25 de julho de 2009

Eu e os áudio-livros

Depois de ver este post da Miss Picky (Ana O.), achei que seria interessante (ou não) dar a conhecer a minha história com este formato literário.

Tudo começou no ano de 2006 com a série Sharpe e o actor Sean Bean. Lembro-me de ver uma mini-série de dois episódios na RTP, que não era mais que o último episódio, feito até aquela data (no ano passado foi feito um novo episódio), Sharpe's Challenge. Ora, eu não sou completamente indiferente ao Sean Bean e na época até andava a estudar o séc. XIX, pelo que fiquei curiosa. Mais curiosidade suscitou o facto de esta série ser baseada em livros de um autor do qual tinha ouvido muito bem, Bernard Cornwell. Da série televisiva até aos livros foi um salto. No entanto, a colecção de livros é bastante extensa e cá por casa o espaço é pouco, pelo que foi assim que tropecei, literalmente, nos áudio-livros desta colecção e narrados pelo célebre actor que deu corpo à personagem! Ouro sobre azul diria eu... Ouvi assim as versões condensadas do primeiro e do último volume da série, e não tardou muito até arranjar a maior parte dos restantes. Ainda não ouvi todos, mas diga-se que passei a adorar a época napoleónica (que até então pouco me interessava, aliás os séculos XVIII e XIX nunca foram do meu agrado até começar a ler romances históricos) e comecei a perceber tácticas militares...

Estes áudio-livros acompanharam-me então durante o trabalho final de curso, durante os dias que passava sozinha, num palácio a cair de podre, com a exausta tarefa de inventariar e descrever peças. A recepção do rádio não era a melhor, pelo que os áudio-livros conseguiram-me manter sã (se é que se pode chamar sã à minha mente...) e ajudaram a passar o tempo. No entanto, tanta guerra pode tornar-se algo enfadonho e assim parti para outros temas: os romances de Austen, que aconselho desde já excepto se lidos por senhoras com vozes monocórdicas ou lidos por homens (é simplesmente errado!!!); os thrillers de Dan Brown; os mistérios de Agatha Christie, que são ainda melhores quando narrados por todo um grupo, tipo novela radiofónica; e o mundo fantástico de Harry Potter. Mas se até acabar o curso, os áudio-livros serviam apenas para passar o tempo enquanto inventariava, descrevia ou desenhava peças, tudo tarefas bastante empolgantes, como se pode imaginar (not!), agora são também muito úteis quando desempenho outras tarefas igualmente aborrecidas, como quando estou a fazer limpezas e outras tarefas domésticas.

Convém avisar que há um certo risco ao fazer as tarefas domésticas e ouvir áudio-livros: não foram poucas as vezes que desatei a rir sozinha, o que levou os meus pais e irmão confirmarem as suas suspeitas de que sou doida, como parti alguns pratos e copos... Mas sem dúvida que recomendo, pena é haver pouca oferta em português.

22 de julho de 2009

Drácula

Autor: Bram Stoker
Género: Horror
Editora: Publicações Europa-América | Nº de páginas: 424
Nota: 4/5

Resumo (da capa): Drácula, o sinistro conde da Transilvânia, só pode ser morto por uma estaca espetada em pleno coração. Até que alguém consiga fazê-lo, porém, continuará a alimentar-se do sangue de inocentes, e estes, tornados mortos-vivos, passarão também a sofrer da insaciável sede do sangue.

Mas como se conseguirá preparar uma armadilha a um monstro com vastos poderes e com a sabedoria dos séculos?

“O Conde sorriu, os seus lábios abriram-se sobre as gengivas e os compridos e aguçados dentes caninos apareceram estranhamente…”

Opinião: Na verdade é mais um 3.5, mas arredondei um pouco porque não gosto de dar meias notas e não deixa de ser um bom livro, se bem que não era exactamente o que estava à espera.

Este livro foi lido, mais uma vez, no âmbito de uma Leitura Conjunta (LC) promovida pelo fórum Estante de Livros e diga-se que houve uma discussão bastante interessante, que apesar de tudo foi perdendo a chama, não por culpa de quem participou, mas porque o mesmo entusiasmo parece que se vai perdendo ao longo do livro.

