31 de janeiro de 2012

Janeiro 2012

Voltamos aos balanços mensais! Este mês li um único livro mas não me parece que tenha sido mau. Peguei nele quando podia e me sentia inclinada para tal, fui pensando sobre o que lia e fui fazendo outras coisas a que precisava de dedicar-me, nomeadamente no que toca a trabalho e organização pessoal. Ainda ando em fase de encontrar o sistema GTD perfeito para a minha pessoa (começou mais ou menos por esta altura), mas devagarinho parece que me vou organizando e atingindo algumas metas a que me tenho proposto. Ao contrário dos anos anteriores, pus por escrito as minhas resoluções deste ano e tem-me feito focar e alterar alguns dos meus maus hábitos. Mesmo assim, ainda estou longe da perfeição, ainda procrastino um pouco, mas não posso mudar de um dia para o outro, não é verdade?

Uma das coisas que andei a fazer foi organizar o meu computador. O de trabalho esteve a arranjar e o facto de ter precisado de fazer backup dos dados levou-me a arrumar pastas e apagar documentos que já não eram necessários. Fiz o mesmo no computador de casa e aproveitei para organizar também o meu Kindle e o Calibre. Este último é um programa para gerir e-books e até agora não tinha atinado com ele, mas com a ajuda da guru do Calibre e do Kindle *vénia à Canochinha* e os artigos do blog Dear Author lá parece que as coisas andam a funcionar como deve ser.

Falando em Dear Author, este blog costuma ter artigos bastante interessantes, tal como esteeste e este. Os últimos fazem referência a uma onda de desentendimentos entre leitores e autores devido a críticas negativas, que deu também origem a este texto da Maggie Stiefvater (sigo o blog dela há algum tempo e tenho um livro dela por ler cá em casa) e a esta série de postagens (link para o dia 1, mas têm os links para os restantes dias no final do post) da Meljean Brook que é hilariante. A sério, esta mulher já era das minhas pessoas preferidas por escrever boas histórias com heroínas fortes e com humor à minha medida, agora estou a um ponto de endeusá-la. :P Outro blog que gosto de seguir é o The OF Blog e também se debruçou um pouco sobre o tema, mas sobretudo sobre alguma imparcialidade que existe entre autores e bloggers. O autor do blog não vê com bons olhos o GoodReads ( :P ) mas não deixa de ser um blog muito interessante e ele lê em português!

Interessante é também este pequeno artigo sobre os e-readers esconderem livros que envergonham os seus leitores, e no qual me revejo sobretudo no que toca àqueles livros de romances com capas sugestivas, por assim dizer, e a entrevista com dois dos meus autores de eleição! Bernard Cornwell e George R.R. Martin a falarem um com o outro! OMD! Deve ter sido por e-mail mas só imaginar os dois a conversarem e a discutirem quem vão ou não matar nos seus livros e como, faz esta fã ficar doida. *regrets nothing!*

Do que me arrependo é do que se segue...

Para quem queria
fazer um rácio do género por cada 5 livros que ler dos que andam cá por casa, posso ir buscar um à biblioteca. Também estou a pensar, para a Feira do Livro, fazer algo como "se lidos x livros dos que tenho, posso comprar y", mas tenho mesmo de poupar e comprar poucos
este ano começou mal. Felizmente não tenho gasto dinheiro, mas os e-books a preço 0 na Amazon hão de ser a minha desgraça. Tenho de ter um pouco mais de controlo e não comprar livros só porque estão a preço 0 e têm uma capa bonita...

Compras e-books:
  • The Centurion's Wife (Acts of Faith, Livro 1) de Davis Bunn, Janette Oke
  • On Little Wings de Regina Sirois
  • Out of Time de Deborah Truscott
  • Child of the Mist (These Highland Hills, Livro 1) de Kathleen Morgan
  • The Lady of Bolton Hill de Elizabeth Camden
  • A Kingdom's Cost, a Historical Novel of Scotland de J.R. Tomlin
  • With This Kiss de Victoria Lynne

Ofertas:
  • Um Toque de Sangue (Sangue Fresco, contos 4.1, 4.3, 5.1, 7.1, 8.1) de Charlaine Harris, ganho num passatempo do blog Sangue Fresco.

Como só li um percebe-se o saldo negativo para a redução da pilha TBR, ainda que tenha sido a pilha do Kindle a aumentar, não deixa de ser uma pilha. Assim sendo a pilha cresceu 7 livros (8 livros comprados - 1 livro lido), tendo agora 398 livros por ler (54 e-books + 344 livros). E isto é um número aproximado que há livros que não adicionei ainda ao GoodReads por serem compras feitas antes de 2007, ano em que comecei a fazer o registo.

As coisas têm realmente de mudar.

30 de janeiro de 2012

Book Confessions (1)

Já há algum tempo que sigo o Bookfessions. Como há alguns com que me identifico, vou tentar colocá-los por aqui.


A Tchetcha também fez um meme deste género. Penso que participei comentando. :)

24 de janeiro de 2012

Downton Abbey

Criador: Julian Fellowes
Atores: Hugh Bonneville, Elizabeth McGovern, Maggie Smith, Michelle Dockery, Dan Stevens

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: tem dado desde 10 de outubro na Fox Life e tenho seguido religiosamente na companhia da minha mãe, com uma caneca de chá, bolinhos, manta e um enorme pacote de lenços ao lado. O último episódio foi emitido a 23 de janeiro. 

