29 de agosto de 2010

Balanço do mês de Agosto

Devido a falta de dinheiro (muitos imprevistos este ano) e de espaço, tenho tentado decrescer o número de aquisições. Não tenho comprado livros, o último a ser comprado foi O Símbolo Perdido de Dan Brown e nem fui eu que comprei mas a minha mãe (e ainda se queixa da falta de espaço e de que já tenho muito com que me entreter...), e do BookMooch também só recebi um que há muito tinha debaixo de olho, And Only to Deceive de Tasha Alexander. Infelizmente este site que até tinha algum encanto, está a perdê-lo já que muitos utilizadores, sobretudo americanos que compõem a maior parte dos utilizadores do site, recusa-se a enviar livros para fora do país deles, o que diminui o número de livros que se pode pedir e muitos dos disponíveis não me interessam. Pelo lado positivo, não aumento a pilha de livros por ler, mas pelo lado negativo parece haver um esforço algo inglório já que faço questão de partilhar os livros que não quero com pessoas que lhes podem dar mais valor que eu e não recebo nada em troca. Ainda assim há pessoas incríveis por lá. Também ando a frequentar as BLX com alguma frequência, o que não conta como aquisição e onde poupo dinheiro e espaço, de onde trouxe os livros Sangue Oculto e Sangue Furtivo, para dar então continuação à série da Charlaine Harris.

Para além das BLX, muito úteis este ano, quem também me emprestava bastantes livros era a Slayra e acho mesmo que a maioria dos livros lidos este ano pertencem-lhe. No entanto, acabei de ler a última leva e agora os seus e empréstimos devem diminuir já que não estamos juntas tantas vezes (embora espere que isso mude rapidamente). :'( Vou por isso, daqui para a frente, tentar dedicar-me mais aos livros que tenho cá por casa à espera de serem lidos e por isso já tratei de fazer nova pilha na mesa de cabeceira.
Pode-se ver Uma Questão Pessoal de Kenzaburo Oe, o último livro que me tinha proposto a ler para o mês temático sobre o Japão. Depois seguem-se O Símbolo Perdido de Dan Brown, o livro que recebi pelo BookMooch, Soulless da Gail Carriger (que tenho muita curiosidade em ler), E se Fosse Verdade de Marc Levy, As Raparigas de Xangai de Lisa See, The Marriage Bed da Laura Lee Guhrke, os dois volumes de Os Pilares da Terra de Ken Follett (já que o AXN vai passar a série), The Pretender de Celeste Bradley e por fim O Beijo do Highlander de Karen Marie Moning. Claro que isto não quer dizer que os vá ler nesta ordem e provavelmente não me vou limitar a estes livros já que também conto ler Sputnik, Meu Amor de Haruki Murakami, que também pode ser integrado no mês temático e que anda perdido numa estante cá de casa, a Saga do Assassino da Robin Hobb, faltando-me, no entanto, adquirir o último volume, e estou a pensar reler Outlander da Diana Gabaldon, mas na versão portuguesa.

Durante o mês de Agosto o ritmo de leituras andou algo acelerado. Tenho lido livros com temas mais leves, tenho tido mais tempo livre e até tem dado para ler um pouco no trabalho. Por isto resolvi espaçar as críticas dos livros que fui lendo, já que este ano a actualização do blog tem andando um pouco inconstante e estava a dar-me a ideia de que era capaz de publicar duas ou três críticas no mesmo dia e depois desaparecia por um mês.

Por falar em blog, estou a tentar fazer algumas alterações por aqui. Primeiro, quero tentar escrever alguns artigos sobre os mais variados temas, uma ou duas vezes por mês, mas tal dependerá do tempo disponível. Gostei bastante de fazer o texto sobre o Japão, na "inauguração" do mês temático (uma ideia que não correu tão bem como esperava, mas com o qual aprendi um pouco), e gostava de fazer mais coisas do género. Debruçar-me sobre temas, autores, géneros, lançar teorias sobre as sagas que estou a ler e estão incompletas, sei lá que mais. Queria diversificar um pouco mais o que se pode ver aqui no blog, porque tanta crítica até a mim já chateia. :P Queria fazer algo à semelhança do que vejo em outros blogs que parecem reservar a segunda-feira para a discussão dos mais variados temas. Em príncipio vou tentar colocar estes artigos quinzenalmente, mas depende do tempo que tiver disponível. Se tiverem alguma sugestão, agradeço. ^_^

