27 de abril de 2012

Wicked Games [e-book]

Autor: Jill Myles
Ficção | Género: romance
Editora: - | Ano: 2011 | Formato: e-book | Nº de páginas: - | Língua: inglês

Quando e porque peguei nele: 22/abr/2012 a 23/abr/2012. Pensei em pegar num romance contemporâneo depois de andar embrenhada nas leituras anteriores por entre a época medieval, com muito latim à mistura, e entretanto recomendaram-me a autora.


Opinião: Não tinha grandes expectativas para o livro, pois já tinha lido um conto da autora (só depois de me recomendarem é que reparei que já tinha lido algo) que, apesar de ter boas descrições de cenas mais para o quente (a escaldar mesmo!), não me tinha conquistado por aí além. Mas lá parti para a leitura, para desanuviar a cabeça de tanto latim (a sério, o latim tanto mexeu comigo que durante a última semana, quando me apanhava sozinha, desatava a cantar os primeiros versos de “O Fortuna”, daí o vídeo para exorcizar a música da cabeça... manias, não liguem).

O enredo tem lugar numa espécie de reality show tipo "Survivor" e, apesar de não ser fã deste tipo de coisas, achei que até estava bem conseguido na medida em que dá um vislumbre das estratégias usadas, formando alianças por modo a votarem concorrentes fora, para chegarem à final e vencer. A protagonista é abordada para participar e escrever um livro sobre o que se passa por detrás das câmaras, apesar de ir algo contrariada nomeadamente porque tem pouco autoestima, apesar de produtor elogiar os seus atributos físicos. *eye roll* Claro está que os restantes competidores são todos bem constituídos, fortes, deuses gregos, modelos de biquínis e por aí fora, e ela apaixona-se pelo melhor, maior e mais belo de todos.

Até estava a ter a sua piada, sobretudo porque o casal protagonista odiava-se a início mas o dependerem um do outro fá-los aproximarem-se. No entanto, a partir do momento em que saltam para a espinha um do outro, a coisa descamba com tanto mel. A meio já só queria era chegar ao final, até porque se torna tudo previsível: a traição, quem está por detrás e as razões para o fazer.

Ainda assim entreteve.

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perderia com isso. Literatura muito light, exatamente o que pretendia, mas começa a aborrecer ver sempre a mesma fórmula. O_o Parece-me que tenho de deixar este tipo de romances um pouco de lado.

Há de seguir-se: Dark Lover (Black Dagger Brotherhoord, #1) de J.R. Ward

26 de abril de 2012

Resgate no Tempo

Autor: Michael Crichton
Ficção | Género: Thriller
Editora: Publicações D. Quixote | Ano: 2001 (originalmente publicado em 1999) | Formato: livro | Nº de páginas: 532 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: Comprei na Feira do Livro de 2011.

Quando e porque peguei nele: 15/abr/2012 a 22/abr/2012. Outro que me deu na cabeça de ler quando passava os olhos pela estante. Conta para os desafios: Mount TBR Challenge, Book Bingo - Thriller, What’s in a Name - qualquer coisa que encontres num calendário.


Opinião: Fiquei a conhecer o livro por ter visto a adaptação cinematográfica há alguns anos. O filme não é das melhores coisas algumas vez feitas mas é um guilty pleasure ou não tivesse arqueólogos, viagens no tempo e época medieval à mistura. Pensei que o livro não seria muito melhor e não saí enganada, mas mesmo assim esperava que fosse um pouco mais interessante.

As primeiras 200 páginas foram quase um martírio para ler e pensei mesmo colocar o livro de parte. Apesar de começar a gostar de ficção científica, Física é coisa de que não pesco praticamente nada. Em Flashforward achei que as explicações até estavam bem conseguidas mas neste livro perdi-me realmente com toda a conversa da Física Quântica, mesmo metendo a teoria dos multiversos, que tinha sido abordada no livro mencionado. Além disso parece que os capítulos arrastam-se e que os personagens não vão a lado nenhum. Mexem-se por aqui e por ali mas nada de interessante, o que me estava a deixar algo desesperada, eu queria era que voltassem atrás no tempo e parecia que nunca mais o faziam. Mas chegando à página 200 lá se metem na máquina, e através dos buracos da espuma quântica passam para um universo paralelo (e sim, foi a única coisa que percebi de toda a conversa sobre Física).

A ação a partir daqui desenvolve-se numa região francesa e em plena Guerra dos Cem Anos. Se tivemos muita informação sobre Física, a História não lhe fica atrás, mas sinceramente por mim até podia ter sido mais e melhor desenvolvida. O livro é sobretudo interessante na medida em que mostra como esta época era brutal, deixando também entrever um pouco (muito pouco no entanto) da vida quotidiana em tempos de guerra.

