva.
Género: Ficção histórica
Editora: Dell | Nº de páginas: 1087
Nota: 1/5 – não acabei
Resumo (da capa): The Hazards and the Mains – the first fatal shot fired at Fort Sumter divided them irrevocably with loyalties more powerful than family ties. The young would clash on the bloody battlefields of Bull Run and Fredericksburg, while in intrigue-ridden Washington and Richmond strong-willed men and beautiful women would defend their principles with their lives... or satisfy illicit cravings with schemes that could destroy friends and enemies alike, caught in the fury, the glory, the surging drama of... LOVE AND WAR.
Opinião: Eu tentei, a sério! Tentei ler, tentei pegar nele, tentei motivar-me para ler mais uma página, mais uma linha, mais uma palavra que fosse, mas não deu. Desisti por volta das 300 páginas, o que já foi um feito, a meu ver.
O primeiro livro até foi interessante, apresentou-nos as principais personagens, colocou-nos na época, que a princípio seria interessante até porque pouco sei sobre a Guerra Civil Americana, mas a forma como o autor resolveu abordar este livro foi completamente um “turn-off”, por assim dizer. Eu entendo o desejo do autor em debruçar-se sobre a política, dar a conhecer os dois lados da contenda e tentar dissecar ainda mais esses lados, mostrando que nem seriam assim tão diferentes, que algumas pessoas apesar de estarem num lado não lutavam pelos mesmos ideais. No entanto, fá-lo de uma maneira tão secante, sem ritmo nem acção! Se calhar sou eu que estou mal habituada, talvez devido aos áudio-livros do Sharpe, à saga do George R.R. Martin, que nos levam até ao meio da batalha, mas este livro não tem nada disso. A única batalha com que me deparei consistia, na sua maioria, na descrição de pessoas a correr, a fugirem do local! Da batalha pouco ou quase nada.
Além disso tem tantas personagens e tão pouco desenvolvidas, que pouco me interessava saber o que as esperava. Não consegui identificar-me, preocupar-me com uma personagem que fosse. Se isso até se entendia no primeiro livro, já que servia de introdução às mesmas, esperava que as mesmas fossem mais aprofundadas, tivessem uma atitude dinâmica. George Hazard por exemplo, em vez de dizer o que pensa, parece passar a maior parte do tempo a andar de um lado para o outro a moer e remoer os assuntos.
Parece que lemos e lemos e nada acontece. É frustrante. Desisto de ler, prefiro a série televisiva.
23 de novembro de 2008
Aquisições (X)
Contava ter mais uma crítica para hoje, tenho tentado ler um livro por semana, mas esta foi impossível. Quer dizer, tenho lido até bastante mas sobre trabalho. Apesar de não avançar na leitura, tenho uma pilha de livros por ler sempre a crescer. Tenho que deixar de pedir livros no BookMooch por impulso.
Já cansei de dizer a mim mesma que vou deixar de comprar e/ou pedir mais livros, enquanto não tiver lido todos os que tenho para ler, mas é tão difícil. :(
Já cansei de dizer a mim mesma que vou deixar de comprar e/ou pedir mais livros, enquanto não tiver lido todos os que tenho para ler, mas é tão difícil. :(
18 de novembro de 2008
Publicidade (III)
16 de novembro de 2008
O Trono de Jade (Téméraire, Livro 2)
Autor: Naomi Novik
Género: Fantasia histórica
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 327
Nota: 4/5
Resumo (da capa): Will Laurence e o seu magnífico Téméraire encontram-se em grandes apuros. Na longínqua China, descobriu-se finalmente que o ovo destinado a Napoleão caiu nas mãos erradas, e agora uma imponente embaixada deslocou-se à Grã-Bretanha e não pretende ir-se embora sem recuperar um dos seus dragões mais raros e valiosos. O governo britânico não pode arriscar a ver a superpotência asiática aliar-se aos franceses, mesmo que isso lhe custe a sua arma mais preciosa. Com o que não contava era com a recusa de Laurence e Téméraire - e todos sabemos o que pode acontecer quando um dragão como ele se enfurece. A única solução parece ser enviá-los a ambos para o Extremo Oriente, e assim começará uma viagem repleta de intrigas e descobertas alarmantes. Mas, se esta lhes parecerá um pesadelo, não será nada comparada com aquilo que estão prestes a encontrar na corte do Imperador... Neste novo volume, as cenas de acção serão ainda mais espantosas, o enredo ainda mais surpreendente e a mistura de fantasia e história ainda mais apelativa. Conseguirá o leitor acompanhá-los nesta aventura?
Opinião: Este livro começa sensivelmente onde o anterior acaba. Após a batalha em que se conhece a verdadeira potencialidade de Téméraire e a sua raça, os chineses descobrem então que o dragão que desejavam entregar a Napoleão caiu nas mãos dos ingleses e tentam reavê-lo bem como separá-lo de Laurence, o seu aviador e amigo. Não dispostos a ceder, estes são enviados numa embaixada à China. No entanto, a viagem marítima revela-se cheia de incidentes e pontuada por intrigas. Qual a verdadeira intenção por trás da suposta oferenda a Napoleão? Porque quererão reaver Téméraire, se a principio estavam dispostos a oferecê-lo?
Ao longo do livro vamos então conhecendo as respostas a estas perguntas, enquanto vemos a relação entre dragão e seu aviador ser posta à prova. Tudo isto foi bastante bem feito, sendo que a acção nunca pára. Além disso, a autora dá-nos também a conhecer novos dragões, que podem vir a ter alguma importância nos livros que se seguem (sobretudo Lien), bem como as diferenças entre o Ocidente e o Oriente, nomeadamente no que se trata ao tratamento dos dragões. Gostei especialmente disto e de como este conhecimento afecta o pensamento de Téméraire, que não é deveras um dragão normal, segundo o padrão de certo modo apresentado no livro.
Uma boa continuação e vou já dedicar-me ao próximo livro da saga, ansiosa por saber que novas aventuras esperam os nossos protagonistas.
