30 de abril de 2008

Atlantis

Autor: David Gibbins
Género: Thriller
Editora: Headline Book Publishing| Nº de páginas: 464
Nota: 2/5

Resumo
(da capa): ATLANTIS The fabled island which disappeared beneath the waves at the dawn of history.

ATLANTIS One of archaeology’s most enduring mysteries.

ATLANTIS Fact or myth? No one has ever known – until now…

One day, on a dive in the Mediterranean, marine archaeologist Jack Howard gets lucky. Very lucky. He and his team uncover what could be the key to the location of the lost island.

Jack is on the verge of making an astonishing breakthrough, but someone else knows about Atlantis’s location. And Jack and those closest to him are suddenly locked in a life or death game with consequences that could destroy thousands of lives. For what Jack discovers is beyond his wildest dreams – but it comes at a terrifying price.

ATLANTIS is an unputdownable read which throws light on a story still shrouded in mystery. Part thriller, part history lesson, part adventure story, Atlantis is The Da Vinci Code for a new generation: only this time, it really could all be true…

Opinião: Desde cedo que a história da mítica ilha me fascina, pelo que desde que vi este livro nas livrarias, não conseguia deixar de me sentir atraída por ele. Mas como quase todas as atracções, desvaneceu-se mal comecei a conhecê-lo melhor. :P

Fui aluna de arqueologia e apesar da vertente náutica me seduzir até certo ponto, nunca teve grande influência na minha progressão académica. Na verdade, nunca me inscrevi na cadeira, pelo que todo o discurso técnico passou-me completamente ao lado. Isto até não seria mau, poderia aprender um pouco, mas achei todo o discurso tão desprovido de algo que chegou a aborrecer-me. Se calhar era o que teria acontecido nas aulas, mas mesmo assim há professores que conseguem motivar interesse mesmo que a matéria seja má. Depois de ler o livro, o meu interesse em arqueologia náutica e todos os aparelhos necessários para uma escavação arqueológica submarina permaneceu o mesmo.

A história começa então com a descoberta de um navio da Idade do Bronze e uma espécie de chave com estranhos símbolos, no Mar Mediterrâneo. Ao mesmo tempo, no Egipto, é descoberto um papiro com uma menção à Atlântida. Arqueólogos e linguistas reúnem-se para descobrir onde fica então a Atlântida. Mas claro que não é tudo tão simples. Há terroristas, um submarino nuclear e um vulcão.

A parte mais interessante de tudo isto é a parte histórica e a Atlântida, conforme é descrita pelo autor. Tudo o resto - a parte dos terroristas, as personagens, mesmo o fio condutor da história - assemelha-se a um longo calvário. Chega a haver uma parte em que o personagem principal gaba-se da sorte que tem e eu só dizia para mim mesma “porque raio é que a sorte não se lhe acaba e com ele o livro”?

Eu até lhe dava um 3 devido à parte histórica, mas o resto é mesmo mau.

15 de abril de 2008

Northanger Abbey (2007)

Informação técnica no IMDb.

Director: Jon Jones
Escritores: Andrew Davies (adaptação) e Jane Austen (romance original)
Actores: Felicity Jones, JJ Feild, Carey Mulligan, Liam Cunningham
Nota: 4/5

Após ter lido o livro, não podia deixar de ver a mais recente adaptação do mesmo. Lembro-me de ter visto uma outra adaptação, há um par de anos, mas penso que era tão má, mesmo chata, aborrecida e talvez mesmo sem nexo, que pouco me lembro de detalhes da mesma.

Tendo acabado o livro apenas ontem, é óbvio que o tinha fresco na cabeça quando vi a adaptação, pelo que não foi difícil de ver algumas alterações. Estas foram muito bem conseguidas, seja pela introdução dos ‘delírios’ de Catherine ou por terem sido tomadas algumas liberdades, que ajudam o público a conhecer melhor algumas personagens, mantendo-se, no entanto, algo fiéis ao que Austen pretenderia com esta obra ou escreveria depois – como a cena entre o Capt. Tilney e Isabella que parece tirado de Orgulho e Preconceito, onde a mesma é protagonizada por Wickham e Lydia. Só não concordei que Catherine tivesse queimado o livro The Mysteries of Udolpho, pois apesar de ela reconhecer (e o próprio Henry Tilney dizer) que se calhar
“it is possible to read too many novels”
, Austen no livro elogia também os romances chegando a dizer
“for if the heroine of one novel be not patronised by the heroine of another, from whom can she expect protection and regard?”
A meu ver, ela até podia ter posto o livro de lado e dizer qualquer coisa como “this is full of non sense”, ou outra frase semelhante, dando a entender que ela finalmente percebe que há uma linha entre realidade e ficção, mas não era preciso queimar o livro.

No que toca a actuação, os actores vão muito bem, convencendo nos papéis que lhes foram atribuídos. Felicity Jones é uma Catherine bastante ingénua e ávida leitora de romances góticos, que deixa a sua imaginação levar a melhor de vez em quando, enquanto que JJ Feild é um Henry Tilney que, apesar de mais conhecedor dos homens do que Catherine, se deixa apaixonar por ela por ser tão pura de coração, por não ter maldade, não conseguindo deixar de a querer proteger. O resto do elenco comporta-se também bastante bem, apoiando a performance dos dois protagonistas.