Só agora reparei que o desafio Period Drama Challenge acabou e não atingi o objectivo, o que mostra que realmente não consigo ser disciplinada. *blushes* Tenho alguns dos filmes/séries cá por casa, mas como o leitor estragou-se e estou sempre entretida com outras coisas no computador, nem sequer me passa pela cabeça ver DVDs. No entanto, a pilha de DVDs por ver começa também a ficar muito grande (ainda que não se compare à dos livros), pelo que queria ver se começava a dar-lhes uma volta. Também tenho que refazer inventários que perdi quando fiquei sem computador, pelo que talvez mate dois coelhos com uma só cajadada.

Parece-me que isto já vai mais longo do que pretendia, pelo que me fico por aqui. :)

28 de agosto de 2010

Uma Questão de Escolha [e-book]

Autor: Nora Roberts
Género: romance
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: -
Nota: 3/5

Resumo (da editora Saída de Emergência): Em Uma Questão de Escolha, Jessica Winslow, dona de uma loja de antiguidades, torna-se o alvo de uma rede internacional de tráfico de objectos de arte. James Sladerman é o polícia enviado para protegê-la, mas James terá que lutar não só contra o perigo, mas também contra o desejo que o envolve pela bonita antiquária... Leia a novela que inspirou o soberbo romance Tesouros Escondidos de Nora Roberts e envolva-se pelo mistério e suspense que o deixarão desejoso de ler a história até ao fim.

Opinião: Sem dúvida que esta foi a história de Nora Roberts que mais me agradou até ao momento, ainda que o romance continue a parecer forçado como nos livros que tive oportunidade de ler.

Os ingredientes são quase os mesmos, escritor procura inspiração para acabar a sua obra literária (ainda que neste livro o escritor seja também polícia), para isso muda-se para casa de um membro do sexo oposto por quem sente atracção. Luta contra isso, mas o outro também não é indiferente, o que os leva, invariavelmente à cama e à questão, poderão ultrapassar as suas incertezas e barreiras sociais por modo a ficarem juntos? No entanto, neste livro para além desta fórmula, temos algum mistério e foi isso que mais me agradou. Achei-o muito bem urdido ainda que a seja de resolução fácil. Não é nenhuma Agatha Christie mas entreteve-me mais que os anteriores. Pode ainda haver esperança para esta autora e eu.

Já agora, só uma questão para quem é fã de Nora Roberts... ela só escreve sobre autores? É que a fórmula do romance que encontrei até agora, em 3 livros de 2 editoras diferentes, é exactamente a mesma. Nem o emprego das personagens ela muda? O_o

25 de agosto de 2010

Uma Última Noite [e-book]

Autor: Nora Roberts
Género: romance
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: -
Nota: 2/5

Resumo (da editora Saída de Emergência): Kasey Wyatt recebe uma oferta de emprego do escritor Jordan Taylor. Como antropologista especializada na cultura dos nativos norte-americanos, a sua função é pesquisar e fornecer referências para o próximo livro do famoso e solitário Jordan. Instalando-se na mansão do escritor, Kasey sente-se aborrecida com as restrições impostas pela mãe do escritor. Mas, sempre vibrante e bem-disposta, começa a explorar os arredores da mansão, divertindo-se e desafiando as regras rígidas da casa.

É então que Jordan repara em Kasey. A princípio não se aproxima muito dela, mas o trabalho em conjunto obriga-o a reconhecer que se sente fascinado pela sua beleza... e surpreendido pela sua boa disposição contagiante. Tão contagiante que, pela primeira vez desde a morte do irmão, Jordan sente-se vivo. Mas infelizmente nem todos vêem com bons olhos a aproximação de Kasey e Jordan... e há quem esteja disposta a tudo para os separar.


