Informação técnica no IMDb.
Director: David Giles
Escritores: Ken Taylor (adaptação) e Jane Austen (romance original)
Actores: Sylvestra Le Touzel, Nicholas Farrell, Robert Burbage
Nota: 4/5
Esta é a única versão das que vi que se mantém fiel ao livro original e devo confessar que, mais uma vez como se passou com Ema, prefiro a adaptação ao livro. As partes mais chatas são colocadas de lado e a protagonista, Fanny Price, parece crescer mais aqui que no livro. Também foi mais fácil gostar dela, assim como de todas as outras personagens, à excepção da Tia Norris, como seria de prever, e de Henry Crawford, o que vai bem com os sentimentos de Fanny, mas mesmo assim deviam ser mais dúbias as suas intenções e o actor não consegue desempenhar tão bem essa duplicidade da personagem, como o conseguiu o actor da adaptação de 1999.
Vi esta série, composta por seis episódios, editada em Portugal pela Prisvideo e devo de confessar-me um pouco desiludida com a tradução. No primeiro episódio, “you need to call on” é traduzido por “tem de telefonar a”. Ora bem, os telefones na época, finais do séc. XVIII – início do séc. XIX, não existiam! Há que ter este tipo de pormenores em conta. Eu até pensei que estava a ler mal e voltei atrás, mas está lá. É um erro crucial, a meu ver, e acho que pedir para terem mais cuidado não é pedir muito.
30 de março de 2009
29 de março de 2009
Aquisições (XIX)
Esta semana voltei a adquirir a alguns livros, através do BookMooch:
Já estou a ler o primeiro e a gostar, mas ainda é cedo para dizer o que quer que seja. Segue-se a leitura da pilha, a ver se desta a mando abaixo sem quaisquer outras distrações. O segundo fica, por isso, para mais tarde.
Já estou a ler o primeiro e a gostar, mas ainda é cedo para dizer o que quer que seja. Segue-se a leitura da pilha, a ver se desta a mando abaixo sem quaisquer outras distrações. O segundo fica, por isso, para mais tarde.
Fire Study (Study Trilogy, Livro 3)
Autor: Maria V. Snyder
Género: Fantasia
Editora: Mira | Nº de páginas: 441
Nota: 2/5
Resumo (da capa): THE APPRENTICESHIP IS OVER. NOW THE REAL TEST HAS BEGUN.
When word that Yelena is a Soulfinder – able to capture and release souls – spreads like wildfire, people grow uneasy. Already Yelena’s unusual abilities and past have set her apart. As the Council debates Yelena’s fate, she receives a disturbing message: a plot is rising against her homeland, led by a murderous sorcerer she has defeated before.
Honour sets Yelena on a path that will test the limits of her skills, and the hope of reuniting with her beloved spurs her onward. Her journey is fraught with allies and enemies. Yelena will have but one chance to prove herself – and save the land she holds dear.
Opinião: Já havia lido, mais uma vez, a crítica da Canochinha (a quem agradeço ter emprestado os livros) que alertava que este livro não era tão bom como os seus predecessores, mas nunca pensei que fosse realmente tão difícil lê-lo e foi com alegria que o coloquei de lado e segui em frente.
O primeiro livro é de longe o melhor, com personagens e uma história interessante. A sua leitura foi mesmo como uma lufada de ar fresco. Já ao segundo, falta algum do carisma das personagens, sendo que a história continua a agarrar-nos. Neste terceiro e último volume, nem personagens nem história se salvam. E devo confessar que senti isto logo no início, a partir do momento em que o Homem Lua (Storyweaver de Yelena, que teria como função orientá-la, através de mensagens crípticas) sofre de claustrofobia. Pois…
Yelena começa a sua viagem, neste último volume, perseguindo Ferde e Cahill de modo a interceptá-los e gorar os seus planos de conquistar forças para atacarem Ixia. No entanto, apercebe-se de que existe um plano maior por detrás de tudo isto.
Nada de novo acontece e a história é mais que previsível. Perdi mesmo a conta às vezes que revirei os olhos, o que não é um bom sinal. Sentimos que andamos de um lado para o outro, sem no entanto nos movermos na história; temos uma super-heroína altruísta, que coloca toda a gente de lado e começa a questionar os seus poderes (a pseudo-profundidade, que me fez desgostar ainda mais da personagem); temos também referências, que se tornam irritantes, aos livros anteriores, como se não os tivéssemos lido, que não desenvolvem em nada a narrativa, e duvido mesmo que alguém que lesse este livro sem ler os outros ficasse esclarecido com tais referências. Não me posso esquecer de referir as sequências de lutas, quase todas cópias do livro anterior. O final também não me satisfez por aí além, mas ao menos uniu os vários fios soltos.
Claramente abaixo dos livros anteriores, vale sobretudo pelo final que, como disse, responde às dúvidas que temos desde o primeiro livro, mas agora acho que passava bem sem ele. Ou pelo menos, sem grande parte deste livro. E continuo sem saber se hei-de pegar no Glass Storm…
Género: Fantasia
Editora: Mira | Nº de páginas: 441
Nota: 2/5
Resumo (da capa): THE APPRENTICESHIP IS OVER. NOW THE REAL TEST HAS BEGUN.
When word that Yelena is a Soulfinder – able to capture and release souls – spreads like wildfire, people grow uneasy. Already Yelena’s unusual abilities and past have set her apart. As the Council debates Yelena’s fate, she receives a disturbing message: a plot is rising against her homeland, led by a murderous sorcerer she has defeated before.
Honour sets Yelena on a path that will test the limits of her skills, and the hope of reuniting with her beloved spurs her onward. Her journey is fraught with allies and enemies. Yelena will have but one chance to prove herself – and save the land she holds dear.