Temporadas: 1 e 2, que a Fox Life é fofa e deu logo tudo de seguido. O pior disto é mesmo ter de esperar até setembro para a estreia da terceira temporada! *chora*

Opinião: Nesta série seguimos a família Crawley que acaba de receber a notícia da morte do presumível herdeiro da propriedade de Downton Abbey, que seguia a bordo do fatídico Titanic que afundou a 12 de abril de 1912 (já agora, vai estrear este ano, nesta data, uma série sobre este acontecimento pelo criador desta série!), e que supostamente iria casar com a filha mais velha do conde Grantham (Hugh Bonneville). O conde tem apenas 3 filhas e, apesar dos vários esforços da condessa viúva (Maggie Smith) e da sua nora (Elizabeth McGovern), elas não podem herdar as terras nem o dinheiro. O novo herdeiro vem, no entanto, de um ramo mais humilde da família, o que faz com que tanto a família como o staff da casa tenham de se adaptar a uma nova situação. Como se isto não provocasse mudanças suficientes na vida daquelas personagens, a primeira temporada acaba com a notícia da entrada de Inglaterra na Primeira Guerra Mundial, período em que decorre a segunda e que mais mudanças traz ainda.

Esta série ganha sobretudo pelas personagens e as relações desenvolvidas entre elas. Para começar, são todas bastante humanas, com defeitos, virtudes e feitios. Não podemos deixar de nos compadecer com Mary (Michelle Dockery), apesar de aparentemente ser uma pessoa fria e algo calculista, ou Matthew (Dan Stevens), que se vê a braços com um futuro que não esperava. Não podemos ficar indiferentes a uma rija mulher como a condessa viúva, que no entanto tem um coração de ouro e as melhores frases de toda a série. xD

Além disso, adoro a ligação entre o staff e a família. Tenho um fraquinho por livros e filmes que retratam a vida upstairs e downstairs, como por exemplo O Segredo da Casa de Riverton e “Gosford Park”. Sempre achei curioso como alguém pode dedicar a sua vida a uma família a que não pertence e amá-la como se a sua fosse, como a quase devoção que Carson (Jim Carter) tem por Mary. Mas aqui também podemos ver como a família confia nos seus criados, pedindo-lhes indicações sobre como proceder, confiando-lhes segredos. No caso de Bates (Brendan Coyle) e do conde Grantham podemos ver mesmo amizade, coisa que Thomas (Rob James-Collier) e O’Brien (Siobhan Finneran) não parecem compreender, que não deixa de ser ameaçada por diferentes opiniões ou segredos.

Como não podia deixar de ser, também tem algum romance. Mary e Matthew, assim como Anna (Joanne Froggatt) e Bates fazem este meu coraçãozinho bater mais depressa sempre que estão juntos e ficar em pedaços quando separados. Está claro que a vida para eles não é fácil, mas o que seria da vida sem algumas dificuldades? Mas este é o tipo de romance que gosto. As subtis trocas de olhares, as frases com duplo sentido como, quando a Mary diz “Of course I want you” enquanto falam sobre um jantar, como Matthew trata o boneco-amuleto *suspira*, a cara de dor da Anna nos últimos episódios... *chora* Há lá coisa mais bonita que um amor velado, em que um pequeno gesto tem o peso de um enorme sentimento? *suspira mais uma vez*

Está claro que tem pontos negativos, apesar de enamorada com a série consigo ver-lhe defeitos, as Book Smugglers apontam alguns e não posso deixar de concordar com elas, sobretudo nos últimos episódios. Mas mesmo assim adoro a história (mesmo que se assemelhe a uma novela :D ), todo o casting, a enorme e belíssima mansão, os glamorosos vestidos, todo aquele sentido de etiqueta! E por tudo isto, aguardo impacientemente a terceira temporada. *abraça a série fofa na pessoa do Dan Stevens... wink, wink*

Veredito: Para ter na estante. É tão bom! A sério, não podia perder um único episódio nem a sua repetição. Esta série foi mesmo capaz de transformar a segunda-feira no dia da semana pelo qual mais ansiava, e sabe Deus como podem ser trágicas e horríveis as segundas-feiras. E está claro, tenho de ter isto em DVD.

23 de janeiro de 2012

Porque música é poesia (8)

E logo à noite dá o último episódio! *chora desalmadamente*
 
Quem é que me quer oferecer a banda sonora?

19 de janeiro de 2012

O Clã do Urso das Cavernas (A Saga dos Filhos da Terra, #1)

Autor: Jean M. Auel
Ficção | Género: Ficção Histórica
Editora: Publicações Europa-América | Ano: 1998 (originalmente publicado em 1980) | Formato: livro | Nº de páginas: 528 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: Comprei-o! Há 20 anos que só ouvia falar no livro e comprei-o para o oferecer à minha mãe.

Quando e porque peguei nele: 1/jan/2012 a 19/jan/2012. Peguei nele porque já era tempo de o fazer, finalmente adquiri todos os livros e sempre deu para ir riscando alguns dos desafios a que me tinha proposto: Inverno Filhos da Terra, Mount TBR Reading Challenge, Book Bingo - Sugerido por alguém.


Citações:
Sou apenas uma rapariga, Grande Leão das Cavernas, e são-me estranhos os desígnios dos espíritos. Mas creio que agora compreendo um pouco mais. O lince foi um teste ainda mais importante do que Broud. Creb sempre disse que é difícil viver com tótemes poderosos, mas nunca me disse que as dádivas mais importantes que eles dão são dentro de nós próprios. Nunca me disse como uma pessoa se sente quando finalmente compreende. O teste não é apenas uma coisa muito difícil que é preciso fazer, o teste é saber-se que se consegue fazê-lo. Estou grata por me teres escolhido, Grande Leão das Cavernas, e espero ser digna de ti.

