31 de agosto de 2014

Projecto 365 - #291-297

#291
#291
Eis o livro que estou a ler agora. Era para ler o terceiro livro, Riveted, mas acabei por achar que era melhor reler todos os livros e contos publicados até agora para me voltar a ambientar ao mundo criado pela autora.

#292
#292
Já há algum tempo que não corro e não voltou a ser desta. xD Ainda assim fui andar e espero que tenha conseguido abater algumas calorias que tenha ganho durante as férias.

#293
#293
O resto da semana foi passado a Norte.

#294
#294
Com cabras por vizinhas. xD

#295
#295
O que incluiu alguns passeios.

#296
#296
Passeios esses aproveitados para apanhar amoras.

#297
#297
Ou simplesmente andar a ver o que a terra tem para oferecer. Sim, que uma pessoa tem de andar muito para desmoer a quantidade de melão com presunto e vinho que oferecem quando se visita a família. Mas tão bom. :P

30 de agosto de 2014

O Fio do Tempo

Autor: João Paulo Oliveira e Costa
Ficção | Género: ficção histórica
Editora: Temas e Debates | Ano: 2011 | Formato: livro | Nº de páginas: 352 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: foi comprado em 2011. Sim, este é o ano de andar a ler o que está para trás...

Quando e porque peguei nele: li-o de 4 a 12 de agosto. Já era altura de pegar nele, pois tenho vindo constantemente a adiar, e queria ler um autor português. A diversidade literária começa por ler mais coisas nacionais. :P

Opinião: Já tinha gostado bastante do primeiro livro que li deste autor, pelo que este acabou por não ser uma surpresa, antes uma confirmação. Aborda sensivelmente o mesmo período, o século XV português, mas desta feita através de um homem a completar os seus 101 anos de vida. E que vida preenchida teve o D. Álvaro de Ataíde!

Por entre as várias recordações de Ataíde, ficamos a conhecer momentos importantes da História portuguesa, como a tomada de Ceuta, assim como a intriga política da época, passando por 5 reinados e um período de regência. Também é engraçado perceber a mudança que se dá da época medieval, sendo que o protagonista é ainda como que um cavaleiro feudal chegando mesmo a participar em justas, para a época moderna, com os Descobrimentos portugueses que, apesar de menos focados, são importantes para entender as alterações ténues que se vão dando em Portugal.

Se o detalhe e reconstrução histórica se destaca, já as personagens acabam por ser algo unidimensionais. Não consegui mesmo ligar-me emocionalmente ao protagonista, apesar de ter gostado de acompanhar a sua história e ter ficado fascinada pelo seu fascínio com o tempo e, sobretudo, com a ampulheta. Também tenho de dizer que gostei dos seus diálogos com os espíritos. As personagens servem o livro mas não há grande construção para além de um ou dois traços de caracterização. Penso que isto já se notará em O Império dos Pardais mas foi aqui que o senti verdadeiramente e fez-me desgostar um pouco menos da leitura.

Não será um livro de leitura compulsiva, até porque os constantes saltos temporais e nem sempre lineares obrigam a estar com alguma atenção, e julgo que não agradará a todos, mas quem gosta de História, nomeadamente portuguesa, tem aqui uma boa aposta.

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

29 de agosto de 2014

Filmes para TV

Tenho reparado que nos últimos meses a Fox Life tem exibido muitos filmes. Como não conhecia nenhum dos títulos e me pareciam ser baseados em "casos verídicos" tenho que confessar que a curiosidade não era muita, ainda menos quando vi que eram filmes para televisão, que sinceramente nunca me pareceram muito apelativos porque têm demasiado drama e as atuações, parece-me, não costumam ser das melhores. :/ No entanto, recentemente fui apanhando alguns do início e lá me pus a ver.

Primeiro vi "Deadly Obsession" e devo dizer que não fiquei nada impressionada. Até tem um tema interessante e que, infelizmente, faz tantas vezes notícia nos telejornais, mas a maneira como foi tratado foi tão aborrecida que dava por mim frequentemente distraída. As atuações não ajudam e tipo, largar a arma no final e ninguém, nem o polícia, se dignar a afastar a arma do gajo? Que raio?! *revira olhinhos*

Depois veio o especial Nora Roberts. Ainda pensei em ver todos mas a curiosidade não era muita, no entanto consegui apanhar três filmes do início (okay, na verdade apenas dois, o segundo que vi já ia a meio). Quer dizer, já tive oportunidade de ler a autora e não fiquei propriamente bem surpreendida, mas como os filmes até pareciam contar com atores que não desgosto de ver, lá me sujeitei.

"Carolina Moon", que é a adaptação de Lua de Sangue em português, até tinha uma premissa interessante. Infelizmente depressa descambou quando percebi que a Tory tinha saído da cidade com 10-12 anos e voltou ao fim de 18 anos. E, como não podia deixar de ser, dá de caras com a sua primeira paixão, e há borboletas e coraçãozinhos porque é o seu primeiro e único amor, e ao fim de 3 semanas já pensam em casar. Claro... porque em 18 anos uma pessoa não muda, mesmo que se tenha um poder que a leva a ver das piores coisas que se podem fazer a crianças ou a qualquer outra pessoa, e se pode conhecer *verdadeiramente* alguém em 3 semanas! *revira olhinhos* Além disso, foi-me difícil levar Oliver Hudson a sério porque estou habituada a vê-lo como o palhaço de "Regras do Jogo", e a Claire Forlani continua a não me convencer como atriz. Então porque raio tento ver coisas com ela? Não faço ideia... esperança que melhore? Ou então são os olhos. Meu Deus aqueles olhos! Morro de inveja por aqueles olhos.