Sempre tive curiosidade sobre vampiros. Já vi bastantes filmes, incluindo o de 1992 realizado por Francis Ford Coppola e de que não me recordo muito bem (coisa a emendar nos próximos tempos), pelo que era com alguma expectativa que parti para este livro, tido como aquele que lançou as bases para os vampiros modernos, ou que aparecem com um pouco mais de frequência nos vários meios culturais. Travamos então conhecimento com Jonathan Harker, incumbido de se dirigir ao Castelo do Conde Drácula, a propósito de negócios que têm por fim trazer o conde até Inglaterra. No entanto, Jonathan começa a aperceber-se de quem nem tudo é o que parece e começa a temer nunca mais ver Mina, sua noiva. Esta é grande amiga de Lucy, uma jovem bastante bela, de tal maneira que recebe 3 propostas de casamento no mesmo dia. E é quando esta começa a ser atacada por uma estranha doença, que Van Helsing, um médico holandês com bastantes conhecimentos no que toca ao sobrenatural, é chamado por um dos pretendentes de Lucy para revelar então a criatura que todo o grupo terá de enfrentar.

A primeira metade do livro, ou seja, o relato de Jonathan no Castelo e os constantes ataques a Lucy, é bastante interessante, já que o modo em que o livro está escrito, através dos diários e de cartas dos participantes em toda a acção, convidam-nos a entrar na mesma acção e a partilhar as emoções e as dúvidas que assaltam os vários protagonistas. No entanto, a segunda metade do livro apresenta-nos uma quebra da acção e as personagens começam a revelar-se um pouco parvas e mesmo estúpidas, apetecendo dar-lhes um valente par de estalos e gritar-lhes para abrirem os olhos. A história torna-se então demasiado previsível apesar de ir crescendo, novamente, em termos de acção para acabar num final algo anti-climático e que deixa, por isso, algo a desejar.

Na LC houve quem apontasse alguns fios soltos e incongruências, mas devo confessar que isso me passou algo ao lado. Tendo em conta o modo narrativo, é óbvio que algumas coisas teriam de ficar de fora, mas não é nada que um pouco de imaginação não ajude, nomeadamente no caso de Reinfeld, uma das personagens que mais dúvidas levantou, mas que a meu ver foi muito bem conseguida, sendo mesmo a minha personagem favorita em todo o livro.

O livro lê-se bem, mas desilude um pouco, já que fazendo parte do ideário, da cultura de massas actual, uma pessoa não consegue deixar de imaginar como é que a história será antes de pegar no livro, e é normal que ao não ver essa imagem, essa outra história que construiu, que o leitor fique decepcionado. Mas tendo em conta a época em que foi escrito, penso que é notório o sobressalto que terá provocado numa sociedade um pouco fechada, com fortes convicções morais, e cheia de convenções e regras de etiqueta.

18 de julho de 2009

A Linguagem Secreta da Arte

Autor: Sarah Carr-Gomm
Género: arte (não ficção)
Editora: Editorial Estampa | Nº de páginas: 256
Nota: 4/5

Resumo (do site Editorial Estampa): Um guia fidedigno e de fácil consulta para nos levar através das tradições mitológicas, religiosas, históricas e literárias que têm inspirado artistas de todas as épocas até aos nossos dias. Contém uma análise pormenorizada de mais de 75 grandes quadros, assim como uma síntese fascinante da história de 500 figuras, símbolos e alegorias ao longo de 700 anos de criação artística. Oferece informação sobre as personagens reais ou imaginárias, cujas vidas inspiraram artistas ao longo de séculos - de Apolo, Zeus e todos os outros deuses e deusas do Olimpo a Jesus Cristo, à Virgem Maria, aos Apóstolos e aos Santos. Inclui caixas com informação específica, ilustradas com pormenores de obras de arte de grandes mestres como Caravaggio, Miguel Ângelo, Botticelli, Bosch, Klimt, Chagall ou Picasso, por exemplo, com a explicação de como interpretar um vasto leque de temas artísticos, desde as Nove Musas aos Sete Pecados Mortais. Conclui com um índice dos quadros citados ou que ilustram a obra, com referência explícita ao museu ou galeria onde se encontram.

Opinião: Peguei neste livro por se encontrar no gabinete onde trabalho. Tendo trabalhado num Museu de Arte e estando agora a trabalhar noutro em que a Arte continua a ter alguma importância, achei que seria interessante descobrir o que se encontra por detrás de algumas imagens, figuras e episódios retratados em várias telas e retábulos.