Opinião: Felizmente os dias no meu trabalho têm sido um pouco calmos e, estando cansada de estudar, resolvi ler antes ficção. Como ler um livro dá um pouco nas vistas, tenho-me virado para os e-books, que dá para ler no computador... Não é dos meus formatos preferidos, mas pronto... entretém e não morro de tédio. :P

O resumo acima ilustra bem o que se passa neste livro, pelo que não me vou alongar muito. Esta é a segunda história que leio da Nora Roberts, e se não tinha ficado entusiasmada com o primeiro, também não foi com este que me convenceu. Primeiro, porque a história pareceu-me bastante semelhante à que já tinha lido, e segundo, não senti química entre as personagens, nem algum tipo de empatia, não me importando por isso com o desfecho delas. Parece-me que a relação desenvolveu-se muito depressa, sem conseguirmos perceber o que atrai um ao outro sem ser o físico. Tudo bem, quase todos os romances começam assim mas costuma haver algo mais, a intrepidez da heroína, a sagacidade do alpha male, qualquer coisa que liga o par romântico noutro aspecto para lá do físico, o que não parece acontecer aqui. Ok, vão-se conhecendo e tal, mas parece faltar algo para eu acreditar no romance entre as duas personagens.

Ainda não foi desta que Nora Roberts me agarrou. :/

23 de agosto de 2010

Eu, os e-books e e-readers

Escrevi um texto sobre áudio-livros há algum tempo, quando aqueles estavam bastante presentes na minha vida, nomeadamente porque ainda andava a estudar ou enquanto fazia tarefas domésticas nos meus dias de folga. Continuo a fazer tarefas domésticas, mas agora não dedico dias inteiros a tal, como antes, pelo que comecei a dar por mim a ouvir apenas 5 a 15 minutos, o que sinceramente não valia a pena. Além disso, o meu MP3 deixou de fixar a parte em que ia e, em ficheiros longos, era complicado andar para trás e para à frente à procura do minuto exacto em que tinha ficado. Assim coloquei este formato um pouco de lado e, entretanto, dediquei-me a e-books.

Nunca me considerei grande fã do formato porque odeio estar horas a olhar para o computador. Por vezes até artigos extensos aborrecem-me, fazem-me doer a cabeça e a vista. Também sofro destes males quando leio livros, sobretudo para estudo, mas num livro pode-se escrever e uma pessoa pode ir mudando de posição, já quando se lê no computador, mesmo que seja um portátil, a mudança de posição é complicada. Não dá para reclinar na cadeira, por exemplo, ou arrisco-me a partir o computador (sou propensa a acidentes), não dá para me debruçar sobre ele, não dá para estender ou erguer as pernas (ainda que no local de trabalho tal não seja recomendável) e com os computadores de secretária dou por mim a ficar cheia de dores nos cotovelos de me apoiar na mesa. Enfim, um monte de coisas que até podem não fazer sentido para mais ninguém mas que para mim sempre causaram cepticismo em ler livros em formato digital, até que dei por mim a ler alguns nos últimos tempos, sobretudo porque é época baixa (digamos assim) onde trabalho e tenho algum tempo livre.

Posto isto e tendo começado a ver em lojas de electrónica, nomeadamente Wortens e FNACs, os chamados e-readers, dei por mim a ponderar prós e contras.Sem dúvida que os maiores prós são o preço dos livros, muitos deles gratuitos se tivermos em conta os clássicos da literatura, que já não têm direitos de autor, e o poder ter-se uma biblioteca considerável, sem no entanto ocupar uma casa (um problema que sempre tive). Mas o preço destes gadgets, que ronda os 250 e os 500€ se não estou em erro, ainda continua proibitivo se tivermos em conta que o mercado português ainda não tem grande oferta (se é que há alguma para além dos PDFs que a Saída de Emergência disponibiliza gratuitamente no seu site, mas parece que a Leya é capaz de vir a mudar isso e talvez já no próximo mês, segundo esta notícia), que parece existir problemas de direitos territoriais para adquirir livros em inglês e que, devido ao medo da pirataria, mesmo que quiséssemos, o empréstimo de livros é complicado (e acho que já se pôde ver que eu até aprecio ler livros emprestados, seja por amigos ou pela biblioteca) porque as cópias estão condicionadas e seria necessário basicamente emprestar o gadget. Outro contra é que não será muito útil para estudar como este artigo mostra.