Opinião: Já havia lido, mais uma vez, a crítica da Canochinha (a quem agradeço ter emprestado os livros) que alertava que este livro não era tão bom como os seus predecessores, mas nunca pensei que fosse realmente tão difícil lê-lo e foi com alegria que o coloquei de lado e segui em frente.
O primeiro livro é de longe o melhor, com personagens e uma história interessante. A sua leitura foi mesmo como uma lufada de ar fresco. Já ao segundo, falta algum do carisma das personagens, sendo que a história continua a agarrar-nos. Neste terceiro e último volume, nem personagens nem história se salvam. E devo confessar que senti isto logo no início, a partir do momento em que o Homem Lua (Storyweaver de Yelena, que teria como função orientá-la, através de mensagens crípticas) sofre de claustrofobia. Pois…
Yelena começa a sua viagem, neste último volume, perseguindo Ferde e Cahill de modo a interceptá-los e gorar os seus planos de conquistar forças para atacarem Ixia. No entanto, apercebe-se de que existe um plano maior por detrás de tudo isto.
Nada de novo acontece e a história é mais que previsível. Perdi mesmo a conta às vezes que revirei os olhos, o que não é um bom sinal. Sentimos que andamos de um lado para o outro, sem no entanto nos movermos na história; temos uma super-heroína altruísta, que coloca toda a gente de lado e começa a questionar os seus poderes (a pseudo-profundidade, que me fez desgostar ainda mais da personagem); temos também referências, que se tornam irritantes, aos livros anteriores, como se não os tivéssemos lido, que não desenvolvem em nada a narrativa, e duvido mesmo que alguém que lesse este livro sem ler os outros ficasse esclarecido com tais referências. Não me posso esquecer de referir as sequências de lutas, quase todas cópias do livro anterior. O final também não me satisfez por aí além, mas ao menos uniu os vários fios soltos.
Claramente abaixo dos livros anteriores, vale sobretudo pelo final que, como disse, responde às dúvidas que temos desde o primeiro livro, mas agora acho que passava bem sem ele. Ou pelo menos, sem grande parte deste livro. E continuo sem saber se hei-de pegar no Glass Storm…
21 de março de 2009
Magic Study (Study Trilogy, Livro 2)
Autor: Maria V. Snyder
Género: Fantasia
Editora: Mira | Nº de páginas: 419
Nota: 4/5
Resumo (da capa): CONFRONTING THE PAST. CONTROLLING THE FUTURE.
With an execution order on her head, Yelena has no choice but to escape Sitia, the land of her birth. With only a year to master her magic – or face death – Yelena must begin her apprenticeship and travels to the Four Towers of the Magician’s Keep.
But nothing in Sitia is familiar. Not the family to whom she is a stranger. Not the unsettling new facets of her magic. Not the brother who resents her return. As she struggles to understand where she belongs and how to control her rare powers, a rogue magician emerges – and Yelena catches his eye.
Suddenly she is embroiled in battle against good and evil. And once again it will be her magical habilities that will either save her life… or be her downfall.
Opinião: Eu sei que às vezes acontece e já estava preparada pois, quando damos uma nota elevada a um volume inicial de uma série, só podem acontecer duas coisas: ou o nível mantém-se ou cai. Após ter lido a crítica da Canochinha fiquei com algum receio, pelo que as minhas expectativas diminuíram um pouco e não me senti tão defraudada.
Encontramos Yelena mais ao menos onde a deixámos no primeiro volume. Com uma ordem de execução pendendo sobre ela em Ixia, devido aos seus dotes mágicos, foge em direcção ao sul, para Sitia, a sua terra natal, para se reencontrar com a sua família a quem foi roubada e aprender a dominar os seus poderes. Mas nem tudo é fácil. O seu irmão não parece satisfeito com o seu reaparecimento, dúvidas sobre as suas reais intenções levantam-se, para além de que encontra-se à solta um outro mágico que rapta e tortura jovens para obter os seus poderes, um pouco à semelhança do que acontecia no primeiro volume.
Desde o início do livro que me pareceu que faltava algo e só a meio percebi o quê. Para além de preferir o ambiente de Ixia a Sitia, assim como Yelena parece que nós não pertencemos aquele mundo, falta algum carisma às personagens e credibilidade nas relações que as unem. Falta aquilo que me fez gostar do primeiro livro. Os únicos personagens que se mantêm praticamente iguais são Ari e Janco, a todos os outros falta algo: a Yelena falta algum bom senso e torna-se um pouco irritante com tanto voluntarismo; Leif finge ter alguma profundidade e a sua relação no final com Yelena fez-me revirar os olhos, assim como a relação dela com o resto da família, é um instante até confiar quase plenamente neles; os Quatro Mestres de Magia também não convencem por aí além; Cahill (juntamente com o Homem Lua) é o único personagem com algum interesse mas mesmo assim não chega aos calcanhares do Valek do primeiro livro, que neste perde a aura de mistério, aquilo que o tornava tão sedutor. A relação de Valek e Yelena chega a enjoar um pouco e nem ele lhe puxa convenientemente as orelhas.
No entanto, a história é interessante e mantém-nos agarrados ao livro, a querer saber o que vai acontecer a seguir já que a acção não parece parar, daí se calhar o menor desenvolvimento das personagens e suas relações. Na verdade, enquanto no primeiro livro parece que o tempo vai passando a um ritmo agradável, neste acontece tudo a correr. Não admira por isso que tenha gostado das partes mais calmas, como as aulas de Yelena e Irys, fizeram-me mesmo rir como doida no meio do trânsito, assim como as conversas entre Yelena e os cavalos. Percebe-se melhor como funciona a magia, ficamos a conhecer os dotes de Yelena, mas ficam no ar outras questões que espero ver esclarecidas no derradeiro volume.