A autora pega em alguns quadros e analisa-os, focando-se depois em elementos chaves que nos dão a conhecer não só a biografia dos representados, mas também a importância de determinados temas e objectos. Achei a análise muito bem conseguida, nomeadamente no que toca aos quadros com temas cristãos, pois apesar de ter crescido numa família católica confesso que era ignorante no que tocava a alguns episódios ou personagens representados. Neste livro, a autora dá a conhecer algumas dessas personagens, hoje um tanto ou quanto obscuras, explicando os atributos que servem para ajudar a nomear as personagens, e os episódios retratados. Este é também um livro de fácil consulta, podendo ser uma ferramenta útil quando se analisa um quadro com mais alguma profundidade. Não digo que se leve o livro atrás, quando se visita um museu, mas é sem dúvida um bom livro para quem se interessa por arte ou tem curiosidade em saber algo mais sobre as histórias que inspiraram os autores.

A tradução portuguesa está bem conseguida, com excepção dos santos Blaise e António, que em português são conhecidos por S. Brás e Santo Antão, de modo a não ser confundido com outro Santo António, em inglês aqui.

13 de julho de 2009

The Jane Austen Book Club

Autor: Karen Joy Fowler
Género: chick lit
Editora: Penguin Books | Nº de páginas: 304
Nota: 2/5

Resumo (da capa): In California’s Sacramento Valley, six people meet once a month to discuss Jane Austen’s novels. They are ordinary people, neither happy nor unhappy, but all wounded in different ways, all mixed up about their lives and their relationships. Over the six months they meet, marriages are tested, affairs begin, unsuitable arrangements become suitable, and, under the guiding eye of Jane Austen, some of them even fall in love…

Opinião: Tomei conhecimento deste livro devido aos trailers do filme, que ainda não vi, e não sei muito bem do que estava à espera. Talvez de um romance levezito, como os que tenho lido ultimamente, ou de algo como The One You Really Want. Infelizmente soube a pouco.

Ao longo de seis meses acompanhamos a vida de seis personagens: Jocelyn, que cria cachorros para competição; Sylvia e Allegra, mãe e filha que passam por alguns problemas amorosos durante este período; Prudie, bem casada mas que parece não reparar na sorte que tem; Bernadette, que já viveu e passou por muitas histórias; e Grigg, o único homem do grupo, fã de ficção científica e que só havia lido Austen para estes encontros.

A história das personagens é contada através de flashbacks e acompanhando os desenvolvimentos mais recentes das suas vidas, mas por haver tantas personagens para um livro tão pequeno (o livro não tem mais que 250 páginas, as outras 50 e poucas são resumos dos livros de Austen e o que outros pensam daquela autora *rolls eyes*), o leitor não se consegue afeiçoar verdadeiramente a nenhuma. Além disso, as personagens femininas são muito convencidas e, sinceramente, parecem ter a mente muito fechada, nomeadamente no que toca a leituras, daí que fosse mais fácil gostar de Grigg. Também não consegui perceber muito bem a ligação das personagens com as histórias escritas por Austen. Ou melhor, até se percebe, mas é preciso ser muito generosa para ver algumas das características de Emma, por exemplo, em Jocelyn e de Marianne em Allegra…

Não é nada por aí além. As histórias e as personagens não despertam o interesse, a discussão dos livros de Austen também não seduz, não aprofunda em nada as personagens, servindo apenas como desculpa para um ou outro flashback.

12 de julho de 2009

Esse blog compartilha leituras de qualidade!

Gostava de agradecer à Lili do blog Nossos Romances por este prémio.


Regrinhas:

Divulgar o link do blog que te presenteou o selinho.
Responder a pergunta: "Qual leitura marcou mais sua vida?" (pode ser livros, textos, crônicas, etc).
Quem receber o selinho deverá indicar seis blogs que compartilham leituras de qualidade para ganhar.

O livro que mais me marcou foi, sem dúvida, A Lua de Joana. Senti que cresci na tarde que o li, para além de ter percebido o valor dos livros: ao fazerem-nos viver outras vidas, fazer outras escolhas, ajudam-nos a crescer como pessoas e a entender os outros.

Gostava de atribuir a:
Estante de Livros
Leituras das Marias
Leituras e Devaneios
Muito para ler
O Prazer das Coisas
Sombra dos Livros

Pilha de Livros (II)

Eu tinha de mostrar um dos meus feitos deste ano!