Género: Fantasia histórica
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 327
Nota: 4/5
Resumo (da capa): Will Laurence e o seu magnífico Téméraire encontram-se em grandes apuros. Na longínqua China, descobriu-se finalmente que o ovo destinado a Napoleão caiu nas mãos erradas, e agora uma imponente embaixada deslocou-se à Grã-Bretanha e não pretende ir-se embora sem recuperar um dos seus dragões mais raros e valiosos. O governo britânico não pode arriscar a ver a superpotência asiática aliar-se aos franceses, mesmo que isso lhe custe a sua arma mais preciosa. Com o que não contava era com a recusa de Laurence e Téméraire - e todos sabemos o que pode acontecer quando um dragão como ele se enfurece. A única solução parece ser enviá-los a ambos para o Extremo Oriente, e assim começará uma viagem repleta de intrigas e descobertas alarmantes. Mas, se esta lhes parecerá um pesadelo, não será nada comparada com aquilo que estão prestes a encontrar na corte do Imperador... Neste novo volume, as cenas de acção serão ainda mais espantosas, o enredo ainda mais surpreendente e a mistura de fantasia e história ainda mais apelativa. Conseguirá o leitor acompanhá-los nesta aventura?
Opinião: Este livro começa sensivelmente onde o anterior acaba. Após a batalha em que se conhece a verdadeira potencialidade de Téméraire e a sua raça, os chineses descobrem então que o dragão que desejavam entregar a Napoleão caiu nas mãos dos ingleses e tentam reavê-lo bem como separá-lo de Laurence, o seu aviador e amigo. Não dispostos a ceder, estes são enviados numa embaixada à China. No entanto, a viagem marítima revela-se cheia de incidentes e pontuada por intrigas. Qual a verdadeira intenção por trás da suposta oferenda a Napoleão? Porque quererão reaver Téméraire, se a principio estavam dispostos a oferecê-lo?
Ao longo do livro vamos então conhecendo as respostas a estas perguntas, enquanto vemos a relação entre dragão e seu aviador ser posta à prova. Tudo isto foi bastante bem feito, sendo que a acção nunca pára. Além disso, a autora dá-nos também a conhecer novos dragões, que podem vir a ter alguma importância nos livros que se seguem (sobretudo Lien), bem como as diferenças entre o Ocidente e o Oriente, nomeadamente no que se trata ao tratamento dos dragões. Gostei especialmente disto e de como este conhecimento afecta o pensamento de Téméraire, que não é deveras um dragão normal, segundo o padrão de certo modo apresentado no livro.
Uma boa continuação e vou já dedicar-me ao próximo livro da saga, ansiosa por saber que novas aventuras esperam os nossos protagonistas.
12 de novembro de 2008
Outlander em filme?
I've been getting a number of enquiries, since press releases have started appearing about the movie production of OUTLANDER—excited folk asking "Is it true?" "When?" and (I hope you'll pardon a brief roll of the eyes here), "Who would you cast?" (I couldn't begin to guess how many thousands of times I've been asked that over the last twenty years.)
It's very early days as yet, but I'll answer what I can.
Yes, Essential Productions is developing OUTLANDER as a "major motion picture." (What that means is that they want to make a two-to-two-and-a-half hour feature film.)
And yes, Randall Wallace (the talented gentleman who wrote both BRAVEHEART and PEARL HARBOR—hey, ancient Scots and WWII, how about that?) is writing the script.
No, I have absolutely nothing to say about the casting of the movie. The production people do occasionally ask me what I think of this or that person, but this is simple politeness on their part.
Podem ler o resto em Voyages of the Artemis, o blog da autora.
Como a própria autora reconhece, será difícil adaptar um livro tão grande para um filme com cerca de duas horas, mas gostaria de ver o filme no grande ecrã. Pena é que o Gerard Butler possa estar descartado do papel do protagonista. :P
9 de novembro de 2008
O Dragão de Sua Majestade (Téméraire, Livro 1)
Autor: Naomi Novik
Género: Fantasia histórica
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 285
Nota: 4/5
Resumo (da capa): Imagine-se o leitor em pleno decurso das Guerras Napoleónicas. Com uma ligeira alteração... os combates travam-se, não somente em terra ou no mar, mas também... nos céus. Num tempo alternativo, o planeta é compartilhado por duas espécies igualmente inteligentes: os humanos e os dragões. Estes associam-se aos homens quando à nascença recebem o arnês das mãos de um deles, criando um vínculo quase simbiótico que perdura ao longo das suas vidas. Seres magníficos e poderosos, além de capazes de voar, os dragões transportam toda uma tripulação de aviadores, acrescentando um devastador contributo às batalhas. Foi assim que o capitão Will Laurence viu a sua vida mudar de um dia para o outro quando abalroou uma fragata francesa e capturou um ovo de uma espécie muito rara de dragões, oferta do Imperador da China ao próprio Napoleão. Naomi Novik estreia-se com esta epopeia histórica pensada ao pormenor a todos os níveis da narrativa, inaugurando uma nova era na literatura fantástica. Críticos, escritores e leitores em geral têm testemunhado de forma unânime o seu fascínio e, entre eles, conta-se um leitor muito especial - Peter Jackson, o realizador de O Senhor dos Anéis - que adquiriu já os direitos da série para o cinema.
Opinião: Por incrível que pareça, tomei conhecimento desta série devido à minha paixão pelos livros de Tolkien e fiquei satisfeitíssima por saber que Peter Jackson deverá adaptar estes livros ao cinema.
Encontrei menção a esta série no site da minha ilustradora favorita das obras de Tolkien, Anke Eissman, em que a mesma dizia ter gostado da série devido ao facto de juntar dragões e guerras napoleónicas. Começando eu a mergulhar no universo Sharpe, herói de Bernard Cornwell, cuja acção também decorre aquando das guerras napoleónicas, e desde sempre tendo um especial apreço por dragões, mantive durante bastante tempo esta série debaixo de olho. A espera valeu a pena.
A história começa a bordo de um navio francês, abordado e conquistado pelos britânicos que encontram um ovo de dragão prestes a chocar. Não havendo nenhum aviador ou especialista em dragões entre os tripulantes do navio, estes ficam um pouco atrapalhados até que por fim o dragão escolhe o capitão Laurence para ser o seu tratador. Este, de forma reticente, lá se deixa convencer de que a sua vida está para sempre mudada enquanto se vai afeiçoando ao dragão.
A autora leva-nos então através do treino do dragão e do seu aviador, em que ambos ficam a conhecer não só um e outro mas também a si próprios. Vemos um certo conflito entre as mentalidades da Marinha, para onde geralmente iam os filhos segundos e aqueles que desejavam ter alguma fortuna, e a dos aviadores, mais libertinos e, supostamente, condenados a uma vida bastante difícil. As personagens humanas são bastante aprazíveis, tais como os dragões, que são claramente distintos. A personagem que mais me agradou foi de facto Téméraire, já que acompanhamos toda a sua evolução. Não se pode deixar de o comparar a uma criança pequena, que tudo a seduz e com uma grande sede de conhecer o mundo. As batalhas são muito bem descritas, é como ter uma RAF antes das duas Guerras Mundiais.