Depois apanhei cerca de uma hora ou 45 minutos de "Montana Sky", que corresponde a Os Céus de Montana, mas foi fácil acompanhar a história que, parece-me, não podia ser mais aborrecida. Além disso dei pelo menos com um erro de continuidade gritante, onde uma das protagonistas tenta salvar o namorado de outra e num shot não tem luvas, depois já tem, e depois está a calçá-las. xD Adorei a atriz principal, Ashley Williams, em "Foi Assim que Aconteceu" (foi das melhores personagens que namoraram com o Ted, o primeiro encontro é de sonho <3) e tinha curiosidade em vê-la noutras coisas, mas aqui não me convenceu.

Por fim, vi o filme "Tribute", adaptação do livro editado por cá com o título Começar de Novo, e que me surpreendeu. O romance pareceu-me bastante credível ainda que a passagem do tempo só seja perceptível muito tenuemente pelas alterações que se vão fazendo na casa que Cilla restaura. As atuações também não são más mas o enredo, como não podia deixar de ser, é bastante previsível, mesmo com a parte do mistério, e muito semelhante aos livros que li da autora. A sério, quando o filme começou eu ia gritando "ahah! há um autor! e a gaja muda-se, okay não é para casa dele mas é vizinha e ele é um autor em busca de inspiração!" Três livros e a história é basicamente a mesma. O_o

Confirma-se então a visão que eu tinha dos filmes para televisão, são mesmo fraquinhos, mas haja esperança que as coisas melhorem. Acredito que muito se deva aos orçamentos mais reduzidos, não tanto à escolha de histórias se bem que algumas sejam demasiado dramáticas e lamechas para o meu gosto, e é impressão minha ou por vezes falta algum brilho nas atuações? Mas enfim, as séries televisivas estão a ficar cada vez melhor, pode ser que o mesmo aconteça aos filmes.

27 de agosto de 2014

Curtas: Papuça e Dentuça; Para Sir Phillip, Com Amor (Bridgertons #5); Silver Shadows (Bloodlines, #5)

Título: Papuça e Dentuça
Diretor: Art Stevens, Ted Berman, Richard Rich
Baseado, muito livremente, no livro The Fox and the Wound de Daniel P. Mannix
Vozes: Mickey Rooney, Kurt Russell, Pearl Bailey

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Eu sei que um filme da Disney não me diz muito quando não me lembro de o ter visto ou até me lembro de o ter visto mas não me lembro de nada da história, como neste caso. Sabia que o tinha visto mas lembrar-me de alguma coisa? Népias.

Na verdade este é realmente um filme esquecível. Não há músicas nem falas memoráveis, e parece que lhe falta algo. Nunca me convenceu a suposta amizade entre ambos porque acabam por não interagir assim tanto como isso. Parece-me que talvez um maior foco na relação entre o Tod e a dona fosse melhor, pelo menos pareceu-me mais credível e a cena em que ele é abandonado partiu-me o coração e fez-me chorar como uma Madalena arrependida.

Talvez apele mais a crianças.

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.

Título: Para Sir Phillip, Com Amor (Bridgertons, #4)
Autor: Julia Quinn
Ficção | Género: romance histórico
Editora: Asa | Ano: 2014 (originalmente publicado em 2003) | Formato: livro | Nº de páginas: 336 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: foi comprado este ano, não no dia em que saiu mas quase. :D

Quando e porque peguei nele: li-o de 28 de julho a 1 de agosto, porque é Julia Quinn! <3

Opinião: A sério, é sempre um prazer regressar a esta série e sobretudo a um dos livros que mais gostei aquando da primeira leitura. A segunda também não foi má, foi mesmo tão boa como a primeira, porque já não me lembrava assim de tantos detalhes. Abençoada memória de peixinho dourado. :P Não há como não adorar a interação entre as personagens, sobretudo quando os restantes Bridgerton entram em cena para salvarem a honra da irmã. xD

Mais uma vez, pouco mais tenho que acrescentar ao que escrevi por ocasião da minha primeira leitura, mas (há sempre um mas) desta feita a atitude da Eloise pareceu-me demasiado precipitada e mesmo estúpida, temo, tendo em conta todo o cerimonial da época, o que me vai um pouco contra a personagem. Mas também, se assim não fosse a história não teria tanta piada, não é verdade? E não haveria a cena com os homens todos a ficarem amigos sobre uma noite de bebedeira, certo? E o Colin com fome... *suspira enquanto sussurra "Colin! <3"*

Veredito: Para ter na estante.

Título: Silver Shadows (Bloodlines, #5)
Autor: Richelle Mead
Ficção | Género: fantasia urbana
Editora: Razorbill | Ano: 2014 | Formato: e-book | Nº de páginas: 416 | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: foi comprado este ano, não no dia em que saiu mas quase. Até podia dizer que é um guilty pleasure, mas sinceramente não me sinto culpada por gostar. :P

Quando e porque peguei nele: li-o de 1 a 4 de agosto, porque o livro anterior tinha acabado numa situação bastante intrigante e eu queria ver como a coisa se resolvia.

Opinião: Há semelhança do livro anterior, contamos com dois pontos de vista, o de Sydney, a protagonista, e o de Adrian, a sua cara-metade. Percebe-se melhor a escolha pelos dois pontos de vista, quando até ao terceiro volume só tínhamos a visão de Sydney, pelos acontecimentos que têm lugar, uma vez que ela acaba raptada. Neste livro seguimos então o que acontece pós-rapto, o que Sydney tem de suportar e, através de Adrian, os esforços para a recuperarem.