Antes:
Depois:

De 15 livros, já li 11! É certo que houve alguns desvios, nomeadamente com Leituras Conjuntas e livros emprestados, mas eu já li a maior parte da pilha! Meus amigos, a pilha resulta... não duvidem da pilha! :P

9 de julho de 2009

Her Scandalous Affair

Autor: Candice Hern
Género: Romance histórico
Editora: Avon Books | Nº de páginas: 384
Nota: 3/5

Resumo (da capa):
“And so you must find the Mallory Heart and bring it home at once. No matter what it takes.”
After this decree from his grandmother, Richard, Viscount Mallory, goes in search of the long-lost family heirloom. Imagine his surprise when he spots the exquisite heart-shaped ruby brooch on the bosom of the equally exquisite Lady Isabel Weymouth! Could this popular young socialite actually be a jewel thief?

Richard is determined that the brooch be returned to his family. So when an opportunity presents itself, he pilfers the jewel from the lady's bedroom, but is stunned when she steals it back the very next day! Clearly the enchanting Isabel is a more formidable opponent than he imagined, and the former soldier finds himself battling wits and wills with the captivating temptress. Passion ignites between them as the competition heats up, and suddenly there is more than a ruby brooch at stake in this game of hearts.

Opinião: Na verdade a nota é mais um 2.5 que 3, mas como não gosto de dar meias notas arredondei um pouco. Adquiri este livro por impulso, via BookMooch, e se bem que podia passar sem alguma vez tê-lo lido, também não é muito mau. É daqueles que sabe bem ler no verão.

Richard, ao saber que o avô se encontra doente, regressa a casa sendo obrigado, pela avó, a encontrar uma valiosa jóia de família que havia sido roubada e que havia notícia de que era agora usada por uma jovem em Londres. Esta jovem não é mais que Isabel, que entra com Richard num jogo algo divertido, em que tentam roubar a jóia um ao outro, e que leva, inevitavelmente, ao amor.

A história é muito previsível, seja no que diz respeito ao mistério que envolve a jóia, como no mistério que rodeia a morte do irmão de Richard. De facto, este último para além de previsível é bastante insatisfatório. As personagens também são muito básicas, se bem que Richard sobressai um pouco, mais não seja por mostrar simpatia pelos pobres soldados que combateram nas guerras napoleónicas e que se viam obrigados depois a pedir nas ruas. Gostei do contraste entre as festas, que se faziam para honrar os generais dos exércitos britânicos, enquanto os soldados pediam à porta das mesmas.

Como disse é muito previsível, mas entretém. Mais um livro para se ler num dia de férias.

7 de julho de 2009

Balanço Janeiro - Junho/inícios de Julho

Era para ter feito isto em Junho, mas tenho tido tanto para fazer que arranjar tempo para ler já tem sido muito bom. E por acaso em termos de leituras não me posso queixar pois que em Junho fartei-me de ler, embora para isso tenha contribuído as cerca de 2 a 3 horas que cheguei a passar no trânsito, por dia…

Ora bem, para 2009 propus-me a ler 50 livros, meta para a qual penso que estou bem encaminhada, já que até finais de Junho li 34 livros, ou seja, mais de metade da minha meta em meio ano. É certo que os dois primeiros livros acabados este ano vinham no ano anterior, mas mesmo assim, não deixa de ser obra!

Destes 34 devo ressaltar a saga Potteriana. Estou a ouvir os áudio-livros, brilhantemente narrados em inglês pelo fabuloso Stephen Fry e já tenho dado valentes gargalhadas (piadas que nos 4 primeiros livros, que li em português, passaram ao lado), já tenho ficado boquiaberta com as pistas que a autora foi deixando pelos vários livros e que ajudam a um leitor mais atento aproximar-se dos acontecimentos finais. Também é com saudade que os oiço, já que me lembro daqueles anos e meses de inquietação em que aguardava o lançamento do próximo volume.

Pela negativa, há que apontar sobretudo a conclusão da trilogia Study, depois de um início tão prometedor! O segundo volume está um pouco abaixo do primeiro, mas o terceiro torna-se por demais aborrecido e previsível. O mesmo acontece com a saga Luz e Escuridão da Stephenie Meyer, que apesar de dois primeiros volumes algo interessantes, descamba nos últimos dois, onde há páginas a mais e acção a menos. Perdão, não há acção nenhuma.

Revelaram-se uma surpresa, The Talisman por Stephen King e Peter Straub, que apesar de um início algo lento consegue-nos agarrar até ao final, e Daniel Deronda de George Eliot, que mostra um retrato interessante da Inglaterra na segunda metade do século XIX e sobretudo deu-me a conhecer o início do movimento que culminaria com a concretização do Estado de Israel, já em pleno século XX.