Bastante interessante, é também inovador e a história muito bem construída, já que ao pegar em dois temas distintos, até certo ponto, as coisas poderiam ter corrido mal. Felizmente não aconteceu. Aconselho-o a quem gosta de História com um pouco de fantasia. A quem se pergunta “como teria sido este bocado da história se criaturas fantásticas realmente existissem?”
Género: Fantasia histórica
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 285
Nota: 4/5
Resumo (da capa): Imagine-se o leitor em pleno decurso das Guerras Napoleónicas. Com uma ligeira alteração... os combates travam-se, não somente em terra ou no mar, mas também... nos céus. Num tempo alternativo, o planeta é compartilhado por duas espécies igualmente inteligentes: os humanos e os dragões. Estes associam-se aos homens quando à nascença recebem o arnês das mãos de um deles, criando um vínculo quase simbiótico que perdura ao longo das suas vidas. Seres magníficos e poderosos, além de capazes de voar, os dragões transportam toda uma tripulação de aviadores, acrescentando um devastador contributo às batalhas. Foi assim que o capitão Will Laurence viu a sua vida mudar de um dia para o outro quando abalroou uma fragata francesa e capturou um ovo de uma espécie muito rara de dragões, oferta do Imperador da China ao próprio Napoleão. Naomi Novik estreia-se com esta epopeia histórica pensada ao pormenor a todos os níveis da narrativa, inaugurando uma nova era na literatura fantástica. Críticos, escritores e leitores em geral têm testemunhado de forma unânime o seu fascínio e, entre eles, conta-se um leitor muito especial - Peter Jackson, o realizador de O Senhor dos Anéis - que adquiriu já os direitos da série para o cinema.
Opinião: Por incrível que pareça, tomei conhecimento desta série devido à minha paixão pelos livros de Tolkien e fiquei satisfeitíssima por saber que Peter Jackson deverá adaptar estes livros ao cinema.
Encontrei menção a esta série no site da minha ilustradora favorita das obras de Tolkien, Anke Eissman, em que a mesma dizia ter gostado da série devido ao facto de juntar dragões e guerras napoleónicas. Começando eu a mergulhar no universo Sharpe, herói de Bernard Cornwell, cuja acção também decorre aquando das guerras napoleónicas, e desde sempre tendo um especial apreço por dragões, mantive durante bastante tempo esta série debaixo de olho. A espera valeu a pena.
A história começa a bordo de um navio francês, abordado e conquistado pelos britânicos que encontram um ovo de dragão prestes a chocar. Não havendo nenhum aviador ou especialista em dragões entre os tripulantes do navio, estes ficam um pouco atrapalhados até que por fim o dragão escolhe o capitão Laurence para ser o seu tratador. Este, de forma reticente, lá se deixa convencer de que a sua vida está para sempre mudada enquanto se vai afeiçoando ao dragão.
A autora leva-nos então através do treino do dragão e do seu aviador, em que ambos ficam a conhecer não só um e outro mas também a si próprios. Vemos um certo conflito entre as mentalidades da Marinha, para onde geralmente iam os filhos segundos e aqueles que desejavam ter alguma fortuna, e a dos aviadores, mais libertinos e, supostamente, condenados a uma vida bastante difícil. As personagens humanas são bastante aprazíveis, tais como os dragões, que são claramente distintos. A personagem que mais me agradou foi de facto Téméraire, já que acompanhamos toda a sua evolução. Não se pode deixar de o comparar a uma criança pequena, que tudo a seduz e com uma grande sede de conhecer o mundo. As batalhas são muito bem descritas, é como ter uma RAF antes das duas Guerras Mundiais.
Bastante interessante, é também inovador e a história muito bem construída, já que ao pegar em dois temas distintos, até certo ponto, as coisas poderiam ter corrido mal. Felizmente não aconteceu. Aconselho-o a quem gosta de História com um pouco de fantasia. A quem se pergunta “como teria sido este bocado da história se criaturas fantásticas realmente existissem?”
Aquisições (IX)
Oferecido:
É tão difícil conter-me e não pedir livros no BookMooch! Mas felizmente tenho conseguido controlar-me nas idas à Bertrand e à Fnac.
3 de novembro de 2008
Marley and Me
Não sabia que iam fazer um filme, mas fiquei contente por o fazerem. Ainda não li o livro, mas parece-me ser um daqueles que não faz mal adaptarem ao grande ecrã. Basta ter um cão fofo a fazer as asneiras, e eu dizer "oh! tão querido!", para eu ficar satisfeita. :D
E há outro trailer na página oficial.
E há outro trailer na página oficial.
The One You Really Want
Autor: Jill Mansell
Género: chick lit
Editora: Headline Book Publishing | Nº de páginas: 470
Nota: 4/5
Resumo (da capa): Nancy can’t quite believe it when her Christmas present from her husband turns out to be a lawnmower. She knows for a fact that Jonathan’s been spending a lot on jewellery. So who’s got the diamonds?
Nancy’s best friend, Carmen, gave up on romance when she lost her adored husband. What Carmen really needs is a man to wake her up – but choosing the right one isn’t going to be easy.
Mia’s just arrived in London to live with her dad. Once she’s met the potential stepmother-from-hell he’s dating, she’s determined to play Cupid – but her wayward arrows are just as likely to cause chaos as to ease the path of true love…
Opinião: Tendo tomado conhecimento deste livro através de um pequeno livro de promocional da SdE (que publicou o livro em português com o título A Felicidade Mora ao Lado) mas com um certo receio de não gostar do género, já que nunca tinha lido chick lit e as críticas que abundam sobre o género na internet nem sempre são muito favoráveis, resolvi pedir o livro no BookMooch. Devo confessar-me surpreendida.
Os poucos capítulos que havia lido tinham-me deixado com "a pulga atrás da orelha" mas não me tinham preparado para o resto. Personagens bem construídas, com relações credíveis e interessantes. É fácil gostar das personagens, tomar o seu partido perante as diversas dificuldades que vão aparecendo. Apesar dos desgostos de amor, as personagens tentam seguir em frente e não perdem o sentido de humor. Há partes realmente divertidas, devido sobretudo à interacção entre as personagens, como entre Rennie e Rose.