Apesar de adorar o Adrian, era com muita pena que deixava Sydney e a sua luta contra os seus captores. A sua linha de história era a mais interessante, enquanto que Adrian parecia perdido. Ok, eu até entendo, por causa do seu poder e tal, mas ainda assim era com alguma frustração que lia os seus capítulos. Também senti falta da interação entre ambos mas diga-se que uma vez juntos, meu Deus... *suspira* E não é um bom suspiro de "aww, tão juntos e tão fofos!", não... é um suspiro de "mas porquê?" Assim que Sydney é libertada segue-se um rol de más decisões. Isto não é a minha Sydney! E a cena do *big spoiler que OMD porquê?* enquanto fogem?! Nope, não gostei. Percebo o potencial que a coisa tem para a continuação e que ela tenha mudado porque a sua vida foi ameaçada, mas aquilo não é a minha Sydney!

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perdia com isso. Mas fico à espera do (espero eu) último volume.

26 de agosto de 2014

Só Ler Não Basta #19.2 - The Giver: o dador de memórias


Este mês volta a não haver convidados, mas há muita randomness. :D Acho que por vezes esquecemo-nos mesmo do que era suposto ser o tema. xD As minhas parceiras, porque a minha cabeça é parva e confundiu as coisas, fizeram uma leitura conjunta, ou mais ou menos na mesma altura, do livro da Lois Lowry com o título The Giver, por ocasião da estreia cinematográfica, que pensávamos ser em agosto mas que parece ter passado para setembro. Como não podia deixar de ser, há spoilers, e temo que não só para o livro/filme em discussão. *assobia inocentemente*


Links que podem ter algum interesse:
Walking Away From Colors: The Giver na Tor.com, sobre o livro
"Perhaps It Was Only an Echo": The Giver na Tor.com, sobre o filme
The Giver: film review, crítica ao filme

Podem participar nas discussões no grupo do Goodreads e encontrar um índice da conversa no Youtube.

25 de agosto de 2014

A ver: Outlander


Ah bolas... Eu não precisava de querer reler os livros, okay?! Mas como posso eu avançar agora para o quinto sabendo o que está para trás, muitos detalhes até que já esqueci, e o que vem aí à frente na série televisiva? Sempre podia tentar meter os livros do Lord John pelo meio e tentar seguir a cronologia histórica dos livros daquele mundo, não?

Porque o que não me falta são livros que quero ler...

24 de agosto de 2014

Projecto 365 - #284-290

Uma semaninha de férias já lá vai e não podia ter passado melhor. Basicamente o que tenho feito é comer, dormir e ler. Nos intervalos vou vendo alguma televisão. :P Por entre isto, houve coisas más e coisas que estão a ficar melhores, mas isso não interessa para aqui.

#284
#284
Tentei fazer uma espécie de "progressão de leitura" que começou com a última foto da semana anterior. Aqui a 31% da leitura.

#285
#285
47%

#286
#286
63%

#287
#287
72%

#288
#288
Finito! E posso dizer que assim que o acabei a minha vontade era de o começar novamente.

#289
#289
Sábado não houve foto porque esqueci-me. Também não houve nada de extraordinário, fui às compras mas para variar não comprei nada. :/ De modo que aqui deixo a leitura de domingo.

#290
#290
E a citação que deu o título, e o moto, à série "Hollow Crown". <3 Eu já devia de estar à espera, afinal de contas já a vi e já li outras peças do homem, mas esta peça é muito boa.

23 de agosto de 2014

Monty Python Live (mostly)

Foi um prazer enorme ver no cinema, quase ao vivo, este grupo de comediantes. Sobretudo porque por pouco ficava sem bilhetes. Andei eu e o meu irmão praticamente 15 dias a pensar "não podemos esquecer dos Monty Python, não nos podemos esquecer dos Monty Python!" e o que fizeram os nossos cérebros? Pois que se esqueceram dos Monty Python... e só nos lembrámos no próprio dia, pela manhã. Já não havia bilhetes em Lisboa pelo que alargámos a busca ao Montijo e... tcharan! Eis que ainda havia lugares!

É verdade que não sou tão fã como outros, como o meu irmão por exemplo, mas adoro muitos dos seus sketches e filmes, pelo que foi um prazer imenso poder vê-los mesmo que não estivesse no O2 Arena. Entre sketches ao vivo, como "Dead Parrot", e gravados, como o jogo de futebol entre os filósofos gregos e alemães, houve muito riso e cantorias. xD Ainda para mais teve convidados especiais como o Eddie Izzard! *guinchinhos* Podia ter sido melhor aproveitado mas OMD! *mais guinchinhos* Mas ainda sonho com um "Cake or death" e a "Spanish Inquisition" a saltar do meio do nada.

Claro que o DVD vem parar direitinho cá a casa, assim que sair.

22 de agosto de 2014

Curtas: Scott Pilgrim vs. the World, Wild Wild West

Título: Scott Pilgrim vs. the World
Diretor: Edgar Wright
Baseado na série de comics Scott Pilgrim de Bryan Lee O'Malley por Edgar Wright e Michael Bacall
Atores: Michael Cera, Mary Elizabeth Winstead, Kieran Culkin

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Acho que tenho um problema com o Michael Cera. Não faço ideia do que seja mas sinto que não o consigo levar a sério. Não que neste filme a sua personagem seja para levar a sério, mas nunca consegui gostar dele e por isso não fui capaz de simpatizar com a sua personagem. Gostei bem mais dos ex-namorados vilãos, até porque um deles é o Chris Evans. Tipo... como?! COMO?! *lança mãos aos céus enquanto brada a plenos pulmões* E só para deixar um exemplo do senhor...

You're welcome!!!

Confesso que não conhecia a comic antes de se falar no filme, e se nunca tive vontade de a ler, não foi depois de ver o filme que mudei de opinião. Sem conhecimento de causa, parece-me uma boa adaptação, o essencial para conhecer as personagens e a história, não preciso de aprofundar nada. Devo dizer, no entanto, que gostei do aspeto "video-jogo" das lutas com os ex-namorados até chegar ao boss, que achei um bocadinho fraquinho.