Já agora um aparte. Também travamos conhecimento com a personagem principal da nova obra da autora, Glass Storm, mas sinceramente não sei o que pode sair dali. Primeiro, há que acabar a leitura desta série…
Género: Fantasia
Editora: Mira | Nº de páginas: 419
Nota: 4/5
Resumo (da capa): CONFRONTING THE PAST. CONTROLLING THE FUTURE.
With an execution order on her head, Yelena has no choice but to escape Sitia, the land of her birth. With only a year to master her magic – or face death – Yelena must begin her apprenticeship and travels to the Four Towers of the Magician’s Keep.
But nothing in Sitia is familiar. Not the family to whom she is a stranger. Not the unsettling new facets of her magic. Not the brother who resents her return. As she struggles to understand where she belongs and how to control her rare powers, a rogue magician emerges – and Yelena catches his eye.
Suddenly she is embroiled in battle against good and evil. And once again it will be her magical habilities that will either save her life… or be her downfall.
Opinião: Eu sei que às vezes acontece e já estava preparada pois, quando damos uma nota elevada a um volume inicial de uma série, só podem acontecer duas coisas: ou o nível mantém-se ou cai. Após ter lido a crítica da Canochinha fiquei com algum receio, pelo que as minhas expectativas diminuíram um pouco e não me senti tão defraudada.
Encontramos Yelena mais ao menos onde a deixámos no primeiro volume. Com uma ordem de execução pendendo sobre ela em Ixia, devido aos seus dotes mágicos, foge em direcção ao sul, para Sitia, a sua terra natal, para se reencontrar com a sua família a quem foi roubada e aprender a dominar os seus poderes. Mas nem tudo é fácil. O seu irmão não parece satisfeito com o seu reaparecimento, dúvidas sobre as suas reais intenções levantam-se, para além de que encontra-se à solta um outro mágico que rapta e tortura jovens para obter os seus poderes, um pouco à semelhança do que acontecia no primeiro volume.
Desde o início do livro que me pareceu que faltava algo e só a meio percebi o quê. Para além de preferir o ambiente de Ixia a Sitia, assim como Yelena parece que nós não pertencemos aquele mundo, falta algum carisma às personagens e credibilidade nas relações que as unem. Falta aquilo que me fez gostar do primeiro livro. Os únicos personagens que se mantêm praticamente iguais são Ari e Janco, a todos os outros falta algo: a Yelena falta algum bom senso e torna-se um pouco irritante com tanto voluntarismo; Leif finge ter alguma profundidade e a sua relação no final com Yelena fez-me revirar os olhos, assim como a relação dela com o resto da família, é um instante até confiar quase plenamente neles; os Quatro Mestres de Magia também não convencem por aí além; Cahill (juntamente com o Homem Lua) é o único personagem com algum interesse mas mesmo assim não chega aos calcanhares do Valek do primeiro livro, que neste perde a aura de mistério, aquilo que o tornava tão sedutor. A relação de Valek e Yelena chega a enjoar um pouco e nem ele lhe puxa convenientemente as orelhas.
No entanto, a história é interessante e mantém-nos agarrados ao livro, a querer saber o que vai acontecer a seguir já que a acção não parece parar, daí se calhar o menor desenvolvimento das personagens e suas relações. Na verdade, enquanto no primeiro livro parece que o tempo vai passando a um ritmo agradável, neste acontece tudo a correr. Não admira por isso que tenha gostado das partes mais calmas, como as aulas de Yelena e Irys, fizeram-me mesmo rir como doida no meio do trânsito, assim como as conversas entre Yelena e os cavalos. Percebe-se melhor como funciona a magia, ficamos a conhecer os dotes de Yelena, mas ficam no ar outras questões que espero ver esclarecidas no derradeiro volume.
Já agora um aparte. Também travamos conhecimento com a personagem principal da nova obra da autora, Glass Storm, mas sinceramente não sei o que pode sair dali. Primeiro, há que acabar a leitura desta série…
1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil
Autor: Laurentino Gomes
Género: história (não ficção)
Editora: Dom Quixote | Nº de páginas: 392
Nota: 4/5
Resumo (do site Wook): Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu.
Em tempo de guerra, reis e rainhas tinham sido destronados ou obrigados a refugiar-se em territórios alheios, mas nenhum deles tinha ido tão longe, a ponto de cruzar um oceano para viver e reinar do outro lado do mundo. Embora os europeus dominassem colónias imensas em diversos continentes, até àquele momento nenhum rei tinha posto os pés nos seus territórios ultramarinos para uma simples visita - muito menos para ali morar e governar. Era, portanto, um acontecimento sem precedentes tanto para os portugueses, que se achavam na condição de órfãos da sua monarquia da noite para o dia, como para os brasileiros, habituados até então a serem tratados como uma simples colónia de Portugal.
D. João VI foi o único soberano europeu a visitar terras americanas em mais de quatro séculos e foi quem transformou uma colónia num país independente.
No entanto, o seu reinado no Brasil padece de um relativo esquecimento que, quando lembrado, é tratado de forma caricata.
Mas o Brasil de D. João VI não se resume a episódios engraçados. A fuga da família real para o Rio de Janeiro ocorreu num dos momentos mais apaixonantes e revolucionários do Brasil, de Portugal e do mundo. Guerras napoleónicas, revoluções republicanas e escravidão formaram o cenário no qual se deu a mudança da corte portuguesa e a sua instalação no Brasil.
O propósito deste livro, resultado de dez anos de investigação jornalística, é resgatar e contar de forma acessível a história da corte portuguesa no Brasil e tentar devolver os seus protagonistas à dimensão mais correcta possível dos papéis que desempenharam há duzentos anos.
