28 de dezembro de 2009

The Chronicles of Narnia [áudio-livro]


Autor: C.S. Lewis; Maurice Denham & Cast (narradores / dramatização)
Género: fantasia
Editora: BBC Audiobooks | Nº de páginas: -
Nota: 5/5

Resumo (do site Amazon.co.uk): The Chronicles of Narnia, by C.S. Lewis, is one of the very few sets of books that should be read three times: in childhood, early adulthood, and late in life. In brief, four children travel repeatedly to a world in which they are far more than mere children and everything is far more than it seems. Richly told, populated with fascinating characters, perfectly realized in detail of world and pacing of plot, and profoundly allegorical, the story is infused throughout with the timeless issues of good and evil, faith and hope.

Opinião: Tal como Harry Potter, já antes tive oportunidade de ler os livros, seguindo a cronologia de Nárnia, mas deparando-me com esta colecção em formato áudio, decidi-me então a “lê-los”, desta vez, por ordem de publicação. Só uma curiosidade, esta colecção apresenta-nos uma dramatização bem conseguida destes livros, cortesia da BBC, com todo um elenco a fazer as vozes e com efeitos sonoros. Já havia ouvido uma dramatização de um livro de Agatha Christie, e sinceramente não sei o que será melhor: um narrador que conta a história palavra por palavra como vem no livro, ou a história dramatizada? Adoro ambas!

The Lion, the Witch and the Wardrobe – este é o primeiro livro desta saga escrita por C.S. Lewis, sendo, no entanto, o segundo volume se for seguida a cronologia de Nárnia, terra para a qual Lucy, Edmund, Susan e Peter viajam depois de encontrarem um estranho armário. Aí deparam-se com lendas antigas que dizem que dois filhos de Adão e duas filhas de Eva derrotarão a Bruxa Branca que enfeitiçou Nárnia de modo a que seja sempre Inverno mas nunca Natal. É considerado um dos melhores livros da saga, mas confesso que não é dos meus preferidos. É sem dúvida um livro mais orientado para o público infantil mas não deixa de ser interessante de ler, deliciando a criança que há dentro de cada um de nós. – 4/5

Prince Caspian – segundo livro a ser escrito, mas é o quarto seguindo a cronologia de Nárnia. Caspian é um jovem príncipe, o herdeiro do trono de Nárnia, mas por ser muito novo é o seu tio Miraz que governa. Mas Miraz quer ser mais que Regente, quer ele próprio ser rei e que seus filhos o sucedam pelo que Caspian é obrigado a fugir. Tendo sido criado ouvindo as lendas da Velha Nárnia, Caspian junta-se aos animais falantes e a todas as criaturas que antes habitavam a Velha Nárnia para recuperar o seu trono. Mas conta também com a ajuda dos Reis de Outrora, que chama com a trompa mágica de um daqueles. É assim que os quatro irmãos Lucy, Edmund, Susan e Peter regressam a Nárnia para mais uma aventura. Mais um bom livro, em que percebemos que algumas personagens “crescem” e, por isso, a percepção de Nárnia torna-se um pouco diferente. Aqui surge também uma das minhas personagens favoritas, o pequeno Reepicheep. – 4/5

The Voyage of the Dawn Treader – terceiro seguindo a ordem de publicação, quinto segundo a cronologia de Nárnia. Lucy e Edmund voltam a encontrar-se com Caspian, desta vez não em Nárnia mas a bordo no navio “Dawn Treader”, e levam o seu primo Eustace atrás, uma criança insuportável. A história leva todas as personagens a grandes aventuras, sendo Eustace e Reepicheep protagonistas de algumas das mais entusiasmantes. Este é um dos meus livros preferidos desta saga, sobretudo pelo crescimento de Eustace (cuja história não deixa de ser um pouco semelhante à de Edmund no livro The Lion, the Witch and the Wardrobe) e pela bravura de Reepicheep. – 5/5

The Silver Chair – quarto livro a ser publicado, sexto dentro da cronologia de Nárnia. Conta, mais uma vez, com Eustace que viaja para Nárnia não na companhia dos primos mas de Jill Pole, sua colega da escola e que é incumbida de uma tarefa por Aslan: deve lembrar-se das suas indicações para salvar o príncipe Rilian. Este não foi dos meus livros preferidos quando o li, mas gostei bastante desta versão áudio, parece que visualizei melhor a história e as situações, para além de sentir que também eu os acompanhava assim como ao Marsh-wiggle Puddlegum, que nesta versão não se tornou tão maçador, antes pelo contrário. – 5/5