Opinião: Será fácil perceber que ouvindo falar do livro vai para 20 anos, as expectativas eram altas, mesmo dando-lhe o desconto de saber que os volumes seguintes não são tão bons. E de facto o livro começa bem. Conhecemos Ayla após sofrer a dura perda da sua família devido a um abalo sísmico. Esse mesmo abalo faz com que um clã de Neanderthais encontre a pequena orfã e resolva adota-la. É-nos permitido então, tal como a Ayla, conhecer e entrar naquela sociedade.

Nota-se que a autora fez um grande trabalho de casa, no que ao viver diz respeito e mesmo à sociedade, mas confesso que o retrato não é bem o que esperava ou tinha em mente. Sempre achei que esta sociedade era um pouco mais igualitária em termos de sexos, pelo que ver a diferenciação de tarefas e sobretudo como as mulheres eram tratadas, com porrada em cima sempre que não atendessem qualquer desejo dos homens, surpreendeu-me um pouco. Até uma curandeira é vista como sendo menos que os caçadores! Entendo que fossem eles que fizessem a caça grossa e que com isso tivessem algum estatuto, mas uma curandeira não deveria ser apenas a mais importante das mulheres, a meu ver estaria ao mesmo estatuto de um feiticeiro, neste caso Mog-Ur, já que até as artes curativas necessitariam de certa magia. No entanto, até é um retrato curioso e a divisão de tarefas entre homens e mulheres até se encontra justificada de forma interessante...

Numa antiguidade mais antiga que a apresentada (passo a redundância), homens e mulheres seriam iguais, no entanto, uma divisão foi necessária para que os cérebros não crescessem mais, já que os Neanderthais teriam uma espécie de memória coletiva. Teriam acesso a memórias forjadas pelos seus pais e avós, mediante a necessidade, para fazer objetos, caçar ou recolher plantas e frutos, ou fazendo uso da magia e de drogas naturais, plantas halocinogénicas e esse tipo de coisa. Confesso que até acredito nisto da memória coletiva, sobretudo tendo em conta os vários mitos criacionistas, ou pelo menos os que conheço e que me parecem muito semelhantes, e ver este tipo de ideia exposto foi um pequeno #win para a minha pessoa. :D

Mas nem tudo é bom. A escrita não me cativou por aí além, apesar de um ou outro parágrafo bem conseguidos, e se gostei da descrição daquele mundo pré-histórico, achei que a autora se alongava por demais. Há partes em que Iza enumera a Ayla todas as plantas úteis para uma ou outra doença e como devem ser tomadas. E apesar de se estender por um ou outro parágrafo, parece que nunca mais acaba. A autora também se repete inúmeras vezes, sobretudo no que toca às diferenças entre Ayla e o resto do clã. Cheguei mesmo a dizer “Ok, já percebi, ela é alta, loira, de olhos azuis e por isso feia, agora continua com a história!” Não achei que fosse necessário bater sempre na mesma tecla, quando podia ter dado mais ênfase há diferença de processamento cognitivo e lógico de ambos os seres. Acabamos por ter bastantes diálogos internos, sendo os de Brun, o chefe do clã, os mais interessantes juntamente com os de Creb, e mostrando que o clã era também capaz de um raciocínio coerente, conseguindo libertar-se das tradições, ou mesmo moldando-as por forma a fazer frente aos novos acontecimentos. Estes processos mentais acabam por ser bem mais interessantes que as deduções lógicas de Ayla, como “então se ele mete aquilo ali e por ali saem bebés, então não são os espíritos que geram bebés mas o sexo”. E realmente, não entenderiam o sexo? O_o

Ayla acaba por aparecer como uma Mary Sue, perfeita em tudo e capaz de tudo e mais alguma coisa. Tem um totem, espírito protetor, poderoso, ela cura, ela caça, ela consegue sobreviver sozinha, ela pensa, ela recorda, ela conta (por acaso até gostei dessa parte :D ), ela faz tudo de forma perfeita. E está claro que se ela é perfeita, há quem não goste de tal, neste caso Broud. A autora tenta passar o confronto entre ambos como um confronto entre espécies, a que sairá vitoriosa e a que se vê ameaçada e prestes a acabar. Isto também poderia ter sido bem aproveitado, não acabasse sempre da mesma forma, com Broud a agredir violentamente Ayla por tudo e por nada. Por ela se atrasar a fazer o que ele lhe mandava, por ela andar com confiança, por ela o olhar, por ela não olhar para ele, por ela lhe ligar, por ela o tratar com indiferença... Isto tornou a história repetitiva e chata de seguir. Deixei mesmo de me importar com a sorte de Ayla nas supostas situações de vida ou morte, pois claramente ela sairia sempre por cima ou com o seu espírito mais iluminado (e também tenho que confessar que algumas das melhores frases são exatamente quando ela se dirige ao seu totem seguindo uma grande revelação).