Como se verá, estes personagens podem ser, inacreditavelmente caricatos, mas isso é algo que se poderia dizer de todos os governantes que os seguiram, incluindo alguns actuais.
Opinião: Este livro, escrito de forma brilhante e bastante acessível, foca-se na corte portuguesa no Brasil, após a invasão da Península Ibérica pelas tropas francesas e da ameaça feita por Napoleão, em que prometia apagar a dinastia de Bragança de Portugal. Pressionado pela Inglaterra, que pretendia que Portugal não aderisse ao Bloqueio Continental e mantivesse os seus portos abertos aos navios de guerra, mas também comerciais, ingleses, por um lado e pela França do outro, D. João VI foge para o Brasil de modo a manter a sua coroa e o seu domínio tanto no continente europeu (tido por alguns políticos à época como não sendo “a melhor e mais essencial parte da monarquia”) como no americano.
Chegando ao destino em 1808, seguimos então as mudanças feitas naquele país, até então fechado ao mundo como forma de Portugal manter o seu domínio e o monopólio dos produtos naturais, das riquezas daquele território, mas também de modo a manter a dependência do território americano em relação às manufacturas produzidas em Portugal. Como sede da corte, foi necessário conceder então direitos até então proibidos, e que contribuíram para que o Brasil se unisse, como não o era até então, e ganhasse autonomia em relação ao pequeno país europeu que o controlava, arranjando desse modo as bases para a sua independência, que aconteceria um ano depois de D. João VI ser obrigado a regressar a Portugal.
Gostei da escrita acessível, nota-se que foi escrito por um jornalista e não um historiador, e de algumas comparações entre os acontecimentos de então e os dias de hoje. Foi uma maneira agradável de conhecer mais sobre a história da corte portuguesa no Brasil e a sua contribuição para a sua futura independência, aspecto da história de Portugal que muitas vezes é ignorado ou abordado apenas superficialmente nas aulas de História em Portugal.
Género: história (não ficção)
Editora: Dom Quixote | Nº de páginas: 392
Nota: 4/5
Resumo (do site Wook): Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu.
Em tempo de guerra, reis e rainhas tinham sido destronados ou obrigados a refugiar-se em territórios alheios, mas nenhum deles tinha ido tão longe, a ponto de cruzar um oceano para viver e reinar do outro lado do mundo. Embora os europeus dominassem colónias imensas em diversos continentes, até àquele momento nenhum rei tinha posto os pés nos seus territórios ultramarinos para uma simples visita - muito menos para ali morar e governar. Era, portanto, um acontecimento sem precedentes tanto para os portugueses, que se achavam na condição de órfãos da sua monarquia da noite para o dia, como para os brasileiros, habituados até então a serem tratados como uma simples colónia de Portugal.
D. João VI foi o único soberano europeu a visitar terras americanas em mais de quatro séculos e foi quem transformou uma colónia num país independente.
No entanto, o seu reinado no Brasil padece de um relativo esquecimento que, quando lembrado, é tratado de forma caricata.
Mas o Brasil de D. João VI não se resume a episódios engraçados. A fuga da família real para o Rio de Janeiro ocorreu num dos momentos mais apaixonantes e revolucionários do Brasil, de Portugal e do mundo. Guerras napoleónicas, revoluções republicanas e escravidão formaram o cenário no qual se deu a mudança da corte portuguesa e a sua instalação no Brasil.
O propósito deste livro, resultado de dez anos de investigação jornalística, é resgatar e contar de forma acessível a história da corte portuguesa no Brasil e tentar devolver os seus protagonistas à dimensão mais correcta possível dos papéis que desempenharam há duzentos anos.
Como se verá, estes personagens podem ser, inacreditavelmente caricatos, mas isso é algo que se poderia dizer de todos os governantes que os seguiram, incluindo alguns actuais.
Opinião: Este livro, escrito de forma brilhante e bastante acessível, foca-se na corte portuguesa no Brasil, após a invasão da Península Ibérica pelas tropas francesas e da ameaça feita por Napoleão, em que prometia apagar a dinastia de Bragança de Portugal. Pressionado pela Inglaterra, que pretendia que Portugal não aderisse ao Bloqueio Continental e mantivesse os seus portos abertos aos navios de guerra, mas também comerciais, ingleses, por um lado e pela França do outro, D. João VI foge para o Brasil de modo a manter a sua coroa e o seu domínio tanto no continente europeu (tido por alguns políticos à época como não sendo “a melhor e mais essencial parte da monarquia”) como no americano.
Chegando ao destino em 1808, seguimos então as mudanças feitas naquele país, até então fechado ao mundo como forma de Portugal manter o seu domínio e o monopólio dos produtos naturais, das riquezas daquele território, mas também de modo a manter a dependência do território americano em relação às manufacturas produzidas em Portugal. Como sede da corte, foi necessário conceder então direitos até então proibidos, e que contribuíram para que o Brasil se unisse, como não o era até então, e ganhasse autonomia em relação ao pequeno país europeu que o controlava, arranjando desse modo as bases para a sua independência, que aconteceria um ano depois de D. João VI ser obrigado a regressar a Portugal.
Gostei da escrita acessível, nota-se que foi escrito por um jornalista e não um historiador, e de algumas comparações entre os acontecimentos de então e os dias de hoje. Foi uma maneira agradável de conhecer mais sobre a história da corte portuguesa no Brasil e a sua contribuição para a sua futura independência, aspecto da história de Portugal que muitas vezes é ignorado ou abordado apenas superficialmente nas aulas de História em Portugal.
