31 de dezembro de 2012

Só Ler Não Basta #0 - Apresentação


Finalmente, o projecto que me tem deixado mais ansiosa vê a luz do dia! \o/ O que começou como uma ideia do tipo "devíamos fazer uma coisa destas!" ganhou pernas e se ainda não anda, pelo menos gatinha. :) O espírito que se pretende é de conversa, ainda que abordando alguns tópicos pré-definidos, e penso que foi isso que conseguimos neste episódio zero. O resultado pode ser visto no vídeo abaixo.


Blogs das participantes:
Top 5 da Carla:
Robert Enke: uma vida curta demais
O Nome da Rosa
LadyHawke - A Mulher Falcão
Shakespeare

Top 5 da Diana:
Memoirs of a Geisha
Glória dos Traidores
The Happy Prince and Other Stories
The Graveyard Book
Oryx and Crake

Top 3,5 da Telma:
E Tudo o Vento Levou
Revolutionary Road
Great Gatsby
Happiness Project

Desafios 2013:

30 de dezembro de 2012

O Hobbit: uma viagem inesperada

Diretor: Peter Jackson
Adaptação de O Hobbit de J.R.R. Tolkien por Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson e Guillermo del Toro
Atores: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: 22/dezembro no cinema.

Opinião: OK, é difícil escrever uma opinião para este filme, pois era dos que mais ansiava por ver. No geral gostei, afinal estamos a falar de um regresso à Terra Média pela mão do Peter Jackson, mas há alguns problemas sendo o maior, a meu ver, o facto de ser algo repetitivo.

O filme começa bem, tentando fazer a ligação com a trilogia de "O Senhor dos Anéis", o que de certo modo até faz sentido pois é só depois de dar o anel ao Frodo e este começar a sua aventura que Bilbo escreve There and Back Again, a história que vamos então acompanhar e que se inicia, como não podia deixar de ser, por causa de Gandalf que vê em Bilbo o ladrão necessário ao anão Thorin para a sua demanda ser bem sucedida.

Já li o livro há uns 10 anos (o tempo voa) e há detalhes que já me esqueci, no entanto, do que me lembro, o filme parece-me fiel ainda que lhe tenham sido acrescentadas algumas partes, para caracterização de personagens e sobretudo para explicar o que leva à Guerra do Anel, evento retratado na trilogia. E aqui está um outro dos problemas, pois de certa forma desequilibra a narrativa. O Hobbit é um livro mais dirigido a um público jovem e por isso mais ligeiro que O Senhor dos Anéis, e essa ligeireza é passada magistralmente para o filme, sobretudo no que toca aos anões, no entanto, partes como a do Concílio Branco conferem um tom mais grave que parece destoar um pouco neste filme, ainda que de acordo com a trilogia.

Mas como disse, o que achei de pior foi mesmo o ser repetitivo pois, como disse o meu irmão, "eles correm, correm, correm, lutam, lutam e correm". Toda esta correria e luta não é de estranhar, já em O Senhor dos Anéis acontece isto, mas é que se for a pensar que o pequeno livro (em tamanho não se compara com a trilogia) é quase sempre isto e ainda estão dois filmes por estrear, a coisa não augura muito de bom. :/ É para evitar isto que espero que o enredo sobre a sombra que se começa a espalhar de Dol Guldur seja bem aproveitado.

De resto, em termos de atores, os que regressam tão muito bem e foi fantástico poder revê-los. No que toca às novas aquisições, por assim dizer, adorei ver o Richard Armitage como Thorin, espero que este papel lhe abra outras portas pois é um autor excepcional (o meu Mr Thornton! <3), e Martin Freeman está excepcional como Bilbo, conseguindo dar a ver a expetativa de participar numa aventura enquanto sente também alguma relutância. Já agora, as “Riddles in the Dark” estão exatamente como imaginei e o Gollum está ainda melhor, se tal é possível. Dos anões sobressaiu o interpretado por Aidan Turner, Kili, acho que é fácil perceber porquê ( :P ) e aparentemente é quem consegue nomear todos os anões no mais curto espaço de tempo, e James Nesbitt como Bofur, que apesar do pouco tempo de antena surpreendeu-me de tal forma que fiquei curiosa em ver mais trabalhos dele, e sim já sei que no MOV está a dar uma série em que ele é o protagonista.