Em matéria de aquisições, decretei uma greve depois da Feira do Livro e tenho conseguido mantê-la, mais ao menos… A minha mãe comprou-me Sangue de Dragão de Ana Vicente Ferreira; no BM pedi Encontro de amor num país em guerra de Luís Sepúlveda, a pedido da minha mãe; trouxe de casa da minha avó A Cidade e as Serras do Eça; ganhei The White Tiger num passatempo no blog Leituras e Devaneios e por último comprei à Livros2amão O Hobbit em BD, que não conta para a greve porque foi uma oportunidade única!

Acho que posso concluir que o ano, em termos de leituras, não tem sido mau. Tenho tentado equilibrar ficção e não-ficção, também tenho participado em Leituras Conjuntas que têm sido bastante interessantes e elucidativas. Também não tenho desgostado das adaptações cinematográficas que tenho visto de livros que tenho lido, tendo sido Mansfield Park (2007) a única decepção. Os livros, geralmente, são melhores mas as adaptações têm cumprido o seu papel, se tivermos em conta todas as mudanças que têm de fazer para vencerem, sobretudo, a contrariedade do tempo limitado.

3 de julho de 2009

Son of the Morning

Autor: Linda Howard
Género: Romance histórico
Editora: Pocket Books | Nº de páginas: 384
Nota: 4/5

Resumo (da capa): New York Times bestselling author Linda Howard captivates readers in the deeply romantic tale of a contemporary woman who unravels an extraordinary mystery from the past… by living it.

A scholar specializing in ancient manuscripts, Grace St. John never imagined that a cache of old documents she discovered was the missing link to a lost Celtic treasure. But as soon as she deciphers the legend of the Knights of the Templar – long fabled to hold the key to unlimited power – Grace becomes the target of a ruthless killer bent on abusing the coveted force. Determined to stop him, Grace needs the help of a warrior bound by duty to uphold the Templar’s secret for all eternity. But to find him – and to save herself – she must go back in time… to fourteenth-century Scotland… and to Black Niall, a fierce man of dark fury and raw, unbridled desire…

Opinião: Não estava à espera de uma grande leitura, já que este livro parecia bastante semelhante aos da autora Karen Marie Moning, a história ameaçava tornar-se mesmo igual ao terceiro livro da série Highlander, mas se aquela pouco desenvolve as personagens, o mesmo já não acontece com Linda Howard.

Acompanhamos Grace St. John, uma historiadora especializada em decifrar documentos escritos em línguas antigas e casada com um arqueólogo, quando a vida desta muda, literalmente do dia para a noite, após assistir ao assassinato do seu marido e do seu irmão por causa de documentos que tem em sua posse. Apontada como principal suspeita do assassinato, Grace vê-se forçada a deixar a sua vida calma para trás e a adaptar-se ao mundo das ruas, de modo a sobreviver e fazer justiça. Começa então a decifrar os documentos, enquanto é perseguida pela Fundação, e cruza com o lendário tesouro dos Templários e o seu Guardião, Black Niall, com quem parece ter uma estranha ligação.

Como disse, esta autora ao contrário de Karen Marie Moning, consegue dar profundidade às personagens, nomeadamente Grace, sendo possível acompanhar toda a sua transformação, de ingénua em mulher capaz de sobreviver por si só, e assim é fácil relacionarmo-nos com ela, já que se revela uma mulher bastante forte. Já Black Niall, é o típico alpha male destes romances e, por isso, com menos profundidade mas, mesmo assim, com um background satisfatório. As personagens secundárias também estão muito bem conseguidas e cumprem bem a sua função na história. Esta também não é a típica história do género “Scottish highlander time travel romance”, já que a maior parte da acção tem lugar na América do séc. XX e não nas Highlands do séc. XIV. No entanto, achei-a bastante interessante, não se resume à luxúria das personagens, que parece ser o fio condutor da outra autora já por diversas vezes mencionada, assemelhando-se a um thriller, e com um twist no final de que realmente não estava à espera.

Sem dúvida bem melhor que Karen Marie Moning e mais interessante do que estava à espera de um romance deste género. Fiquei com curiosidade para ler mais livros desta autora (que também tem sido publicada pela SdE). É um bom livro para se ler num dia de férias.

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