Veredito: Deu na televisão e pouco se perde com isso.

Título: Wild Wild West
Diretor: Barry Sonnenfeld
Baseado numa série de televisão com o mesmo nome por S. S. Wilson, Brent Maddock, Jeffrey Price e Peter S. Seaman
Atores: Will Smith, Kevin Kline, Kenneth Branagh

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Oh God, why?! é a primeira coisa que me vem à cabeça quando agora penso neste filme. Estive anos... ANOS para ver este filme e não consigo descrever o quão desapontada fiquei. E já ia com expetativas baixas, porque já sabia o que esperar em termos de enredo por coisas que tinha lido/ouvido e mesmo por excertos que tinha visto. Mas não contava com as atuações de meter dó do Kevin Kline e do Kenneth Branagh que são só dois atores que adoro ver!

É prevísivel, algumas situações são irreais (tipo demasiadas coincidências e tal) mas esperava que ao menos as atuações fossem de nível, que fizessem o trabalho decente a que estou habituada, mas pareceu algo como "isto é um autêntico trainwreck, deixa cá só ganhar a massa e pôr-me daqui para fora". Eu entendo que se faça filmes mais leves, divertidos, só porque se pode (tipo "Zombieland"), mas nem as piadas tiveram graça! O_o

Salva-se o aspeto visual da coisa porque... steampunk! \o/

Veredito: Com tanta coisa e tinha de ver isto.

21 de agosto de 2014

Booking Through Thursday: Mistério

A pergunta desta semana é...
Do you read mystery novels? If so, why? Is it the mysteries themselves that appeal to you? The puzzle-solving? The murders? Or why don’t you read them? What about them doesn’t appeal?
Não leio assim tantos, penso que por culpa das imensas séries televisivas que se dedicam a resolver crimes e tal. Uma pessoa acaba por preferir dedicar-se a géneros que vê menos por aí, julgo eu. Mas o que adoro num bom mistério é o puzzle, tentar resolver o caso com as pequenas pistas que nos vão sendo dadas, tentar perceber como é que o autor nos está a tentar distrair e enganar.

No entanto têm um senão, há alguns em que é fácil perceber quem é o culpado e a coisa torna-se aborrecida. :/

20 de agosto de 2014

Roda dos Livros

Depois de muito ouvir a Patrícia falar sobre a Roda dos Livros, decidi-me então a ir a um dos seus encontros. Calhou desta vez ser um piquenique, porque melhor que conversar sobre livros é ter comida à disposição enquanto se fala de livros. :D

Podem ver algumas sugestões de leitura aqui mas muitas mais foram dadas, como não podia deixar de ser. ;)

19 de agosto de 2014

Ireland Rose

Autor: Patricia Strefling
Ficção | Género: romance histórico
Editora: WestBow Press | Ano: 2011 | Formato: e-book | Nº de páginas: 280 | Língua: inglês

Quando e porque peguei nele: 21 a 27 de julho. Já háaalgum tempo que tinha este livro no Kindle a chamar por mim. Capa bonita, título que prometia uma coisa completamente diferente da que fui encontrar. Eu já deveria de saber que antes de comprar devo ler a sinopse e um bocado do texto.


Opinião: No último ano e alguns meses resolvi deixar de pedir ou comprar e-books a preço zero na Amazon ou em qualquer lado. Primeiro, porque estava a acumular títulos que nem uma doida, já me basta os que tenho em papel. Segundo, é impressão minha ou é tudo christian fiction? Não que isso seja mau, continuo a achar que é dos géneros com as capas mais bonitas e quando bem feito não me parece que seja um romance tão diferente dos outros, apenas com uma moral mais vincada e casto. Terceiro, e por ventura a razão maior para passar a ignorar os e-books gratuitos, a maior parte não passa do "meh" e há alguns que deveriam ser fortemente editados. Este é um desses.

Ireland Rose é a nossa protagonista, (sim, é realmente o nome dela) e não, como eu pensava a flor mais bela da Irlanda. Julgava eu que o livro se ia debruçar sobre uma qualquer mulher importante na história daquele país mas não. Eis porque devo ler sinopses. De qualquer maneira, transposta a primeira desilusão, lá prossegui a leitura mas a coisa foi piorando. Começa com ela a receber um capitão às ordens do seu marido a, praticamente, forçá-la a assinar papéis que fazem dela a herdeira do marido que corre risco de vida por estar gravemente doente. Em nenhum lado é mencionado que ela lê os papéis. Pouco depois é visitada por um sujeito que lhe garantem ser de má rês, ela lê os papéis, reza a Deus para a guiar... e assina à mesma. Por esta altura acho que já não podia com a personagem.

Ponderei desistir mas o porquê do capitão ter sido tão brusco com ela estava constantemente a dizer-me para prosseguir a leitura. Dali só podia vir o romance! Ok, ela era casada, mas o marido estava doente, mais cedo ou mais tarde a coisa iria encarreirar... mas não. Durante cerca de dois terços do livro seguimos a personagem mais frustrante que poderia ter sido criada. Não é que seja a perfeição em pessoa, mas a sua gentileza, a sua caridade parece tão forçada, tão para fazer dela moralmente superior a qualquer outra que só me apetecia atirar o Kindle contra a parede. Além disso a moça não tinha espinha! Parece que não faz nada por ela mas para parecer bem. A procura de amizades é para o seu marido ficar satisfeito por ela ter encontrado alguém com quem se relacionar para além dele, numa cidade e sociedade para ela totalmente desconhecida. Até a caridade é para ele ficar satisfeito, porque ele ficou doente a fazer atos de caridade, logo se ela o fizer, ele ficará satisfeito. Grrr!