18 de março de 2009
Aquisições (XVIII)
E porque hoje me apetece "bloggar" como se não houvesse amanhã...
Devo confessar-me satisfeita comigo mesmo. Tenho conseguido conter-me no que toca à aquisição de livros, até porque segundo a minha lista do GoodReads tenho, em casa, 194 livros por ler (e já sem contar com livros relacionados com o meu curso e que não conto ler, pelo menos tão cedo). Os únicos livros que adquiri durante este período diziam respeito à colecção da revista Sábado e adquiri alguns no BookMooch mas para uma campanha que fico contente por saber que teve sucesso.
No entanto, desejava "mandar abaixo" a pilha de livros que se encontra na minha mesa de cabeceira, até agora sem grande sucesso. Primeiro, porque tenho ido à biblioteca buscar livros para ler no trabalho, relacionados com o mesmo, e numa das últimas idas trouxe também o 1808 de Laurentino Gomes, que tem o sub-título mais sujestivo que alguma vez li - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. Um livro muito bom, que dá a conhecer a corte portuguesa aquando da sua estadia no Brasil e as transformações que se deram e que levaram à independência daquele país, parte da História de Portugal que geralmente é dada muito superficialmente.
A tarefa de deitar abaixo a pilha, ficou esta semana ainda mais díficl porque a Canochinha, do blog Estante de Livros, fez o favor de me emprestar estes dois:
Claro que tive de começar logo a lê-los... e a pilha continua ali a ameaçar-me todas as noites. Eu prometo que depois me dedido a ela...
Devo confessar-me satisfeita comigo mesmo. Tenho conseguido conter-me no que toca à aquisição de livros, até porque segundo a minha lista do GoodReads tenho, em casa, 194 livros por ler (e já sem contar com livros relacionados com o meu curso e que não conto ler, pelo menos tão cedo). Os únicos livros que adquiri durante este período diziam respeito à colecção da revista Sábado e adquiri alguns no BookMooch mas para uma campanha que fico contente por saber que teve sucesso.
No entanto, desejava "mandar abaixo" a pilha de livros que se encontra na minha mesa de cabeceira, até agora sem grande sucesso. Primeiro, porque tenho ido à biblioteca buscar livros para ler no trabalho, relacionados com o mesmo, e numa das últimas idas trouxe também o 1808 de Laurentino Gomes, que tem o sub-título mais sujestivo que alguma vez li - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. Um livro muito bom, que dá a conhecer a corte portuguesa aquando da sua estadia no Brasil e as transformações que se deram e que levaram à independência daquele país, parte da História de Portugal que geralmente é dada muito superficialmente.
A tarefa de deitar abaixo a pilha, ficou esta semana ainda mais díficl porque a Canochinha, do blog Estante de Livros, fez o favor de me emprestar estes dois:
Claro que tive de começar logo a lê-los... e a pilha continua ali a ameaçar-me todas as noites. Eu prometo que depois me dedido a ela...
Saga Téméraire
Ao ver o post da anaaaatchim! lembrei-me também que há tempos contactei a Editorial Presença numa tentativa de saber datas de novos lançamentos da saga Téméraire. Infelizmente a resposta (que data do dia 11 deste mês) não é das melhores e aqui fica:
É uma pena não haver então uma data já que é uma série gostava de acompanhar e tendo em conta que os dois volumes já editados foram publicados com alguns meses de intervalo. Pensei que as coisas já estivessem bem encaminhadas para um terceiro volume.
Já li o terceiro volume em inglês, mas gostava de vê-lo (e lê-lo) publicado na língua de Camões, assim como os restantes volumes, já que a série conta agora com 5 volumes. Fica aqui um voto para que seja então publicado em breve e um pedido para que a editora não deixe esta série a meio.
Outras menções a esta série neste blog aqui e aqui.
Exma. Senhora,
Ainda não temos previsão relativamente à data de publicação do próximo volume da série Téméraire de Naomi Novik.
Com os nossos melhores cumprimentos,
Departamento Editorial
EDITORIAL PRESENÇA
É uma pena não haver então uma data já que é uma série gostava de acompanhar e tendo em conta que os dois volumes já editados foram publicados com alguns meses de intervalo. Pensei que as coisas já estivessem bem encaminhadas para um terceiro volume.
Já li o terceiro volume em inglês, mas gostava de vê-lo (e lê-lo) publicado na língua de Camões, assim como os restantes volumes, já que a série conta agora com 5 volumes. Fica aqui um voto para que seja então publicado em breve e um pedido para que a editora não deixe esta série a meio.
Outras menções a esta série neste blog aqui e aqui.
How Evil Are You?
Vi isto no blog da Aneca e claro que senti logo o impulso de fazer e saber o resultado.
Raw evil score: 33.33%
E sim, é verdade... MUAHAHAHAHAHAH!!!
Raw evil score: 33.33%
E sim, é verdade... MUAHAHAHAHAHAH!!!
15 de março de 2009
Harry Potter and the Prisoner of Azkaban (Harry Potter, Livro 3) [áudio-livro]
Autor: J.K. Rowling; Stephen Fry (narrador)
Género: Fantasia
Editora: Cover to Cover Cassettes Ltd | Nº de páginas: -
Nota: 4/5
Resumo (do site Amazon.co.uk): Harry Potter and the Prisoner of Azkaban is the third, and possibly the best, book in the phenomenally successful, award-winning Harry Potter series by J.K. Rowling.
After just about surviving yet another summer with the dreadful Dursleys, the arrival of Aunt Marge is the final straw and, in a fit of anger, Harry casts a spell on her, causing her to blow up like a balloon. He fully expects to be expelled from Hogwarts for his blatant flaunting of the rule not to use magic outside term time, but the arrival of the mysterious Knight Bus and a meeting with Cornelius Fudge, the Minister of Magic, result in Harry enjoying the rest of the holidays in the wonderful surroundings of the Leaky Cauldron.