Apesar desta parte do livro ser praticamente de leitura compulsiva ou não se desenrolasse a ação numa espécie de contrarrelógio, aborreceu-me a alternância entre presente e “passado” (por assim dizer, porque com toda a história da Física Quântica fiquei sem perceber se realmente viajavam no tempo ou entre universos O_o), sobretudo porque se dava naqueles momentos mais emocionantes em que queremos é saber o que se passou. Era como estar a ver um filme interessante e no momento chave começar um intervalo. Irritante.

Falando em filme... O livro difere um pouco da adaptação (ou melhor dizendo a adaptação difere do livro) e isso aborreceu-me já que no filme os personagens têm ações no passado que se refletem no futuro, como uma personagem queixar-se de “quem seria capaz de destruir uma coisa destas?” e depois no passado ela rebentar com a obra de arte para descobrir um túnel. Foram estes detalhes que apreciei no filme e queria ver no livro, mas tal infelizmente não aconteceu. Assim sendo fico-me pelo visionamento do filme, o livro não me parece que seja para voltar a ler.

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perderia com isso. Não digo que lamento o dinheiro que gastei nele, sempre ficou por 5€, mas é daqueles que realmente não me importaria de ter lido da biblioteca. Ainda assim tenho alguma curiosidade em ler mais coisas do autor, nem que seja o Parque Jurássico...

Há de seguir-se: Wicked Games de Jill Myles

20 de abril de 2012

Book Confessions (4)


Bem verdade, já tenho vários num baú e espalhados pelo meu quarto, na secretária, na mesa de cabeceira, na cadeira...

19 de abril de 2012

Quando não estou a ler (3)

... vou a eventos relacionados com livros e leituras. :D 

Dia 18 de Abril Martin veio! A propósito da estreia da nova temporada da série "Game of Thrones" no Syfy e do pré-lançamento de um livro de contos pela Saída de Emergência, Martin passou por Portugal, mais propriamente pelo Teatro Villaret em Lisboa e eu estive lá! A fangirl que há em mim quase não podia caber em si de contente pois finalmente (!!!), após imprevistos que me afastaram da sua passagem por Lisboa em 2008, ia estar no mesmo espaço e ter um livro autografado por um dos melhores autores que li nos últimos anos. É certo que só li os quatro primeiros volumes (em português) d'As Crónicas de Gelo e Fogo, mas conquistou-me logo desde cedo. Personagens cinzentas, sangue a rodos, a incerteza no futuro... os livros são praticamente uma montanha russa de emoções, adorei os que li e os restantes têm leitura para breve.

Tive então o prazer de lá estar e voltar a sentar-me no Trono de Ferro (que esteve a fazer uma tournée pelas FNACs aquando da estreia da 1ª temporada e voltou agora para a 2ª) e fazer a pose à Jaime Lannister, baseada na imagem ali ao lado, ainda que me fosse escangalhando a rir. :D Como sempre a Saída de Emergência tinha a sua banca de livros, desta vez unicamente devota aos livros que tem publicado deste autor e já com o novo livro, O Cavaleiro de Westeros e outras histórias.

Finalmente chegou a hora da entrada na sala de teatro, que ficou a rebentar pelas costuras de tanta gente que apareceu para o evento. Tive a sorte, mais o twitgang, de arranjar lugar sentado, mas foram muitos os que tiveram que ficar de pé. Pouco depois das 19h entrava então o George R.R. Martin, ao som do genérico da série, no palco para (quase) delírio dos muitos fãs ali presentes. Falou um pouco sobre cada conto, sendo que a maior parte é de ficção científica, género em que iniciou-se na escrita, e um é passado então em Westeros. Tivemos a oportunidade de ouvir como é que algumas das histórias lhe surgiram. Aparentemente o autor nem sempre sabe o que lhe serve de inspiração mas contou algumas histórias engraçadas. :)

Seguiu-se um Q&A em que falou um pouco, sem spoilers, da série de livros e da série televisiva. Já não é novidade que o senhor gosta do Tyrion, mas que não é por isso que está a salvo. Aliás, houve mesmo quem perguntasse se, no meio de tanto mal a acontecer a personagens boas, alguma coisa de boa há-de acontecer, ao que ele respondeu que se a morte for uma coisa positiva então pode acontecer, ou algo do género. :P Falou sobre o processo de escrita dos vários POV's, de como lidou com os fãs aquando dos anos que demorou a escrever A Dance with Dragons (conselho de Martin: "Don't feed the trolls") e que autores o inspiram, destacando Tolkien e o seu Senhor dos Anéis, nomeadamente o capítulo "The Scouring of the Shire" e como Tolkien, com o seu final agridoce, acaba por mostrar como todos são afectados pelos vários acontecimentos, desejando Martin fazer o mesmo nas suas Crónicas de Gelo e Fogo. Também disse que mesmo estando a escrever esta série de livros e envolvido em edições de antologias, as ideias não lhe param de surgir e precisaria da imortalidade para escrever todas as histórias. Também avisou que, ao contrário de Tolkien e Robert Jordan, não tem muitas notas da séries pelo que rezemos pela sua saúde para que seja então capaz de acabar esta saga e contar muitas outras histórias. :)