Mas isto nem é o pior! A certa altura o tal capitão pede-lhe que tome conta de uma jovem que está grávida. A jovem dá à luz e como não quer a criança dá a pequena a Rose, que a adota, assina papéis e tudo, e cria-a como sua própria filha durante cerca de um ano, até que o capitão volta e lhe pede a criança. Porque raio quer ele a criança? É o pai? A mãe arrependeu-se?! Não, o capitão tira-lhe a criança para a dar à sua irmã, que ficou viúva e cujo falecido marido violou a verdadeira mãe da criança. Ou seja, ele tira a filha ilegítima do marido da irmã, para dar à própria irmã, que assim vai criar o fruto da canalhice do seu defunto marido. Isto tudo quando Rose tem todo o direito de ter a criança porque há papéis que dizem que ela é mãe adotiva, porque os pais (o defunto, que queria que a mãe biológica fizesse um aborto logo não queria reconhecer a criança, e a mãe biológica que dá, quase implora que ela fique com a pequena) rescindiram dos direitos. E o que ganha ela em troca por dar a criança? Tristeza. Alguma tristeza que é, de alguma forma, suavizada por um cachorro. *massive eye roll* A sério, sou a primeira a assumir que os animais são como verdadeiros filhos, mas pelo amor de Deus, nunca nesta situação um cão poderia substituir uma criança nem uma mãe dar a sua filha assim, sem qualquer tipo de luta, por muito que levasse a peito a passagem sobre a decisão salomónica.

No meio disto, descobrimos que o capitão Wyatt era bruto para com a Rose porque ela o lembrava de uma antiga paixão, que é rapidamente resolvida num encontro casual, enquanto ele jantava com Rose e a antiga paixão aparece. Tudo é bastante anticlimático e a rapidez com que o capitão e a Rose se dizem apaixonados um pelo outro parece vir completamente do nada, porque não há nenhum indício de qualquer tipo de relação. Ok, ele dá-lhe o cachorro... mas tinha-lhe tirado a criança! Como é que ela fica com quem lhe tira a criança para a dar à irmã, que nem sequer tem qualquer tipo de relação com a criança?! E não me interessa que eles tenham tido um molhe de filhos e fossem felizes para sempre, foi tudo muito estúpido e simplista.

Não posso com personagens que são um autêntico doormat e a Ireland Rose é uma. Para além disto, a formatação é de bradar aos céus e há imensos erros.

Veredito: Com tanto livro e tive de pegar neste. Tenho de aprender a ir com o meu instinto. Algo cá no fundo dizia "desiste que isto não vai a lado nenhum", mas este ano já desisti de 3 ou 4, uma vez por outra convém dar uma chance ao livro, não? Baseado neste, não!

18 de agosto de 2014

Porque música é poesia (35)



Foo Fighters - Best of You

I've got another confession to make
I'm your fool
Everyone's got their chains to break
Holdin' you
Were you born to resist or be abused?

Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

Are you gone and on to someone new?

I need somewhere to hang my head
Without your noose
You gave me something that I didn't have
But had no use
I was too weak to give in
Too strong to lose

My heart is under arrest again
But I break loose
My head is giving me life or death
But I can't choose
I swear I'll never give in
I refuse

Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
You trust, you must confess

Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
The life, the love
You'd die to heal
The hope that starts
The broken hearts
You trust, you must confess

Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

I've got another confession, my friend
I'm no fool
I'm getting tired of starting again
Somewhere new

Were you born to resist or be abused?
I swear I'll never give in
I refuse

Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
You trust, you must confess

Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

17 de agosto de 2014

Projecto 365 - #277-283

#277
#277

#278
#278
Nova leitura.

#279
#279
Porque a super lua também se via durante o dia, embora não seja propriamente perceptível na foto. :/

#280
#280
O que eu esperei por este dia. :')

#281
#281
Ou basicamente como as minhas férias estão a decorrer e como quero que continuem.

#282
#282

#283
#283
A 18% da leitura.

16 de agosto de 2014

The Giver: o dador de memórias (The Giver, #1)

Autor: Lois Lowry
Ficção | Género: ficção científica
Editora: Everest Editora | Ano: 2010 (originalmente publicado em 1993) | Formato: livro | Nº de páginas: 240 | Língua: português

Quando e porque peguei nele: 3 a 5 de julho. Feita parva confundi os meses das leituras para o SLNB. :P


Opinião: Não sei porque é que estava à espera de um livro maior mas penso que começou aí a minha desilusão. Sim, li este livro numa altura em que andava meio desiludida com o que andava a ler. Não dá para ser sempre surpreendida e tal, mas digamos que esperava mesmo algo mais.

É um bom livro mas acho que se o tivesse lido há uns anos atrás, talvez quando foi editado originalmente e eu tinha sensivelmente a mesma idade do protagonista, teria gostado bem mais, assim acabou por me parecer demasiado parecido com o filme "Equilibrium", ou pelo menos do que me lembro do filme.

Numa sociedade aparentemente perfeita, seguimos Jonas num importante momento da sua vida: quando se prepara para saber o que vai fazer no seu futuro e perceber que lugar terá naquela sociedade. No entanto, o cargo que o espera não é comum e a sua formação também não o vai ser, pois vai permitir-lhe abrir os olhos e ver que o que parecia perfeito pode afinal ser uma abominação.

Só ouvi falar do livro devido ao filme e realmente penso que será algo que tem a ganhar com uma adaptação, pois de certa forma (e quem vir o trailer perceberá em parte) é um livro visual. A sociedade está bem retratada, ainda que o porquê de ser assim fique por explicar, e o leitor, tal como Jonas, acaba por se integrar bem na mesma até que começa a descobrir o que está por detrás da perfeição. Como acontece com o protagonista, é fácil revoltarmo-nos mas, para dizer a verdade, pouco me importei porque apesar de tudo já sabia o que esperar.

