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Nunca mais encontro é o primeiro volume desta série. Encomendei-o hoje também na Bertrand. Pode ser que daqui a algum tempo tenha uma surpresa. Entretanto vou passando o tempo com outros livros que tenho cá por casa e que me foram emprestados.
Resumo (da capa): Winner of England’s Booker Prize and the literary sensation of the year, Possession is an exhilarating novel of wit and romance, at once an intellectual mystery and a triumphant love story. It is the tale of a pair of young scholars researching the lives of two Victorian poets. As they uncover their letter, journals, and poems, ant track their movements from London to Yorkshire – from spiritualist séances to the fairy-haunted far west of Brittany – what emerges is an extraordinary counterpoint of passions and ideas.
Opinião: Tomei conhecimento deste livro a partir da adaptação cinematográfica do mesmo que, por qualquer motivo do qual de momento não me recordo, nunca acabei de ver. Mais por curiosidade sobre o final, do que por outra coisa qualquer, li o livro e devo confessar-me surpreendida. Surpreendida não tanto pela história em si, mas pelo modo como se encontra escrita.
A autora criou dois poetas vitorianos, Randolph Henry Ash e Christabel LaMotte, e fez questão de escrever poemas, cartas e diários, como se fosse cada um deles. É através desses testemunhos que dá a conhecer a história de ambos, da mesma maneira que se apresenta aos restantes protagonistas, académicos empenhados em descobrir o que de tão intenso poderá ter existido entre ambos e de que modo isso pode mudar o que se sabia anteriormente sobre os mesmos. O mais impressionante é que este esquema funciona realmente bem.
Ao mesmo tempo, a autora aproveita para debater os vários tipos de possessão que vão sendo apresentados, nomeadamente a possessão amorosa, até que ponto se pode ter/amar uma pessoa, e a possessão dos biógrafos sobre o seu objecto de estudo.
Bastante mais interessante do que estava à espera. Só lamento não ter os conhecimentos necessários da literatura/poesia vitoriana para compreender melhor algumas alusões a autores da época, bem como alguns mitos explorados nos poemas, como o de Melusina. Mas lê-se bem, mesmo com tais lacunas.
Resumo (da capa): Edward Wozny é um jovem banqueiro dedicado a uma prometedora carreira de consultor bancário em Nova Iorque que se prepara para umas merecidas férias em Londres. Antes de partir para a Europa, deve realizar um último trabalho para os Duques de Bowry, importantes clientes da entidade financeira para a qual trabalha. Os duques pedem-lhe então que organize e catalogue uma série de livros de grande valor que trouxeram para o seu apartamento nova-iorquino.
Os duques estão especialmente interessados na recuperação de um códice do século XIII intitulado A Viage to the Contree of the Cimmeriams, escrito por Gervase de Langford, contemporâneo de Chaucer, um texto que permaneceu oculto durante séculos e que alegadamente contém importantes segredos e revelações que afectam o passado mas que podem também influir no presente… Enquanto, com a ajuda da jovem medievalista Margaret, procura sem resultado o códice, Edward dedica-se fervorosamente a um jogo de computador chamados Momus.
Um jogo tão aditivo que chega a submergi-lo num estado próximo da hipnose durante horas. Nesse estado, Edward começa a descobrir uma série de inquietantes e misteriosos paralelismos entre a sua própria vida e o jogo…
Opinião: Levei algum tempo a escrever esta pequena opinião, de tão fraco que achei o livro. As personagens não têm qualquer tipo de profundidade, nomeadamente o protagonista, que parece ficar obcecado com o tal códice só porque lhe dizem que estão interessados nele; a história, apesar de uma premissa interessante, é fraca não conseguindo cativar nem fazer-me interessar pelo que o códice tinha assim de tão secreto.
O jogo até é capaz de ser a melhor parte, mas mesmo assim parece mal explorado. O final é mais que prevísivel. No geral, este livro foi uma perda de tempo.
Resumo (da capa): Claire Randall is leading a double life. She has a husband in one century, and a lover in another…
In 1945, Claire Randall, a former combat nurse, is back from the war and reunited with her husband on a second honeymoon – when she innocently touches a boulder in one of the ancient stone circles that dot the
Hurled back in time by forces she cannot understand, Claire’s destiny is soon inextricably intertwined with Clan MacKenzie and the forbidding Castle Leoch. She is catapulted without warning into the intrigues of lairds and spies that may threaten her life… and shatter her heart. For here, James Fraser, a gallant young Scots warrior, shows her passion so fierce and a love so absolute that Claire becomes a woman torn between fidelity and desire… and between two vastly different men in two irreconcilable lives.
Opinião: Não sei bem do que estava à espera quando peguei neste livro, mas foi uma leitura bastante interessante.
Acompanhamos a história sob o ponto de vista de Claire, que volta atrás no tempo, mais concretamente até ao século XVIII, encontrando-se em plena guerra entre os clãs escoceses e as forças militares de Inglaterra. Aqui, tem de se adaptar a este mundo, sendo que os seus dotes de enfermeira a ajudam a ganhar a confiança das pessoas, que se sentem ameaçadas sobretudo por ela ser inglesa, uma possível espia. De forma gradual, vemos a adaptação de Claire a este “novo” mundo onde, contra as suas intenções, se acaba por apaixonar, ficando dividida entre o amor a Jamie e o dever para com Frank, o seu marido em 1945. Para complicar um pouco mais as coisas, Claire encontra-se com o antepassado de Frank, Jack Randall, o vilão sádico da história, e que se assemelha fisicamente a Frank, o oposto, como pessoa, do seu antepassado.
O ritmo da história é lento, mas não do lento que se arrasta. Aqui conseguimos sentir os dias a passar, assemelhando-se aqueles dias de verão que passam lentamente e que não queremos que acabem. O ritmo ajuda a entender o que se passa à nossa volta e a cimentar, de forma gradual e credível, as relações com as várias personagens, sendo que o leitor sente que está mesmo na pele de Claire.
A única coisa de que não gostei, já que de certo modo parece forçado e dá a desculpa para Claire não voltar ao seu tempo, é o facto de pessoas com um carácter tão diferente serem fisicamente iguais. O facto de Frank e Randall serem iguais, dá a desculpa a Claire para que esta tema não vir a distingui-los e não conseguir voltar a querer Frank da mesma maneira, caso voltasse para o seu tempo. Acho isto um esquema reles e torna a luta interior dela, naquele ponto, um pouco forçada sendo que já há muito se adivinhava o desenlace. Mas pronto, “fica sempre bem” uma boa esposa questionar os seus deveres para com o seu cônjuge, mesmo que se pareça fisicamente com o pior vilão do mundo, mas não deixa de cheirar a falso.
Opinião: Postmortem continua a ser o melhor, mas este chega lá perto nem que seja por deixar o final em aberto.