Também não me pareceu que as personagens atuassem conforme as suas idades. Eu percebo que os tempos eram outros, mas Ayla nunca me pareceu ter 8-11 anos, talvez excetuando no primeiro terço do livro, mesmo quando é descrita fisicamente. E ser-se praticamente idoso aos 20? Tudo bem, são uma raça diferente de pessoa (nem acredito que posso usar isto numa crítica!) e acredito que não vivessem até muito mais que 30/40 anos, mas dizer que aos 20 e alguns anos se seria muito velha para ter um filho (ok, era o primeiro, mas mesmo assim) pareceu-me um pouco demais. O_o

O livro tem um final muito bom. Aliás, o último terço é, a meu ver, o mais interessante de todo o livro. É o culminar de todo o livro e parece-me dar o mote para os que se seguem. Se o livro peca, é por demorar a lá chegar mas chegando lá e muito difícil colocá-lo de lado e não querer pegar no seguinte.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Este livro seria tão bom sem o segundo terço... Tem alguns problemas, nomeadamente no que ao ritmo e a repetições diz respeito, mas parece-me que acaba por valer a pena. Como disse, as expectativas eram altas, depois de ouvir a minha mãe e outros que adoraram o livro e consigo perceber o porquê, e acabaram por não sair goradas mesmo que não me tenha seduzido tanto. A escrita não me conquistou, a história por vezes arrasta-se, mas não deixa de ser um retrato e uma reconstituição interessante de uma época sobre a qual ainda há tanto por descobrir. Fica a curiosidade para ver o que reserva o futuro de Ayla e, porque não, do Cro-Magnon. :)

Há-de seguir-se: O Vale dos Cavalos (A Saga dos Filhos da Terra, #2) de Jean M. Auel

15 de janeiro de 2012

Quando não estou a ler (1)

Acho que é altura de realmente tirar o pó aqui do cantinho e assumir que isto até parece estar aberto. No entanto, vou tentar não me preocupar com o facto de o blog parecer parado nem com o comentar ou não todos os livros que leio. O cantinho começou por ser um lugar para fazer o meu registo de leituras e ir colocando alguns devaneios, sobre várias coisas que me interessam e passam pela cabeça, e é a isso que quero voltar.

Posto isto, e tendo em conta que (tirando o trabalho) a leitura até ocupa uma grande parte do meu tempo, parece-me ser notório que, tal como todas as pessoas, nem sempre me dedico a tal. Aliás, agora tenho mesmo andado tão cansada que raramente tenho tocado nos livros que ando a ler. O que ando então a fazer? Bem, tendo visto a rubrica "When I'm not reading" no blog The Unread Reader, decidi começar a partilhar outras coisas então a que me dedico quando não ando a ler (ou a ver TV/cinema, mas isso já tem uma tag aqui no blog).

Então o que ando a fazer, quando não estou a ler? Pois este domingo andei a cozinhar. Quer dizer, cozinhar-cozinhar nem por isso porque eu é mais bolos... Dediquei-me então a fazer uma fornada de Queques de Abóbora com Canela. Tinha visto a receita há tempos no blog As Minhas Receitas e como tinham bom aspecto, e eu [ironia] gosto pouco de queques [/ironia], foi a receita escolhida esta semana.


Convém dizer que perante a crise e o facto de lamentavelmente eu não ser rica, decidi começar a levar o lanche de casa. Sempre estive habituada a levar o almoço mas lanche e pequeno almoço sempre foram daquelas refeições que não me importava de comer fora. No entanto, têm um certo peso na carteira e já que a minha mãe me ofereceu um termo pelo Natal, para levar chá para o trabalho, pensei "o que é que vai bem com chá?" Bolinhos como este. :D

10 de janeiro de 2012

Sobre leitura

Esta tem sido daquelas alturas em que até há vontade para ler, mas e o tempo para sentar, relaxar e pegar no livro? Sim, tenho tempo para ficar ao computador e ler variados artigos, conversar com pessoas. Tenho tempo para sair, ver uma ou outra série, filme, mas esse não é o tempo para os livros, porque preciso de estar descansada. A televisão não exige tanto como a leitura e adormece a minha cabeça (num bom sentido, não no sentido de estupidificar), já os livros levam-me a adormecer a meio de uma frase, mesmo que esse livro esteja a ser interessante.

Nestes momentos é reconhecer que o meu estado em pouco ou nada ajuda o livro. A história merece toda a minha atenção e quando não a posso dar, o melhor é colocar o livro de lado e fazer aquilo em que consigo focar-me.

7 de janeiro de 2012

What's in a Name

É o último, prometo!

Mais uma vez, vi este desafio no blog Tantos Livros Tão Pouco Tempo e fiquei interessada por ser tão interessante, já que consiste em ler livros com títulos que se enquadrem nestes temas:
Não sei se tenho livros para todos estes temas cá por casa mas parece-me que vai ser divertido andar à procura. :D

Mais informação no blog Beth Fish Reads.

The Back To The Classics Challenge

Já não me recordo onde é que encontrei este desafio, mas pareceu-me interessante já que queria dedicar-me um pouco mais a livros tidos como clássicos. Isto porque as novidades ultimamente não me têm empolgado por aí além, apesar de haver séries que gosto de seguir e estou em pulgas pela continuação, mas os clássicos (também não são todos) parece que conseguem dar-me muito mais do que estava à espera quando pego neles.

Este desafio tem 9 temas:
  • clássico do séc. XIX - Cranford de Elizabeth Gaskell (review in English at Goodreads)
  • clássico do séc. XX - O Nome da Rosa de Umberto Eco (review in English at Goodreads)
  • relê um clássico da tua escolha
  • uma peça clássica - Hamlet de William Shakespeare (review in English at Goodreads)
  • um clássico de mistério/horror/crime
  • romance clássico
  • lê um clássico que tenha sido traduzido do original para a tua língua 
  • um clássico que tenha ganho um prémio 
  • lê um clássico que tenha lugar num país que (realisticamente falando) não visitarás na tua vida.
Alguns dos temas parecem-me complicados, sobretudo o último, mas um desafio deve ser assim mesmo e exigir um pouco de nós. :P Conto ler Wilde, que tenho há tanto tempo em lista de espera, e uma peça do Shakespeare que também tenho por ali. Já a releitura, não sei se vou escolher Tolkien ou Austen, mas logo se vê. :)

Mais informação e regras em Sarah Reads Too Much.