Em termos técnicos, o CGI também é muito bom, deixou-me quase sem ar no final, mas quando o ambiente está mais claro é bastante perceptível a artificialidade de alguns elementos. Isto acontece sobretudo na luta com Azog, perto do final do filme, e esta criatura é mesmo o elemento mais estranho do CGI, o que até lhe acaba por dar um carácter ainda mais sinistro. O_o A banda sonora é também magnífica, como já tinha sido em LOTR e nota-se muito a ligação com a trilogia, sendo apenas novo o tema dos anões. E opá que a música é linda!


Outro ponto negativo, não propriamente do filme mas de quem o distribui nas salas portuguesas, é a tradução e como há quem fale melhor do que eu sobre esse tema deixo aqui este link.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Apesar de lhe encontrar algumas coisas menos boas e temer um pouco a continuação, é um regresso à Terra Média e só por isso já é bom. Penso sobretudo que os fãs vão gostar, quem já não gostou da trilogia inicial, também não vai ser este a mudar de ideias. Podem ler outras opiniões aqui, aqui, aqui e aqui.

28 de dezembro de 2012

Book Bingo 2013

Acabei por não fazer todo o cartão de 2012 mas achei que correu tão bem que cá estou eu a tentar um novo Bingo em 2013! \o/

Para a primeira edição pensei em várias categorias e acabei com 28 temas. No entanto, o cartão só comporta 25 e houve por isso 3 temas que ficaram de fora. Este ano queria incluir esses temas, juntamente com os que acabei por não conseguir fazer no cartão de 2012 até que dei por pensar "porque não juntar outros temas de desafios a que me inscrevi e não completei?" e surgiu então o cartão deste ano:


Há então temas desta lista mas também coisas como "clássico traduzido do original para PT" que fazia parte do desafio Back to the Classics 2012, "rastejante arrepiante" do desafio What's in a Name 2012, "3 livros de ficção histórica PT" já que no ano passado tinha-me proposto e não li nada ou "2 livros pós-apocalípticos" porque só comecei (e ainda não acabei) a ler um livro para a Temporada Pós-Apocalíptica. Isto faz com que em vez de 25 livros tenha de supostamente ler 28 para completar o cartão, que é o grande objectivo, mas se fizer uma linha já não será mau. :)

Em 2013, ao contrário deste ano, não vou fazer os cartões para todos os que queiram participar, o que fez com que fosse algo limitado. Os temas são à escolha, por isso quem quiser fazer está à vontade para fazer o seu próprio Book Bingo. No Goodreads há um grupo onde podem ver a lista de temas (se tiverem ideias para outros temas são bem vindos) e ver os Bingos de outra gente doida que achou a minha ideia engraçada. Ainda estou a tentar perceber como isto aconteceu... :P

27 de dezembro de 2012

Pilha de livros (5)

Já tinha saudades de mostrar a pilha por aqui, mesmo que as últimas não tenham resultado como esperava. Em 2012 raramente tirei fotos à pilha mas também diga-se que ela pouco se moveu, a foto do final do ano mostra basicamente o mesmos livros que lá estavam no início do ano:
Ok, é basicamente a mesma à excepção do livro da Julia Quinn para cima... Muitos dos livros que aí estão foram empréstimos deste ano que ainda não li, e por isso passam para 2013. Os da Auel voltaram à estante, excepto o terceiro livro partes 1 e 2, já que é um dos que tem a leitura pendurada, por assim dizer. Em 2013 devo então começar com esta pilha: 
Debaixo para cima temos, livros com leituras penduradas caso das Complete Works de William Shakespeare (ok, não é bem leitura pendurada mas espero vir a ler umas peças de vez em quando), duas antologias steampunk (também para ir lendo aos poucos), e os tais volumes 1 e 2 do terceiro livro da Auel. Seguem-se 4 livros que deverei reler, já que o público deste blog quer que eu leia As Crónicas de Gelo e Fogo, cujo primeiro livro foi colocado na votação para o Monthly Key Word Challenge de Janeiro. :D Depois há 4 empréstimos, o último livro da série Iron Seas da Meljean Brook (mas estou a pensar reler os outros 2, por isso está ali em banho maria), um outro empréstimo, um almanaque da Bertrand (para ir lendo aos poucos) e o livro da Julia Quinn que deixei pendurado mas que quero ver se acabo (jamais pensei poder deixar um livro da rainha do romance histórico pendurado!) enquanto no kindle o Oryx and Crake também está pendurado. Sim, é muita coisa pendurada mas sabem aquela sensação de que escolheram a altura errada para ler alguns livros? Pois...