Para além disso, o livro acaba por ser algo superficial. Eu não serei de todo o público-alvo deste livro e senti que devido à idade do protagonista, e consequentemente daqueles a que o livro se dirige, vários aspetos não foram aprofundados, parecendo que só se arranha a superfície de temas que mereciam ser bem melhor explorados. Jonas a certa altura experiencia a morte e a guerra mas isso parece que só o faz sentir triste, não o desfaz ou o horrifica. Pareceu-me que o que ele sente era mais o que sentimos quando vemos notícias do que se passa em Gaza por exemplo, com um certo distanciamento, quando supostamente ele deveria experienciar através da memória de alguém que passou por aquilo, alguém que combateu, participou num conflito armado e perdeu ou viu morrer alguém.

A partir da memória que lhe é transmitida Jonas "cresce" e, como disse, revolta-se mas pareceu-me bastante simplificado. É quase uma questão de "OMD isto é mau e eu quero sentir!" e não me pareceu existir propriamente um pesar de prós e contras. Cheguei a preferir que se seguisse a história da recetora de memórias anterior porque mesmo o final dela teria outro impacto, parece-me. O final de Jonas é deixado algo em aberto e, sinceramente, tive curiosidade em confirmar as minhas suspeitas mas não o suficiente para ler os restantes livros.

Acaba por suscitar alguma ponderação e penso que um público bastante juvenil poderá ganhar com os "ensinamentos" deste livro, mas eu esperava algo mais e diferente.

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.

15 de agosto de 2014

Só Ler Não Basta #19.1 - Leituras de Agosto


A sério, os Hangouts do Google são coisas do demo. Uma pessoa agenda, marca outras coisas para depois de uma conversa porque prioridades, e chegando o dia conversa e tal, para no dia seguinte reparar que ah e tal afinal a coisa não gravou. -.-' De modos que esta é a segunda edição de leituras e lançamento do tema deste mês, que será dedicado ao livro The Giver, cuja adaptação estreia em breve nos cinemas. Podem deixar, como sempre, a vossa opinião sobre o tema no nosso grupo do Goodreads, podem encontrar um índice da conversação no Youtube e seguir-nos no Google+.



Artigos interessantes:
Telma: Anne Rice Finally Getting Some of that Sweet, Sweet Vampire Money
Diana: RIP: the Novel, Literature and Everything Else

Leituras:
Carla: Jonathan Strange and Mr. Norrell, de Susanna Clarke
Telma: The Giver, de Lois Lowry
Diana: Os Reinos do Caos, de George R. R. Martin

Outros livros mencionados:
O Fio do Tempo, de João Paulo Oliveira e Costa
O Amor Em Tempos de Cólera, de Gabriel García Marquéz
Johnny Got His Gun, de Dalton Trumbo

14 de agosto de 2014

Booking Through Thursday: Estantes 2

A pergunta desta semana é...
I've always considered that my bookcases give a pretty fair representation of me as a person - they show my interests, what kind of things I like, that I have a curious mind, the kinds of things I study... all that. But with the increase of e-books, that litmus test of personality is going by the wayside. Unless someone takes my Kindle and browses through it, there isn't an immediate, visible display of my interests... am I the only one who finds that kind of sad? Going forward, about the most we'll be able to tell about someone is that they OWN an e-book reader... but no real idea of what they actually read. I'm going to miss that.
Eu não acho que seja assim. Tenho um Kindle e não é por isso que não deixo de comprar livros e colocá-los nas estantes ou onde quer que tenha um espacinho, porque as estantes estão a abarrotar. Não me parece que ter um e-reader implique, obrigatoriamente, deixar de ter livros. Quanto muito torno-me mais selecta no que compro.

Talvez as minhas estantes daqui para a frente reflitam ainda melhor os meus interesses, porque ficarão nas estantes somente aqueles que de facto me disseram alguma coisa, ou foram oferecidos por alguém especial. Ficarão aqueles que preciso para trabalho e até mesmo aqueles que só comprei porque ficam bem na estante. :P

11 de agosto de 2014

Inspira-me (12)

Do blog Inspira-me:
Inspirado no destralhar, partilhe um hábito que esteja a tentar implementar no seu dia-a-dia.
Eu estou desde o início do ano a tentar acordar sempre à mesma hora, ou pelo menos não ficar até muito tarde na cama ao fim de semana para tentar ler um pouco mais. Durante um período a coisa até andou bem mas nos últimos tempos descarrilou. Assim como a corrida. Não o tenho feito com a frequência que desejava, como no ano passado. Aliás, acho que este ano se deve contar pelos dedos de uma mão (ok, talvez das duas), as vezes que corri. *suspira* E devo dizer, nunca pensei ter saudades de correr. :/ Não que isso ajude a pegar nos ténis e ir para a estrada. xD

10 de agosto de 2014

Projecto 365 - #271-276

Mais uma semana em imagens.

#271
#271
Chega o verão e só apetece comer saladas ou outras coisas frescas. E sim, tenho copos com vacas! :D

#272
#272
Mais uma pequena mudança...

#273
#273
... porque o gabinete é a sala que se segue no arranjo das janelas. Espero que esta semana fique tudo pronto no que à biblioteca diz respeito.

#274
#274
Nunca pensei mas ando a gostar de, com mais frequência, dedicar-me à escrita para mim própria. É uma excelente maneira de organizar ideias.

#275
#275
Ida ao cinema com o mano para ver os Guardiões da Galáxia! \o/ Só tenho uma coisa a dizer... I am Groot!

