30 de outubro de 2010

Aquisição de Outubro

É verdade, o título deste post está no singular porque este mês só comprei um único livro! Nada de empréstimos e só uma compra, o terceiro volume da trilogia Midnighters, e mais nada! Tenho entrado em FNACs e superfícies comerciais e saio de mãos a abanar!

Claro que perante este cenário desolador resolvi logo pedir 7 ou 8 livros no BookMooch que só devem chegar no próximo mês, mas é um feito! :D

Aprendiz de Assassino (A Saga do Assassino, Livro 1)

Autor: Robin Hobb
Género: fantasia
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: 382
Nota: 3,5/5

Resumo (do livro): O jovem Fitz é filho bastardo do nobre Príncipe Cavalaria e cresce na corte do Rei Sagaz. Marginalizado por todos, o rapaz refugia-se nos estábulos reais, mas cedo o seu sangue revela o Talento mágico e, por ordens do rei, é secretamente iniciado nas temidas artes do assassino.

Quando salteadores bárbaros atacam as costas, Fitz enfrenta a sua primeira e perigosa missão que o lançará num ninho de intrigas. E embora alguns o encarem como uma ameaça ao trono, talvez ele seja a chave para a sobrevivência do reino.

Com uma narrativa povoada de encantamentos, heroísmo e desonra, paixão e aventura, o
Aprendiz de Assassino inicia um das séries mais bem-amadas da fantasia épica.

Opinião: Com tantas opiniões positivas e tanto incentivo, devo ter partido com grandes expectativas para este livro pois, no final, esperava um pouco mais.

A história em si é algo interessante. Temos os Seis Ducados a lidarem com assaltos de Navios Vermelhos, que vêm das ilhas exteriores, que atacam as cidades costeiras, raptam pessoas e propõem estranhos resgates: paguem e matamos os reféns, ou não paguem e libertamo-los. O pior é que quando libertados os reféns deixam de ser as pessoas que eram, tornam-se Forjados, uma espécie de zombies que ataca tudo quanto mexe desde que tenham riquezas e/ou comida. Como se isto não bastasse, há uma crise política, decorrente da abdicação do príncipe herdeiro devido ao facto de ter um bastardo. Isto faz com que outros ponham os seus olhos no trono.

Sem dúvida de que é um bom enredo, daqueles que aprecio, mas parece-me que não foi muito bem conseguido. Primeiro, o relato é feito na primeira pessoa por Fitz, o tal bastardo referido em cima, e percebemos que é feito vários anos depois da história se passar, o que torna as situações de vida ou morte algo entediantes porque já sabemos que ele vai sobreviver. É por isso que em parte odeio este tipo de narração. Se há alguns exemplos bem conseguidos, que apesar de contados na primeira pessoa nos deixam em suspenso, este não o conseguiu fazer.

Segundo, a história tem um ritmo tão lento que parece que nada se passa. Poderia servir para a construção de personagens, mas infelizmente tal também me parece pouco conseguido porque os nomes das personagens já reflecte parte da sua natureza, a parte que mais se destaca, e pouco mais que isso vemos. Mas ainda assim há personagens interessantes, caso de Veracidade, Kettricken e o Bobo, a única que realmente é algo misteriosa (já os seus enigmas nem tanto, como me está a parecer no segundo volume e que me deixa com uma opinião muito pouco positiva do nosso protagonista).

Por último, gostei da magia, o Talento e a Manha, ainda que não perceba o porquê da Manha ser algo que supostamente o protagonista não devia fazer. Parece-me muito semelhante ao Talento e se aquele pode ser estudado e controlado, o mesmo devia de acontecer com o outro e não ser rejeitado.

Apesar de tudo é um livro que se lê bem e deixou-me com curiosidade suficiente para pegar no segundo volume (que estou quase a acabar), sobretudo para saber mais sobre os Forjados e o porquê do assalto dos Navios Vermelhos.