Meanwhile Sirius Black--one-time friend of Harry's parents, implicated in their murder and follower of "You- Know-Who"--escapes from Azkaban and this has serious implications for Harry. Back at Hogwarts, Harry's movements are restricted by the presence of the Dementors--guards from Azkaban on the look out for Black.
Stephen Fry's endearingly snooty vocal chords are a perfect match for Rowling's superb storytelling, and Fry manages to give even further depth to a complex and absorbing plot by adding an irreverent wit and a deep-rooted touch of class to a compelling and magical tale that, once heard, will never be forgotten.
Opinião: Compreendo o porquê do meu irmão dizer que J.K. se repete muito. Há partes, em que a autora faz referência aos livros anteriores, que realmente chateiam um pouco. E deixem-me também confessar que os jogos de Quidditch começam, a partir deste livro (mesmo na versão escrita e na primeira vez que os livros achei o mesmo), a irritar-me e que eu passava muito bem sem eles.
Mais uma vez vemos o génio de J.K. Rowling neste livro. É aqui que começa a reviravolta nos livros, o tom infantil gradualmente vai sendo colocado de lado, tal é visível: na pouca atenção dada a Peeves e aos fantasmas, quase sempre presentes nos corredores dos primeiros livros; o perigo é maior, nomeadamente no confronto com os medos, aqui representado pelos Dementors, e pelo sentimento de perigo eminente, seja pela visão do grande cão ou pelos vários prenúncios de morte de Trelawney, mesmo que questionemos a veracidade das suas previsões.
Só agora me começo a aperceber da pouca informação que é dada sobre Dumbledore e de como este aparece tão poucas vezes ao longo do livro, apenas nos momentos decisivos. Apesar disso, não deixa de ser das minhas personagens favoritas. O que não se pode dizer de Harry e agora volto a lembrar-me do porquê do meu “ódio”. Pode parecer deveras estranho, até porque os livros são contados sob o ponto de vista de Harry, mas partilho a ideia do Snape, de que é dada rédea solta ao rapaz e de que ele não pensa naqueles que o querem a salvo. E mais uma vez, volto a frisar que, J.K. mostra que a sua história há muito que estava escrita.
Género: Fantasia
Editora: Cover to Cover Cassettes Ltd | Nº de páginas: -
Nota: 4/5
Resumo (do site Amazon.co.uk): Harry Potter and the Prisoner of Azkaban is the third, and possibly the best, book in the phenomenally successful, award-winning Harry Potter series by J.K. Rowling.
After just about surviving yet another summer with the dreadful Dursleys, the arrival of Aunt Marge is the final straw and, in a fit of anger, Harry casts a spell on her, causing her to blow up like a balloon. He fully expects to be expelled from Hogwarts for his blatant flaunting of the rule not to use magic outside term time, but the arrival of the mysterious Knight Bus and a meeting with Cornelius Fudge, the Minister of Magic, result in Harry enjoying the rest of the holidays in the wonderful surroundings of the Leaky Cauldron.
Meanwhile Sirius Black--one-time friend of Harry's parents, implicated in their murder and follower of "You- Know-Who"--escapes from Azkaban and this has serious implications for Harry. Back at Hogwarts, Harry's movements are restricted by the presence of the Dementors--guards from Azkaban on the look out for Black.
Stephen Fry's endearingly snooty vocal chords are a perfect match for Rowling's superb storytelling, and Fry manages to give even further depth to a complex and absorbing plot by adding an irreverent wit and a deep-rooted touch of class to a compelling and magical tale that, once heard, will never be forgotten.
Opinião: Compreendo o porquê do meu irmão dizer que J.K. se repete muito. Há partes, em que a autora faz referência aos livros anteriores, que realmente chateiam um pouco. E deixem-me também confessar que os jogos de Quidditch começam, a partir deste livro (mesmo na versão escrita e na primeira vez que os livros achei o mesmo), a irritar-me e que eu passava muito bem sem eles.
Mais uma vez vemos o génio de J.K. Rowling neste livro. É aqui que começa a reviravolta nos livros, o tom infantil gradualmente vai sendo colocado de lado, tal é visível: na pouca atenção dada a Peeves e aos fantasmas, quase sempre presentes nos corredores dos primeiros livros; o perigo é maior, nomeadamente no confronto com os medos, aqui representado pelos Dementors, e pelo sentimento de perigo eminente, seja pela visão do grande cão ou pelos vários prenúncios de morte de Trelawney, mesmo que questionemos a veracidade das suas previsões.
Só agora me começo a aperceber da pouca informação que é dada sobre Dumbledore e de como este aparece tão poucas vezes ao longo do livro, apenas nos momentos decisivos. Apesar disso, não deixa de ser das minhas personagens favoritas. O que não se pode dizer de Harry e agora volto a lembrar-me do porquê do meu “ódio”. Pode parecer deveras estranho, até porque os livros são contados sob o ponto de vista de Harry, mas partilho a ideia do Snape, de que é dada rédea solta ao rapaz e de que ele não pensa naqueles que o querem a salvo. E mais uma vez, volto a frisar que, J.K. mostra que a sua história há muito que estava escrita.
14 de março de 2009
Marley & Eu: A vida e o amor do pior cão do mundo
Autor: John Grogan
Género: memória (não ficção)
Editora: Casa das Letras | Nº de páginas: 355
Nota: 4/5
Resumo (da capa): A história enternecedora e inesquecível de uma família e do seu cão malcomportado que ensina o que realmente importa na vida. A história de uma família em construção e das suas alegrias e tristezas.