Continuo por isso sem saber bem o que pensar sobre esta questão, até porque considero-me muito mal informada. Talvez se adquirisse um e-reader e experimentasse, pudesse avaliar melhor as coisas, mas sinceramente não quero gastar dinheiro (e que não será pouco) sem ver alguns dos contras melhorados, nomeadamente no que à oferta em português diz respeito. Acho que ainda não me compensará tendo em conta que os livros físicos (nomeadamente os paperbacks), quando encomendados nos mesmos sites onde se pode adquirir as cópias digitais, custam o mesmo ou pouco mais e que facilmente posso adquirir livros pelo BookMooch (ainda que comece a escassear as pessoas disponíveis a enviar livros para outros países que não o seu, o que acontece sobretudo com utilizadores americanos que são a maioria dos utilizadores do site) ou pelas bibliotecas públicas e privadas de outros “bookaholics” como eu.

Para mais, podem ver os seguintes links:

21 de agosto de 2010

Clube de Sangue (Sangue Fresco, Livro 3) [e-book]

Autor: Charlaine Harris
Género: fantasia urbana
Editora: - | Nº de páginas: -
Nota: 4/5

Resumo (da editora Saída de Emergência): Bill corre perigo e é o sensual Eric que ajuda Sookie a encontrá-lo. Mas quando Sookie descobre Bill – num acto de traição – ela não tem a certeza se o quer salvar... ou afiar estacas e dar cabo dele.

Há apenas um vampiro com a qual Sookie Stackhouse está envolvida, pelo menos de forma voluntária, e esse vampiro é Bill. Mas recentemente, ele tem estado um pouco distante. E noutro Estado. Eric, o seu chefe sinistro e sensual, julga saber onde encontrá-lo e, quando dá por isso, Sookie está a caminho de Jackson, no Mississippi, para se infiltrar no submundo do Clube de Sangue. Este clube é um local perigoso onde a sociedade vampírica se reúne para descontrair e beber um copo de O positivo. Mas quando Sookie finalmente descobre Bill – apanhado num acto de traição séria – ela não tem a certeza se o quer salvar... ou afiar estacas.


Opinião: Li este livro na sua versão original, mas coloquei o resumo em português já que é nesta língua que tenho lido os livros, tal só não aconteceu com este porque a biblioteca não o tem, apesar de já ter os livros seguintes (o que eu acho mal! :P ).

É verdade que não fiquei muito entusiasmada com os dois primeiros volumes, mas a série televisiva cativou-me e como a terceira temporada gira à volta dos acontecimentos deste livro (ainda que muito alterado, e há que enfatizar o muito...) decidi-me a ler para assim ler depois os volumes 4 e 5 disponíveis então na biblioteca e o 6º livro, que ganhei num passatempo que teve lugar no blog Sangue Fresco.

Como disse, os livros anteriores não me pareceram grande coisa, sobretudo por a acção se dividir em duas: primeiro temos um crime em Bon Temps que envolve Sookie de alguma maneira e depois muda para outra coisa completamente diferente, que tem que ver com vampiros, mundo para o qual ela é puxada por namorar com um, e finalmente regressamos à primeira linha de história que é rapidamente resolvida. Felizmente, apesar de termos igualmente dois mistérios, este livro apresenta uma história mais linear, sendo um mistério dentro de outro, e foi isso que mais me agradou, já que não parece que andamos a saltitar de uma coisa para outra.

Mais uma vez a história é contada sob o ponto de vista da Sookie, que é algo colorido e sem dúvida divertido de seguir. Gosto bastante dos seus apartes, de como ela vê e retrata as restantes personagens com que se cruza, e de como percebe e tenta resolver as situações com que se depara. Neste livro ela parte à procura de Bill, que parece ter desaparecido pouco depois de comentar com outros vampiros que desejaria acabar a sua relação com Sookie. De coração partido, mas sentindo que o seu desaparecimento pode estar relacionado com o trabalho que ele estava a fazer para a Rainha do Louisiana, ela parte com Alcide Herveaux, um lobisomem, para o Mississipi e frequenta o dito clube que dá o nome ao livro, também conhecido por "Josephine's".

Sempre me queixei da relação de Sookie e Bill nos livros, e neste continuo a não sentir química entre os dois (já na série é diferente). O mesmo já não posso dizer em relação a Eric e Alcide, que têm com Sookie um bom entendimento. O diálogo com o vampiro consegue ser mesmo hilariante e o lobisomem parece ser alguém em quem Sookie pode confiar e com quem se pode relacionar sem ter grandes chatices, se não contarmos com a ex-namorada daquele está claro... E este é um dos pontos negativos. As personagens secundárias como Debbie, Tara e até o rei do Mississipi são pouco desenvolvidas, ainda que sirvam perfeitamente para o desenvolvimento da história. Sendo os livros contados pela protagonista, é óbvio que a visão que se tem destas personagens seja algo tendenciosa e com algumas falhas já que ela não as conhece, mas ainda assim gostava de saber um pouco mais sobre aquelas de modo a entender o que as move. Pode ser que num próximo livro sejam mais trabalhadas, pois parecem interessantes. Charlaine consegue criar personagens diversas e coloridas para ilustrar o seu mundo. Para além disto, gostei de perceber um pouco mais do mundo vampírico, nomeadamente a hierarquia, com reis e rainhas, e gostei da introdução dos lobisomens.

