Editora: Everest Editora | Ano: 2010 (originalmente publicado em 1993) | Formato: livro | Nº de páginas: 240 | Língua: português
Quando e porque peguei nele: 3 a 5 de julho. Feita parva confundi os meses das leituras para o SLNB. :P
Opinião: Não sei porque é que estava à espera de um livro maior mas penso que começou aí a minha desilusão. Sim, li este livro numa altura em que andava meio desiludida com o que andava a ler. Não dá para ser sempre surpreendida e tal, mas digamos que esperava mesmo algo mais.
É um bom livro mas acho que se o tivesse lido há uns anos atrás, talvez quando foi editado originalmente e eu tinha sensivelmente a mesma idade do protagonista, teria gostado bem mais, assim acabou por me parecer demasiado parecido com o filme "Equilibrium", ou pelo menos do que me lembro do filme.
Numa sociedade aparentemente perfeita, seguimos Jonas num importante momento da sua vida: quando se prepara para saber o que vai fazer no seu futuro e perceber que lugar terá naquela sociedade. No entanto, o cargo que o espera não é comum e a sua formação também não o vai ser, pois vai permitir-lhe abrir os olhos e ver que o que parecia perfeito pode afinal ser uma abominação.
Só ouvi falar do livro devido ao filme e realmente penso que será algo que tem a ganhar com uma adaptação, pois de certa forma (e quem vir o trailer perceberá em parte) é um livro visual. A sociedade está bem retratada, ainda que o porquê de ser assim fique por explicar, e o leitor, tal como Jonas, acaba por se integrar bem na mesma até que começa a descobrir o que está por detrás da perfeição. Como acontece com o protagonista, é fácil revoltarmo-nos mas, para dizer a verdade, pouco me importei porque apesar de tudo já sabia o que esperar.
Para além disso, o livro acaba por ser algo superficial. Eu não serei de todo o público-alvo deste livro e senti que devido à idade do protagonista, e consequentemente daqueles a que o livro se dirige, vários aspetos não foram aprofundados, parecendo que só se arranha a superfície de temas que mereciam ser bem melhor explorados. Jonas a certa altura experiencia a morte e a guerra mas isso parece que só o faz sentir triste, não o desfaz ou o horrifica. Pareceu-me que o que ele sente era mais o que sentimos quando vemos notícias do que se passa em Gaza por exemplo, com um certo distanciamento, quando supostamente ele deveria experienciar através da memória de alguém que passou por aquilo, alguém que combateu, participou num conflito armado e perdeu ou viu morrer alguém.
A partir da memória que lhe é transmitida Jonas "cresce" e, como disse, revolta-se mas pareceu-me bastante simplificado. É quase uma questão de "OMD isto é mau e eu quero sentir!" e não me pareceu existir propriamente um pesar de prós e contras. Cheguei a preferir que se seguisse a história da recetora de memórias anterior porque mesmo o final dela teria outro impacto, parece-me. O final de Jonas é deixado algo em aberto e, sinceramente, tive curiosidade em confirmar as minhas suspeitas mas não o suficiente para ler os restantes livros.
Acaba por suscitar alguma ponderação e penso que um público bastante juvenil poderá ganhar com os "ensinamentos" deste livro, mas eu esperava algo mais e diferente.
Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.
É um bom livro mas acho que se o tivesse lido há uns anos atrás, talvez quando foi editado originalmente e eu tinha sensivelmente a mesma idade do protagonista, teria gostado bem mais, assim acabou por me parecer demasiado parecido com o filme "Equilibrium", ou pelo menos do que me lembro do filme.
Numa sociedade aparentemente perfeita, seguimos Jonas num importante momento da sua vida: quando se prepara para saber o que vai fazer no seu futuro e perceber que lugar terá naquela sociedade. No entanto, o cargo que o espera não é comum e a sua formação também não o vai ser, pois vai permitir-lhe abrir os olhos e ver que o que parecia perfeito pode afinal ser uma abominação.
Só ouvi falar do livro devido ao filme e realmente penso que será algo que tem a ganhar com uma adaptação, pois de certa forma (e quem vir o trailer perceberá em parte) é um livro visual. A sociedade está bem retratada, ainda que o porquê de ser assim fique por explicar, e o leitor, tal como Jonas, acaba por se integrar bem na mesma até que começa a descobrir o que está por detrás da perfeição. Como acontece com o protagonista, é fácil revoltarmo-nos mas, para dizer a verdade, pouco me importei porque apesar de tudo já sabia o que esperar.
Para além disso, o livro acaba por ser algo superficial. Eu não serei de todo o público-alvo deste livro e senti que devido à idade do protagonista, e consequentemente daqueles a que o livro se dirige, vários aspetos não foram aprofundados, parecendo que só se arranha a superfície de temas que mereciam ser bem melhor explorados. Jonas a certa altura experiencia a morte e a guerra mas isso parece que só o faz sentir triste, não o desfaz ou o horrifica. Pareceu-me que o que ele sente era mais o que sentimos quando vemos notícias do que se passa em Gaza por exemplo, com um certo distanciamento, quando supostamente ele deveria experienciar através da memória de alguém que passou por aquilo, alguém que combateu, participou num conflito armado e perdeu ou viu morrer alguém.
A partir da memória que lhe é transmitida Jonas "cresce" e, como disse, revolta-se mas pareceu-me bastante simplificado. É quase uma questão de "OMD isto é mau e eu quero sentir!" e não me pareceu existir propriamente um pesar de prós e contras. Cheguei a preferir que se seguisse a história da recetora de memórias anterior porque mesmo o final dela teria outro impacto, parece-me. O final de Jonas é deixado algo em aberto e, sinceramente, tive curiosidade em confirmar as minhas suspeitas mas não o suficiente para ler os restantes livros.
Acaba por suscitar alguma ponderação e penso que um público bastante juvenil poderá ganhar com os "ensinamentos" deste livro, mas eu esperava algo mais e diferente.
Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.
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