Opinião: Era para ter começado a leitura de um livro pelo Stephen King, mas tenho andado tão cansada que resolvi pegar numa leitura mais leve, e em português (que não mói tanto a minha cabeça), pelo que me decidi pelo Marley. Ajudou o facto de andarem espalhados por aí posters a fazer publicidade ao filme, que estreia a 19 de Março, e ter uma coisa amarela e fofa na capa.
Quem gosta, tem ou teve animais consegue identificar-se com o autor e, se o animal de estimação não é tal e qual como Marley (afinal não são todos os cães/animais que são doidos e têm como que uma memória de peixe), a devoção e o amor pelo dono não deixará de ser menor.
Seguimos a história do autor e da sua jornada pela vida adulta. É casado, prestes a iniciar a vida com a sua esposa e que decidem então arranjar um cachorro, de modo a tornarem-se mais responsáveis. Surge então Marley, que durante 13 anos inferniza, ao mesmo tempo que alegra e protege, esta família. Marley é uma força destruidora, mas também se encontra presente nos momentos mais difíceis e como que conforta o casal. É o elemento, que apesar de tudo, traz alguma estabilidade, alguma confiança, mas que aceita também a mudança com vivacidade. Esta é então uma história de vida, tem por isso contrabalançado as alegrias e tristezas, e de como um animal de estimação pode fazer a diferença nos nossos dias, com toda a sua energia, devoção e amor.
É um livro bonito e que toca lá no fundo. Quem teve um animal, ainda que por pouco tempo (como aconteceu comigo), não consegue, de certeza, ficar indiferente às alegrias e às tristezas.
Género: memória (não ficção)
Editora: Casa das Letras | Nº de páginas: 355
Nota: 4/5
Resumo (da capa): A história enternecedora e inesquecível de uma família e do seu cão malcomportado que ensina o que realmente importa na vida. A história de uma família em construção e das suas alegrias e tristezas.
Opinião: Era para ter começado a leitura de um livro pelo Stephen King, mas tenho andado tão cansada que resolvi pegar numa leitura mais leve, e em português (que não mói tanto a minha cabeça), pelo que me decidi pelo Marley. Ajudou o facto de andarem espalhados por aí posters a fazer publicidade ao filme, que estreia a 19 de Março, e ter uma coisa amarela e fofa na capa.
Quem gosta, tem ou teve animais consegue identificar-se com o autor e, se o animal de estimação não é tal e qual como Marley (afinal não são todos os cães/animais que são doidos e têm como que uma memória de peixe), a devoção e o amor pelo dono não deixará de ser menor.
Seguimos a história do autor e da sua jornada pela vida adulta. É casado, prestes a iniciar a vida com a sua esposa e que decidem então arranjar um cachorro, de modo a tornarem-se mais responsáveis. Surge então Marley, que durante 13 anos inferniza, ao mesmo tempo que alegra e protege, esta família. Marley é uma força destruidora, mas também se encontra presente nos momentos mais difíceis e como que conforta o casal. É o elemento, que apesar de tudo, traz alguma estabilidade, alguma confiança, mas que aceita também a mudança com vivacidade. Esta é então uma história de vida, tem por isso contrabalançado as alegrias e tristezas, e de como um animal de estimação pode fazer a diferença nos nossos dias, com toda a sua energia, devoção e amor.
É um livro bonito e que toca lá no fundo. Quem teve um animal, ainda que por pouco tempo (como aconteceu comigo), não consegue, de certeza, ficar indiferente às alegrias e às tristezas.
8 de março de 2009
Esta semana pensei bastante. Foi uma daquelas semanas em que não me apetecia fazer nada, só estar na cama e descansar. Andei um pouco adoentada, cheia de dores de cabeça, pelo que li pouco, só no trabalho (sobre a D. Maria I) e já foi muito.
Estou mesmo a precisar de descanso e as férias ainda estão tão longe...
Estou mesmo a precisar de descanso e as férias ainda estão tão longe...
4 de março de 2009
2 de março de 2009
The Princess Bride: S. Morgenstern’s classic tale of true love and high adventure
Autor: William Goldman
Género: fantasia
Editora: Del Rey | Nº de páginas: 398
Nota: 4/5
Resumo (da capa): The Princess Bride is a timeless tale that pits country against country, good against evil, love against hate. This incredible journey and artfully rendered love story is peppered with strange beasties monstrous and gentle, memorable surprises both terrible and sublime, and such unforgettable characters as…
Westley, the handsome farm boy who risks death (and much worse) for the woman he loves; Inigo, the Spanish swordsman who lives only to avenge his father’s death; Fezzik, the gentlest giant ever to have uprooted a tree with his bare hands; Vizzini, the evil Sicilian, with a mind so keen he’s foiled by his own perfect logic; Prince Humperdinck, the eviler ruler of Guilder, who was as equally insatiable thirst for war and the beauteous Buttercup; Count Rugen, the evilest man of all, who thrives on the excruciating pain of others; Miracle Max, the King’s ex-Miracle Man, who can raise the dead (kind of); and, of course, Buttercup… the princess bride, the most perfect, beautiful woman in the history of the world!
Opinião: Para começar, uma correcção à sinopse, Humperdink não governa Guilder mas Florin, essa bela terra de onde vem o autor original do livro, Simon Morgenstern, já que este livro por Goldman se trata de uma abridged version; e onde moram familiares de Stephen King, encarregado de condensar o próximo volume, Buttercup’s Baby.
Acreditaram? Claro que é tudo peta. (Alguém conhece um país chamado Florin?) Mas é nisto que este livro é excepcional.