Esta vai ser a pilha com que vou entrar em janeiro e quero ver se em 2013 vou fazendo updates mensais da mesma por forma a manter-me motivada em ler coisas que tenho cá por casa e não andar a adquirir novos títulos feita doida. Quero deixar a doidice para outras coisas que esta dos livros já dura há muito. :P E não, não estou a dizer que é uma doidice má, mas 700 livros por ler? Há que estabelecer um limite e estou aqui a tentar estabelecer o meu. *bate o pé e sorri de forma confiante enquanto pensa "espero não meter água desta vez"*

26 de dezembro de 2012

Leviathan (Leviathan, #1) [e-book]

Autor: Scott Westerfeld
Ficção | Género: steampunk
Editora: Simon Pulse | Ano: 2009 | Formato: e-book | Nº de páginas: - | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: veio ter comigo no mês de outubro deste ano.

Quando e porque peguei nele: 21/novembro a 14/dezembro. O Clockwork Portugal anunciou no Goodreads que seria o próximo livro a ser debatido num episódio dos Diários Steampunk e achei que era uma boa ocasião para pegar nele.



Citações:
Most men’s awareness doesn’t extend past their dinner plates.

Opinião: Estava algo ansiosa por ler este livro, já que adorei uma outra série do autor, mas desde cedo tive um grande problema, achei extremamente irritante que a cada dois capítulos o ponto de vista alterasse entre Alek e Deryn. Não é que não esteja habituada a este tipo de contar a história, o Martin fá-lo e bem a meu ver, mas aqui pouco me sentia ligada às personagens e quando começava a ficar investida na personagem e na sua história essa ligação era quebrada. Além disso, achei que o Alek era menos interessante que a Deryn. A sério, cheguei a preferir de longe o Volger e a desejar que este desse um valente par de estalos ao Alek (pior que o Alek só muito provavelmente o Harry Potter, e já deveis saber o quanto odeio o Potter). Além de me mexer com os nervos, a sua história também me pareceu no geral menos entusiasmante que a da Deryn, mas tal talvez se deva ao facto do mundo da Deryn ser muito mais diferente e por isso despertar mais curiosidade. Mas nem todo é mau...

A história começa com o assassinato do arquiduque Francisco Fernando, o que faz com que Alek, seu filho, fuja e coloca várias potências antagonistas à beira da guerra. De um lado temos os Clankers, adeptos das máquinas e engenhos mecânicos, que devem o seu nome ao “clank clank” das engrenagens movidas a vapor; e do outro temos Darwinistas, com animais fabricados devido à mistura de ADN de diferentes espécies, aproveitando as características de cada animal de modo a obter uma criatura que sirva os seus propósitos, seja para fazer deles uma arma ou qualquer outro engenho, isto após a descoberta da ciência genética por Charles Darwin e servindo de resposta à poluição que começaria a fazer-se sentir em Londres devido à steam age. É-nos, deste modo, apresentada uma espécie de história alternativa do que antecede a Primeira Guerra Mundial, onde Alek e Deryn se vão encontrar em lados diferentes da barricada.

O enredo demora um pouco a arrancar, só mais ou menos a meio, quando entra a Dra Barlow em campo, contribuindo com um mistério para a história, é que as coisas começam a aquecer. Mas se a segunda metade é mais interessante, a primeira acaba por dar a oportunidade de conhecer os dois lados, donde destaco o mundo de Deryn que, como já disse, por ser completamente diferente do que uma pessoa está habituada, acaba por ter muitos mais pontos de interesse nem que seja o facto de sabermos como é que uma baleia pode voar ou morcegos dispararem flechas (?, em inglês são os fléchette bats, não faço ideia de como está traduzido para PT e entretanto a Tchecha disse que são "morcegos de flecha", obrigada :D ). O mundo Clanker acaba por ser mais parecido com o nosso, ainda que com outro tipo de máquinas como os Walkers. Também destaco as ilustrações, apesar de no Kindle nem sempre a definição ser a melhor, que ajudam a imaginar todo este mundo.