#276
#276
Porque, claramente, eu não falo o suficiente sobre livros, hoje fui espreitar um encontro da Roda dos Livros, também no Facebook. Foi uma tarde muito bem passada, como de resto todos os momentos em que se fala de livros, e vim de lá com algumas sugestões jeitosas. Agora é arranjar tempo para ler tudo. :)

8 de agosto de 2014

Curtas: As Bonecas Russas, Um Azar do Caraças

Título: As Bonecas Russas
Diretor: Cédric Klapisch
Escritor: Cédric Klapisch
Atores: Romain Duris, Kelly Reilly, Audrey Tautou

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Mais um filme francês, dois no espaço de um mês! Algo de estranho se passa comigo. :P Não gostei tanto como de "Um Longo Domingo de Noivado" mas também são filmes completamente diferentes. Se um lida com a guerra e o amor durante uma guerra, neste parece que o amor é uma guerra (aliás, já diz a música love is a battlefield), ou melhor crescer é uma guerra.

Demorei um pouco a entrar no espírito da coisa porque não simpatizei com personagem principal, sobretudo pela forma como tratava as mulheres. Felizmente cresce, para além de ter coisas deliciosas como a parte do "dar música" aos restantes (opá, tão hilariante!), mas o que acaba por ter interesse ou pelo menos mais me interessou foi a perspetiva de vida de alguém que chega aos 30. Nesse nível consegui identificar-me com o protagonista mesmo sem passar por algumas das experiências que ele passa. Mas a desilusão, a incerteza de ter feito as escolhas corretas? Yep. Same here. Acaba por se debruçar sobre as expetativas criadas, no que queremos, de enfrentar realmente a vida e perceber que sonhos e expetativas nem sempre se concretizam, que os próprios objetivos mudam enquanto a vida nos vai acontecendo.

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.

Título: Um Azar do Caraças
Diretor: Judd Apatow
Escritor: Judd Apatow
Atores: Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul Rudd

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Foi curioso ter visto este filme pouco depois, cerca de duas semanas depois, do anterior pois pareceu-me que acabam por estar ligados pelo mesmo tema - o crescimento chegando à idade adulta e tendo de tomar responsabilidades.

Este nunca foi um filme que tivesse curiosidade de ver mas acabou por surpreender por mostrar então um crescimento, diria salutar, da personagem desempenhada pelo Seth Rogen. Infelizmente pareceu-me que veio um pouco tarde de mais no filme. De resto tem o que já esperava e o porquê de eu não ter qualquer curiosidade em ver o filme: humor brejeiro que pouco ou nada faz por mim; um grupo de amigos que, sinceramente, acho medonho; e as atitudes infantis dos mesmos amigos e protagonista.

Veredito: Com tanta coisa e tinha de ver isto.

7 de agosto de 2014

Booking Through Thursday: Estantes

A pergunta desta semana é...
When you visit a friend's house, do you find time to browse their bookcases? Does it shock you if they don't have one?
Posso não estudar com afinco as estantes mas dou uma espreitadela para tentar perceber que género de livros aprecia e se posso pedir algum emprestado. :D Devo dizer que antes era mais preconceituosa quanto ao tipo de livros que via em algumas estantes, mas entretanto tenho saído da minha zona de conforto e sim, há bons livros mesmo em géneros que geralmente pouco ou nada me dizem. E quem sou eu para julgar o gosto dos outros?

Não me choca também que não tenham estantes cheias de livros. Conheço quem não goste de ler e em vez de livros tenha filmes e séries televisivas às carradas, ou jogos de computador. Provavelmente para quem gosta muito mais desses tipos de entretenimento sou também algo digna de choque. :D

6 de agosto de 2014

Oryx and Crake (MaddAddam, #1)

Autor: Margaret Atwood
Ficção | Género: ficção científica
Editora: Virago | Ano: 2003 | Formato: e-book | Nº de páginas: 402 | Língua: inglês

Quando e porque peguei nele: 7 a 20 de julho. As leituras leves não estavam a dizer-me nada e resolvi virar-me para uma mais pesada.


Opinião: Margaret Atwood é daquelas autoras sobre as quais nunca vou conseguir escrever coisas muito coerentes. E escrevendo, nenhuma palavra minha poderá fazer qualquer tipo de justiça à sua obra, a tudo aquilo que me fez pensar e até analisar na minha vida.

Não direi que a sua escrita é invulgar, pois parece-me ser daquelas que escreve com bastante simplicidade e faz um magistral uso da palavra para contar histórias. Senti alguns problemas a entrar na história, é verdade, não devido à escrita mas ao mundo que a autora nos apresenta, e as "novas palavras" que usa parecem estranhas mas rapidamente se percebem e entram no nosso vocabulário. :P Apesar da sua escrita simples, sem grandes floreados, o retrato que ela faz de como o nosso mundo pode vir a ser, não é nada bom. O retrato, diria eu, é curto e grosso mas parece-me demasiado grosseiro e a escrita não é em nada grosseira. Antes há uma subtileza, uma leveza que acaba por contrabalançar o tema mais denso que o mundo que ela cria acaba por analisar. Faço-me entender? Não?! É porque não consigo expressar o meu fascínio sobre como alguns autores usam algo tão comum, como a linguagem, para fazer algo tão incomum, como contar histórias. Mais que nunca começo a pensar que muita gente escreve (que raios, eu estou aqui a escrever) mas poucos realmente contam histórias, e reside aí a diferença entre um escritor e um artista. E para mim ela é uma artista.