27 de outubro de 2010

Frostbite (Vampire Academy, Livro 2) [áudio-livro]

Autor: Richelle Mead; Khristine Hvam(narradora)
Género: fantasia
Editora: Penguin Group USA and Audible | Nº de páginas: -
Nota: 2/5

Resumo (do site Goodreads): Rose loves Dimitri, Dimitri might love Tasha, and Mason would die to be with Rose...

It's winter break at St. Vladimir's, but Rose is feeling anything but festive. A massive Strigoi attack has put the school on high alert, and now the Academy's crawling with Guardians - including Rose's hard-hitting mother, Janine Hathaway. And if hand-to-hand combat with her mom wasn't bad enough, Rose's tutor Dimitri has his eye on someone else, her friend Mason's got a huge crush on her, and Rose keeps getting stuck in Lissa's head while she's making out with her boyfriend, Christian! The Strigoi are closing in, and the Academy's not taking any risks... This year, St. Vlad's annual holiday ski trip is mandatory.

But the glittering winter landscape and the posh Idaho resort only create the illusion of safety. When three friends run away in an offensive move against the deadly Strigoi, Rose must join forces with Christian to rescue them. But heroism rarely comes without a price...


Opinião: Depois do primeiro volume, esperava que este também me surpreendesse de alguma forma mas infelizmente não o fez. Para começar, fez-me alguma confusão a narradora ter sido substituída, já que Stephanie Wolfe havia feito um trabalho excepcional no volume anterior, sobretudo no que tocava a representar as diferentes personagens indo ao ponto de variar sotaques conforme a nacionalidade de cada uma. Por exemplo, com personagens russos, tínhamos um sotaque russo. Isto, parecendo que não, fez uma grande diferença ao seguir a história. Neste áudio-livro, as personagens pareciam muito semelhantes.

Para além disso a história, apesar de uma sinopse algo apelativa, já que prometia confrontos com os tão temidos strigoi, conseguiu ser ainda mais previsível que a anterior. Mas isto não é tudo, já que a personagem Rose continua a deixar algo a desejar. É verdade que cresce um pouco mas é impressionante como consegue ser tão cega quando a resposta a algumas questões está mesmo na frente dela. O único ponto positivo deste livro, a meu ver, é descobrirmos um pouco mais sobre o quinto elemento, o espírito, que faz então parte da magia dos moroi e que mais moroi, para além de Lissa, o têm apesar de não o compreenderem em pleno, já que até ao volume anterior era desconhecido.

Apesar de muitos furos abaixo do anterior, ainda assim entretém numa tarde aborrecida a fazer variadas tarefas domésticas mas não me parece que vá continuar a seguir esta série.

23 de outubro de 2010

Os Pilares da Terra (Volume 2)

Autor: Ken Follett
Género: romance histórico
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 600
Nota: 5/5

Resumo (do livro): Publicado pela primeira vez em 1989, Os Pilares da Terra surpreendeu o universo editorial ao tornar-se gradual mas inabalavelmente um clássico da ficção histórica, que continua a maravilhar leitores de todo o mundo e que a Presença lança agora em dois volumes. Na Inglaterra do século XII, Tom, um humilde pedreiro e mestre-de-obras, tem um sonho majestoso – construir uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime, digna de tocar os céus. E é na persecução desse sonho que com ele e a sua família vamos encontrando um colorido mosaico de personagens que se cruzam ao longo de gerações e cujos destinos se entrelaçam de formas misteriosas e surpreendentes, capazes de alterar o curso da história – Ellen, uma mulher enigmática que vive à margem da sociedade e cujo passa do esconde um segredo, Philip, prior da cidade de Kingsbridge e que vai supervisionar a construção da catedral, Aliena e Richard, ricos herdeiros destituídos das suas terras e títulos, William, o cavaleiro sem escrúpulos, e Waleran, o bispo disposto a tudo para obter o que pretende. À medida que assistimos à edificação de uma obra única envolvendo suspense, corrupção, ambição e romance, a atmosfera autêntica do quotidiano da Europa medieval em toda a sua grandeza absorve-nos irremediavelmente, ousando desafiar os limites da nossa imaginação. Recriação magistral de um tempo de conspirações, delicados equilíbrios de poder e violência. Os Pilares da Terra é decididamente a obra-prima de um autor que já vendeu 90 milhões de livros em todo o mundo.

