Criador: Julian Fellowes
Atores: Hugh Bonneville, Elizabeth McGovern, Maggie Smith, Michelle Dockery, Dan Stevens
Mais informação técnica no IMDb.
Quando e onde o vi: tem dado desde 10 de outubro na Fox Life e tenho seguido religiosamente na companhia da minha mãe, com uma caneca de chá, bolinhos, manta e um enorme pacote de lenços ao lado. O último episódio foi emitido a 23 de janeiro.
Temporadas: 1 e 2, que a Fox Life é fofa e deu logo tudo de seguido. O pior disto é mesmo ter de esperar até setembro para a estreia da terceira temporada! *chora*
Opinião: Nesta série seguimos a família Crawley que acaba de receber a notícia da morte do presumível herdeiro da propriedade de Downton Abbey, que seguia a bordo do fatídico Titanic que afundou a 12 de abril de 1912 (já agora, vai estrear este ano, nesta data, uma série sobre este acontecimento pelo criador desta série!), e que supostamente iria casar com a filha mais velha do conde Grantham (Hugh Bonneville). O conde tem apenas 3 filhas e, apesar dos vários esforços da condessa viúva (Maggie Smith) e da sua nora (Elizabeth McGovern), elas não podem herdar as terras nem o dinheiro. O novo herdeiro vem, no entanto, de um ramo mais humilde da família, o que faz com que tanto a família como o staff da casa tenham de se adaptar a uma nova situação. Como se isto não provocasse mudanças suficientes na vida daquelas personagens, a primeira temporada acaba com a notícia da entrada de Inglaterra na Primeira Guerra Mundial, período em que decorre a segunda e que mais mudanças traz ainda.
Esta série ganha sobretudo pelas personagens e as relações desenvolvidas entre elas. Para começar, são todas bastante humanas, com defeitos, virtudes e feitios. Não podemos deixar de nos compadecer com Mary (Michelle Dockery), apesar de aparentemente ser uma pessoa fria e algo calculista, ou Matthew (Dan Stevens), que se vê a braços com um futuro que não esperava. Não podemos ficar indiferentes a uma rija mulher como a condessa viúva, que no entanto tem um coração de ouro e as melhores frases de toda a série. xD
Além disso, adoro a ligação entre o staff e a família. Tenho um fraquinho por livros e filmes que retratam a vida upstairs e downstairs, como por exemplo O Segredo da Casa de Riverton e “Gosford Park”. Sempre achei curioso como alguém pode dedicar a sua vida a uma família a que não pertence e amá-la como se a sua fosse, como a quase devoção que Carson (Jim Carter) tem por Mary. Mas aqui também podemos ver como a família confia nos seus criados, pedindo-lhes indicações sobre como proceder, confiando-lhes segredos. No caso de Bates (Brendan Coyle) e do conde Grantham podemos ver mesmo amizade, coisa que Thomas (Rob James-Collier) e O’Brien (Siobhan Finneran) não parecem compreender, que não deixa de ser ameaçada por diferentes opiniões ou segredos.
Como não podia deixar de ser, também tem algum romance. Mary e Matthew, assim como Anna (Joanne Froggatt) e Bates fazem este meu coraçãozinho bater mais depressa sempre que estão juntos e ficar em pedaços quando separados. Está claro que a vida para eles não é fácil, mas o que seria da vida sem algumas dificuldades? Mas este é o tipo de romance que gosto. As subtis trocas de olhares, as frases com duplo sentido como, quando a Mary diz “Of course I want you” enquanto falam sobre um jantar, como Matthew trata o boneco-amuleto *suspira*, a cara de dor da Anna nos últimos episódios... *chora* Há lá coisa mais bonita que um amor velado, em que um pequeno gesto tem o peso de um enorme sentimento? *suspira mais uma vez*
Está claro que tem pontos negativos, apesar de enamorada com a série consigo ver-lhe defeitos, as Book Smugglers apontam alguns e não posso deixar de concordar com elas, sobretudo nos últimos episódios. Mas mesmo assim adoro a história (mesmo que se assemelhe a uma novela :D ), todo o casting, a enorme e belíssima mansão, os glamorosos vestidos, todo aquele sentido de etiqueta! E por tudo isto, aguardo impacientemente a terceira temporada. *abraça a série fofa na pessoa do Dan Stevens... wink, wink*
Veredito: Para ter na estante. É tão bom! A sério, não podia perder um único episódio nem a sua repetição. Esta série foi mesmo capaz de transformar a segunda-feira no dia da semana pelo qual mais ansiava, e sabe Deus como podem ser trágicas e horríveis as segundas-feiras. E está claro, tenho de ter isto em DVD.
2 comentários:
Concordo totalmente! Também adorei a série. Não a vi na foxlife ao ritmo de 1 episódio por semana, vi cada série em 2/3 dias e foi óptimo. Durante aquelas horas seguidas, sentia-me parte daquele mundo. Um série fantástica, apesar de algumas críticas fáceis de apontar. Mas um pouco de entretenimento e magia também fazem falta.
Eu pensei em ver todos de seguida, mas acabava-se mais rapidamente. Assim tinha sempre algo porque ansiar, mesmo com as semanas menos boas que tenho tido. Acho que só a ver a série é que me sentia a recuperar as forças para enfrentar uma nova semana, porque realmente perdia-me na história e nada mais interessava ou existia. Era essa a sua magia para mim. :)
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