Mais uma vez, o final deixou algo a desejar. Bastante previsível, dá a ideia de que certos relacionamentos podiam ter sido resolvido antes. Acho que foi uma má opção deixar os vários finais felizes para os últimos capítulos, pois torna-se algo aborrecido ler qualquer coisa como cinco capítulos a mostrar como as três personagens femininas ficam nos braços dos seus amados. A relação de Mia então parece completamente descabida e vinda do nada.
Não deixa de ser um bom livro para uma tarde chuvosa, ou um pouco chocha, com uma chávena de chá a acompanhar. Acho que vou manter esta autora debaixo de olho.
Género: chick lit
Editora: Headline Book Publishing | Nº de páginas: 470
Nota: 4/5
Resumo (da capa): Nancy can’t quite believe it when her Christmas present from her husband turns out to be a lawnmower. She knows for a fact that Jonathan’s been spending a lot on jewellery. So who’s got the diamonds?
Nancy’s best friend, Carmen, gave up on romance when she lost her adored husband. What Carmen really needs is a man to wake her up – but choosing the right one isn’t going to be easy.
Mia’s just arrived in London to live with her dad. Once she’s met the potential stepmother-from-hell he’s dating, she’s determined to play Cupid – but her wayward arrows are just as likely to cause chaos as to ease the path of true love…
Opinião: Tendo tomado conhecimento deste livro através de um pequeno livro de promocional da SdE (que publicou o livro em português com o título A Felicidade Mora ao Lado) mas com um certo receio de não gostar do género, já que nunca tinha lido chick lit e as críticas que abundam sobre o género na internet nem sempre são muito favoráveis, resolvi pedir o livro no BookMooch. Devo confessar-me surpreendida.
Os poucos capítulos que havia lido tinham-me deixado com "a pulga atrás da orelha" mas não me tinham preparado para o resto. Personagens bem construídas, com relações credíveis e interessantes. É fácil gostar das personagens, tomar o seu partido perante as diversas dificuldades que vão aparecendo. Apesar dos desgostos de amor, as personagens tentam seguir em frente e não perdem o sentido de humor. Há partes realmente divertidas, devido sobretudo à interacção entre as personagens, como entre Rennie e Rose.
Mais uma vez, o final deixou algo a desejar. Bastante previsível, dá a ideia de que certos relacionamentos podiam ter sido resolvido antes. Acho que foi uma má opção deixar os vários finais felizes para os últimos capítulos, pois torna-se algo aborrecido ler qualquer coisa como cinco capítulos a mostrar como as três personagens femininas ficam nos braços dos seus amados. A relação de Mia então parece completamente descabida e vinda do nada.
Não deixa de ser um bom livro para uma tarde chuvosa, ou um pouco chocha, com uma chávena de chá a acompanhar. Acho que vou manter esta autora debaixo de olho.
1 de novembro de 2008
Um Crime no Expresso do Oriente / O Mistério de Listerdale
Autor: Agatha Christie
Género: Mistério
Editora: Livros do Brasil "Colecção Vampiro Gigante" | Nº de páginas: 432
Nota: 4/5 | 3/5
Opinião: A primeira história deve ser a mais conhecida de todas as escritas por Agatha Christie e agora percebo o porquê. Apesar de saber a sua resolução, ainda antes de pegar no livro devido a todas as adaptações que já vi, não consegui pousar o livro até ler o final. Poirot é simplesmente brilhante, com as suas células cinzentas, com a sua atenção aos pormenores, com o próprio conhecimento da psique humana. Apesar de lutar contra o crime, por assim dizer, não deixa de ter uma certa compaixão para com os seus perpetradores, como já havia acontecido em O Assassínio de Roger Ackroyd. Este último continua a ser o meu preferido, mas entendo o porquê de tanta gente gostar deste livro também.
A segunda metade apresenta-nos, mais uma vez, uma série de contos, alguns de fácil resolução. Não deixam de ser interessantes, mas não houve nenhum que se destacasse.
Género: Mistério
Editora: Livros do Brasil "Colecção Vampiro Gigante" | Nº de páginas: 432
Nota: 4/5 | 3/5
Opinião: A primeira história deve ser a mais conhecida de todas as escritas por Agatha Christie e agora percebo o porquê. Apesar de saber a sua resolução, ainda antes de pegar no livro devido a todas as adaptações que já vi, não consegui pousar o livro até ler o final. Poirot é simplesmente brilhante, com as suas células cinzentas, com a sua atenção aos pormenores, com o próprio conhecimento da psique humana. Apesar de lutar contra o crime, por assim dizer, não deixa de ter uma certa compaixão para com os seus perpetradores, como já havia acontecido em O Assassínio de Roger Ackroyd. Este último continua a ser o meu preferido, mas entendo o porquê de tanta gente gostar deste livro também.
A segunda metade apresenta-nos, mais uma vez, uma série de contos, alguns de fácil resolução. Não deixam de ser interessantes, mas não houve nenhum que se destacasse.
A Morte de Lord Edgware / Testemunha de Acusação
Autor: Agatha Christie
Género: Mistério
Editora: Livros do Brasil "Colecção Vampiro Gigante" | Nº de páginas: 476
Nota: 4/5 | 4/5
Opinião: Na primeira história, seguimos mais um caso de Poirot. Desta vez, uma actriz declara bem alto que gostaria de matar o seu marido, que não lhe deseja dar o divórcio apesar de viverem separados. Quando o mesmo aparece morto, não é díficil colocar as culpas na actriz, mas ela tem um álibi. Mas, como sempre, nem tudo é o que parece e Poirot encarrega-se do caso. Mais uma vez a autora mostra-se perita em guiar-nos por diversas pistas, fazendo-nos duvidar das nossas próprias opiniões quanto ao verdadeiro culpado.
A segunda parte, mostra-nos uma série de contos que giram, na sua maior parte, em torno de casos paranormais. Não sendo habitual este tema nos escritos da autora, surpreendeu pela positiva já que se assemelhou a uma brisa fresca. Todos os contos são bastante interessantes e por vezes de arrepiar.
Género: Mistério
Editora: Livros do Brasil "Colecção Vampiro Gigante" | Nº de páginas: 476
Nota: 4/5 | 4/5
Opinião: Na primeira história, seguimos mais um caso de Poirot. Desta vez, uma actriz declara bem alto que gostaria de matar o seu marido, que não lhe deseja dar o divórcio apesar de viverem separados. Quando o mesmo aparece morto, não é díficil colocar as culpas na actriz, mas ela tem um álibi. Mas, como sempre, nem tudo é o que parece e Poirot encarrega-se do caso. Mais uma vez a autora mostra-se perita em guiar-nos por diversas pistas, fazendo-nos duvidar das nossas próprias opiniões quanto ao verdadeiro culpado.