Mount TBR Reading Challenge

Como tenho dito, em 2012 conto reduzir os livros por ler que andam cá por casa, por isso quando vi este desafio no blog Tantos Livros Tão Pouco Tempo disse para com os meus botões "é que era mesmo isto!"

Este desafio consiste em ler livros que nos tenham vindo parar às mãos antes de 1 de janeiro de 2012 e que estão na estante à espera de ser lidos. Tenho alguns há anos nesta situação e tenho, logicamente, de inverter a situação.

Existem vários níveis mas como sou uma moça modesta e realista, vou tentar o Pike's Peak que corresponde a 12 livros.

Podem ver os restantes níveis e as regras no site My Reader's Block.

Livros lidos para este desafio:

  1. O Clã do Urso das Cavernas (A Saga dos Filhos da Terra, #1) de Jean M. Auel (review in English at Goodreads)
  2. O Vale dos Cavalos (A Saga dos Filhos da Terra, #2) de Jean M. Auel (review in English at Goodreads)
  3. Shiver, um amor impossível (The Wolves of Mercy Falls, #1) de Maggie Stiefvater  (review in English at Goodreads)
  4. Again the Magic (Wallflowers, #0.5) de Lisa Kleypas (review in English at Goodreads)
  5. O Nome da Rosa de Umberto Eco (review in English at Goodreads)
  6. Resgate no Tempo de Michael Crichton (review in English at Goodreads)
  7. O Símbolo Perdido (Robert Langdon, #3) de Dan Brown (review in English at Goodreads)
  8. Lucrécia Bórgia de Geneviève Chastenet (review in English at Goodreads)
  9. Os Contos de Beedle o Bardo de J.K. Rowling (review in English at Goodreads)

Book Bingo

Tinha a ideia de fazer uma coisa destas já há algum tempo, depois de ver cartões de Bingo com cenas de LOST e outros com temas de livros.

Uma conversa no Twitter com gente tão doida como eu *abraça twitgang*, levou então a que me empenhasse a fazer um, daí que depois tenha convidado o pessoal que achou a ideia gira a juntar-se, para além de que sempre fica um jogo entre um pequeno grupo de amigos, muitos dos quais se encontram pessoalmente e discutem os livros e temas por entre cafés e almoços. :D

Ora bem, assim sendo pensei em vários temas. Acabei com 28 e fiz depois os cartões, que têm apenas 25 temas, num site próprio. Segue-se o cartão que me calhou e lista com os vários temas.

Photobucket

LIVRE – um qualquer livro à escolha
Adaptado ao cinema/TV – um livro cuja história tenha sido adaptada ao pequeno ou grande ecrã
Áudio-livro – um livro em formato áudio
Bestseller – livro que seja um sucesso de vendas (geralmente têm um autocolante ou uma frase a dizer que é um bestseller)
Biografia – livro de não ficção sobre a vida de alguém
Clássico – um livro considerado como um clássico da literatura mundial
Contos – pode ser infantil, antologia, um livro pequeno
Fantasia – um livro deste género, com elementos fantásticos ou sobrenaturais
Ficção Científica – um livro deste género, com elementos científicos
Ficção Histórica – um livro que retrate uma época história ou novelização da vida de uma personagem (os livros da Philippa Gregory são um exemplo)
Horror – um livro deste género, de arrepiar e com sangue a rodos
Infantil – um livro para crianças, pode ter desenhos (como os da Beatrix Potter por exemplo)
Livro com mais de 500 páginas – um daqueles livros que se assemelham a, ou têm o peso de, um tijolo
Livro emprestado – pode ser da biblioteca ou emprestado por alguém, desde que não seja vosso é à vontade
Livro noutra língua (nada de português) – em inglês, francês, até mirandês se o entenderem, basicamente é ler um livro na língua em que foi publicado originalmente
Mistério – um livro que gira à volta de um crime que tem de ser desvendado
Não Ficção – pode ser sobre qualquer tema, História, Arte, Ciências, livros técnicos...
Nome do autor começa por Vogal – tanto pode ser o nome ou apelido, por exemplo Jane Austen ou Alexandre Dumas
Novela gráfica – podem ser comics, mangas, distingue-se dos infantis com desenhos por se dirigirem a um público mais velho
Releitura – ler um livro que tenham lido no passado
Romance – um livro com romance pelo meio, pode ser chick lit, histórico, paranormal...
Sobre/Com Animais – pode ser sobre como tratar um animal de estimação ou sobre o animal de estimação, como o Marley por exemplo, ou até ter um cão a salvar o dia, se houver livros com a Lassie
Sugerido por alguém – um livro que tenha sido sugerido por um amigo, bibliotecário, professor, blogger...
Thriller – um livro cuja acção tenha suspense e se desenrole praticamente em contra-relógio (ou o mundo acaba e a Igreja continua a esconder que Maria Madalena ERA o Graal!)
Título contenha um Número – o livro deve conter no título numerais cardinais como A Volta ao Mundo em 80 Dias, ou ordinais tal como A Primeira a Morrer
Viagens – um livro que conte as viagens de alguém (Gonçalo Cadilhe, Ewan McGregor ou mesmo Gulliver)
Volume de uma série – não interessa se é o primeiro ou o último, se a história é sequencial ou os protagonistas de cada livro são os elementos de uma família
YA – um livro dirigido ao público jovem-adulto e tão na moda

Cada livro deve corresponder a um único tema e o objectivo é fazer 5 em linha, seja na horizontal, vertical ou na diagonal. Eu e mais algumas pessoas vamos mesmo tentar fazer o cartão todo, por modo a variar leituras, ler mais e desbastar as vastas pilhas de livros por ler.