A escrita é algo básica, algo que já tinha notado na série Uglies, mas tendo em conta o público-alvo, que será a camada mais jovem, parece-me bem. Ficou-me também a ideia de que o autor tenta dar uma aula de História, recorrendo no entanto a uma situação alternativa, mas também ponderar sobre questões actuais como a genética. Pessoalmente, apesar de ter gostado da ideia de animais como “máquinas”, coloquei isso de lado a partir do momento em que os combates começam. Não duvidem, eu sou daquelas que gosta dos seus livros e filmes com sangue a rodos, mas aleijem um bocadinho um animal e até fico mal disposta, isto para dizer que mexeu comigo que eles fossem usados como armas e sofressem baixas, está claro.

Veredito: Se fosse emprestado, pouco se perdia com isso. Acaba por ser um livro interessante ainda que um pouco desequilibrado. Houve momentos em que cheguei a pensar que tinha pouca acção e depois tinha muita, ou que tinha pouca informação e depois que tinha muita, se é que isto faz algum sentido. O_o O importante é que fiquei bastante curiosa quanto à continuação, mesmo que não o suficiente para ir ler logo a correr. Faz sentido? Não?!... Ok, não é mau e entretém o suficiente para uma pessoa querer ler o resto da história.

23 de dezembro de 2012

Dezembro 2012

Nota: Este post será bilingue em algumas partes. A lista de livros lidos pode ser encontrada no post dedicado a cada desafio. É só carregarem no link.
~*~
Note: This post will be bilingual at some parts. The list of books read can be found on the post dedicated to each challenge. Just click on the link.

Este balanço mensal chega mais cedo mas aqui pretendo debruçar-me sobretudo nos desafios a que me propus este ano, fazendo depois fazer um outro balanço mais geral. Podem ver também os anteriores em marçojunho e setembro.


O primeiro grande falhanço, por assim dizer. Demorei bastante tempo a ler os dois primeiros e fiquei a meio da primeira parte do 3º livro (eu sei, é algo complicado :P). O meu maior problema é com a protagonista, a maravilhosa, a espectacular, a perfeita, a poliglota... AYLA! *palminhas para o Homo Sapiens que aprende uma língua da noite para o dia* Ok, agora sem brincadeiras, o facto de ela ser capaz de tudo e perfeita em todos os sentidos tira-me um pouco do sério, mas ainda assim é de louvar o setting histórico destes livros. Muitas das ideias que apresenta já estão ultrapassadas, devido aos estudos que se têm feito nos últimos 30 anos, de lembrar que o primeiro foi editado nos anos 80 e entretanto a Arqueologia tem oferecido novas respostas para um período da História do Homem tão recuado e tão vasto, mas ainda assim parece-me apresentar uma visão algo convincente de como seria o dia-a-dia na época, a organização social e o estilo de vida.


Fiz 2 linhas! O grande objectivo era fazer todo o cartão mas ter lido 19 de 25 temas não me parece um mau resultado. Achei que correu tão bem que fiz um novo cartão para 2013, com algumas diferenças.


O desafio que mais me dói por não ter concluído. Por 3 livrinhos! E não é que não os tivesse, porque sabe Deus a quantidade de livros que tenho por ler em casa, mas distraí-me com empréstimos e aquisições... Mas gostei de o fazer, afinal de contar li livros que vinha a adiar a leitura há bastante tempo e por isso este é outro desafio a manter e até elevei a fasquia. A ver se em 2013 ando mais certinha do que este ano.

~*~

It does hurt me that I haven't finished this challenge. I was so close, only 3 books more! I mean, I have so many books to read but I got distracted with lendings and new aquisitions... Still, I did enjoy it and came around to read some books I was putting off for a very long time so I already signed up for the 2013 edition and even raised the bar. Let's hope I don't go off track next year.


Só li 3 temas de 9. Este não foi um ano muito bom para clássicos, ainda que me tenha feito descobrir Shakespeare. Para mim os clássicos têm que ser lidos no momento certo, e parece que este ano não houve muitos desses momentos em que me apetece levar uma ensaboadela moral ou um verdadeiro enxerto de porrada emocional. Mas os que li foram bons, provavelmente dos melhores livros que li este ano. Não vou fazer este desafio em 2013, mas acho que os temas são interessantes.

~*~

I've only read 3 themes out of 9. This wasn't a good year for classics, even if I came to discover Shakespeare. For me the classics have to be read at the right time and I just didn't felt like having my soul exposed on books. But I did enjoy the ones I read and they're even the best books I've read this year. Won't be signing up for 2013 but the themes seem interesting.


