31 de maio de 2010

The Duke and I (Bridgertons, Livro 1)

Autor: Julia Quinn
Género: romance histórico
Editora: Avon | Nº de páginas: 371
Nota: 4/5

Resumo (do livro): Has the devastating Duke finally found a bride?

All the society papers say so. But only the Duke of Hastings and his “intended” know the truth. For the irresistible Simon Basset has hatched a plan to keep himself free from all those marriage -minded society mothers by pretending an attachment to the lovely Daphne Bridgerton. After all, it isn’t as if the brooding rogue has any real plans to marry – though there is something about the alluring miss that sets Simon’s heart beating a bit faster. And as for Daphne, surely she the clever debutante will attract some very worthy suitors now that it seems a duke as declared her desirable…

But as Daphne waltzes across ballroom after ballroom with Simon, she soon forgets that their courtship is a complete sham. Maybe it’s the mesmerizing look in his intense blue eyes, or the way she feels in his strong arms, but somehow Daphne is falling for the dashing duke… for real! And now she has to do the impossible and keep herself from losing her heart and soul completely to the handsome hell-raiser who was sworn off marriage forever!


Opinião: E eis que leio o primeiro volume desta saga familiar! Tendo lido o quarto e o quinto volume já sabia o desfecho deste livro, mas mesmo assim gostei de o ler. Aqui seguimos a história de Daphne, a quarta filha da família Bridgerton (cujos pais resolveram nomear os filhos por ordem alfabética) que apesar de bonita e inteligente não tem muitos pretendentes. Quer dizer, até tem alguns mas um pouco estúpidos e além disso ela deseja casar por amor. Por isso aceita tornar-se na falsa noiva de Simon Basset, esperando que com este noivado fingido melhores pretendentes apareçam. Ela não esperava era apaixonar-se por ele, tal como Simon, que por causa do seu passado deseja nunca vir a casar, não esperava apaixonar-se por Daphne.

Apesar de engraçado, não consegui ligar-me tanto aos personagens principais como nos outros livros. Simon chegou mesmo a ser um pouco difícil de seguir por não achar as suas razões convincentes. Ok, entendo em parte o seu trauma de criança mas achei muito forçado como isso afasta da sua ideia o querer casar e ter filhos. Daphne é engraçada, e adorei a conversa com a mãe antes do casamento! XD Também gostei da introdução dos capítulos pela Lady Whistledown (saber de antemão quem é não lhe tira piada) e de Colin Bridgerton, que é provavelmente o irmão Bridgerton mais engraçado. À semelhança dos outros, este livro vive de episódios hilariantes e da interacção entre os personagens.

O quarto volume é ainda o meu preferido mas este livro parece-me uma boa introdução a esta série. Ideal, como os restantes, para descomprimir e dar umas boas risadas.

30 de maio de 2010

Aquisições de Maio

Como se pode ver pelas raras críticas publicadas este mês, e que dizem ainda respeito a leituras no mês de Abril, Maio não foi muito profícuo em leituras ainda que tenha levado em frente o mês temático. Workshops, curso de inglês e trabalho (Maio é um mês cheio de eventos e algo stressante na minha área de trabalho) roubaram algum tempo às minhas leituras. Mas ao menos ando tão cansada que tenho dormido que nem uma pedra. :D

Mas se Maio não foi profícuo em leituras, foi-o em aquisições. Para começar, tivemos a Feira do Livro, sobre a qual já falei aqui. Motivada por uma das aquisições da minha mãe, tentei e consegui encontrar alguns livros que há muito (sobretudo a minha mãe) desejava: O Vale dos Cavalos (em 2ª mão) e os dois volumes de Os Caçadores de Mamutes, todos da saga Os Filhos da Terra de Jean M. Auel. Já só faltam os dois volumes de As Planícies de Passagem, mas um deles está já à minha espera!