Como tinha leituras planeadas, nomeadamente duas estações temáticas, vou tentar incluí-las no Bingo. De momento estou a ler O Clã do Urso das Cavernas da Jean Auel, que apesar de ser de uma autora cujo nome começa por vogal e ficção histórica, é mais que tudo um livro que me foi sugerido por várias pessoas, daí que seja essa a casa que vou preencher acabando o livro.

6 de janeiro de 2012

Inverno Filhos da Terra

Como disse no post anterior, em 2012 conto participar em vários desafios, alguns deles pessoais (ou seja desenvolvidos pela minha pessoa :D ) outros que encontrei por essa internet fora. No entanto, todos os desafios têm como objectivo maior a diminuição da pilha de livros que tenho por ler cá em casa e que parece ascender a 400 livros, coisa pouca portanto... *inserir Grito de Munch*

Para dar então arranque a este ano de 2012, decidi começar por fazer uma estação temática, depois do relativo sucesso de Verão de Releituras, que surgiu de forma improvisada quando a sô dona Tchetcha se pôs a ler Outlander e eu quis-lhe fazer companhia, e quando gente maluca se decidiu a reler Harry Potter e está claro que eu não podia ficar para trás; assim como de Outono Steampunk, também por culpa da sô dona Tchetcha e de outra maluca que dá pelo nome de Janita. Como não podia deixar de ser, deve-se à sô dona Tchetcha esta estação, mas posso também culpar a minha mãe. Se liam este blog já sabem da saga para conseguir esta saga, se não liam passam a saber. :D

A minha mãe foi em tempos uma grande leitora e tentou levar a filha pelo mesmo caminho, parece-me que com sucesso. Não só me incentivou a ler comprando livros que achava adequarem-se à minha idade e gostos, como também sempre fez questão de comentar livros comigo. Aconselhou-me alguns de que vim a gostar, um outro de que não gostei tanto (mas ainda não desisti, hei de voltar a pegar-lhe) mas nenhum desses se compara aos elogios que faz ao livro O Clã do Urso das Cavernas de Jean M. Auel e que constitui o primeiro volume desta saga.

Há cerca de 20 anos que a oiço falar do livro e ainda me recordo de a ver lê-lo. Lembro-me de estar ao lado dela, a ler a minha coleção de Os Cinco, e pensar "porque raio anda a minha mãe a ler um livro sobre uma gaja loira em trajes menores e um urso?" E se falava com entusiasmo sobre o livro nessa época ("é uma jovem pré-histórica, adotada por um clã Neanderthal e faz tudo de maneira diferente!"), ainda o faz hoje ("e conta para além dos dedos que tem nas mãos e nos pés, e sabe coisas mas o cérebro é mais pequeno, o que acham estranho porque eles armazenavam tudo o sabiam, e ela usa a lógica!"). Claro que tanto entusiasmo contagiou-me e lá me decidi a descobrir mais sobre o livro, até porque ela não o tinha já que a edição que leu tinha-lhe sido emprestada.

Assim, o que eu julgava ser um stand-alone, vim a descobrir tratar-se, na verdade, de uma série. Descobri-o enquanto andava na faculdade, pois uma colega começou a lê-la, e também ela parecia fascinada. Fui então incubida de uma tarefa, tentar encontrar todos os livros, o que acabei por fazer em 2011.

Fazem parte desta saga os seguintes títulos:
  1. The Clan of the Cave Bear
  2. The Valley of Horses
  3. The Mammoth Hunters
  4. The Plains of Passage
  5. The Shelters of Stone
  6. The Land of Painted Caves

Os quatro primeiros foram editados por cá, nos anos 80 e 90, pelas Publicações Europa-América (o primeiro foi também publicado em 2006 pela Esfera dos Livros), sendo que os volumes 3 e 4 foram divididos em dois volumes cada um. Apesar de alguns dos títulos ainda estarem disponíveis no site da editora, foi uma saga conseguir outros, e há mesmo um volume que ainda não encontrei em português e lá tive que mandar vir a edição original. Os outros dois títulos só se encontram disponíveis em inglês, tendo o último sido publicado no último ano.

No meio destas deambulações e atribulações para conseguir toda a saga, preferencialmente em português, descobri que existe um filme, do qual vi algumas partes e surpreendeu-me a quase inexistência de diálogo, o que até é normal, não haveria línguas como as que conhecemos hoje mesmo que já houvesse alguma linguagem oral utilizada conjuntamente com a gestual, mas uma pessoa está habituada a esse tipo de comunicação nos filmes e em livros... Para além disto, também descobri que a Tchetcha já havia lido a série e é fã da mesma! Prometi então a mim mesma que iria atirar-me à série e escolhi o inverno porque pareceu-me a estação do ano mais propícia para ler livros cuja história se desenvolve na última Idade do Gelo.

Mas a curiosidade quanto a esta série não se prende apenas com o facto de vir altamente recomendado pelas pessoas que conheço e os leram (na verdade acho que ainda não vi uma única crítica má, apesar de ter lido que a série vai perdendo alguma qualidade). A época retratada, o Paleolítico, é uma época que conheço mal mesmo tendo estudado na Faculdade, já que o facto de não haver escrita, e por isso registos, torna complicado perceber muitos dos elementos da sociedade da época, mas parece que a autora faz um relato credível. Além disso, debruça-se também sobre o encontro de duas espécies humanas que partilham um mesmo espaço, tema que ainda hoje é debatida a vários níveis, nomeadamente no que diz respeito à interação. Nestes livros temos uma Cro-Magnon que é adotada por Neanderthais, mas a descoberta do Menino do Lapedo levantou a questão de cruzamento entre as duas espécies e que parece agora confirmado.

