31 de julho de 2010

Xógum (2 volumes)


Autor: James Clavell
Género: ficção histórica
Editora: Círculo de Leitores | Nº de páginas: 560+514
Nota: 4/5

Resumo (do Goodreads): A bold English adventurer. An invincible Japanese warlord. A beautiful woman torn between two ways of life, two ways of love. All brought together in a mighty saga of a time and place aflame with conflict, passion, ambition, lust, and the struggle for power.

Opinião: Comecei a ler este livro em inglês, no âmbito do mês temático dedicado ao Japão, mas por andar muito cansada, o que fazia com que o inglês se parecesse com japonês, pedi à mesma pessoa de sempre (à Slayra, que também me emprestou o livro em inglês) que me emprestasse os volumes em português. Isto também me deu a oportunidade de ir comparando a tradução com o original e posso dizer que apesar de algumas trocas de nomes e termos menos conseguidos, a meu ver, não me pareceu muito má.

Seguimos a história de Blackthorne, o primeiro piloto inglês a colocar pé no Japão (na verdade a história ficcionada é baseada em William Adams) após passar pelo Estreito de Magalhães com um portulano português (supostamente roubado). Aí chegado, a integração parece difícil, não só pela diferença linguística mas também por aí se encontrarem padres jesuítas, que o consideram herege por ser protestante, mercadores portugueses, que o consideram pirata e vêem-no como uma ameaça à sua exclusividade na Ásia, mas sobretudo porque Blackthorne não se encontrava preparado para se descobrir no meio de uma sociedade com costumes tão diferentes e incompreensíveis nem no meio de uma elaborada e complicada política interna, onde um conflito parece latente entre Toranaga e Ishido, sendo que o primeiro toma Blackthorne sob a sua protecção por se encontrar interessado nos vários conhecimentos do piloto.

No primeiro volume vemos então a difícil adaptação do Anjin-san (Blackthorne) à cultura japonesa, com a ajuda de Mariko, uma japonesa convertida ao Cristianismo e fluente em português (servindo de intérprete entre o inglês e Toranaga), por quem se vem a apaixonar. É um amor proibido, porém, já que ela é casada com um importante samurai. Juntamente acompanhamos o desenvolvimento político que leva ao embate entre as duas forças que se opõem. E é no que parecem ser as vésperas da guerra que este volume acaba.

No segundo volume, compreendemos que a guerra, afinal, ainda está longe. Encontramo-nos num jogo de paciência, onde cada parte espera que o outro dê um passo em falso para desta forma ir de encontro à vitória. Ao mesmo tempo, vemos como Blackthorne mudou, abraçando de vez a cultura oriental, chegando mesmo a desprezar os seus colegas, bárbaros e vivendo no meio dos “imundos” etas (população cuja ocupação lidava com morte, sendo muitos deles executores ou curtidores).

Um livro fenomenal mas que não deve ser lido de ânimo leve. Não admira que tenha levado quase 2 meses a lê-lo. É um livro ríquissimo em História, política, intrigas e até romance. Dá a conhecer de forma excepcional o contraste entre Oriente e Ocidente, sendo que o leitor, tal como Blackthorne, vai aos poucos abrindo a sua mente e aceitando o que lhe era estranho a início. Além disso, tem personagens fantásticas, cada uma movida pela sua própria ambição, pelo seu coração mas sobretudo pela razão. Um livro que só posso aconselhar e que só não leva a nota mais alta porque não o li numa altura favorável, o que fez com que adormecesse nalguns momentos, e porque senti falta de alguma acção. :P

25 de julho de 2010

Um Estranho nos Meus Braços


Autor: Lisa Kleypas
Género: romance histórico
Editora: Arco de Diana | Nº de páginas: 320
Nota: 2,5/5

Resumo (do livro): «Lady Hawksworth, o seu marido não está morto…». Lara não podia acreditar no que estava a ouvir. O seu marido, desaparecido há um ano num naufrágio, com quem tinha vivido um casamento infeliz e desprovido de amor estava vivo e iria voltar para casa. Como era possível? Lara não conseguiu controlar a emoção quando reencontrou Hunter. O homem frio e cruel que lhe atormentou a vida e só lhe deu dor, vergonha e humilhação no leito matrimonial. Agora estava ali. Mais magro, com a pele mais escura, mais velho… mas sem dúvida que era Hunter. Aquele homem conhecia segredos que só o marido podia saber, tinha a sua fotografia guardada numa pequena caixa, a mesma que ela lhe dera há três anos quando aquele partira para a Índia. Mas, ao mesmo tempo, era um homem assustadoramente diferente. Mais meigo, atencioso aos seus caprichos, decidido a reconquistar o seu amor, a fazê-la sentir uma mulher desejada e a esquecer as memórias tristes do passado. Mas será aquele homem realmente o seu marido ou um impostor a cujos braços Lara se entrega na busca da felicidade tão desejada?

Opinião: Não sei bem o que esperava partindo para este livro. Já tinha ouvido boas críticas em relação a esta escritora, mas o certo é que soube a pouco.