Li 3 de 6 temas. Penso que neste caso o mal foi não ter feito uma lista de potenciais leituras, o que me fez dispersar e acabar por não ler todos os temas. Também me apercebi de que talvez funcione melhor quando é dado realmente uma palavra, como no Monthly Key Word Challenge daí a opção por me inscrever nesse desafio e não na versão 2013 de What's in a Name apesar de os temas serem interessantes.

~*~

Read 3 of 6 themes. I think my mistake was not making a list of potential readings, which led me to stray to other books and not completing the challenge. I realized that a challenge with given words, such as the Monthly Key Word Challenge, might be my thing so I decided to sign up for that one instead of 2013 version of What's in a Name, but the themes are interesting.


Não peguei num único livro. *envergonhada* Ainda pensei "vou pegar neste da Deana Barroqueiro" ou "até me está a apetecer ler o livro do João Paulo Oliveira e Costa" mas realmente pegar neles? Está quieto. Estou realmente bastante triste comigo mesma e em 2013 hei-de corrigir isto!


Já fiz o balanço aqui pois foi a única com balanço positivo, ainda que gostasse de ter ido mais longe.


Foi a última temporada na qual me inscrevi e terminou na passada sexta feira, dia 21 de dezembro. Balanço? Mal peguei num único livro... Aqui culpo o facto de não acreditar realmente que o mundo ia acabar e pensar, por isso, que dispunha de todo o tempo do mundo. :P



E porque um balanço mensal tem, quase obrigatoriamente, de ter artigos que me chamaram a atenção, aqui ficam alguns que não foram parar ao Instapaper para ler mais tarde... Pergunto-me se algum dia vou voltar a pôr a leitura do Instapaper em ordem. Esteve quase, quase...
  • vi este Biblio-mat no início do mês e pareceu-me uma forma interessante de descobrir novos livros
  • mais uma vez a Patrícia do Ler Por Aí foi ao seu baú de memória buscar paixões antigas. Desta vez partilhou a sua "primeira paixão literária", e que foi também a minha, Enid Blyton. Como me revi neste texto *saudades de tempos idos*
  • um infográfico interessante sobre livros em papel e e-books e que basicamente ilustra o que se passa comigo: tenho um e-reader onde até penso que leio bastante, mas não é por isso que deixo de comprar e ler livros em papel ou de frequentar bibliotecas. O que importa é que "nothing beats a good book" seja ele em que formato for
  • isto meus amigos
  • já por aqui falei do Vaginal Fantasy, que há algum tempo passou a ter os seus Hangouts no canal Geek and Sundry no YouTube (têm aqui a playlist), mas agora tenho de chamar a atenção para outros programas também alojados naquele canal como Sword and Laser que, para além de terem um bookclub no Goodreads entrevistam autores (a cada entrevista fico mais fã do Martin e da Gail Carriger!), e têm contribuído para aumentar a minha wishlist, assim como os Hangouts conduzidos pelo Pat Rothfuss, do qual ainda só consegui ver o primeiro e parte do segundo mas achei interessantes e, lá está, contribuiu um pouco para conhecer novos autores e aumentar a wishlist. Damn you people, mas continuem a fazer coisas destas...
  • sobre e-books e design. Realmente já reparei no "amadorismo", sobretudo no que toca a self-published books, e irrita-me um pouco que em alguns e-books em vez da capa tenham só uma página com o nome e o autor, mas gostaria de destacar que, como a autora do artigo, por muito cómodos que sejam os e-books é verdade que em termos de capas nunca poderá possibilitar a mesma experiência, como por exemplo o do amor à primeira vista (sim, já me apaixonei por capas). Destaco também o vídeo, para o qual o artigo faz ligação, com um designer gráfico a explicar como pensou algumas capas, e já agora aproveito para deixar também este (esta é uma das capas pelas quais me apaixonei e tenho pena que em português não seja semelhante)
  • a vida é mesmo assim
  • o meu irmão deu-me a conhecer esta comic aqui há uns tempos e eu só posso aconselhar, não só porque tem coisas com que me identifico mas também é fofinha.

No que toca a aquisições e empréstimos, este mês foi outro deslize quase tão grande como em outubro e por isso não vale a pena ir por aí. Resta só dizer que 2013 tem que ser um ano mais comedido e dar-se uma alteração de hábitos. Como disse no balanço de novembro, tenho de apostar mais em e-books do que em livros. Mas o melhor era mesmo não adquirir nada e diminuir a pilha TBR tanto física como no Kindle...