Vou então mergulhar, com alguma expectativa, na última Idade do Gelo para seguir Ayla e a emergência da espécie humana, como a conhecemos hoje, com este inverno dos Filhos da Terra. Posso desde já dizer, tendo lido cerca de um terço do primeiro livro, que estou a gostar bastante. :)

4 de janeiro de 2012

Balanço 2011 e, aparentemente, o ano que ninguém quer

Alô! Alô! Saudades? É verdade, apesar do adeus ali em baixo resolvi colocar o balanço do ano que findou há alguns dias. Se isto representa um regresso? Não faço ideia, mas vamos ao que interessa...

2011 foi um ano de mudanças. Tentei mudar algumas coisas no blog acabando por o fechar. Falta de motivação e paciência levaram a isso. Se me arrependo? Às vezes, mas depois viro a minha atenção para outras coisas e esqueço-me. Continuo a interagir com os bloggers que seguia, até penso que tenho comentado mais, e apesar de ter fechado um veículo de comunicação, abriram-se outros e tem sido engraçado a troca de e-mails, mensagens e tweets. :D

Ora bem, em termos de leituras, o início do ano foi complicado. Desisti de alguns e custou-me a começar outros, mas li dois dos melhores livros deste ano: O Segredo da Casa de Riverton e Os Despojados. Este último fazia parte da lista de um dos bookclubs em que gostava de ter participado mas acabei por não o fazer. Ainda assim li o livro, que dá muito que pensar, e não me canso de o recomendar. O primeiro é brilhante, nomeadamente no que à escrita diz respeito. Uma história com duas linhas temporais mas cujo salto entre elas não confunde e faz todo o sentido.

O resto do ano também foi recheado de boas leituras. Desde comics/mangas, releituras e estações temáticas, foi um ano que acabou por ser produtivo. Li 82 livros (a contagem no GR diz 83 porque juntei o volume em inglês de Os Despojados, para poder dar uma nota global e ler críticas ao livro, já que em português o livro está dividido em 2), dos quais 23 tinham bonecos (fiz mesmo uma maratona Dragon Ball no último dia do ano em que li 5 livros!), 7 foram releituras, e 5 deixei a meio, porque a história não me estava a cativar, as personagens eram a coisa mais superficial que se pode encontrar ou achei que seria melhor lê-lo numa outra altura e na língua original (tradução *medo*). Também li antologias, 5 ao todo (e estou a ler outras 2), o que penso que não tinha feito em anos anteriores. Não elaboro tops, acho complicado pois não consigo chegar a um consenso sobre os lugares do top, mas saliento o que de melhor e pior me passou este ano pelas mãos.

Melhor livro: É difícil escolher só um, mas penso que O Segredo da Casa de Riverton de Kate Morton, porque achei-o brilhante e exactamente o que estava a precisar na altura em que o li. Se sentia que pouco ou nada conquistava a minha atenção e me arrebatava, este livro fê-lo. E ainda estou decidida a adquirir o áudio-livro. Devo, no entanto, mencionar também Expiação do Ian McEwan, pelo sentimento de catástrofe que paira sobre quase todo o livro e pelo seu final agridoce, de me trazer lágrimas aos olhos e me fazer chorar rios.

Livro decepção: Provavelmente o livro Filha do Sangue da Anne Bishop, já que veio muito bem recomendado e acabei por não ficar assim tão fascinada como outras pessoas. Ainda assim gostei de o ler, tem um mundo interessante, personagens curiosas e intrigantes, e os restantes livros desta série estão ali à espera de serem lidos.

Melhor capa: A de Outlander - Nas Asas do Tempo porque é a mais bela de todas as deste livro. A sério! Visitem a página do GR com as outras edições e vejam como a nossa se destaca pela sua beleza. E tem dourados, subtis e nada pindéricos! E sabe Deus como o dourado pode ser pindérico...

Pior capa: A capa de Laços de Sangue da Charlaine Harris. A SdE costuma ter capas lindas mas esta saiu claramente ao lado. O vampiro da capa é desconcertantemente parecido com um certo vampiro cintilante de uma outra saga... O_o

Autor surpresa do ano: OMD não consigo escolher! Tanto a Kate Morton, a Meljean Brook e a Gail Carriger, merecem ser mencionadas! Todas elas escrevem mulheres fortes, de carácter, personagens que valem realmente a pena seguir.

Melhor personagem: Oh para ela a fazer batota... E leva este prémio... A Dowager Countess of Grantham da série Downton Abbey! Eu sei, o balanço costuma dizer respeito a livros mas a sério, quando for grande quero ser como ela! Para além de ser representada por essa grande mulher *vénia e venera* Dame Maggie Smith, tem na série algumas das frases mais hilariantes:
What's a "weekend"?
No Englishman would *dream* of dying in someone else's house.
We can't have him assassinated... I suppose.
Sometimes I feel as if I were living in an H.G. Wells novel.
Put that in your pipe and smoke it.
But if there are relapses. What then? Amputation in the dining room? Ressuscitation in the pantry?
Como não a achar a melhor personagem do ano? Além disso esta série é fantástica, todas as personagens estão muito bem conseguidas e são credíveis, humanas. E os romances? Tanto Anna e Bates, como Mary e Matthew me deixam em modo “AWWWW”.