A sinopse ilustra muito bem a história do livro: Lara que se julgava viúva vê-se perante o marido, bem vivo, ainda que diferente do que era antes, não exteriormente mas no modo de ser e agir. Será o marido? Será um impostor? O mistério encontra-se satisfatoriamente urdido mas o final é previsível. O pior são mesmo as personagens, com quem pouco ou nunca me consegui relacionar, não percebendo totalmente as suas motivações: ela, fria e descontente com os primeiros anos de casamento, resiste a todos os avanços do seu “marido” aquando do regresso daquele; ele, frio e calculista, pouco faz se não receber algo em troca, sendo o “algo” uma noite de paixão.

Enfim, gosto de romances mas em que ao menos haja algo entre os personagens sem ser apenas luxúria. Sim, porque a personagem feminina só se apercebe que o seu “marido” é bom como pessoa e que a merece quando ele a beija torridamente. Qual actos de bondade e que mostram o seu afecto... beijos e cama é que definem um amor... BAH! Ainda assim entretém.

11 de julho de 2010

Of Mice and Men

Autor: John Steinbeck
Género: romance
Editora: Penguin Books | Nº de páginas: 107
Nota: 5/5

Resumo (do livro): They are an unlikely pair: George is “small and quick and dark of face”; Lennie, a man of tremendous size, has the mind of a young child. Yet they have formed a “family”, clinging together in the face of loneliness and alienation.

Laborers in California's dusty vegetable fields, they hustle work when they can, living a hand-to-mouth existence. For George and Lennie have a plan: to own an acre of land and a shack they can call their own. When they land jobs on a ranch in Salinas Valley, the fulfillment of their dream seems to be within their grasp. But even George cannot guard Lennie from the provocations of a flirtatious woman, nor predict the consequences of Lennie's unswerving obedience to the things George taught him.


Opinião: Já havia visto o filme há alguns anos atrás, que confirmou John Malkovich e Gary Sinise como alguns dos meus actores preferidos. Desde aí que fiquei interessada neste livro, até porque gostei de outro do autor, que deve ter sido o único livro de leitura obrigatória que gostei de ler, A Pérola. Aproveitei por isso o facto de este livro sair no exame de inglês que fiz em Junho, para riscá-lo da lista dos 1001 livros a ler antes de morrer. Infelizmente, ter visto o filme primeiro teve as suas consequências e o final não teve tanto impacto em mim como provavelmente teria caso não tivesse visto a adaptação. Ainda assim, deixou-me com uma lágrima nos olhos.

Neste pequeno livro seguimos a história de dois homens que se conhecem desde muito novos e que se complementam. Trabalhando em fazendas, nas colheitas, são movidos por um sonho: terem ambos um pedaço de terra onde possam ser senhores, cuidando-a e vivendo dela. Infelizmente, Lennie tem a mente de uma criança e uma força descomunal, o que os faz partir para uma nova fazenda, onde Curley, o filho do dono da terra, persegue Lennie que é também vítima dos avanços da mulher daquele. Aí, Candy, um velho com algum dinheiro guardado e que teme ser posto fora da quinta por em breve não ser capaz de fazer o serviço na fazenda, e Crooks, um negro colocado de parte devido ao seu tom de pele, passam também a fazer parte do sonho temendo a solidão e querendo viver a sua vida de forma digna, semeando o que colhem. Mas o sonho é desfeito.

Este é um pequeno livro que se lê de forma agradável num par de horas. Focando-se a história em temas como a solidão e os sonhos, é impossível não nos revermos nas personagens e partilhar-mos as suas esperanças. Mas o destino não liga a esperanças nem sonhos e consegue ser cruel. :(

8 de julho de 2010

Pequena actualização

Como podem ver pela pouca actualização do blog, o mês de Junho não foi muito profícuo em leituras, não só porque ando mais entretida com séries televisivas, mas também porque o trabalho tem dado que fazer (e descobri mais alguns factos interessantes no meu local de trabalho), fiquei sem computador e sem possibilidade de reaver o que lá tinha (já sei que os backups são nossos amigos e eu até ia formatar o pc, mas o mesmo foi-se ao ar uma semana antes do previsto) e agora tenho de refazer as bases de dados e inspeccionar o que tenho cá por casa que possa ser útil. Enfim, vou tendo um monte de trabalho em mãos que me tira a vontade de ler, porque chego cansada a casa e tenho mais trabalho pela frente, e com este calor também não me consigo concentrar.

No entanto, apesar de as leituras andarem lentas, bastantes aquisições foram feitas, sobretudo no Bookmooch. Este ano já têm sido tantas compras, tantos pedidos no Bookmooch e empréstimos, que sinceramente não me recordo de todos os livros, mas enfim são os livros que me vão acompanhar até ao final do ano porque o novo computador não foi barato. Ainda bem que continuo a trabalhar ao pé de uma biblioteca...

Também será perceptível que a ideia do mês temático não foi convenientemente para a frente, talvez mais para o final do ano pegue em livros de autores de língua portuguesa, sobre a China e até mais livros sobre o Japão, mas este ano vejo-me mais voltada para os romances históricos. Livros com temas leves é o que me tem apetecido ler e o que mais tenho desfrutado e parece que a tendência até ao final do ano manter-se-á. Até agora gostei bastante dos livros da Julia Quinn e da Sarah Addison Allen, já Lisa Kleypas e Emily Brontë, de quem esperava mais, desiludiram um pouco.

Meio ano já passou, vamos a ver como corre a segunda parte de 2010. O início desta segunda metade não tem sido grande coisa, mas já tem dado para rir bastante. :D

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