A segunda parte, mostra-nos uma série de contos que giram, na sua maior parte, em torno de casos paranormais. Não sendo habitual este tema nos escritos da autora, surpreendeu pela positiva já que se assemelhou a uma brisa fresca. Todos os contos são bastante interessantes e por vezes de arrepiar.
30 de setembro de 2008
North and South (North and South, Livro 1)
Autor: John Jakes
Género: Ficção histórica
Editora: Dell | Nº de páginas: 812
Nota: 3/5
Resumo (da capa): The brilliant American novel that chronicles the lives of two great family dynasties, spanning three generations. The Hazards and the Mains were brought together in a friendship that neither jealousy nor violence could shatter… but they have been torn apart by the storm of events that divided a nation.
Opinião: Tomei conhecimento deste, e dos outros dois livros que compõem esta série, por acaso. Enquanto estava a fazer zapping, deparei-me com uma adaptação deste livro na RTP Memória, que os meus pais lembravam-se de ter visto e que procurava retratar a Guerra Civil Americana. Assim, ao fazer uma pesquisa na net encontrei estes livros e, já que conheço pouco da História Americana, achei que seria interessante lê-los.
A história deste volume centra-se nos anos que antecedem a guerra civil, dando-nos a conhecer duas famílias, os Hazards e os Main, que provêem de dois distintos backgrounds. A primeira é do Norte, com a sua riqueza assente na industrialização e no trabalho de emigrantes, enquanto que a outra provêm do sul, com a sua riqueza assente na agricultura e no trabalho escravo. Numa época em que a tensão social é enorme, devido à discussão da abolição da escravatura, o laço de amizade destas famílias é testado.
É um livro interessante, para quem gosta de história, já que tenta mostrar os dois lados da discussão, desde o ponto mais moderado até ao radical, pelo que o leitor pode nem sempre concordar com as ideias, os fundamentos e as acções de alguns personagens, mas não pode deixar de ouvir os seus argumentos. No entanto, a discussão destes assuntos torna-se por vezes repetitivo e cansativo num livro deste tamanho. As personagens a meu ver podiam ser um pouco mais profundas, mas a caracterização delas é suficiente para dar a conhecer as diferentes facções.
Esperava algo mais do livro mas nota-se claramente que não foi pensado para ser único, pelo que os volumes posteriores poderão desenvolver mais algumas personagens.
Já que a início falei na série, recomendo-a mais do que ao livro. É claro que não é uma adaptação 100% fiel, mas mostra de forma exemplar os pontos mais importantes do livro. Uma boa opção para quem tiver curiosidade acerca da história mas não tem a paciência ou acesso aos livros, pois em Portugal ainda não consegui encontrar nenhum exemplar (os que tenho chegaram-me através do BookMooch).
Quinto livro lido para o Historical Fiction Reading Challenge, que infelizmente não consegui acabar. Mas foi interessante participar. :)
Género: Ficção histórica
Editora: Dell | Nº de páginas: 812
Nota: 3/5
Resumo (da capa): The brilliant American novel that chronicles the lives of two great family dynasties, spanning three generations. The Hazards and the Mains were brought together in a friendship that neither jealousy nor violence could shatter… but they have been torn apart by the storm of events that divided a nation.
Opinião: Tomei conhecimento deste, e dos outros dois livros que compõem esta série, por acaso. Enquanto estava a fazer zapping, deparei-me com uma adaptação deste livro na RTP Memória, que os meus pais lembravam-se de ter visto e que procurava retratar a Guerra Civil Americana. Assim, ao fazer uma pesquisa na net encontrei estes livros e, já que conheço pouco da História Americana, achei que seria interessante lê-los.
A história deste volume centra-se nos anos que antecedem a guerra civil, dando-nos a conhecer duas famílias, os Hazards e os Main, que provêem de dois distintos backgrounds. A primeira é do Norte, com a sua riqueza assente na industrialização e no trabalho de emigrantes, enquanto que a outra provêm do sul, com a sua riqueza assente na agricultura e no trabalho escravo. Numa época em que a tensão social é enorme, devido à discussão da abolição da escravatura, o laço de amizade destas famílias é testado.
É um livro interessante, para quem gosta de história, já que tenta mostrar os dois lados da discussão, desde o ponto mais moderado até ao radical, pelo que o leitor pode nem sempre concordar com as ideias, os fundamentos e as acções de alguns personagens, mas não pode deixar de ouvir os seus argumentos. No entanto, a discussão destes assuntos torna-se por vezes repetitivo e cansativo num livro deste tamanho. As personagens a meu ver podiam ser um pouco mais profundas, mas a caracterização delas é suficiente para dar a conhecer as diferentes facções.
Esperava algo mais do livro mas nota-se claramente que não foi pensado para ser único, pelo que os volumes posteriores poderão desenvolver mais algumas personagens.
Já que a início falei na série, recomendo-a mais do que ao livro. É claro que não é uma adaptação 100% fiel, mas mostra de forma exemplar os pontos mais importantes do livro. Uma boa opção para quem tiver curiosidade acerca da história mas não tem a paciência ou acesso aos livros, pois em Portugal ainda não consegui encontrar nenhum exemplar (os que tenho chegaram-me através do BookMooch).
Quinto livro lido para o Historical Fiction Reading Challenge, que infelizmente não consegui acabar. Mas foi interessante participar. :)
22 de setembro de 2008
Ladies in Lavender/O Amor Não Escolhe Idades
Informação técnica no IMDb.
Director: Charles Dance
Escritores: Charles Dance (adaptação) e William J. Locke (conto)
Actores: Maggie Smith, Judi Dench, Daniel Brühl, Natasha McElhone
Nota: 4/5
Tomei conhecimento deste filme há algum tempo atrás, devido ao facto de a banda sonora contar com um violinista que aprecio (não que eu conheça muitos ou oiça com frequência), Joshua Bell. Por um acaso, estava a fazer zapping quando me deparei com o filme.
Para fugir à pressão nazi, Andrea, um jovem violinista polaco, parte rumo à América sendo atirado para fora do navio, a meio a viagem, por uma violenta tempestade. Acaba por dar à costa na Cornualha onde duas irmãs, solteiras e já de certa idade, o encontram e decidem tomar conta dele. Nasce então uma tensão entre as irmãs, já que, nomeadamente, Úrsula (personagem interpretada por Judi Dench) se apaixona pelo jovem e vê nele uma hipótese de ser amada, como nunca foi; além de se criar um sentimento de posse, quando as irmãs sentem o perigo da aproximação da artista russa Olga Daniloff (Natasha McElhone), após esta ouvir o jovem tocar.