Este volume acaba de forma peculiar, digamos assim, e mal posso esperar para ver o que dali vem. Dizem que o próximo livro é dos melhores (parece ser uma opinião unânime) e pela primeira vez nesta série sinto-me entusiasmada e motivada para ler a continuação.

18 de agosto de 2010

Silk

Autor: Alessandro Baricco
Género: romance histórico
Editora: Canongate | Nº de páginas: 148
Nota: 4/5

Resumo (do livro): This sensual and hypnotic novel tells a story of adventure and obsession. In 1861 French silkworm merchant Hervé Joncour travels to Japan, where he encounters the mysterious Hara Kei. He develops a painful longing for Kei's beautiful concubine – but they cannot touch; they do not even speak. And he cannot read the note she sends him until he has returned to his own country. But the moment he does, Joncour is enslaved.

Subtle, tender and surprising,
Silk is an evocative tale of erotic possession.

Opinião: Não sei bem o que me levou a participar no passatempo do blog Historical Tapestry, que teve lugar o ano passado por alturas do aniversário daquele blog, talvez ter adquirido outro livro do autor que tinha saído na colecção Sábado, talvez algumas críticas, talvez tenha sido apenas um impulso, enfim... não me recordo o que me levou a participar mas ainda bem que o fiz, pois ganhei um livro belíssimo.

Silk é um livro bastante pequeno, que conta a história de Hervé Joncour, que trabalha na indústria da seda, comprando e vendendo ovos de bichos-da-seda. Por o mercado europeu encontrar-se a braços com uma praga, que se alastra rapidamente a circuitos mais próximos, Joncour tem de se deslocar ao Japão para assim adquirir os tão necessários ovos. Aí conhece uma jovem que não tem olhos orientais, amante do homem a quem compra os ovos, e dá assim início a uma relação amorosa estranha, isto porque só se vêem, não se tocam nem chegam a falar um com o outro. Ainda assim, sempre que regressa a casa regressa também para os braços da sua esposa, Hélène, que com o decorrer do tempo parece aperceber-se de algo.

É um livro belíssimo. É notável como num livro com tão poucas páginas o autor consegue dar a conhecer um leque de personagens interessantes (gostei sobretudo de Baldabiou) e aprofundar a personagem principal. Consegue também dar a conhecer a indústria da seda e umas luzes sobre a cultura oriental, sempre com uma escrita poética. Só pecou por ser tão curto.

14 de agosto de 2010

An Offer From a Gentleman (Bridgertons, Livro 3)

Autor: Julia Quinn
Género: romance histórico
Editora: Avon | Nº de páginas: 384
Nota: 3/5

Resumo (do livro): Sophie Beckett never dreamed she'd be able to sneak into Lady Bridgerton's famed masquerade ball - or that "Prince Charming" would be waiting there for her! Though the daughter of an earl, Sophie has been relegated to the role of servant by her disdainful stepmother. But now, spinning in the strong arms of the debonair and devastatingly handsome Benedict Bridgerton, she feels like royalty. Alas, she knows all enchantments must end when the clock strikes midnight.

Who was that extraordinary woman? Ever since that magical night, a radiant vision in silver has blinded Benedict to the attractions of any other - except, perhaps, this alluring and oddly familiar beauty dressed in housemaid's garb whom he feels compelled to rescue from a most disagreeable situation. He has sworn to find and wed his mystery miss, but this breathtaking maid makes him weak with wanting her. Yet, if he offers her his heart, will Benedict sacrifice his only chance for a fairy tale love?

Opinião: Mais um livro agradável desta autora, apesar de talvez ser o mais fraco, dos que li até agora, desta série. O começo é interessante, assemelhando-se à história da Cinderela, mas rapidamente toma o seu próprio rumo.