Também adquiri As Memórias de Uma Gueixa, que li no âmbito do mês temático. Na verdade o volume que li veio emprestado da biblioteca, mas gostei bastante do livro pelo que aproveitei o facto de ter sido livro do dia no site da Editorial Presença devido à comemoração dos 50 anos da editora. Emprestado foi também Shogun de James Clavell, tanto na versão inglesa como portuguesa, pela mesma amiga de sempre. *hugs* Tenho as duas versões não porque a versão original seja difícil de ler, mas porque (como disse em cima) ando tão cansada que dou por mim a ler 6 ou 7 vezes a mesma frase, enquanto que em português são só precisas 3 ou 4 releituras para entender o que leio. :P

14 de maio de 2010

Lançamento «O Romance da Bíblia» de Deana Barroqueiro

Não é meu hábito fazer este tipo de coisas, mas desde a Feira do Livro, onde a minha mãe adquiriu este livro e esteve um pouco à conversa com a autora, também eu tenho falado, ainda que muito pouco, com Deana Barroqueiro por e-mail e asseguro de que é muito simpática. :)

Gostava então de alertar para o lançamento do seu novo livro, O Romance da Bíblia.

C O N V I T E

A Ésquilo – edições e multimédia e o Centro Nacional de Cultura têm o prazer de convidar V. Exa. para o lançamento de O Romance da Bíblia – Uma Visão feminina do Antigo Testamento, de Deana Barroqueiro, que terá lugar no próximo dia 20 de Maio, quinta-feira, às 18.30 horas, no Centro Nacional de Cultura, sito no Largo do Picadeiro, nº 10 – 1º andar, em Lisboa.

Como escreve Maria Teresa Horta, no Prefácio deste livro, a odisseia das mulheres e homens do Antigo Testamento é minuciosamente recriada com «uma escrita toda ela tecida por sensualidades e cintilações audaciosamente irónicas».

A apresentação estará a cargo da Doutora Manuela Gamboa, professora de literatura e investigadora.


Autor: Deana Barroqueiro
Género: romance histórico
Editora: Ésquilo | Nº de páginas: 352

Sobre o livro:
«O Romance da Bíblia possui o riso que acontece debaixo da palma da mão entreaberta sobre a boca, mas igualmente o desfrute do gozo, ambiguamente trocado, tomado, pelo gosto do outro, no tactear da língua. Um livro de memórias ancestrais, que nos mostra o despertar da mortal e venenosa serpente das seitas religiosas, do obscurantismo, do sexismo com a sua rancorosa face. Mas, O Romance da Bíblia é ainda a beleza traba­lhada, cinzelada, com um bom gosto literário inusitado, eu diria mesmo raro, na ficção portuguesa. (…)

O livro de Deana Barroqueiro traz consigo a visão da mulher. Lúcido olhar, que ao longo dos séculos tem faltado à visitação deste universo da Bíblia: Velho Testamento moralista, repleto de anciãos preguiçosos, libidinosos e lascivos, de brutamontes ignorantes e violadores, convocados por um Deus irado frente à própria incompetência e à própria ima­gem, segundo a qual teria criado o homem, de quem afinal não gosta e castiga. E é precisamente no enredamento deste dilema, que se abrem as páginas do primeiro dos dezanove textos que, fragmentariamente, irão formar um todo literário uno: falando de Noé e de Jacob, de Isaac e de Sansão, de Asmodeu e dos circuncisos, de Labão e de Abraão, arrancando-os do seu pedestal de heróis divinos, com uma habilidosa cruel­­dade implacável.»


Maria Teresa Horta
Crítica Literária


Sobre a autora: Nasceu em New Haven, Connecticut, nos Estados Unidos da América, em 23 de Julho de 1945. Atribui à sua ascendência murtoseira e lisboeta, as­sim como à longa viagem de transatlântico, de New York para Lisboa, que fez aos dois anos de idade, a génese da sua paixão pela grande aventura dos Descobrimentos Portugueses e seus protagonistas.

Licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras de Lisboa e fez-se Professora de Francês e Português por vocação, efectivando-se na Escola Secundária Passos Manuel, em Lisboa, onde fez o estágio e concretizou a maioria dos seus projectos de Teatro e de Escrita Criativa com os alunos. Publicou várias colectâneas de contos e peças de teatro com o Grupo de Trabalho do M.E. para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, a Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto de Inovação Educacional.

Dotada de uma invulgar capacidade de comunicação, é frequentemente solicitada para palestras e conversas com os leitores, em escolas e outros espaços culturais, sobre a época dos Descobrimentos, a Cultura e História Portuguesas, em particular, do século XV ao XVII, que estuda há quase três décadas.

Em Novembro de 2003, nos Estados Unidos da América, durante o sarau para atribuição de prémios do Concurso Literário Proverbo, de cujo júri fez parte, a escritora recebeu um louvor pela Câmara de Newark, em reconhecimento do seu contributo para a divulgação e promoção da língua e cultura portuguesas entre as comunidades de emigrantes da América, Canadá e Europa.

Publicou nove romances históricos e dois livros de contos, um dos quais traduzido e editado em Espanha, Itália e Brasil. O seu romance D. Sebastião e o Vidente, que a Porto Editora escolheu para se lançar na área da ficção, foi agraciado com o Prémio Máxima de Literatura 2007 – Prémio Especial do Júri.

Em 2009, a Ésquilo publicou de sua autoria O Espião de D. João II, romance histórico dedicado à missão secreta de Pêro da Covilhã.

Para mais informação:

6 de maio de 2010

Dívida de Sangue (Sangue Fresco, Livro 2)

Autor: Charlaine Harris
Género: fantasia urbana
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: 256
Nota: 3/5

Resumo (do site Goodreads): Sookie Stackhouse está numa maré de azar: primeiro o seu colega de trabalho é morto e ninguém se parece preocupar; depois, é atacada por uma criatura que a infecta com um veneno doloroso e mortal. Tudo se complica quando Bill nada consegue fazer e pede a ajuda de Eric para lhe salvar a vida. A questão é que agora ela está em dívida para com Eric – um vampiro deslumbrante mas tão belo quanto perigoso. E quando ele lhe pede um favor em troca, ela tem que aceder.

De repente, Sookie está em Dallas a usar os seus poderes telepáticos para encontrar um vampiro. A sua condição é que os humanos não devem ser magoados. Mas a promessa de os vampiros se manterem na ordem é mais fácil de dizer do que de cumprir. Basta uma bela rapariga e um pequeno deslize para que tudo comece a correr mal…

Entretanto, também Eric tem os seus próprios segredos…


Opinião: Depois de ter lido e não ter ficado assim tão satisfeita como isso com o primeiro volume e já que o segundo estava disponível na biblioteca, resolvi pegar-lhe e ver se a coisa melhorava.

Desta vez o livro abre com Lafayette dentro do carro do xerife, morto. É Sookie que o encontra, e claro fica chocada, mas rapidamente isto é colocado de lado, para ela encontrar uma ménade, que lhe dá um recado (doloroso) para entregar a Eric, que depois a manda para Dallas para descobrir um vampiro. Lá faz o que tem a fazer, volta, e com a ajuda de Eric, porque Bill tem coisas para fazer em Dallas, descobre o que motivou o assassínio de Lafayette. E assim se resume a história.

A sério, os livros seriam muito melhores se tudo não se passasse a correr e tivesse uma linha coerente. Tal como no livro anterior, o assassinato inicial passa para último lugar o que me fez perguntar porque raio é que aquilo aconteceu se não era para lhe dar ênfase. Sim, porque neste livro (no original Living Dead in Dallas) é a parte de Dallas que tem mais destaque e percebe-se porquê. Numa época em que os vampiros são reconhecidos pela sociedade, surge um grupo, a Irmandade do Sol, que quer exterminar os vampiros e que suscita as mais variadas reacções, mesmo da parte de outras criaturas, como os metamorfos, ainda na clandestinidade por temerem repercussões como esta.