É um filme algo triste mas encantador, com uma banda sonora belíssima (o concerto final é capaz de trazer lágrimas aos olhos), que mostra como um acontecimento pode mudar uma vida pacata e trazer mesmo a esperança de melhores dias, quando se teve uma vida algo vazia até então. Mas o que mais me impressionou neste filme foram as excelentes actuações de Maggie Smith e de Judi Dench, muito naturais e em extrema sintonia. Duas verdadeiras actrizes, duas grandes actrizes. Só por elas, pela sua interacção, pela sua polidez, pela sua interpretação, vale a pena ver o filme.
Altamente recomendado.
Director: Charles Dance
Escritores: Charles Dance (adaptação) e William J. Locke (conto)
Actores: Maggie Smith, Judi Dench, Daniel Brühl, Natasha McElhone
Nota: 4/5
Tomei conhecimento deste filme há algum tempo atrás, devido ao facto de a banda sonora contar com um violinista que aprecio (não que eu conheça muitos ou oiça com frequência), Joshua Bell. Por um acaso, estava a fazer zapping quando me deparei com o filme.
Para fugir à pressão nazi, Andrea, um jovem violinista polaco, parte rumo à América sendo atirado para fora do navio, a meio a viagem, por uma violenta tempestade. Acaba por dar à costa na Cornualha onde duas irmãs, solteiras e já de certa idade, o encontram e decidem tomar conta dele. Nasce então uma tensão entre as irmãs, já que, nomeadamente, Úrsula (personagem interpretada por Judi Dench) se apaixona pelo jovem e vê nele uma hipótese de ser amada, como nunca foi; além de se criar um sentimento de posse, quando as irmãs sentem o perigo da aproximação da artista russa Olga Daniloff (Natasha McElhone), após esta ouvir o jovem tocar.
É um filme algo triste mas encantador, com uma banda sonora belíssima (o concerto final é capaz de trazer lágrimas aos olhos), que mostra como um acontecimento pode mudar uma vida pacata e trazer mesmo a esperança de melhores dias, quando se teve uma vida algo vazia até então. Mas o que mais me impressionou neste filme foram as excelentes actuações de Maggie Smith e de Judi Dench, muito naturais e em extrema sintonia. Duas verdadeiras actrizes, duas grandes actrizes. Só por elas, pela sua interacção, pela sua polidez, pela sua interpretação, vale a pena ver o filme.
Altamente recomendado.
21 de setembro de 2008
Porque música é poesia
Brandi Carlile - The Story
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true... I was made for you
I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Oh because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do... And I was made for you
You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you...
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
Oh yeah it's true... I was made for you
17 de setembro de 2008
Últimas aquisições (VIII)
Na Bertrand:
Via The Book Depository:
E acabam-se as aquisições por este ano... espero eu, porque a lista de livros para ler está cada vez maior.
10 de setembro de 2008
In the Company of the Courtesan
Autor: Sarah Dunant
Género: Romance histórico
Editora: Random House | Nº de páginas: 371
Nota: 3/5
Resumo (da badana):
Thus begins In the Company of the Courtesan, Sarah Dunant’s epic novel of life in Renaissance Italy. Escaping the sack of Rome in 1527, with their stomachs churning on the jewels they have swallowed, the courtesan Fiammetta and her dwarf companion, Bucino, head for Venice, the shimmering city born out of water to become a miracle of east-west trade: rich and rancid, pious and profitable, beautiful and squalid.
With a mix of courage and cunning they infiltrate Venetian society. Together they make the perfect partnership: the sharp-tongued, sharp-witted dwarf, and his vibrant mistress, trained from birth to charm, entertain, and satisfy men who have the money to support her.
Yet as their fortunes rise, this perfect partnership comes under threat, from the searing passion of a lover who wants more than his allotted nights to the attentions of an admiring Turk in search of human novelties for his sultan’s court. But Fiammetta and Bucino’s greatest challenge comes from a young crippled woman, a blind healer who insinuates herself into their lives and hearts with devastating consequences for them all.
A story of desire and deception, sin and religion, loyalty and friendship, In the Company of the Courtesan paints a portrait of one of the world’s greatest cities at its most potent moment in history: It is a picture that remains vivid long after the final page.
Opinião: Tendo gostado bastante do livro anterior que li da autora, parti com este com maiores expectativas. Não é que me sinta defraudada, mas achei que este está uns pontinhos mais abaixo.
Neste livro seguimos Bucino, um anão e assistente, digamos, de Fiammeta, uma célebre cortesã, na sua viagem de Roma para Veneza e a sua adaptação a este local, completamente diferente dos outros devido à sua ligação com o mar e os contactos que este proporciona.
Como no livro The Birth of Venus (já editado em Portugal, com o título O Nascimento de Vénus, pela editora Saída de Emergência à semelhança deste), a autora, através da história destes dois protagonistas, tenta mostrar o pensamento à época de diversas temáticas, sendo que aqui foca-se mais na religião, nomeadamente a católica, sendo que há também algumas menções ao judaísmo e a relação entre estes e cristãos, também aborda a importância do aspecto físico e os preconceitos ligados ao mesmo, e fala também de sexo, como este era visto por diversos pontos de vista: religião, negócio, arte, amor… Se a abordagem dos diversos temas no livro mencionado era bem conseguido, neste pareceu-me menos conseguido, chegando a aborrecer em certas ocasiões.
A história não deixa de ser interessante, bem como as personagens que se encontram muito bem construídas, mas é algo previsível. O retrato da cidade de Veneza também parece deixar algo a desejar, sendo que as descrições não suscitaram tanto interesse como as da cidade de Florença em The Birth of Venus.
Cumpre a sua função ao entreter e dar a conhecer como seria a vida de uma cortesã na cidade de Veneza, mas para isso aconselho antes a verem o filme Dangerous Beauty.
Quarto livro lido para o Historical Fiction Reading Challenge.
Género: Romance histórico
Editora: Random House | Nº de páginas: 371
Nota: 3/5
Resumo (da badana):
“My lady, Fiammetta Bianchini, was plucking her eyebrows and biting color into her lips when the unthinkable happened and the Holy Roman Emperor’s army blew a hole in the wall of God’s eternal city, letting in a flood of half-starved, half-crazed troops bent on pillage and punishment.”