Os locais também são agradáveis e tal como eu os tinha imaginado durante a leitura. Bath parece ter sido um destino preferencial naquela época e exercer um qualquer fascínio sobre a autora, que o utiliza como palco numa outra obra que aprecio, o que me leva a ter alguma curiosidade em visitar o local.


Recomendo este filme.

Northanger Abbey

Autor: Jane Austen
Género:
Romance

Editora:
Penguin Books | Nº de páginas: 236
Nota: 4/5

Resumo (da capa): Northanger Abbey is Jane Austen’s amusing and bitingly satirical pastiche of the ‘Gothic’ romances popular in her day.

Catherine Morland, an unremarkable tomboy as a child is thrown amongst all the ‘difficulties and dangers’ of Bath at the ripe of seventeen. Armed with an unworldly charm and a vivid imagination, she must overcome the caprices of elegant society, encountering along the way such characters as the vacuous Mrs Allen, coquettish Isabella and the brash bully John Thorpe. Catherine’s invitation to Northanger Abbey, in her eyes a haven of coffins, skeletons and other Gothic devices, does lead to an adventure, though one she didn’t expect, and her misjudgement of the ambitious, somewhat villainous General Tilney is not wholly unjustified. However, with the aid of the ‘unromantic’ hero Henry Tilney, Catherine gradually progresses towards maturity and self-knowledge.

Opinião: Sendo um dos livros menos conhecidos da autora, pensei que seria inferior aos mais aclamados Orgulho e Preconceito ou Ema, no entanto achei-o bastante mais agradável e acessível que estes, à semelhança do que tinha acontecido com Persuasão, que continua a ser o meu favorito.

Jane Austen apresenta-nos uma heroína, Catherine Morland, muito mais jovem e ingénua que todas as outras, sendo quase impossível não a adorar e desejar o melhor para ela, tanto quando enfrenta os Thorpe como no final. Para além de ingénua, Catherine tem também uma imaginação muito vivida de tanto ler romances góticos, aqui algo criticados pela autora (cuja voz é neste livro bastante patente), sendo que qualquer ávido leitor não pode deixar de se rever na personagem principal. Quem nunca pensou o quão interessante seria se um qualquer castelo que visitássemos contivesse segredos obscuros, passagens escondidas?

O melhor deste livro é, para além da crítica à sociedade, nomeadamente os casamentos por interesse, o crescimento da personagem principal, que no final do livro é sobretudo menos ingénua e mais conhecedora da natureza humana.

Livro pequeno e bastante agradável, óptimo para um pequeno escape do dia-a-dia.

Primeiro livro lido para o "Historical Fiction Reading Challenge".

10 de abril de 2008

Dragonfly in Amber (Outlander, Livro 2)

Autor: Diana Gabaldon
Género: Romance histórico
Editora: Arrow Books | Nº de páginas: 963
Nota: 3/5

Resumo (da capa): For twenty years Claire Randall has kept her secrets. But now she is returning with her grown daughter to the majesty of Scotland’s mist-shrouded hills. Here Claire plans to reveal a truth stunning as the events that gave it birth: about the mystery of an ancient circle of standing stones, about a love that transcends the boundaries of time, and about James Fraser, a warrior whose gallantry once drew the young Claire from the security of her century to the dangers of his.

Now a legacy of blood and desire will test her beautiful daughter as Claire’s spellbinding journey continues in the intrigue-ridden court of Charles Edward Stuart, in a race to thwart a doomed uprising, and in a desperate fight to save both the child and the man she loves.

Opinião: Tendo gostado bastante do primeiro volume, parti para este com grandes expectativas, pelo que até certo ponto me sinto defraudada.

Primeiro, porque na parte inicial e na última, o ponto de vista da história saltita entre a primeira pessoa (Claire) e a terceira pessoa, recurso usado devido ao facto de seguirmos uma outra personagem, que se limita, quase sempre, a reparar como Claire é bela e formosa… Segundo, o livro arrasta-se imenso em determinadas partes. Terceiro, a ideia dos flashbacks até engraçada, mas perde a piada quando pelo o livro fora pensamos “bem, ela está a contar a história à filha, por isso claramente sobrevive a isto tudo…”

A história começa então em 1968, Claire e a filha encontram-se na Escócia e a primeira acha que esta é a altura ideal para contar o que lhe aconteceu quando ali esteve, 20 anos antes. Embarcamos então num longo flashback, este contado unicamente sob o ponto de vista de Claire, que começa onde o livro anterior ficou. Seguimos então Claire e Jamie em Paris que, tendo conhecimento do rumo da História, tentam evitar um massacre que acontecerá caso Charles Edward Stuart (também denominado “Bonnie Prince Charlie”, pretendente ao trono inglês) consiga chegar à Escócia e levar a sua demanda avante. Deste modo, e à semelhança do primeiro volume, o ritmo da história é lento, dando-nos a conhecer a corte francesa à época e as politiquices por detrás da História. No entanto, se isto foi bem conseguido no livro anterior, o mesmo não acontece aqui, tornando o livro enfadonho por não acontecer quase nada de extraordinário, tendo tornado bastante fácil pô-lo de lado e não lhe voltar a pegar em determinadas alturas.

O final é mesmo o mais interessante e deixa uma aberta para um novo livro… que tão cedo não vou ler, apesar de já o ter cá em casa. Preciso de um descanso desta série.

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