Neste livro seguimos a história do segundo irmão Bridgerton, de seu nome Benedict, que num baile de máscaras apaixona-se por uma moça vestida de branco e prata. Essa moça é Sophie Beckett, filha bastarda de um conde e, que à morte daquele, se torna criada da sua madrasta e das duas filhas daquela (nascidas de um primeiro casamento). No entanto, ao descobrir que Sophie terá ido ao baile, a madrasta expulsa-a de casa, tendo Sophie que ganhar a vida como governanta em outro lado. Dois anos depois, tendo Benedict refreado a sua busca pela desconhecida beleza que o encantou naquela noite, reencontram-se. Ela sabe a identidade dele, mas será que ele a reconhece e mais ainda, será que apesar da diferença hierárquica conseguirão ficar juntos?

Como disse, este volume pareceu-me o mais fraco dos que li até agora. Raramente me fez rir, como outros, e a química entre os dois também não me pareceu das melhor conseguidas. A personagem de Sophie pareceu-me bastante interessante, independente e forte, mas toda a situação de não dizer quem realmente era aborreceu-me um pouco. Assim como também me aborreceu a personagem masculina que ao apaixonar-se por uma pessoa de grau inferior, pede-lhe insistentemente para se tornar sua amante, ao que ela responde sempre que não e até lhe dá as razões para negar tal coisa.

Ainda assim lê-se bem e entretém.

11 de agosto de 2010

Gods Behaving Badly

Autor: Marie Phillips
Género: romance
Editora: Vintage Books | Nº de páginas: 288
Nota: 3/5

Resumo (do livro): BEING IMMORTAL ISN'T ALL IT'S CRACKED UP TO BE.

Life's hard for a Greek god in the 21st century, nobody believes in you, your own family doesn't respect you, and you're stuck in a dilapidated hovel in north London with too many siblings and not enough hot water. But for Artemis (goddess of hunting, professional dog walker) and Apollo (god of the sun, TV psychic) there's no way out. Until one day a meek cleaner and her would-be boyfriend come into their lives, and turn their world literally upside down...


Opinião: Tomei conhecimento deste livro, publicado por cá pela Presença com o título Errar É Divino, através do blog Outlandish Dreaming, que tinha uma crítica muito positiva. Como a autora apresentou-me a outros livros de que gostei, nomeadamente Outlander da Diana Gabaldon (também já publicado por cá!), e como tive a oportunidade de ler o primeiro capítulo de que até gostei (os livrinhos pequeninos de publicidade servem para isso mesmo, aguçar-nos o apetite :P ), foi com alguma expectativa que parti para a leitura deste livro.

Infelizmente o primeiro capítulo deve ser mesmo o mais engraçado. A partir daí conhecemos as personagens, neste caso deuses gregos a habitarem uma casa em Londres e que parecem caídos em desgraça, que deixam algo a desejar. Apolo, o deus do Sol, da adivinhação, da música e por aí fora, trabalha (com pouco sucesso) como psíquico num canal televisivo, é por demais irritante, e parece ter apenas um objectivo em mente, ter sexo com alguém que não seja Afrodite porque o sexo entre ambos está a tornar-se banal. Afrodite, a deusa do amor, atende chamadas eróticas no seu telemóvel, que tem como toque a música "Vénus" do grupo Bananarama, e tal como o anterior é também irritante. Por se chatear com Apolo, quando aquele não lhe foi buscar água quente para tomar banho, Afrodite faz o seu filho Eros, convertido ao Cristianismo, disparar uma seta fazendo com que aquele se apaixone irremediavelmente por uma mortal, desencadeando os acontecimentos deste livro.

Num livro com deuses, são os mortais que se destacam por serem normais e aprazíveis de seguir. Alice é uma jovem sossegada, com talento para o Scrabble, que depois de ser despedida por assistir ao programa de Apolo e aquele se apaixonar por ela, acaba por trabalhar em casa dos deuses. Aí, Apolo tenta seduzi-la sem sucesso e resolve vingar-se. Felizmente para Alice, existe também um herói, se bem que não corresponde completamente à imagem dos antigos heróis gregos. Ainda assim Neil, com a ajuda de Artemisa (a única deusa agradável de seguir), tenta salvar o dia.