Thus begins In the Company of the Courtesan, Sarah Dunant’s epic novel of life in Renaissance Italy. Escaping the sack of Rome in 1527, with their stomachs churning on the jewels they have swallowed, the courtesan Fiammetta and her dwarf companion, Bucino, head for Venice, the shimmering city born out of water to become a miracle of east-west trade: rich and rancid, pious and profitable, beautiful and squalid.
With a mix of courage and cunning they infiltrate Venetian society. Together they make the perfect partnership: the sharp-tongued, sharp-witted dwarf, and his vibrant mistress, trained from birth to charm, entertain, and satisfy men who have the money to support her.
Yet as their fortunes rise, this perfect partnership comes under threat, from the searing passion of a lover who wants more than his allotted nights to the attentions of an admiring Turk in search of human novelties for his sultan’s court. But Fiammetta and Bucino’s greatest challenge comes from a young crippled woman, a blind healer who insinuates herself into their lives and hearts with devastating consequences for them all.
A story of desire and deception, sin and religion, loyalty and friendship, In the Company of the Courtesan paints a portrait of one of the world’s greatest cities at its most potent moment in history: It is a picture that remains vivid long after the final page.
Opinião: Tendo gostado bastante do livro anterior que li da autora, parti com este com maiores expectativas. Não é que me sinta defraudada, mas achei que este está uns pontinhos mais abaixo.
Neste livro seguimos Bucino, um anão e assistente, digamos, de Fiammeta, uma célebre cortesã, na sua viagem de Roma para Veneza e a sua adaptação a este local, completamente diferente dos outros devido à sua ligação com o mar e os contactos que este proporciona.
Como no livro The Birth of Venus (já editado em Portugal, com o título O Nascimento de Vénus, pela editora Saída de Emergência à semelhança deste), a autora, através da história destes dois protagonistas, tenta mostrar o pensamento à época de diversas temáticas, sendo que aqui foca-se mais na religião, nomeadamente a católica, sendo que há também algumas menções ao judaísmo e a relação entre estes e cristãos, também aborda a importância do aspecto físico e os preconceitos ligados ao mesmo, e fala também de sexo, como este era visto por diversos pontos de vista: religião, negócio, arte, amor… Se a abordagem dos diversos temas no livro mencionado era bem conseguido, neste pareceu-me menos conseguido, chegando a aborrecer em certas ocasiões.
A história não deixa de ser interessante, bem como as personagens que se encontram muito bem construídas, mas é algo previsível. O retrato da cidade de Veneza também parece deixar algo a desejar, sendo que as descrições não suscitaram tanto interesse como as da cidade de Florença em The Birth of Venus.
Cumpre a sua função ao entreter e dar a conhecer como seria a vida de uma cortesã na cidade de Veneza, mas para isso aconselho antes a verem o filme Dangerous Beauty.
Quarto livro lido para o Historical Fiction Reading Challenge.
31 de agosto de 2008
Últimas aquisições (VII)
No Jumbo:
Finalmente o primeiro livro da saga Temeraire! Será um dos próximos livros a ler, assim que acabe o Historical Fiction Reading Challenge.
24 de agosto de 2008
The Birth of Venus
Autor: Sarah Dunant
Género: Romance histórico
Editora: Random House | Nº de páginas: 403
Nota: 4/5
Resumo (da capa): Alessandra Cecchi is not quite fifteen when her father, a prosperous cloth merchant, brings a young painter back from northern Europe to decorate the chapel walls in the family's Florence palazzo. A child of the Renaissance with a precocious mind and a talent for drawing, Alessandra is intoxicated by the artist's abilities.
But Alessandra's parents have made plans for their daughter, and she is soon married off to a wealthy, much older man. Meanwhile, the reign of the Medicis, with their love of luxury, learning, and dazzling art, is being threatened by the hellfire preaching and increasing brutality of the fundamentalist monk Savonarola and his reactionary followers. As the city shudders with violence and change, Alessandra must find her own way – and finally explore the passions she's kept so long at bay.
Opinião: Parti para este livro com algumas expectativas que, devo dizer, não foram defraudadas, antes pelo contrário. Seguimos Alessandra, uma jovem brilhante, a passar da adolescência para a idade adulta em Florença, uma cidade que ficamos a conhecer e recheada de arte e saber, que se vê, de um momento para o outro, no meio das trevas do extremismo católico impulsionado por Savonarola.
A autora aborda então, de forma bastante conseguida, diversas temáticas nomeadamente relacionadas com a arte, teologia e filosofia, mas também o papel da mulher na família, as várias faces que o Amor pode tomar. A juntar a isto, há mistério e romance que satisfazem qualquer leitor que goste destes géneros.
Uma boa maneira de mergulhar na Florença da época renascentista e de perceber a mentalidade, relativamente à forma como era visto e encarado o catolicismo, à época.
Terceiro livro lido para o Historical Fiction Reading Challenge.
16 de agosto de 2008
The Dark Knight/O Cavaleiro das Trevas
Informação técnica no IMDb.
Director: Christopher Nolan
Escritores: Jonathan Nolan e Christopher Nolan
Actores: Christian Bale, Heath Ledger, Aaron Eckhart
Nota: 4/5
Eis o filme que mais aguardava este ano. E não saí desiludida.
No que toca a super-heróis, sempre gostei dos filmes do Batman, desde os do Tim Burton até aos do Joel Schumacher (reconheço que estes são o degredo, mas o que posso dizer, são um dos meus guilty pleasures). Sempre achei que era o super-herói mais negro e mais humano de todos. São os únicos filmes deste género que consigo ver e rever vezes sem conta. E será o que vou fazer com este.
A história consegue prender do início ao fim apesar de ter uma grande moral por trás. Debruça-se sobre o conceito de herói e que tipo de luta deve este fazer, para derrotar o que há de mau no seu caminho, algo que poderia tornar-se facilmente lamechas. Já todos vimos aqueles filmes em que o herói carrega o peso do mundo às costas e como se sente isolado ao fazer o bem… isso não acontece neste filme, o que foi como que uma lufada de ar fresco. Há pessoas, que não tendo poderes, tentam lutar com o pouco que têm, sejam leis ou as palavras. Muito bem conseguido.
