Fui desafiada pela Carla para participar em mais um "Verdade ou Consequência" e resolvi aceitar o desafio, tendo escolhido "
Verdade".
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Quem me conhece sabe que um dos meus géneros preferidos é o Romance Histórico, tendo como uma das minhas autoras de eleição Philippa Gregory e os seus livros sobre os Tudor. Quem é que não se lembra de ter falado na disciplina de História de Henrique VIII e as suas seis mulheres? Julgo que foi matéria do 9º ano e surgiu o bichinho de querer saber mais. No entanto, só muito mais tarde, é que li e fui vendo documentários sobre tal assunto.
Philippa Gregory é uma entusiasta de História, nomeadamente sobre o período Tudor, com livros que me fizeram tornar fã da autora. Ela consegue unir os factos históricos, as intrigas e os jogos políticos, com muito engenho, fazendo com que, nós leitores, sintamos que estamos a viver naquela época, mantendo sempre o nível de interesse na história, apesar da quantidade de páginas habituais nos seus livros. A corte dos Tudor, foi uma corte cheia de intrigas e de pessoas movidas pela ambição e poder, sendo o palco perfeito para um bom romance histórico.
A
série Tudor é composta pelos seguintes livros, enunciados segundo a ordem cronológica de acontecimentos que difere da qual foi escrita:
- Catarina, a Princesa Determinada
- Duas Irmãs, Um Rei
- A Herança Bolena
- A Espia da Rainha
- O Amante da Rainha
- A Outra Rainha
Nos três primeiros livros, a história foca-se essencialmente sobre Henrique VIII e as suas mulheres, excepto Jane e Catarina Parr, que não têm protagonismo em nenhum dos livros. Philippa Gregory conseguiu captar o carácter de Henrique VIII, que sendo muito mimado, tornou-se um homem cruel, fazendo as leis conforme o seu humor.
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Destes três primeiros livros, o meu preferido é o
Catarina, a Princesa Determinada, que tendo sido o segundo livro que li da autora, serviu para consolidar a minha preferência. Em
Catarina, a Princesa Determinada, conhecemos um pouco os seus pais, os Reis Católicos de Espanha (Aragão e Castela), a sua educação como princesa, bem como somos transportados para um mundo de odores e cores, em Alhambra. Ficamos a conhecer também a sua estadia em Inglaterra e todas as dificuldades que teve de enfrentar. Catarina foi uma mulher persistente, corajosa e também ambiciosa.
Em
A Espia da Rainha, ao contrário dos restantes livros, a personagem é fictícia, no entanto, Philippa Gregory mostrou que consegue interligar perfeitamente os acontecimentos históricos dos reinados de Maria e Isabel Tudo, com uma história que, apesar de ser fruto de imaginação da escritora, poderia ter sido real.
O livro
Amante da Rainha, tal como o título indica, foca-se bastante no romance entre Isabel e Robert Dudley, bem como a instabilidade política no início do reinado daquela.
Finalmente, em
A Outra Rainha a personagem central é a Rainha Maria da Escócia. Esta história tornou-se interessante pelo facto de nos dar a conhecer a vida de Maria da Escócia, no entanto, a par com o anterior, apesar de manter o bom nível de detalhes históricos, achei que não estaria tão bom como os restantes.
No que respeita à
série da Guerra dos Primos ou Guerra das Rosas, período anterior ao Tudor, ainda só estão publicados dois volumes:
A Rainha Branca e
A Rainha Vermelha. No entanto, estão previstos pelo menos mais 2 livros:
- The Lady of the Rivers: Cuja personagem principal será Jacquetta, a mãe de Isabel Woodville (A Rainha Branca) e que se prevê que seja lançado, na versão original ainda durante 2011;
- The White Princess: Isabel York, filha de Isabel Woodville e Eduardo IV, mulher de Henrique VII e mãe de Henrique VIII.
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Em
A Rainha Branca temos a história de Isabel Woodville, uma jovem viúva plebeia, que se apaixona e casa com o recente Rei Eduardo de Iorque. Um livro que para além de focar a relação entre Isabel e Eduardo, do seu relacionamento com a família, descreve-nos de forma entusiasta as batalhas e conspirações em torno das personagens e que influenciam o destino destas. Foi também agradável a forma como a autora misturou os factos históricos, com a lenda de Melusina, através das pragas e pequenos feitiços que Isabel lançava aos seus inimigos.
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No segundo livro da série,
A Rainha Vermelha é Margarida Beaufort, descendente da casa de Lancaster, uma mulher totalmente movida pela ambição de retirar os Iorques do trono, colocando o seu filho – Henrique Tudor – no lugar destes.
A acção temporal dos dois livros, decorre praticamente em paralelo, o que nos permite ter as duas perspectivas de episódios comuns.
Muito interessante perceber todas as movimentações e interesses políticos à volta de um trono, bem como a forma como os Tudors chegaram ao poder.
Quem gosta de romance histórico e de histórias cheias de intrigas, Philippa Gregory e os seus livros da série Tudor são uma boa opção de leitura.