E pronto, com pouco mais de uma semana até ao final do ano posso dizer que em termos de mês e desafios foi isto. Só me resta desejar um Feliz Natal. :)

21 de dezembro de 2012

Campanha de Incentivo à Leitura

Tenho a agradecer às meninas Jen (I don't hate you), Olinda, Patrícia e Landslide este selo. :) Agora quanto às regras:
1. Indicar 10 blogs para receberem o Selo (é proibido apenas deixar para quem quiser pegar sem indicar 10 blogs)
Ah bolas... Há alguém que ainda não tenha recebido? Então assim de repente vêm-me à cabeça...
As 4 que me nomearam lá em cima (AHAH!)

2. Avisar os blogs escolhidos
Estais avisados! :P

3. Colocar a imagem no blog para apoiar a campanha
Oh para ela ali...

4. Responder à pergunta: Qual Livro Indicaria Para alguém Começar a Ler?
Agora esta é que é complicada... Eu comecei por ler livros de aventuras, da Enyd Blyton, da Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, da Alice Vieira... E voltei a redescobrir o gosto de ler com A Lua de Joana e a série Harry Potter. Tenho a perfeita noção de que os livros que me levaram a ler podem não ter o mesmo efeito noutras pessoas, mas acho que com aventuras ou mistérios ninguém pode errar. ;)

19 de dezembro de 2012

Book Confessions (11)


Na verdade, mais do que à espera da legalização, estou à espera que de ficcionais as personagens passem a pessoas de carne e osso. *suspira pelos heróis da Austen, Julia Quinn e por aí fora*

16 de dezembro de 2012

Porque música é poesia (20)

O novo CD chega em Março e está claro que, para além da nova música que deixa antever o que está para vir, tive de voltar a ouvir o primeiro... Já por aqui havia colocado uma música e deixo-vos com outra.


Hurts - Illuminated

Time waits for no one,
So do you want to waste some time,
Oh, oh tonight?
Don't be afraid of tomorrow,
Just take my hand, i'll make it feel so much better tonight

Suddenly my eyes are open,
Everything comes into focus, oh,
We are all illuminated,
Lights are shining on our faces, blinding

Swim with these sorrows,
And try delusion for a while,
It's such a beautiful lie,
You've got to lose inhibition,
Romance your ego for a while,
Come on, give it a try

Suddenly my eyes are open,
Everything comes into focus, oh,
We are all illuminated,
Lights are shining on our faces, blinding
We are, we are, blinding,
We are, we are, blinding

Suddenly my eyes are open,
Everything comes into focus, oh,
We are all illuminated,
Lights are shining on our faces, blinding
We are, we are, blinding,
We are, we are, blinding

9 de dezembro de 2012

Coisas (só para não parecer que isto está abandonado)


Ultimamente não só os dias mas as semanas têm sido assim, passam num abrir e fechar de olhos, e há inevitavelmente coisas que vão ficando para trás. No meu caso tem sido a leitura e a televisão. O facto de ter mudado de trabalho desregulou um pouco os meus hábitos e ainda não consegui organizar-me, e ter o Natal aí à porta também não ajuda.

Felizmente, ontem consegui pôr-me a par, ou quase, com "Downton Abbey" (OMD! lágrimas! lágrimas! esta série dá cabo do meu pobre coração, e até tinha começado de forma tão feliz!), também tenho seguido "How I Met Your Mother" (OMD! o meu coração tem rejubilado também para depois levar facadas, porque sois cruéis escritores? Juntai logo o meu par e que vivam felizes para sempre!), e falta-me ver dois episódios de "Castle" (OMD! está a ser tão giro!). Sim reparei que há ali um excesso do "OMD!" mas quando eu vejo coisas é logo para bradar aos céus de contentamento ou de coração partido, porque é isso que me faz dedicar-me ao que quer que veja ou leia.

E já que falamos em ler, o cansaço não tem deixado ler mais que alguns capítulos do Leviathan por dia, mas até estou a gostar de o ler lentamente. É certo que no início penei um pouco, já que a cada dois capítulos o autor muda o ponto de vista, o que fez com que não sentisse qualquer ligação com as personagens principais, mas a história está a ser interessante e o mundo, dividido em "Clankers" e "Darwinists", parece-me muito bem construído. Também já me apertou o coração, nomeadamente os beasties que sofrem com a guerra, e isso leva-me a questionar a transformação dos animais em máquinas, mesmo que o impacto ecológico seja menor.

