Ficção | Género: ficção histórica
Editora: Temas e Debates | Ano: 2011 | Formato: livro | Nº de páginas: 352 | Língua: português
Como me veio parar às mãos: foi comprado em 2011. Sim, este é o ano de andar a ler o que está para trás...
Quando e porque peguei nele: li-o de 4 a 12 de agosto. Já era altura de pegar nele, pois tenho vindo constantemente a adiar, e queria ler um autor português. A diversidade literária começa por ler mais coisas nacionais. :P
Por entre as várias recordações de Ataíde, ficamos a conhecer momentos importantes da História portuguesa, como a tomada de Ceuta, assim como a intriga política da época, passando por 5 reinados e um período de regência. Também é engraçado perceber a mudança que se dá da época medieval, sendo que o protagonista é ainda como que um cavaleiro feudal chegando mesmo a participar em justas, para a época moderna, com os Descobrimentos portugueses que, apesar de menos focados, são importantes para entender as alterações ténues que se vão dando em Portugal.
Se o detalhe e reconstrução histórica se destaca, já as personagens acabam por ser algo unidimensionais. Não consegui mesmo ligar-me emocionalmente ao protagonista, apesar de ter gostado de acompanhar a sua história e ter ficado fascinada pelo seu fascínio com o tempo e, sobretudo, com a ampulheta. Também tenho de dizer que gostei dos seus diálogos com os espíritos. As personagens servem o livro mas não há grande construção para além de um ou dois traços de caracterização. Penso que isto já se notará em O Império dos Pardais mas foi aqui que o senti verdadeiramente e fez-me desgostar um pouco menos da leitura.
Não será um livro de leitura compulsiva, até porque os constantes saltos temporais e nem sempre lineares obrigam a estar com alguma atenção, e julgo que não agradará a todos, mas quem gosta de História, nomeadamente portuguesa, tem aqui uma boa aposta.
Veredito: Vale o dinheiro gasto.
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