Opinião: Que viagem! É sem dúvida uma belíssima epopeia que, tendo como pano de fundo um período de guerra civil em Inglaterra, conta-nos a história da construção de uma catedral, sonho de uns e “pesadelo” de outros.

Se na primeira parte parece que andamos um pouco perdidos, neste volume vemos então onde a história nos leva e todas as perguntas (sobretudo o que liga Ellen a Waleran, o terrível segredo por detrás de toda a história), como não podia deixar de ser, são respondidas. O que mais destaco nesta obra é o trabalho do autor no que toca à descrição do dia-a-dia medieval. Conceitos que em aulas de História, apesar de bem explicados, me custava a perceber como na realidade seria posto em prática ou o porquê (sim, há conceitos que me faziam alguma confusão nomeadamente no que ao controlo das terras e populações pelos senhores dizia respeito), aqui ficaram brilhantemente exemplificados, tornando a imagem bastante real e credível. Poucas falhas tenho a apontar, ainda que a palavra Espanha me pareça um pouco anacrónica, assim como Portugal, mas no geral pareceu-me tudo muito bem conseguido e deu-me a conhecer uma parte da história de Inglaterra que desconhecia por completo.

No que toca às personagens, entre personagens reais e fictícias, temos uma variedade enorme e todas elas diferentes. Ambições, dúvidas, experiência de vida, cada uma é rica e diferente de todas as outras, fazendo com que nos compadeçamos nos momentos maus e com que jubilemos quando as coisas correm bem. É impossível ficar indiferente ao que cada personagem passa, e se queremos o melhor para algumas, não podemos deixar de desejar o pior para aquelas personagens mais cruéis, que têm apenas em conta o seu próprio ganho.

Não me deixou com um vazio como outros, assim que o pus de lado, mas não deixa de ser um livro extraordinário e, sem dúvida, a reler. Este é daqueles que apesar das muitas páginas, é para manter e ler sempre que me sentir mais em baixo, pois relata uma história de persistência e de como pessoas honradas, com outros objectivos do que o ganho próprio, podem levar a sua avante bafejados pela sorte ou qualquer outra graça. Este é um livro que enche uma pessoa de esperança, lembrando que tendo fé e acreditando no nosso sonho, ele pode ir em frente mesmo que muitos maquinem contra nós. É um hino à perseverança, ao acreditarmos nos nossos sonhos, ainda que concretizá-los pareça difícil com tantos obstáculos pelo caminho. Mas tudo isso faz com que no final tudo valha a pena. Recomendo!

18 de outubro de 2010

Excertos promocionais

Sinceramente, não sei que outro nome dar aqueles capítulos que aparecem no final de alguns livros ou aqueles livros pequenos, que muitas editoras distribuem aquando de lançamentos ou feiras do livro, com um ou dois capítulos de um livro que tentam promover. Para dizer a verdade, os primeiros chateiam-me um pouco, mas os segundos são bastante úteis para separar algum trigo do joio.

Não sei bem explicar o porquê de não apreciar os primeiros. Não sei se é por a ideia de acabar um livro e “começar” outro, continuando a ler as páginas que restam do livro que temos em mãos, a logo seguir ser um pouco desconfortável, já que preciso que um livro acabado assente na minha cabeça (tenho de pensar sobre o que li, perceber como me tocou, de certa forma exorcizar o livro para me dedicar a um novo) e nem sempre consigo fazer tal exercício se leio o excerto que vem no final de um livro sobre um outro, por vezes com um tema completamente diferente. O que é certo é que raramente leio esses excertos nos finais dos livros, mesmo que possua o livro em que vem e possa ler o excerto noutra altura.