Quanto a objectivos para 2011 (e vamos esquecer os do blog: dinamizar e tal), no desafio do GR tinha-me proposto a ler 50, mas depois de ter atingido a marca quis ir mais longe e ler 75. É certo que este ano li mais livros que em anos anteriores mas isto porque, como disse em cima, li mangas/comics e outros livros com bonecos, que são pequenos e lêem-se num instante (enquanto me divertem imenso :D ). Também dei uso ao Kindle que recebi e tão prático que ele é, sobretudo em férias! *abraça o Kindle fofo* O que é certo é que debastei um pouco a pilha de livros por ler cá em casa, mesmo que muitos desses livros tenham sido adquiridos este ano. E meu Deus, quanto gastei este ano em livros...

Mantive um registo do "Custo do Vício" que podem ver ali ao lado. A intenção era então ver se pedia muitos livros emprestados, poupando dinheiro, ou se adquiria muitos. Parece-me que a conclusão é óbvia: eu tenho um problema, sou bookaholic e compradora compulsiva. Gastei cerca de 400 euros em compras e mesmo com as ofertas e os empréstimos a ascenderem a 43 livros, e a poupança por utilizar o BookMooch, o saldo de 22,44€ não me parece nada de especial, parece que só poupei o custo de um livro em PT. Isto é mesmo algo que tem de mudar, não só porque os livros cá em casa já ascendem a quase 400 livros *inserir Grito de Munch* e devia mesmo dedicar-me à leitura destes, mas também porque tenho mesmo de começar a poupar se quero dedicar-me a outros projectos (nomeadamente a viagens, pois este ano pela primeira vez saí de Portugal e ganhei o bichinho de querer conhecer mais cidades desse mundo :) ). Não quero com isto dizer que o dinheiro gasto em livros seja mal gasto, eu vejo-o como um investimento, mas tenho de começar a investir noutras coisas e não é como se me faltasse material de leitura. :D

Também queria ter participado em bookclubs que alguns blogs pensavam realizar, mas não consegui porque os livros não eram propriamente os que me estavam a apetecer ler ou porque a leitura prolongou-se e tive depois preguiça para participar em discussões. Ainda assim participei (algo a meio gás) na leitura conjunta do HP, onde mais uma vez a leitura acabou por se estender por um período maior do que esperava e a discussão não foi continuada por falta de tempo, vontade e porque nem sempre há o que dizer. Ainda assim tentei comentar as opiniões das pessoas que entraram comigo nesta LC e angariámos mais uma Potterhead! A Diana do Papéis e Letras juntou-se a este grupo de fiéis seguidores dessa grande escritora que é a J.K. Rowling *vénia* e ainda houve convertidos aos aúdio-livros na voz desse grande senhor que é o Stephen Fry *vénia*. E porque não me canso de dizer “eu bem disse que áudio-livros rullavam bué!!!”

Acabei o ano a participar em estações temáticas. No outono li Steampunk, com a Tchetcha e a Janita. Foi engraçado escrever sobre o tema, discutir as leituras de livros em comum e tentar convencer o pessoal a ler os que tinha gostado. Já o inverno vai ser passado a ler A Saga dos Filhos da Terra. :)

Quanto a outras resoluções, li apenas um autor português (tirando a antologia de Natal que tinha começado em 2010 e que acabei no início de 2011), não reli North and South (mas reli outros, e que bem que soube) nem peguei em Wilde, mas talvez seja este ano.

Para 2012 estou a pensar participar em vários desafios, sobretudo tendo em vista a diminuição da pilha de livros por ler cá em casa. Assim sendo vou fazer desafios próprios que passam por:
  • continuar o "Custo do Vício", a ver se consigo poupar mais que os 22,44€ deste ano
  • fazer pelo menos duas estações temáticas: fazer o inverno dos Filhos da Terra e a primavera de Gelo e Fogo porque Martin is coming!
  • fazer um Book Bingo! Esta era uma ideia que vinha a pensar já algum tempo e vou tentar então pô-la em prática
  • fazer um rácio do género por cada 5 livros que ler dos que andam cá por casa, posso ir buscar um à biblioteca. Também estou a pensar, para a Feira do Livro, fazer algo como “se lidos x livros dos que tenho, posso comprar y”, mas tenho mesmo de poupar e comprar poucos
  • diminuir a lista dos 1001 livros por ler antes de morrer, segundo a edição 2010 (há também uma edição de 2006 e 2008, com outros livros mas depois dedico-me a elas), já que tenho alguns cá por casa e estão na lista outros que tenho curiosidade de ler já faz muito tempo.

Para além destes, conto participar, ainda que não activamente (ou seja não vou fazer inscrições nem nada disso) pois o que mais me interessa é manter-me fixada no objectivo "ler o que tenho cá por casa", nos seguintes desafios:
  • Mount TBR Reading Challenge - é claramente o desafio chave deste ano. :D Tem vários níveis de dificuldade mas se conseguir atingir o Pike’s Peak, que corresponde a 12 livros, já me dou por satisfeita
  • The Back to the Classics Challenge - tem 9 temas referentes a clássicos e espero que me ajude a pegar nos livros que tenho cá por casa
  • What’s in a Name - tem 6 temas e parece-me o mais complicado de realizar, mas não deixa de ter a sua piada.

E pronto, acho que é isto. Também quero me dedicar mais a filmes e séries (os DVDs que tenho cá por casa são menos que os livros, mas não é por isso que o número por ver é menor :P ) e outras coisas. Acabei por não aprender a costurar, pouco me dediquei a bordados e crochet, mas é coisa neste novo ano queria mesmo fazer. A ver se saio mais da rotina, se estou menos tempo a olhar para o ar sem fazer nada, apesar de alguns momentos desses também serem bons! O pior é mesmo quando estou a fazer isso e não queria, mas faço-o porque estou com preguiça para me levantar e fazer outras coisas, isso sim é para deixar de acontecer. Must stop procrastination!

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