Mas a história segue-se bem, ainda que Sookie continue a mexer com os meus nervos e ainda me seja completamente indiferente a relação dela com Bill. Continuo sem perceber o que os atrai, sobretudo quando neste livro surge um Eric algo divertido e bastante calculista, exactamente como eu gosto e quero um vampiro. :D

Ainda não foi desta que me agarrou mas sem dúvida que não perderei a hipótese de continuar a ler esta série, assim que os restantes livros estejam disponíveis nas BLX.

4 de maio de 2010

O Jardim Encantado

Autor: Sarah Addison Allen
Género: romance
Editora: Quinta Essência | Nº de páginas: 270
Nota: 4/5

Resumo (do site Goodreads): Num jardim escondido por trás de uma tranquila casa na mais pequena das cidades, existe uma macieira e os rumores que circulam dão conta de que dá um tipo muito especial de fruto. Neste encantador romance, Sarah Addison Allen conta a história dessa árvore encantada e das extraordinárias pessoas que dela cuidam…

As mulheres da família Waverley são herdeiras de um legado mágico – o jardim familiar, famoso pela sua macieira, que produz frutos proféticos, e pelas suas flores comestíveis, imbuídas de poderes especiais que afectam quem quer que as coma.

Proprietária de uma empresa de catering, Claire Waverley prepara pratos com as suas plantas místicas – desde as chagas que ajudam a guardar segredos até às bocas-de-lobo destinadas a desencorajar intenções amorosas. Entretanto, a sua idosa prima Evanelle é conhecida por distribuir presentes inesperados cuja utilidade se torna mais tarde misteriosamente clara. São elas os últimos membros da família Waverley – com excepção da rebelde irmã de Claire, Sydney, que fugiu da cidade há muitos anos.

Quando Sydney regressa subitamente a Bascom com uma filha pequena, a tranquila vida de Claire sofre uma reviravolta, bem como a fronteira protectora que erigiu tão cuidadosamente em redor do seu coração. Juntas uma vez mais na casa onde cresceram, Sydney reflecte sobre tudo o que deixou para trás ao mesmo tempo que Claire se esforça por sarar as feridas do passado. E em pouco tempo as irmãs apercebem-se de que têm de lidar com o seu legado comum para viverem as alegrias do futuro que se anuncia.

Encantador e pungente, este fascinante romance irá, seguramente, enfeitiçar o leitor.


Opinião: Acho que nunca estive tanto tempo à espera para ler um livro. Quase 6 meses à espera que ficasse disponível na biblioteca! Mas a espera compensou.

Há semelhança de O Quarto Mágico temos 3 mulheres, ligadas por laços familiares. As 3 pertencem à família Waverley, conhecida em Bascom por lhes correr nas suas veias magia, mas sobretudo por deterem na sua casa uma macieira, também ela mágica. Claire é a única residente na casa, dona de uma empresa de catering e com um dom para confeccionar alimentos com plantas que influenciam as pessoas. A sua vida era pacata até que a sua irmã, Sidney, que sempre tentou fugir ao legado Waverley, regressa a casa com a sua filha pequena, Bay. Claire tem assim que aprender de novo, como deixar entrar pessoas no seu coração, até porque o amor mora ao lado.

Adorei o livro! E continuo hoje, quase duas semanas depois de o ter acabado, sem saber de qual gosto mais, deste ou do outro livro da autora. Acho que estão empatados. Apesar de semelhantes, cada um deles tem uma beleza particular e detalhes saborosos. Para começar a comida. Muitos comparam este livro com Como Água Para Chocolate da Laura Esquível, mas acho que são diferentes. Gostei mais das receitas mexicanas e de como os sentimentos de Tita afectavam os cozinhados, o que não acontece neste livro em que são as flores a afectar os sentimentos. Ainda assim, as receitas de Sarah Addison Allen parecem apetitosas e dão muita cor ao livro. Gostei da magia, que se encontra muito mais presente neste livro, já que todas as famílias da pequena cidade de Bascom parecem ter algum poder especial. A história pareceu-me ter uma tonalidade um pouco mais negra, pairando sempre a aura do marido de Sidney por perto. Achei tudo isto muito bem conseguido, mas tenho de destacar a macieira, para mim a melhor personagem do livro. Sim, é uma personagem já que tem muito a dizer e gosta de ser ouvida, ou não desatasse a atirar maçãs. :D

Só posso recomendar e espero ler muitos mais livros desta autora. É uma das melhores descobertas que fiz este ano.