The Horse and His Boy – quinto livro publicado, é o terceiro na cronologia de Nárnia. Este é capaz de ser o livro que menos gosto nesta saga, apesar de nos apresentar uma outra cultura, os Calormen. Se Nárnia se parece com o Jardim do Éden e representa o Cristianismo, sendo o expoente Aslan e o Imperador de Além-mar, Cristo Filho e Deus Pai, penso que se pode dizer que os Calormen representam o Islamismo. Os protagonistas são o Cavalo Bree, que tenta fugir dos Calormen que o terão “escravizado”, e o seu rapaz Shasta, que descobre ter sido adoptado. Na fuga, encontram Aravis e Hwin com o mesmo destino, Nárnia, mas percebem que para lá chegarem e poderem viver em liberdade, têm de impedir que os Calormen conquistem Archenland, uma terra entre Nárnia e Calormen. – 4/5

The Magician’s Nephew – sexto segundo a ordem de publicação, primeiro na cronologia de Nárnia. Este é talvez o meu livro preferido. Aqui conhecemos Digory Kirke e Polly Plummer, mas também Jadis, a Bruxa Branca. Acompanhamos os 3 enquanto observam o fim de um mundo e a criação de um outro, Nárnia. Acho que este é o mais mágico, se assim posso dizer, de todos estes livros e adorei, à semelhança do que acontecera em O Silmarillion de Tolkien, amigo de C.S. Lewis, que o mundo e todos os seus seres tenham sido criado através de música. É sem dúvida aquele em que mais se sente a conexão entre esta saga e a religião cristã. – 5/5

The Last Battle – último a ser publicado e é também o último volume da saga seguindo a cronologia de Nárnia. Aqui todos os protagonistas dos livros anteriores, à excepção de Susan, voltam a encontrar-se sentindo que algo se passa em Nárnia. Apenas Jill e Eustace conseguem viajar para Nárnia, onde ajudam então o rei Tirian a desmascarar o macaco Shift, que entretanto havia ganho apoio dos Calormenes. Dá-se então uma grande batalha, como o nome indica, e o fim de Nárnia. Ou será mesmo o fim? – 5/5

Conclusão, adorei tal como já tinha adorado da primeira vez que li estes livros. Não é necessário lê-los por nenhuma ordem específica, embora recomende a leitura seguindo a cronologia de Nárnia, pois acho que as histórias se tornam mais apelativas. A semelhança com a religião cristã é perceptível em vários pontos, mas que isso não impeça as pessoas de os lerem pois as histórias são magníficas e fizeram sentir-me uma criança outra vez.

Guinevere, A Rainha do País do Verão (Trilogia Guinevere, Livro 1)

Autor: Rosalind Miles
Género: romance histórico
Editora: Planeta Editora | Nº de páginas: 440
Nota: 3/5

Resumo (da capa): Última numa linhagem de orgulhosas Rainhas, eleitas para governar as terras férteis do País do Verão; guardiã da Deusa Suprema; guerreira, amante e musa. Até agora, a mulher cuja história nunca foi contada…

Guinevere, a Rainha do País do Verão.

Através dos muitos reinos e ilhas da antiga Grã-Bretanha, Artur começou a sua busca para se tornar Rei Supremo. Mas enquanto combate para reclamar o seu direito, uma mulher bela e apaixonada espera para reclamar o seu destino. Guinevere, filha da Rainha Maire Macha e do Rei Leogrance, subirá ao trono do País do Verão, após a morte trágica de sua mãe. Das ondulantes brisas de Avalon, irá assistir aos feitos heróicos do novo Rei Supremo. Para depois o chamar para seu lado…

Com uma magia, rara e intuitiva, a célebre romancista e historiadora Rosalind Miles, confere brilhantemente vida à época mais importante e gloriosa dessa mulher lendária, revelando a coragem e paixão de Guinevere, bem como os seus tormentos, ao governar um reino verdadeiramente antigo.


Opinião: Esta não é primeira vez que ingresso no mito arturiano. Já antes havia lido, ou melhor, tentei ler a saga de Marion Zimmer Bradley, As Brumas de Avalon. Li o primeiro livro que não me cativou por aí além e não peguei em mais nenhum livro até que achei que devia de empenhar-me um pouco mais. Resolvi então pegar novamente nos livros, voltei a ler o primeiro volume e fiquei a meio. Não sei porquê mas eu até acho a história de Igraine interessante, o pior é quando passa para Morgana já que fico enfadada com a sua história. Achei que talvez o problema estivesse nesta personagem, por isso tentei mudar de táctica e ver esta história através de outros olhos femininos, daí a opção pela série da Guinevere mas confesso-me mais uma vez algo desapontada e quer-me parecer que o mito arturiano talvez não é para mim.

