6 de outubro de 2010

Os Pilares da Terra (Volume 1)

Autor: Ken Follett
Género: ficção histórica
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 498
Nota: 4/5

Resumo (do livro): Publicado pela primeira vez em 1989, Os Pilares da Terra surpreendeu o universo editorial ao tornar-se gradual mas inabalavelmente um clássico da ficção histórica, que continua a maravilhar leitores de todo o mundo e que a Presença lança agora em dois volumes. Na Inglaterra do século XII, Tom, um humilde pedreiro e mestre-de-obras, tem um sonho majestoso – construir uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime, digna de tocar os céus. E é na persecução desse sonho que com ele e a sua família vamos encontrando um colorido mosaico de personagens que se cruzam ao longo de gerações e cujos destinos se entrelaçam de formas misteriosas e surpreendentes, capazes de alterar o curso da história – Ellen, uma mulher enigmática que vive à margem da sociedade e cujo passa do esconde um segredo, Philip, prior da cidade de Kingsbridge e que vai supervisionar a construção da catedral, Aliena e Richard, ricos herdeiros destituídos das suas terras e títulos, William, o cavaleiro sem escrúpulos, e Waleran, o bispo disposto a tudo para obter o que pretende. À medida que assistimos à edificação de uma obra única envolvendo suspense, corrupção, ambição e romance, a atmosfera autêntica do quotidiano da Europa medieval em toda a sua grandeza absorve-nos irremediavelmente, ousando desafiar os limites da nossa imaginação. Recriação magistral de um tempo de conspirações, delicados equilíbrios de poder e violência. Os Pilares da Terra é decididamente a obra-prima de um autor que já vendeu 90 milhões de livros em todo o mundo.

Opinião: Comprei estes livros, já que está dividido em dois volumes, numa Feira do Livro simplesmente porque a minha mãe queria um autógrafo deste autor, já que tinha lido alguns livros dele nos anos 80 (O Vale dos Cinco Leões, de que ela não pára de falar e elogiar) e havia ficado fã. Provavelmente não teria pegado para ler agora, não fosse as críticas que tenho lido, nomeadamente a do Pedro, e o facto de existir uma série, que o AXN deve passar em breve. Ainda bem que todos estes factores se juntaram e me convenceram a pegar nesta obra.

A história, neste primeiro volume, evolui a um ritmo muito lento, sendo-nos dado a conhecer as várias personagens cujas vidas se cruzam então num momento e lugar, Kingsbridge em meados do séc. XII, nas vésperas da construção de uma catedral. Não há propriamente um protagonista, já que os caminhos entrecruzam-se de tal maneira que se complementam uns aos outros: se temos um pedreiro que quer construir uma catedral, temos também um prior com o mesmo sonho e com a possibilidade de o tornar real; se temos personagens que a querem ver construída para honrar Deus, temos outros que a querem para benefício próprio... e é assim que se vai construindo, pedra a pedra, esta história.

Apesar de parecer que uma pessoa se perde na primeira metade deste volume, já que o propósito da história não parece bem definido, não sabemos muito bem onde o autor deseja ir com a história, saliento o retrato que o autor faz do séc. XII, nomeadamente no que à vida monástica diz respeito, assim como a sua escrita, despojada de quaisquer artifícios, directa e concisa, transmitindo, no entanto, os sentimentos das personagens e descrevendo-as com tanto detalhe que conseguimos antever as suas acções e pensamentos.

É uma leitura que estou a apreciar ler devagar. :)

2 comentários:

slayra disse...

Parece interessante! Hmm, ainda bem que conheço alguém que gosta deste autor... *olhinhos à gato das botas*

Já li uma "short-story" deste autor, há alguns (bastantes, pronto) anos, penso que foi "O Terceiro Gémeo" e lembro-me de gostar se bem que o tema me deixou algo perturbada. Era uma história policial. Parece-me que os meus pais têm alguns livros deste autor, nomeadamente a Chave para Rebecca (que fui também comprar, sem saber que eles já tinham) mas não os Pilares da Terra. Fico à espera da crítica ao segundo volume. ^^;

WhiteLady3 disse...

É tão mau isso acontecer! Felizmente nunca comprei (mas só porque eu tenho grande controlo *cough* sobre as minhas finanças e muitas vezes saio de uma livraria de mãos a abanar), mas já me aconteceu pedir um livro emprestado, The Secret Garden, e afinal até tinha a versão portuguesa em casa...

Devo de ler o segundo durante este fim-de-semana. :)

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