3 de maio de 2010

Mês Temático – Japão

Esta iniciativa dos meses temáticos era para ter começado com o tema “Extremo Oriente”, ainda que pensasse debruçar-me sobretudo sobre a China e o Japão. Procurava debruçar-me sobre a sociedade e a cultura de modo a entendê-los melhor, escolhendo por isso alguns títulos, nomeadamente de ficção, que tinha cá por casa ou que há muito tinha curiosidade de ler. Como encontrei bastantes títulos sobre o segundo, sobretudo porque a Slayra decidiu ajudar, resolvi então debruçar-me sobre ambos os países em separado. Maio é portanto o mês dedicado ao Japão.

Situado na Ásia Oriental, o Japão é um país insular (é um arquipélago constituído por 6.852 ilhas) e conhecido como sendo a “Terra do Sol Nascente”, já que os caracteres nipónicos que compõem o nome significam “origem do sol”, sol que também é representado na bandeira. Tem uma das maiores áreas metropolitanas do mundo e é um dos 10 países do mundo com maior número de população. Desde 1947, o Japão tem uma monarquia constitucional com um imperador e um parlamento eleito.

História
O Japão encontrava-se ligado ao continente asiático, até ao final da última era glacial, e terá sido assim que chegaram os primeiros povos a este território, onde se encontraram as ferramentas de pedra polida mais antigas do mundo. Também terão desenvolvido uma forma rudimentar de agricultura bastante cedo, tornando-se um dos primeiros povos semi-sedentários, atestada pela cultura cerâmica cujos exemplares podem ser os mais antigos do mundo. Aparece pela primeira vez mencionado em 57 d.C. num documento chinês.

Foi unificado pela primeira vez no séc. IV, começando a surgir um forte poder central que permitiu a expansão. Durante o período Heian, desenvolveram-se as artes, nomeadamente a literatura, surgindo neste período um dos romances mais antigos do mundo, O Romance de Genji de Murasaki Shikibu. Seguiu-se o período feudal, dominado por clãs familiares (os daymio) e comandantes de exércitos (xógum). Foi neste período que os primeiros europeus aí chegaram, os portugueses (1543), iniciando trocas comerciais (comércio Namban) e culturais. Em 1639, começou um longo período de isolamento (sakoku), onde todos os estrangeiros, à excepção dos holandeses que só tinham interesses comerciais, foram expulsos e cristãos japoneses foram perseguidos. Em 1854, o Japão foi forçado a abrir ao comércio internacional, o que revelou fragilidades e levou a crises políticas que culminaram na centralização do poder pelo imperador Meiji, o que levou à industrialização e à expansão. Esta foi mal vista por outros países e resultou na aliança entre o Japão e a Alemanha e a Itália durante a 2ª Guerra Mundial, tendo sido o último país a capitular após as cidades de Nagasaki e Hiroshima terem sido bombardeadas com bombas atómicas.

Depois de um forte crescimento económico, sobretudo devido à exportação tecnológica (onde é ainda líder), o Japão viu a economia regredir em meados dos anos 90, tendo no entanto vindo a recuperar a pouco e pouco.

Cultura

A cultura japonesa combina várias influências mas, devido ao longo período de isolamento, distanciou-se dessas influências tornando-se única. Hoje em dia a cultura exporta bastante cultura pop, sobretudo animes e mangas.