Mas este filme vive sobretudo das representações. Os actores que vinham do filme anterior continuam muito bem nos seus papéis. Christian Bale é um bom Batman, como já o tinha sido no filme anterior (e a meu ver está lado a lado com o Batman de Michael Keaton), Michael Caine e Morgan Freeman estão sempre bem. Dos novos actores tenho que ir na onda e dizer que Heath Ledger está realmente fenomenal. A princípio estranhei ele ter sido escolhido mas a partir do momento em que vi uma foto dele como Joker, percebi que tinha sido a escolha correcta. E isto confirmou-se com o pouco que ia sendo mostrado nos trailers e agora, após o visionamento do filme. Ele encarnou a personagem de forma sublime, consegue ser um monte de coisas ao mesmo tempo: calmo, imprevisível, maníaco, anárquico, estratega… É completamente demente. Fenomenal. Mas quem mais me surpreendeu foi Aaron Eckhart. Não se pode dizer que tenha visto muitos filmes com ele, de momento só me lembro do Possession (de outros filmes só fui vendo algumas partes) de que já havia gostado, e neste filme confirma a sua qualidade. É a sua personagem que passa por uma enorme transformação e consegue fazê-lo brilhantemente. Para mim foi o melhor actor, apesar da actuação de Ledger ser quase lendária. Mas ele não tem de interpretar duas personagens quase opostas, o que Eckhart fez na perfeição.
É realmente um grande filme, a não perder.
Director: Christopher Nolan
Escritores: Jonathan Nolan e Christopher Nolan
Actores: Christian Bale, Heath Ledger, Aaron Eckhart
Nota: 4/5
Eis o filme que mais aguardava este ano. E não saí desiludida.
No que toca a super-heróis, sempre gostei dos filmes do Batman, desde os do Tim Burton até aos do Joel Schumacher (reconheço que estes são o degredo, mas o que posso dizer, são um dos meus guilty pleasures). Sempre achei que era o super-herói mais negro e mais humano de todos. São os únicos filmes deste género que consigo ver e rever vezes sem conta. E será o que vou fazer com este.
A história consegue prender do início ao fim apesar de ter uma grande moral por trás. Debruça-se sobre o conceito de herói e que tipo de luta deve este fazer, para derrotar o que há de mau no seu caminho, algo que poderia tornar-se facilmente lamechas. Já todos vimos aqueles filmes em que o herói carrega o peso do mundo às costas e como se sente isolado ao fazer o bem… isso não acontece neste filme, o que foi como que uma lufada de ar fresco. Há pessoas, que não tendo poderes, tentam lutar com o pouco que têm, sejam leis ou as palavras. Muito bem conseguido.
Mas este filme vive sobretudo das representações. Os actores que vinham do filme anterior continuam muito bem nos seus papéis. Christian Bale é um bom Batman, como já o tinha sido no filme anterior (e a meu ver está lado a lado com o Batman de Michael Keaton), Michael Caine e Morgan Freeman estão sempre bem. Dos novos actores tenho que ir na onda e dizer que Heath Ledger está realmente fenomenal. A princípio estranhei ele ter sido escolhido mas a partir do momento em que vi uma foto dele como Joker, percebi que tinha sido a escolha correcta. E isto confirmou-se com o pouco que ia sendo mostrado nos trailers e agora, após o visionamento do filme. Ele encarnou a personagem de forma sublime, consegue ser um monte de coisas ao mesmo tempo: calmo, imprevisível, maníaco, anárquico, estratega… É completamente demente. Fenomenal. Mas quem mais me surpreendeu foi Aaron Eckhart. Não se pode dizer que tenha visto muitos filmes com ele, de momento só me lembro do Possession (de outros filmes só fui vendo algumas partes) de que já havia gostado, e neste filme confirma a sua qualidade. É a sua personagem que passa por uma enorme transformação e consegue fazê-lo brilhantemente. Para mim foi o melhor actor, apesar da actuação de Ledger ser quase lendária. Mas ele não tem de interpretar duas personagens quase opostas, o que Eckhart fez na perfeição.
É realmente um grande filme, a não perder.
Voyager (Outlander, Livro 3)
Autor: Diana Gabaldon
Género: Romance histórico
Editora: Dell | Nº de páginas: 1059
Nota: 4/5
Resumo (da capa): From the author of the breathtaking bestsellers Outlander and Dragonfly in Amber, the extraordinary saga continues.
Their passionate encounter happened long ago by whatever measurement Claire Randall took. Two decades before, she had traveled back in time and into the arms of a gallant eighteenth-century Scot named Jamie Fraser. Then she returned to her own century to bear his child, believing him dead in the tragic battle of Culloden. Yet his memory has never lessened its hold on her... and her body still cries out for him in her dreams.
Then Claire discovers that Jamie survived. Torn between returning to him and staying with their daughter in her own era, Claire must choose her destiny. And as time and space come full circle, she must find the courage to face the passion and pain awaiting her... the deadly intrigues raging in a divided Scotland... and the daring voyage into the dark unknown that can reunite – or forever doom – her timeless love.
Opinião: Apesar da escrita confundir um pouco ao início pois, à semelhança do segundo volume, seguimos várias personagens para além de Claire, fazendo o leitor saltar não só da primeira para a terceira pessoa como também saltar no tempo, apanhando-lhe o ritmo, o livro passa a ser muito fácil e agradável de ler.
O livro começa onde o anterior acaba. Tendo passado 20 anos desde que Claire deixou Jamie em Culloden, eis que ela descobre que ele sobreviveu à batalha, decidindo-se então a voltar, novamente, atrás no tempo para junto do seu grande amor. No entanto, as coisas não são fáceis. Muito aconteceu a ambos nos anos em que estiveram separados, o que os força a redescobrirem-se. Isto foi muito bem conseguido. A autora tem nas suas personagens o maior trunfo da sua história, sendo as relações entre todas elas muito bem construídas e credíveis. A história também é interessante, já que sucedem peripécias atrás de peripécias, o que leva os protagonistas a embarcarem numa viagem que os levará até à América, terra de novas oportunidades, inclusive a oportunidade de um novo começo.
Outro ponto de que gostei, foi de a autora ir buscar algumas personagens e alguns detalhes aos livros anteriores, havendo verdadeiramente uma noção de continuidade, bem como introduzisse, no século XVIII, algumas particularidades do século XX, como por exemplo fotografias. Mais uma vez, isto foi muito bem conseguido e mesmo divertido.
Continuo a preferir o primeiro volume, mas este foi sem dúvida bem mais interessante de ler que o segundo. Não posso, no entanto, deixar de pensar se Claire e Jamie encontrarão a filha. Penso que seria interessante o que poderia advir de um encontro.
Segundo livro lido para o Historical Fiction Reading Challenge.
Subscrever:
Mensagens (Atom)