William Goldman começa a contar a sua história com este livro. Desde sempre fascinado pelo “suposto” livro de Morgenstern (que na verdade não existe), que o pai lhe teria lido quando ele era novo, decide-se a condensar o livro, fazer uma versão “só com as partes boas”, já que só em adulto, depois de oferecer ao filho e este lhe dizer que não gostou, se apercebe do tamanho e do verdadeiro conteúdo do livro. E é assim que tomamos então contacto com o texto de Morgenstern, mas só as partes boas!
Este livro ganha pela imaginação. A história é gira (fofa mesmo), chega a ser ridícula de tanto acontecimento ridículo e improvável junto, para além de que as personagens são estereótipos comuns em contos de fadas; mas o método narrativo é que lhe dá aquele algo mais que faz deste um daqueles livros que gostava de ver traduzido, para poder partilhá-lo com a minha mãe. (A sério, é frustrante ter um livro assim e não poder partilhá-lo porque ela não lê inglês.) Temos dois narradores que aqui e ali se dão a conhecer. Adoro os apartes, nomeadamente de Morgenstern, sobretudo no primeiro capítulo, onde tenta integrar a história num período cronológico com apartes como:
Já os apartes de Goldman, por vezes, cortam o ritmo da história. É propositado, dá para perceber, mas distrai, já que chega a fazê-lo mesmo no momento de clímax. É por isso que prefiro o filme. Sim, há um filme, com edição em português ao contrário do livro, e recomendo.
Como o título indica, é um conto sobre amor verdadeiro e aventura. Tem partes ridículas, dois autores que aqui e ali metem a sua colher, mas não é possível deixar de esboçar um sorriso quando se lê. Bom para aqueles dias mais tristonhos.
PS: viram como, ainda dentro do espírito da obra, fiz apartes como Morgenstern? Sim, nas citações há mesmo parêntesis, é assim que ele escreve as suas anotações.
Género: fantasia
Editora: Del Rey | Nº de páginas: 398
Nota: 4/5
Resumo (da capa): The Princess Bride is a timeless tale that pits country against country, good against evil, love against hate. This incredible journey and artfully rendered love story is peppered with strange beasties monstrous and gentle, memorable surprises both terrible and sublime, and such unforgettable characters as…
Westley, the handsome farm boy who risks death (and much worse) for the woman he loves; Inigo, the Spanish swordsman who lives only to avenge his father’s death; Fezzik, the gentlest giant ever to have uprooted a tree with his bare hands; Vizzini, the evil Sicilian, with a mind so keen he’s foiled by his own perfect logic; Prince Humperdinck, the eviler ruler of Guilder, who was as equally insatiable thirst for war and the beauteous Buttercup; Count Rugen, the evilest man of all, who thrives on the excruciating pain of others; Miracle Max, the King’s ex-Miracle Man, who can raise the dead (kind of); and, of course, Buttercup… the princess bride, the most perfect, beautiful woman in the history of the world!
Opinião: Para começar, uma correcção à sinopse, Humperdink não governa Guilder mas Florin, essa bela terra de onde vem o autor original do livro, Simon Morgenstern, já que este livro por Goldman se trata de uma abridged version; e onde moram familiares de Stephen King, encarregado de condensar o próximo volume, Buttercup’s Baby.
Acreditaram? Claro que é tudo peta. (Alguém conhece um país chamado Florin?) Mas é nisto que este livro é excepcional.
William Goldman começa a contar a sua história com este livro. Desde sempre fascinado pelo “suposto” livro de Morgenstern (que na verdade não existe), que o pai lhe teria lido quando ele era novo, decide-se a condensar o livro, fazer uma versão “só com as partes boas”, já que só em adulto, depois de oferecer ao filho e este lhe dizer que não gostou, se apercebe do tamanho e do verdadeiro conteúdo do livro. E é assim que tomamos então contacto com o texto de Morgenstern, mas só as partes boas!
Este livro ganha pela imaginação. A história é gira (fofa mesmo), chega a ser ridícula de tanto acontecimento ridículo e improvável junto, para além de que as personagens são estereótipos comuns em contos de fadas; mas o método narrativo é que lhe dá aquele algo mais que faz deste um daqueles livros que gostava de ver traduzido, para poder partilhá-lo com a minha mãe. (A sério, é frustrante ter um livro assim e não poder partilhá-lo porque ela não lê inglês.) Temos dois narradores que aqui e ali se dão a conhecer. Adoro os apartes, nomeadamente de Morgenstern, sobretudo no primeiro capítulo, onde tenta integrar a história num período cronológico com apartes como:
(This was before Europe.)
(this was after Paris)
(This was after taste too, but only just. And since it was such a new thing, and since the Countess was the only one in Florin to possess it, is it any wonder she was the leading hostess of the land?)
(This was before glamour, but if it hadn’t been for ladies like the Countess, there would never have been a need for its invention.)
(This was after stew, but so is everything. When the first man first clambered from the slime and made his first home on land, what he had for supper that first night was stew.)
(This was after taxes. But everything is after taxes. Taxes were here even before stew.)
Já os apartes de Goldman, por vezes, cortam o ritmo da história. É propositado, dá para perceber, mas distrai, já que chega a fazê-lo mesmo no momento de clímax. É por isso que prefiro o filme. Sim, há um filme, com edição em português ao contrário do livro, e recomendo.
Como o título indica, é um conto sobre amor verdadeiro e aventura. Tem partes ridículas, dois autores que aqui e ali metem a sua colher, mas não é possível deixar de esboçar um sorriso quando se lê. Bom para aqueles dias mais tristonhos.
PS: viram como, ainda dentro do espírito da obra, fiz apartes como Morgenstern? Sim, nas citações há mesmo parêntesis, é assim que ele escreve as suas anotações.
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