No que toca aos livrinhos, penso que a primeira vez que vi tal ou que me lembro de ler um de tais livros (e confesso que a minha memória não é das melhores, bem pelo contrário :/ ) foi à saída de uma estação do Metro e tratava-se dos primeiros capítulos do livro O Porteiro de Pilatos. Geralmente, quase tudo o que me dão na rua, vai para o lixo sem me demorar muito com uma vista de olhos valente, no entanto, li a pequena amostra desse livro por acaso, já que não tinha outra coisa à mão e encontrava-me à espera de alguém ou de um outro transporte. Lembro-me de ter gostado da amostra e de pedir por várias vezes o livro à minha mãe, para que ela me oferecesse pelo Natal, sem qualquer resultado - ofereceu antes a um dos meus tios e até agora não lhe consegui meter a mão em cima. :P No entanto, a vontade de o ler ainda é considerável, se bem que já não me recorde dos capítulos ou de como começava a história.


Mas desde aí que tenho prestado mais atenção a esses livrinhos, tinha mesmo vários guardados, que num dos meus últimos vaipes de limpeza, foram para o lixo (de outro modo não tinha espaço onde meter marcadores de livros e outras coisas que vou coleccionando). Alguns de livros que já li e gostei, caso de A Felicidade Mora ao Lado, da autora Jill Mansell que li em inglês (pedi no BookMooch logo depois de ler o excerto), ou que li e não gostei tanto, como Errar é Divino, também lido na versão original. Também houve outros que após a amostra não quis ler, caso de Marcada de P.C. e Kristin Cast. O livro que me encontro a ler, Aprendiz de Assassino, também foi daqueles cuja curiosidade de ler se deve (em grande parte) à leitura do tal livrinho promocional.

Como será óbvio, não se pode atestar a qualidade dos livros por estes capítulos iniciais, mas sem dúvida de que, se a história nos agarrar nessas poucas páginas, queremos ler o livro todo. É por isso que numa livraria, quando tenho tempo, sou capaz de ler me sentar nos bancos confortáveis, a ler os primeiros capítulos, ou ande, feita doida, à procura dos tais excertos promocionais, sobretudo nas feiras do livro. Sou bem capaz de vir com uns quantos para casa.

13 de outubro de 2010

E se Fosse Verdade...

Autor: Marc Levy
Género: romance
Editora: 11x17 | Nº de páginas: 239
Nota: 3/5

Resumo (do livro): O que é que faria se encontrasse uma desconhecida... no armário da sua casa de banho?

E se essa atraente mulher aparecesse e desaparecesse como um fantasma? E se ela lhe dissesse que teve um acidente de carro e que o seu corpo está, há meses, em coma, num hospital do outro lado da cidade? Certamente que o seu primeiro impulso seria pensar que está a enlouquecer (ou a lidar com uma louca).

Mas... e se fosse verdade?

E se esta fosse a grande oportunidade de encontrar o amor da sua vida?

Uma inesquecível história de amor, uma aventura tão emocionante quanto divertida, uma narrativa cativante que invoca a nossa capacidade ilimitada de seguir o que nos dita o coração.


Opinião: Tomei conhecimento deste livro depois de ver o filme, com Reese Witherspoon e Mark Ruffalo, que adorei. Parti por isso com alguma expectativa para o livro, ainda por cima sendo uma edição de bolso! Apesar de achar as folhas bastante finas, quase que dá para ler o que está no verso, não é uma má edição. Pelo preço, até constitui uma belíssima alternativa às edições que estamos habituados a ver. :)

Para quem viu o filme, o livro constitui pouca surpresa. Arthur muda de casa e descobre Lauren no seu armário, já que a casa antes era dela. Através de peripécias algo engraçadas, descobre que aquela é uma espécie de fantasma, já que ela não morreu mas encontra-se em coma. No entanto, o fim pode estar próximo e a relação deles, que entretanto se apaixonam, pode estar por um fio.