Apesar de dedicado a Guinevere, por vezes há capítulos em que acompanhamos outras personagens como Artur e Merlin. Achei tal interessante, sobretudo porque as personagens são bastante diferentes daquilo a que estava habituada. Merlin não parece assim tão forte, Guinevere não parece ser tão fraca e surpreendeu-me o facto de neste livro não ser cristã como em As Brumas de Avalon (não li tudo mas sei um pouco da história e vi o filme feito para a televisão) mas pagã e a chefe de uma região cuja população adora a Deusa. No entanto, a personagem mais interessante de todas é Morgana, o que após a experiência das Brumas não julguei que pudesse acontecer, mas mesmo assim está longe, assim como as restantes personagens, daquilo que eu esperava e que julgo tais personagens podem oferecer. Mas este livro não peca pelas suas personagens mas pela história. Esta é bastante previsível, não só por o mito ser bastante conhecido mas sobretudo por adivinhar-se os desfechos dos vários twists assim que estes aparecem. Houve alturas em que revirei bastante os olhos e apetecia-me espetar um par de estalos nas personagens por serem tão tapadinhas, sobretudo Guinevere.

Apesar de tudo, este livro consegue ser interessante por nos dar uma outra perspectiva do mito e, embora a vontade para ler os seguintes livros da trilogia não seja muita, penso que vou pegar neles porque tenho esperança (sobretudo devido a um dos títulos) que foquem também uma outra personagem do qual sei pouco, Galahad, e que me parece ser a mais interessante de todo este mito. Além disso, não deixa de ser uma alternativa à saga de Bradley, que espero voltar a pegar, num futuro quiçá próximo, com mais ânimo.

13 de dezembro de 2009

Balanço Julho – inícios de Dezembro

Era para fazer um post destes no final do ano, mas como há já algum tempo que não falo de aquisições (que apesar de poucas têm existido), acabei um dos desafios deste ano (ultrapassei os 50 livros lidos!), e não devo de ler assim tantos livros como isso até ao final do ano, resolvi que se calhar até não ficava mal fazer um pequeno apanhado.

Atingi a meta dos 50 livros com o último volume da saga Uglies de Scott Westerfeld mas o livro que, possivelmente, mais me marcou este ano terá sido North and South de Elizabeth Gaskell. É realmente magnífico: tem personagens dos mais diferentes extractos sociais, com ideias próprias e com as quais nos podemos relacionar; este livro tem também uma história de amor muito bonita (daquelas de trazer lágrimas aos olhos) e que vai crescendo com cada voltar de página; tem uma crítica social muito bem conseguida, talvez não com o humor de Austen, mas que sensibiliza o leitor para os problemas sociais e que ainda hoje não deixam de ser válidos; mas o que mais sobressai é sem dúvida a mestria com que a autora usa a língua, as palavras. Não deixem de o ler se puderem, mas garanto que fiquei interessada em ler tudo o que há publicado desta autora. Uma grande descoberta!

Já no ponto oposto, nos livros que menos gostei, está a série Elizabeth I Mysteries de Karen Harper. Até agora foram publicados 9 livros dos quais eu tinha 6 e só li 3. As histórias eram mais que previsíveis e a personagem principal tão arrogante que desisti. No entanto a autora tem mais livros publicados pelo que talvez venha a pegar neles se me vierem parar as mãos.

Por falar em vir parar às mãos, posso dizer que a greve foi seguida com algum êxito. Desde a última vez que postei sobre aquisições e exceptuando a série Sherlock Holmes, que saiu com um jornal, e a já mais que famosa Biblioteca Sábado, comprei apenas dois livros nestes meses que passaram, A Guerra de Tróia de Lindsay Clarke (é verdade que não está assim tão bem tratado mas quer dizer, estava a 7 euros na Bertrand!) e Anna Karénina de Lev Tolstoi, para a 6ª Leitura Conjunta a ser realizada no Fórum Estante de Livros. Via BookMooch chegou-me Frankenstein de Mary Shelley e foram-me oferecidos O Homem Pintado de Peter V. Brett, O Mar de Ferro de George R.R. Martin (sim, falta-me o sétimo volume *assobia inocentemente*) e O Aprendiz de Assassino de Robin Hobb (e quer-me parecer que vai ser mais uma desgraça para a carteira). Recentemente também me foi emprestado Um Beijo na Escuridão de Linda Howard e ganhei, num passatempo promovido pelo blog Páginas Desfolhadas, o livro Raparigas de Xangai de Lisa See, autora que há algum tempo tenho debaixo de olho.

Apesar de, mais uma vez, este ano não concluir grande parte dos desafios a que me propus, o desafio dos áudio-livros é o que estou mais perto de completar, o do Suspense & Thriller e o das escritoras dos séc. XVIII e XIX foram engraçados e fizeram-me descobrir novos autores e colocar um pezito em géneros que não leio assim com tanta frequência.

Já pensando em 2010… não devo participar em desafios, mas devo continuar com as minhas pilhas (numa tentativa de ler os livros que tenho cá por casa), vou tentar comprar menos livros e frequentar com mais frequência as BLX. Também estava a pensar fazer meses temáticos, mas essa é uma ideia a pensar melhor. ;)

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