10 de janeiro de 2009

O Terceiro Passo

Autor: Christopher Priest
Género: Thriller
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: 310
Nota: 4/5

Resumo (da capa): O Prestígio é uma história de segredos obsessivos e curiosidades insaciáveis. Actuando nas luxuosas salas de espectáculos vitorianas, dois mágicos entram num feudo amargo e cruel, cujos efeitos podem ser sentidos pelas respectivas famílias mais de um século depois.

Os dois homens assombram a vida um do outro, levados ao extremo pelo mistério de uma espantosa ilusão que ambos fazem em palco. O segredo da magia é simples, mas para os antagonistas o verdadeiro mistério é outro, pois ambos os homens têm mais a esconder do que apenas os truques da sua ilusão.

Opinião: Devo dizer que nunca fui muito fascinada pela magia apesar de gostar de ver os ilusionistas a fazerem truques, de vez em quando. Este livro, bem como o filme recente com Hugh Jackman e Christian Bale (que ainda não tive oportunidade de ver), nunca suscitaram por isso o meu grande interesse. Penso mesmo que nunca teria lido este livro se não me tivesse cruzado com ele no BookMooch ou não estivesse a ser transmitido um programa sobre este tema na Sic.

Apesar de ter gostado da leitura, acho que realmente como filme esta história poderá funcionar melhor, já que os efeitos visuais dos truques descritos provocam, com certeza, uma maior emoção quando vistos do que quando imaginados. Mas o autor fez um trabalho excelente em termos de caracterização das personagens, e é nisso que o livro porventura ganha, já que a história é contada sob o ponto de vista dos vários protagonistas.

A história começa no século XX, nos anos 80 parece-me, sob o ponto de vista de um dos herdeiros dos dois ilusionistas de época vitoriana que, por determinadas razões, se tornam inimigos. Este, contactado para uma entrevista, trava conhecimento com uma descendente do ilusionista rival e assim encetam uma jornada que visa colocar um fim à rivalidade entre as famílias. É desta maneira que o leitor se cruza então com os relatos dos ilusionistas rivais e ficamos a conhecer os vários motivos da discórdia e que segredos guardavam estes e como esses condicionaram as suas vidas. Se o segredo de um é fácil de descortinar, o outro não deixa de surpreender.

O final, no entanto, não me satisfez por aí além, talvez por ser algo previsível. A leitura não deixa de ser agradável, como disse, mas acho que como adaptação cinematográfica pode ganhar mais vida, envolvendo-nos mais nas ilusões e deixando-nos mais expectantes pelas conclusões das mesmas.

2 comentários:

Célia disse...

Eu vi primeiro o filme e acho que isso turvou um bocado a minha impressão geral do livro, mas mesmo assim gostei bastante. É uma boa leitura :)
Agora, tens mesmo de ir ver o filme, que para além de ser muito bom tem uns belos protagonistas :D

WhiteLady3 disse...

Compreendo que vendo primeiro o filme, devido ao aspecto visual das ilusões, o livro possa perder alguma coisa. Eu gostei do livro, mas acho que é mesmo daqueles que funcionará melhor como filme, daí agora querer vê-lo, se bem que só pelos protagonistas valerá a pena. :D

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