A linguagem sempre foi importante mas só com a importação dos kanji, o conjunto de caracteres chineses, e sua adaptação foram então criadas as primeiras obras escritas que reuniram as baladas, orações rituais, mitos e lendas transmitidas oralmente. Durante o período Heian dá-se a época áurea da literatura e da arte, com O Romance de Genji a destacar-se. Dois autores japoneses já foram laureados com o Prémio Nobel: Kawabata Yasumari em 1968 e Oe Kenzaburo em 1994.

A pintura também é uma das artes mais notáveis, datando até ao período pré-histórico. De representações religiosas a ilustrações de romances, representação de paisagens, quase sempre com o intuito de representar harmonia. Mas outras artes visuais são apreciadas, como a escultura, a caligrafia (também ela feita com um pincel), o Ukiyo-e (um tipo de xilogravura), ikebana (a arte dos arranjos florais) e o próprio origami.

No que toca a artes performativas, pode-se mencionar o noh, caracterizado pelo uso de máscaras, o kabuki, a arte de cantar e dançar, e o bunraku, teatro de marionetes.

O Japão tem também um vasto leque de tradições, onde se inclui a cerimónia do chá e o uso do quimono. A cozinha japonesa é também bastante conhecida e actualmente é também muito apreciada, surgindo variados restaurantes que servem de maneira tradicional ou adaptando-se ao palato do público que os frequenta.

Mais informação:



Livros a ler:
Arthur Golden - Memórias de Uma Gueixa
Yasunari Kawabata - Terra de Neve
James Clavell - Xógum
Alessandro Baricco - Silk
Kenzaburo Oe - Uma Questão Pessoal
Haruki Murakami - Sputnik, Meu Amor

2 de maio de 2010

Sobre Feiras e meses temáticos

Começou mais uma Feira do Livro e lá fui eu e algumas das moças que andam pelo fórum Estante dos Livros. Foi um prazer voltar a ver a Canochinha, a Tita, a Blackjewell e a Márcia, conhecer a Cristina, a Tzimbi e a Sophia. Já a Slayra, é sempre bom andar a ver livros com ela. Falámos de livros, como não podia deixar de ser, e também comprámos alguns, num dia em que na Feira mal se podia andar, sobretudo no espaço Leya, por onde também andavam o Óbelix e o Astérix. :D

Fiz algumas compras que se limitaram, quase todas, à pequena lista que tinha:
- Cartas do Pai Natal, J.R.R. Tolkien
- Os Filhos de Húrin, J.R.R. Tolkien
- A Lenda de Sigurd e Gudrún, J.R.R. Tolkien
- Sharpe e os Fuzileiros, Bernard Cornwell
- Sharpe e a Campanha de Wellington, Bernard Cornwell (já só faltam 10 em português, se não estou enganada, e 7 em inglês!)
- No Limiar das Trevas, Scott Westerfeld (fiquei a saber que vão publicar a série Uglies e o Leviathan também está nos planos da editora!!!).

Fugindo à lista só mesmo o livro A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata, de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows, do qual já li várias críticas muito boas e que nem sabia estar publicado em português. Se a Canochinha não me tivesse chamado a atenção, tinha-me passado ao lado, assim saí de lá com mais um livrito. :D

A minha mãe também lá deu um salto com o meu irmão e fizeram o favor de comprar:
- O Clã do Urso das Cavernas, Jean M. Auel (uma pechinha, como ela fez questão de gritar. E posso sugerir que publiquem ou reeditem os restantes? Please? Faziam a minha mãe muitíssimo feliz...)
- O Espião de D. João II, Deana Barroqueiro (e que prova que a minha mãe ouve o que eu digo, já que tinha mencionado o livro aquando de alguns passatempos mas que infelizmente não ganhei. Vem autografado e dedicado à minha mãe. E já agora FELIZ DIA DA MÃE!!!)
- O Diário da Viagem de D. Francisca de Bragança, Baronesa E. de Langsdorff
- Alexandra, a última czarina, Carolly Erikson
- Condessa d'Edla, Teresa Rebelo (estes 3 últimos devem-se ao facto de eu e a minha mãe gostarmos pouco de História :P ).