Esperava um livro com uma história mais interessante, engraçada e com situações hilariantes. Pelo contrário, encontrei um livro desprovido de emoção, que não se torna propriamente aborrecido, mas, conforme se vai passando as páginas, só queremos chegar ao fim para o colocar de lado e seguir para outro. Isto até ao momento em que a história toma um carácter mais dramático, ganhando a partir daqui outro ânimo, algo de que realmente não estava à espera.

Apesar da nota que lhe dou, sobretudo devido ao último terço do livro, não é propriamente um livro que recomende.

7 de agosto de 2010

The Viscount Who Loved Me (Bridgertons, Livro 2)

Autor: Julia Quinn
Género: romance histórico
Editora: Avon | Nº de páginas: 376
Nota: 5/5

Resumo (do livro):
1814 promises to be another eventful season, but not, This Author believes, for Anthony Bridgerton, London's most elusive bachelor, who has shown no indication that he plans to marry.
And in all truth, why should he? When it comes to playing the consummate rake, nobody does it better...
– Lady Whistledown's Society Papers, April 1814
But this time the gossip columnists have it wrong. Anthony Bridgerton hasn't just decided to marry – he's even chosen a wife! The only obstacle is his intended's older sister, Kate Sheffield – the most meddlesome woman ever to grace a London ballroom. The spirited schemer is driving Anthony mad with her determination to stop the betrothal, but when he closes his eyes at night, Kate's the woman haunting his increasingly erotic dreams...

Contrary to popular belief, Kate is quite sure that reformed rakes do not make the best husbands – and Anthony Bridgerton is the most wicked rogue of them all. Kate's determined to protect her sister – but she fears her own heart is vulnerable. And when Anthony's lips touch hers, she's suddenly afraid she might not be able to resist the reprehensible rake herself...


Opinião: Parece-me que este ano só tenho lido livros da Slayra! Este é mais um... Foi ela que me apresentou a Julia Quinn, à série Bridgerton e estou-lhe muito agradecida. *hugs*

Ora bem, neste livro seguimos a história de Anthony que se vê confrontado com a sua mortalidade bastante cedo, aquando da morte de seu pai, e decide levar uma vida boémia. No entanto, na casa dos 30 e tendo algum receio de que a sua hora esteja perto (afinal o seu pai estava em excelente forma e não foi por isso que não morreu cedo) decide casar-se e até sabe com quem. Não contava era precisar da permissão da irmã daquela que quer tornar sua esposa, e muito menos passava-lhe pela cabeça apaixonar-se por ela. Já ela, Kate Sheffield, conhecendo a reputação de Anthony e querendo o melhor para a irmã, tenta separá-los e perceber as verdadeiras intenções, apenas para acabar caindo ela de amores por ele.

Depois de ter lido volumes mais avançados, é claro que já sabia o desfecho desta história, mas ainda assim adorei-a. Talvez este livro não seja tão bom como o quarto livro (que continua a ser o meu preferido, com o Colin como protagonista, personagem que nestes primeiros volumes voltou a conquistar-me :P “You wound me!” lol ) mas as personagens têm uma boa química e são protagonistas de cenas hilariantes, tal como o jogo de Pall Mall, algo que parecia faltar aos outros livros: o quinto tinha humor mas o tom negro parecia mais dominante, o primeiro livro não tinha uma química tão boa entre o casal. Aqui a relação encontra-se muito bem explorada e, apesar de talvez ser difícil compreender os medos de cada personagem, não conseguimos ficar indiferentes à luta de ambos para ultrapassar os seus demónios. Já agora, gostei da nota da autora exactamente referente aos medos, sobretudo ao medo de Anthony, contribuindo para uma melhor compreensão da personagem.

Mais um agradável livro desta autora, excelente para almas românticas, ou até menos românticas mas que querem passar um bom bocado. :)

2 de agosto de 2010

Leitura Conjunta (III)

Inicia-se hoje mais uma Leitura Conjunta do fórum Estante de Livros. Tenho gostado bastante destas leituras conjuntas, ainda que na última grande leitura, dedicada ao livro Anna Karenina, não tenha participado como pretendia apesar de ter sugerido o livro. Este período, no entanto, parece ser-me mais propício para estas iniciativas e o livro é também ele apelativo. Desta vez trata-se de O Físico de Noah Gordon, que pelas críticas que tenho lido parece se interessante, contando a história de um médico em plena Idade Média.

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