Como disse, pouco surpreendeu. Achei algumas partes algo irrealistas, nomeadamente no que toca à relação de ambos, e confesso que a certa altura já estava farta do protagonista masculino. O modo como se comportava em público, abraçando e conversando com um fantasma exasperaram-me tal como ao amigo dele. Se queria passar por doido conseguiu-o, pouco abonando a seu favor. Também achei o final do filme melhor conseguido.

Apesar de tudo, é um livro que se lê bem, mas acho que recomendo o filme.

9 de outubro de 2010

Vampire Academy (Vampire Academy, Livro 1) [áudio-livro]

Autor: Richelle Mead; Stephanie Wolfe (narradora)
Género: fantasia
Editora: Penguin Group USA and Audible | Nº de páginas: -
Nota: 3/5

Resumo (do site Goodreads): St. Vladimir’s Academy isn’t just any boarding school — it’s a hidden place where vampires are educated in the ways of magic and half-human teens train to protect them. Rose Hathaway is a Dhampir, a bodyguard for her best friend Lissa, a Moroi Vampire Princess. They’ve been on the run, but now they’re being dragged back to St. Vladimir’s — the very place where they’re most in danger...

Rose and Lissa become enmeshed in forbidden romance, the Academy’s ruthless social scene, and unspeakable nighttime rituals. But they must be careful lest the Strigoi — the world’s fiercest and most dangerous vampires — make Lissa one of them forever.


Opinião: Confesso-me surpreendida por este título. Esperava algo como o cruzamento da Saga Luz e Escuridão com a série Casa da Noite (da qual só li um capítulo do primeiro livro e não me cativou), mas deparei-me com uma coisa bastante diferente e, até certo ponto, agradável.

Para começar os pontos positivos. Gostei bastante do mundo vampírico que a autora apresenta, com dampiros e dois tipos de vampiros: os moroi, os vampiros bons e vivos, e os strigoi, os vampiros maus e mortos-vivos. Acompanhamos uma dampira que frequenta a Academia de St. Vladimir, onde é educada para proteger os moroi, que frequentam a mesma escola. A nossa dampira, Rose, tem como amiga uma princesa moroi, Lissa, mas há mais a ligá-las que a amizade. Rose consegue sentir Lissa devido a um estranho laço que as une e que faz de Rose a guardiã perfeita para Lyssa, já que os strigoi querem matar os moroi e só os dampiros podem proteger aqueles que, apesar de terem magia, acham que o melhor ataque é a defesa.

Basicamente gostei da ideia mas a personagem principal consegue ser irritante (afinal de contas é uma adolescente com hormonas aos saltos) e a história é previsível. Tirando a construção deste mundo, a partir do momento em que percebemos o que realmente está em jogo, conseguimos antever o final a quilómetros do final do livro e torna-se um pouco exasperante quando a heroína não o consegue fazer.

Não deixa de ser uma leitura que entretém. Já há algum tempo que não ouvia áudio-livros mas penso que foi uma boa escolha. Leitura leve e agradável para uma tarde passada a fazer variadas tarefas domésticas.

6 de outubro de 2010

Os Pilares da Terra (Volume 1)

Autor: Ken Follett
Género: ficção histórica
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 498
Nota: 4/5