E acho que é tudo, agora vou ali preparar um outro projecto com outras malucas que, como eu, devem ter pensado "eh pá, eu tenho TANTO para fazer que ainda acho que consigo fazer mais isto!" Eu bem digo que o meu mal é dar-me com pessoas doidas, pessoas normais diriam "estás parva?!" mas estas não, estas dizem "OMD! sim, we should buy a bar!" (Ok, não é um bar mas sempre que há uma ideia que começa por "opá, devíamos fazer isto!" vem-me aquela cena à cabeça.) Mas não vos trocava por nada. *abraça gente doida e vai preparar cenas e coisas*

Edit: E já agora, votem ali ao lado para saber com que livro é que devo começar o mês de Janeiro...

1 de dezembro de 2012

Monthly Key Word Challenge 2013

O meu mal foi a Canochinha ter dito que ia tentar participar neste desafio e postá-lo no blog. Pior ainda dizer que os livros escolhidos podiam entrar no Mount TBR Challenge que me pôs logo a pensar em matar dois coelhos de uma só cajadada... E o pior de tudo foi ver que palavras faziam parte do mês de Janeiro e pesquisar se tinha alguns livros com as mesmas, e realmente ver que tinha... Por isso a culpa é toda da Canochinha (e já agora aproveitei para lhe roubar a imagem com os temas, acho que é justo :P ).


Ainda pensei em fazer uma lista, como ela fez, mas já que me pus a pesquisar as várias palavras e vi que tinha 7 livros para o mês de Janeiro, pensei "mas porque não escolhem os outros por mim?" Assim, vou colocar os vários títulos a votação e podeis escolher o livro a ler para este desafio em janeiro. Que pensam? :D

Os títulos a concurso são:

Tenho outros mas são partes de séries das quais ainda não li os volumes que os antecedem, o do Martin seria uma releitura e talvez aproveitasse para ler o resto da série de enfiada. Podem votar ali ao lado e se isto correr bem, em janeiro leio o livro com mais votos e coloco a votação para o livro de fevereiro.

Para mais sobre o desafio podem ver o blog Bookmark to Blog.

Novembro 2012

Novembro foi mês de mudança em termos profissionais, o que me levou a ter de me habituar a um novo local e uma nova realidade. Geralmente tenho tido o meu dia mais preenchido, tenho chegado a casa mais cansada e por isso a vontade ou disponibilidade para ler tem sido menor, até porque dou por mim a adormecer com o livro ou o Kindle na mão. No entanto, as leituras que fiz este mês foram bastante interessantes, destacando-se o livro Robert Enke: uma vida curta demais que não posso deixar de aconselhar outra vez.

Em termos de leituras de artigos on-line a coisa também não anda famosa, sendo mais os que guardo para ler noutra altura mais calma, do que os que tenho parado para ler com a atenção merecida (o meu Instapaper já vai com 12 páginas de artigos por ler que remontam a julho), mas desses destaco os seguintes:

Este mês também foi de Fórum Fantástico, de que já falei aqui, e apesar das bancas não comprei nada o que reflete que este mês também foi de poucas aquisições. E ainda bem que assim deu para compensar, muito pouco, a loucura que foi o mês passado em e-books. O saldo é assim de mais 4 para 683 livros por ler (299 e-books + 374 livros + 10 áudio-livros), penso eu, tenho de conferir os números no Goodreads mas falta a pachorra para isso.

Compras:
  • Homem de Ferro - Extremis
  • Surfista Prateado - Parábola
  • Wolverine -Velho Logan
  • Dr. Estranho - o Juramento
  • Homem-Aranha - Reino

Ofertas:
  • Robert Enke: uma vida curta demais de Ronald Reng
  • Riveted (The Iron Seas, Livro 3) de Meljean Brook

Empréstimos da Janita:
  • Soulless: the manga (The Parasol Protectorate manga, Livro 1) de Gail Carriger, ilustrado por Rem