O ritmo da história é lento mas essa lentidão acaba por ser uma excelente imagem da vida de Snowman e uma extraordinária maneira de dar a conhecer a vida de Jimmy, que é como quem diz perceber como se chegou aquele mundo pós-apocalíptico com que nos deparamos no início da narrativa. O dia-a-dia é sempre igual, a mesma rotina, numa tentativa de se manter vivo e cuidar das criaturas que deixaram ao seu cuidado. Numa rotina e sem grande esperança num amanhã melhor, é com pouca surpresa que o protagonista deixe as suas memórias tomarem conta do seu pensamento, sobretudo quando tem de voltar ao lugar onde tudo aconteceu. Aí o ritmo acelera um pouco mais e acabamos por perceber que estando as coisas em movimento acaba por ser praticamente impossível parar. Há por todo o livro um sentimento de inevitabilidade, mas que chegando ao, sei lá, último terço do livro se agudiza. Mesmo que saibamos o que aí vem percebemos que não havia como impedir, porque mesmo que não fosse da maneira apresentada e naquele momento, seria numa outra altura e de outra maneira qualquer mas o resultado seria basicamente o mesmo.

É verdade que sou algo susceptível, nomeadamente quando leio à noite, com apenas o candeeiro da minha mesa de cabeceira ligado, mas durante o dia é um pouco mais difícil assustar-me e fiquei com medo ao ler este livro à luz do dia. Medo porque tal pode vir a acontecer. Epidemias, experiências genéticas, sobrepopulação, são coisas que já existem hoje em dia. Esgotam-se recursos naturais, abusa-se de tudo e mais alguma coisa (inclusivé de pessoas) em prol de uma "civilização humana" mas se tal continuar, quem sabe, como já aconteceu com outras espécies, também a humana se extinga, e deixem-me dizer que não quero andar a fugir de pigoons e wolvogs.

Tal como The Handmaid's Tale, esta é uma história demasiado verosímil, uma cautionary tale que devia ser tida em conta num mundo que parece estar a tornar-se cada vez mais doido.

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

5 de agosto de 2014

Hopeless (Hopeless, #1)

Autor: Colleen Hoover
Ficção | Género: romance
Editora: Simon and Schuster UK | Ano: 2012 | Formato: e-book | Nº de páginas: 332 | Língua: inglês

Quando e porque peguei nele: 6 e 7 de julho. Já não me recordo mas penso que terá sido porque há algum tempo que não pegava em e-books e estava com saudades do formato. :/ Talvez estivesse à procura de um novo YA ou coisa assim que me tirasse do ciclo vicioso em que aparentemente me encontrava, sem ler nada que me conseguisse cativar. E não, não tive sucesso.


Opinião: Porque continuei eu na onda dos juvenis e YA quando a coisa claramente não estava a resultar comigo? Não que os thrillers e os mistérios antes também fossem alguma coisa de jeito. Enfim, parece que quando se está num momento mau, está-se simplesmente num momento mau. Acontece. As leituras não podem ser sempre de 5 estrelas, e diga-se o meu gosto pode ser bastante questionável...

Neste caso a coisa começou logo mal, com a protagonista a ser irritante por demais com o seu "eu não sou uma vadia, ando na marmelada com gajos mas não sinto nada enquanto estamos na marmelada e tipo, nunca fiz sexo, por isso não sou uma vadia!" Não que eu considere que quem faz o mesmo o seja, cada um vive a sua vida como quer e pode fazer as escolhas que bem entender, tento não julgar as pessoas pela sua vida sexual ou emocional porque é algo que não me diz respeito. Mas é claríssimo que a personagem julga as pessoas e tenta afastar-se, com este discurso, de pessoas cujos atos condena. Porque sim, é uma condenação. É uma espécie de "pensas que eu sou má? por favor, eu nunca fiz sexo e há aquelas que fazem sexo com todos! eu estou à espera do meu príncipe encantado e por isso não sou vadia como elas, marmelada não conta!"

Claro que depois aparece o príncipe encantado... o estranho que lhe mete medo mas que OMD! é tão giro que a deixa sem ar!!! E deixa-a sem ar de várias maneiras e várias vezes ao dia. Pessoalmente, e como asmática, não me parece ser bom para a saúde, até porque ela chega mesmo a desmaiar com falta de ar após a corrida porque "OMD ele é tão giro e acompanhou-me até à porta de casa depois de eu aparentemente o stalkar sem querer e ter corrido mais que a minha conta", e porque suscitou uma infindável quantidade de "breathless" durante todo o livro, ou pelo menos durante a parte que li (ainda foi um terço do livro...), de tal modo que acho que o livro se devia chamar-se Breathless e não Hopeless. Hopeless estava eu com tanta falta de ar da moça... Cheguei mesmo a desejar que a coisa fosse para além do desmaio, que ela sufocasse mesmo sem qualquer acesso a ar, que ele lhe tirasse todo o ar dos pulmões e ela deixasse de existir no mundo das personagens fictícias estúpidas e irritantes!

Sim, eu disse estúpidas. Não mencionei a parte em que ela, apesar de estar algo reticente em estar na companhia dele porque, tipo, é um desconhecido que a deixa desconfortável, lhe mostra a sua identificação? Com a morada de casa e todos os seus restantes dados pessoais?! E ele nem é polícia nem qualquer outro tipo de autoridade?!?! Mas não, ela tem algum receio dele e a reação dela é "toma os meus documentos de identificação para confirmares que me chamo Sky, porque tenho de confirmar a minha identificação a alguém que não conheço de lado nenhum e não acredita em mim mesmo que não seja um agente nem tenha qualquer justificação para ver a minha identificação, já agora fica com os meus dados porque OMD tão giro! *pisca o olho... heavy breathing... faints*" *Carla suspira, faz tsk-tsk e revira os olhinhos enquanto lê* Não me perguntem como suspirei e fiz tsk-tsk ao mesmo tempo, mas aconteceu.

Enfim, estava à espera de outro Easy ou Just One Day mas rapidamente perdi qualquer interesse nas personagens e história.

Veredito: Não acabei.

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