Resumo (do livro): Publicado pela primeira vez em 1989, Os Pilares da Terra surpreendeu o universo editorial ao tornar-se gradual mas inabalavelmente um clássico da ficção histórica, que continua a maravilhar leitores de todo o mundo e que a Presença lança agora em dois volumes. Na Inglaterra do século XII, Tom, um humilde pedreiro e mestre-de-obras, tem um sonho majestoso – construir uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime, digna de tocar os céus. E é na persecução desse sonho que com ele e a sua família vamos encontrando um colorido mosaico de personagens que se cruzam ao longo de gerações e cujos destinos se entrelaçam de formas misteriosas e surpreendentes, capazes de alterar o curso da história – Ellen, uma mulher enigmática que vive à margem da sociedade e cujo passa do esconde um segredo, Philip, prior da cidade de Kingsbridge e que vai supervisionar a construção da catedral, Aliena e Richard, ricos herdeiros destituídos das suas terras e títulos, William, o cavaleiro sem escrúpulos, e Waleran, o bispo disposto a tudo para obter o que pretende. À medida que assistimos à edificação de uma obra única envolvendo suspense, corrupção, ambição e romance, a atmosfera autêntica do quotidiano da Europa medieval em toda a sua grandeza absorve-nos irremediavelmente, ousando desafiar os limites da nossa imaginação. Recriação magistral de um tempo de conspirações, delicados equilíbrios de poder e violência. Os Pilares da Terra é decididamente a obra-prima de um autor que já vendeu 90 milhões de livros em todo o mundo.

Opinião: Comprei estes livros, já que está dividido em dois volumes, numa Feira do Livro simplesmente porque a minha mãe queria um autógrafo deste autor, já que tinha lido alguns livros dele nos anos 80 (O Vale dos Cinco Leões, de que ela não pára de falar e elogiar) e havia ficado fã. Provavelmente não teria pegado para ler agora, não fosse as críticas que tenho lido, nomeadamente a do Pedro, e o facto de existir uma série, que o AXN deve passar em breve. Ainda bem que todos estes factores se juntaram e me convenceram a pegar nesta obra.

A história, neste primeiro volume, evolui a um ritmo muito lento, sendo-nos dado a conhecer as várias personagens cujas vidas se cruzam então num momento e lugar, Kingsbridge em meados do séc. XII, nas vésperas da construção de uma catedral. Não há propriamente um protagonista, já que os caminhos entrecruzam-se de tal maneira que se complementam uns aos outros: se temos um pedreiro que quer construir uma catedral, temos também um prior com o mesmo sonho e com a possibilidade de o tornar real; se temos personagens que a querem ver construída para honrar Deus, temos outros que a querem para benefício próprio... e é assim que se vai construindo, pedra a pedra, esta história.

Apesar de parecer que uma pessoa se perde na primeira metade deste volume, já que o propósito da história não parece bem definido, não sabemos muito bem onde o autor deseja ir com a história, saliento o retrato que o autor faz do séc. XII, nomeadamente no que à vida monástica diz respeito, assim como a sua escrita, despojada de quaisquer artifícios, directa e concisa, transmitindo, no entanto, os sentimentos das personagens e descrevendo-as com tanto detalhe que conseguimos antever as suas acções e pensamentos.

É uma leitura que estou a apreciar ler devagar. :)

4 de outubro de 2010

Leituras de Outono

Vi este post no Livejournal a perguntar que livros se sugeriam para esta estação do ano. Para mim, tal como para a autora desse post, o Outono é a melhor estação do ano e nos últimos anos, ou desde que tenho o blog, tenho reparado que é mais ou menos por esta época que leio livros que me marcam. Não sei se estou mais predisposta para gostar dos livros, se o facto de adorar a estação faz com que me entregue mais aos livros, de tal modo que as personagens parecem tocar-me muito mais levando a que no fim da leitura sinta que digo adeus a grandes amigos. Parece que durante esta época sinto a necessidade de ler ou reler clássicos, livros que exigem um pouco mais de mim ou que me toquem profundamente.


Este ano estava a pensar ler Os Pilares da Terra de Ken Follett, que parece ser um grande livro. Só leio boas críticas e estando a meio do primeiro volume posso dizer que estou a gostar. Não me parece ser um livro viciante mas para ler devagar e é o que estou a fazer. Tal como a construção de uma catedral, a história progride a um ritmo lento mas que permite um bom e credível retrato do séc. XII, bem como permite que conheçamos as personagens, de tal modo que podemos antecipar algumas das suas decisões.

Também queria ler a Saga do Assassino da Robin Hobb, sobretudo porque estou a precisar de um escape para um outro mundo. As críticas também têm sido algo entusiásticas, pelo que me pareceu uma boa escolha.