O mês de dezembro também não deve ser de grandes aquisições, pois só espero completar a coleção Heróis Marvel Série II. Para o ano isto também tem de levar uma grande volta, e já nem digo que seja por causa do dinheiro ou da pilha ser grande, o problema é mesmo a falta de espaço. Estou quase numa fase em que se entra mais um livro, sou capaz de ter que ir dormir para a rua. :/ No entanto, parece que algumas editoras portuguesas já estão a apostar em e-books, e sobretudo na loja do Kindle (até agora só tinham disponíveis e-books em epub, formato que o Kindle não lê), pelo que se calhar no próximo ano vou virar-me, não digo definitivamente porque há livros que quero ter em formato papel para emprestar e guardar com carinho na estante, mais para este formato. Já agora, eu não me insiro no grupo, uso o meu e-reader com alguma frequência, mas parece que um terço de e-readers só foram usados uma vez.

E falando no ano que vem, já estou a pensar em que desafios vou entrar (até já me inscrevi num) e que projetos gostaria de realizar. Se conhecerem desafios engraçados ou quiserem fazer leituras conjuntas (Slayra, estou a olhar para ti) é só dizer, que eu até gosto deste tipo de coisas, mesmo que não as leve até ao fim. :P

Booking Through Thursday: Sendo um leitor


Não é quinta-feira mas a pergunta desta semana é...
I was talking to a co-worker the other day about a book I’d read recently, and realized how very, very few people I can do that with. In my daily life, it seems like almost no-one reads anything more than a newspaper or a fashion magazine. I only have one person I can truly chat about books with … and yet, being a Capital-R-Reader, I simply can’t imagine going through life without a book constantly at hand, or shelves of them proudly displayed downstairs. I’m proud of being a person who not only reads, but who reads a lot–not just in volume but in variety. I like having an inquiring mind. I like exploring new ideas. I love following an intricately plotted story (the more layers the better). I love BEING a reader and simply can’t imagine what it’s like to go through life without being one.

Am I the only one who feels this way? That wonders at how other people can simply NOT do something that should be so essential? Who feels almost sad that so many people seem content to go through their lives without stretching their mental wings at all?

Can you imagine NOT being a Reader? How does it shape your life? Your perception of it?

How does being a Reader affect your relationship with all those folks who are looking at it from the other side and simply can’t understand how you can sit and READ all the time?

Yep, it’s a long-winded, philosophical springboard to a ephemeral conversation … go, see what you can make of it!
Eu posso dizer que não me sinto assim. Já o fiz mas vim a compreender que as pessoas são diferentes e o que é essencial para mim não tem de o ser para o meu irmão, por exemplo. Por acaso, ainda no outro dia falávamos disto pois se há algo em que somos completamente opostos é em termos literários. Ele não lê livros (e quando lê é capaz de gostar de títulos que não gostei) mas devora revistas, já eu sou mais de devorar livros e ler apenas as letras gordas dos jornais. No entanto, penso que isso que não quer dizer que as nossas mentes são menos inquisitivas, simplesmente o modo como retemos e procuramos informação (ou divertimento) é diferente, assim como os nossos temas de interesse o são, como a maneira como pensamos também o é... É engraçado ver como tendo crescido num mesmo ambiente conseguimos ser tão diferentes um do outro.

E não consigo imaginar-me como não sendo leitora, ainda que haja períodos durante os quais não consigo ler ou não o quero fazer. Já me senti mais culpada por não ler ao ver a pilha crescer, às vezes ainda me sinto frustrada por querer ler e não conseguir, sobretudo porque o cansaço e o sono vencem, mas estou a chegar a termos com isso e cada vez mais leio quando quero e, sobretudo, posso. Leio os títulos que me apetece no momento, abandono quando não estou a gostar, salto entre livros se me der vontade... Posso não me estar a tornar numa maior ou melhor leitora, mas estou a ser a leitora que quero e aprendo, descanso, choro e divirto-me com o que vou lendo.

Felizmente o facto de ser leitora nunca afetou o meu relacionamento com outras pessoas. Talvez os géneros e temas que leio não sejam os que lhes chamem mais atenção ou os que pensavam que eram do meu interesse (às vezes há uns olhares estranhos quando menciono livros fantásticos ou de ficção científica, já com filmes não parecem achar tão estranho O_o, mas de qualquer modo não é nada a que já não esteja habituada e ficam a pensar que faz parte do meu charme meio esquisito :P) mas como não estou o tempo todo a ler pois também dedico o meu tempo aos vários grupos com quem me relaciono, o facto de ler não atrapalha a minha vida social, digamos assim.

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