Falando em História… Vou começar agora em Maio uma série de meses temáticos. Era para começar por me debruçar sobre o Extremo Oriente, lendo livros e tentando partilhar aqui informação sobretudo sobre o Japão e a China, mas devido aos muitos livros sobre o primeiro país resolvi dedicar um mês a cada um. Também queria dedicar um mês a autores portugueses e de língua portuguesa pelo que o calendário será, mais ou menos, este:
- Maio – Japão;
- Junho – autores portugueses ou de língua portuguesa;
- Julho – China.

Esta iniciativa visa decrescer o número de livros que tenho por ler cá por casa, ainda que para o Japão conte com o apoio da Slayra (tenho de ver se a convenço a participar nisto comigo :P ), que ao saber deste meu plano disse logo que tinha não sei quantos livros sobre o Japão ou de autores japoneses, entre os quais Shogun, que já leu, e é claro que o pedi emprestado. :D

Mas vamos é a ver se isto corre bem…

Through a Glass, Darkly

Autor: Donna Leon
Género: mistério
Editora: Penguin Books | Nº de páginas: 336
Nota: 3/5

Resumo (do livro): On a luminous spring day in Venice, Commissario Brunetti and his assistant, Vianello, Play hooky in order to help Vianello’s friend Marco Ribetti, an environmental activist who has been arrested during a protest. But on the steps of the Questura, they come face to face with Ribetti’s cantankerous father-in-law, Giovanni De Cal, who has been overheard in the bars of Murano making threats against Ribetti. When a body is found in front of a blazing furnace at De Cal’s glass factory along an annotated copy of Dante’s Inferno, Brunetti must investigate. Does the book contain the clues he needs to solve the murder and uncover who is running the waters of the lagoon?

Opinião: Não conhecia esta autora e foi com alguma surpresa que reparei que já tem bastantes livros publicados pela Presença e pela Planeta, da série Commissario Brunetti na qual se insere este livro, que corresponde ao 15º volume. Só posso dizer que esperava mais de quem é comparada com Agatha Christie.

Seguimos o comissário e o seu assistente na tentativa de confirmar se há alguma intenção por detrás das ameaças que Giovanni De Cal, dono de uma das fábricas de vidro de Veneza, profere em relação ao seu genro Marco Ribetti, amigo do assistente de Brunetti. Pelo meio disto, ficam a conhecer o mundo vidraceiro, se este polui ou não a lagoa da Veneza, e tropeçam numa morte que pode ser ou não assassínio e que muito se afasta do que a sinopse parecia indicar.

Para começar, pouco mistério tem. Cheguei mesmo a perguntar-me se ela queria escrever um murder mystery ou um livro a pregar sobre ecologia. Eu preocupo-me com a poluição e faço o que está ao meu alcance, mas não gostei do tom pregador que ela utiliza, sobretudo quando eu queria era um mistério! Até meio do livro parecemos uma barata tonta, a andar de um lado para o outro sem saber muito bem o que procuramos e qual a finalidade do que as personagens perseguem. Depois dá-se a tal morte que torna o resto do livro previsível.

As personagens parecem de cartão sem qualquer profundidade, o mesmo aplicando-se ao protagonista, ainda que fiquemos a saber que não faz horas extraordinárias, porque gosta de estar com a família, e parece ter uma dúvida existencial… parece nunca saber como se há-de dirigir as pessoas (“Devo chamar-lhe doutor? Deverei tratá-lo por tu?”). A referência ao Inferno de Dante tinha-me deixado curiosa mas dele pouco vemos e o pouco que vemos pode-se dizer que leva a lado nenhum.

Sinceramente, e apesar da nota, ainda que pense que a mais correcta seria um 2,5, não o recomendo a todos. Será bom para quem quiser ler sobre Veneza e sobre a indústria vidraceira, que para mim foram os pontos positivos e o porquê de dar tal nota, mas de resto é um daqueles livros que se passa bem sem ler.

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