Estava também a planear ler algum trabalho do Oscar Wilde. É um autor que tenho vindo a adiar constantemente mas que exerce um fascínio enorme. Tenho muita curiosidade mas as minhas expectativas são tão grandes, gigantes mesmo, que tenho medo que não corresponda. No entanto, esta parece a época mais propícia a tomar tal passo e a pegar numa das suas obras. Não sei por qual começar, mas como tenho a colectânea com todos os seus trabalhos, logo se vê o que mais me chama a atenção.

Talvez venha ainda a reler North and South da Elizabeth Gaskell, sinto saudades de Margaret Hale e de John Thornton, ou venha a ler mais alguma obra desta autora. As comemorações do seu bicentenário alimentaram a minha curiosidade e quero aprofundar mais da obra desta autora que com um só livro, lido exactamente per esta altura, me conquistou.

3 de outubro de 2010

Aquisições de Setembro

No seguimento de posts anteriores, tenho tentado adquirir poucos livros. Assim pedi alguns no BookMooch, que andava à procura há algum tempo, caso de Voice of the Gods, o terceiro volume da trilogia Age of Five da Trudi Canavan, e The Shelters of Stone, da saga Os Filhos da Terra da Jean M. Auel! Estou a dois livros de ter toda a saga publicada até agora, já que 2011 parece que vai ser publicado um novo volume. Já no que toca a pedidos espontâneos, veio parar cá a casa Steamed de Katie MacAlister, que parece tratar-se de um romance steampunk e, como adoro o conceito steampunk, não podia deixar de o pedir quando o vi.

No que toca a compras, adquiri O Vale dos Cinco Leões, do Ken Follett para oferecer à minha mãe que o adorou ler nos anos 80. Infelizmente tinha-lhe sido emprestado e mal o vi a ser publicitado soube que tinha de o comprar, até porque estou a ler um livro do autor e começo a perceber parte do fascínio. Também comprei A Demanda do Visionário da Robin Hobb, o último volume da Saga do Assassino, que pretendo ler durante este mês de Outubro.


Por fim, das BLX vieram, e já foram devolvidos, os dois volumes da saga Kushiel, que só posso aconselhar, ainda para mais com o terceiro já disponível.

2 de outubro de 2010

Up (2009)

Informação técnica no IMDb.

Director: Pete Docter, Bob Peterson
Escritores: Pete Docter, Bob Peterson, Thomas McCarthy
Actores/Vozes: Edward Asner, Christopher Plummer, Jordan Nagai, Bob Peterson
Nota: 5/5

Raramente a Disney Pixar me desilude e aqui está mais um filme a comprovar a excelência das histórias que contam. Nesta seguimos Carl Fredericksen, desde sempre fã de Charles Muntz, um explorador que devido a uma das suas descobertas foi tido como fraude, e que havia prometido à sua esposa, também ela fã daquele explorador, viverem uma aventura. Mas Ellie acaba por falecer sem terem então a possibilidade de embarcar juntos para o destino que desejavam e, perante o crescimento da cidade e a obrigação de se mudar para um asilo, Carl decide então realizar o sonho conjunto, enchendo a sua casa com milhares de balões e partindo então na sua viagem. Não esperava era ser acompanhado por Russell, um jovem escuteiro que deseja ganhar o seu último crachá, nem encontrar Dug, um cão (hilariante e tão fofinho) com uma coleira que lhe permite falar, mas acaba por aperceber-se de que toda a sua vida foi uma grande aventura.

Não sei o que dizer sobre o filme porque é simplesmente belíssimo. Tem de tudo, momentos em que me trouxe lágrimas aos olhos bem como outros em que me ria a bandeiras despregadas. Tem personagens ricas e uma mensagem belíssima. Só posso recomendá-lo porque é mesmo um filme a não perder.

Para compensar a falta de palavras, deixo um vídeo com uma das minhas partes favoritas do filme.

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