Por fim houve uma longa sessão de autógrafos. Por estar sentada numa das filas do fundo, saí de lá quase às 23h mas a companhia (sois as maiores pá!) e a atmosfera eram tão boas que o tempo parece ter passado num instante! Não fosse a fome que sentia, estupidez minha por não ter levado nada para trincar, e tinha sido magnífico. Que parva estou a ser... Mesmo com fome foi MAGNÍFICO! Fico à espera que ele regresse cá. :)

16 de abril de 2012

O Nome da Rosa

Autor: Umberto Eco
Ficção | Género: Mistério
Editora: Difel | Ano: 2005 (originalmente publicado em 1980) | Formato: livro | Nº de páginas: 502 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: Havia comprado uma edição mais antiga numa feira do livro na minha faculdade e pouco depois ofereceram-me esta edição. Dei o outro a alguém que espero goste do livro.

Quando e porque peguei nele: 6/abr/2012 a 15/abr/2012. Deu-me na cabeça, fui à estante, peguei nele e comecei a ler. Conta para os desafios: Mount TBR Challenge, Book Bingo - Mistério, The Back to the Classics Challenge - clássico do séc. XX


Citações: 
- Para que haja espelho do mundo é preciso que o mundo tenha uma forma - concluiu Guilherme, que era demasiado filosófico para a minha mente adolescente.
Até então tinha pensado que cada livro falava das coisas, humanas ou divinas, que estão fora dos livros. Agora apercebia-me que, não raro, os livros falam dos livros, ou melhor, é como se falassem entre si. À luz desta reflexão, a biblioteca pareceu-me ainda mais inquietante. Era portanto o lugar de um longo e secular sussurro, de um diálogo imperceptível entre pergaminhos e pergaminhos, uma coisa viva, um receptáculo de poderes que uma mente humana não podia dominar, tesouro de segredos emanados de tantas mentes e sobrevivendo à morte daqueles que os tinham produzido ou deles se tinham feito mensageiros

Opinião: Que livro! Tenho de confessar que tinha receio em pegar-lhe pois se havia amado o filme (vi-o quando andava no secundário, numa aula de português e fiquei desde logo fascinada) e lia boas críticas, também havia lido críticas menos boas. Mas o melhor é mesmo julgarmos um livro por nós mesmos e apesar dos receios, lá procurei embrenhar-me na história.

Há livros que me fazem sentir estúpida ou que partem do princípio que sou estúpida mas este, apesar dos vários temas abordados, não me fez sentir assim. Senti, no entanto, uma enorme falta de bagagem cultural e histórica. O livro centra-se sobretudo numa série de crimes que se dão numa abadia italiana em meados do séc. XIV, que se prepara para receber duas delegações religiosas opostas, de um lado os defensores do papa e da ostentação da Igreja, do outro as ordens mendicantes (sobretudo a franciscana) e o Imperador germano, mas apesar do mistério, o autor aproveita então para se debater sobre questões como Estado vs. Igreja e seu papel na sociedade, bem como para versar sobre temas de índole teológica e filosófica. Foi sobretudo nestes temas que me senti algo à nora, sobretudo porque até aparecem expressões/citações em latim sem qualquer tradução, mas gostei bastante de seguir as várias discussões, fazendo-me também pensar sobre as variadas questões (a importância do riso, dos livros na transmissão do conhecimento, se este deve ser acessível a todos ou guardado num labirinto de uma biblioteca...) e levando-me a tentar descobrir mais sobre o período e as personagens reais mencionadas.

Parece-me um livro bem conseguido, mesmo que algumas partes ficassem aquém da minha total compreensão, devido ao meu pouco conhecimento das matérias, e senti que estava realmente a ler um texto medieval, ainda que as personagens fossem quase cópias autênticas de duas personagens do séc. XIX, Sherlock Holmes e o seu fiel amigo Watson. :D Saber o final em nada estragou-me a história e acabou por ser um livro bastante interessante. Recomendo-o sem reservas a quem gosta de História, Filosofia ou Religião, tal como eu, mas para quem tais temas não interessam, pode revelar-se maçudo e muito aborrecido.

Veredito: Para ter na estante. O que eu escrevi não faz, nem de longe nem de perto, jus ao livro e é realmente difícil escrever algo, pois ele quase que pede para ser discutido. E pede também para ser relido, mas até lá espero aprender, pelo menos, um pouco mais de latim.

Há de seguir-se: Resgate no Tempo de Michael Crichton

12 de abril de 2012

Picture Puzzle

Porque eu gosto de roubar ideias giras de outros lados, eis que chega o Picture Puzzle! *palminhas*


Ora bem, vi este jogo no blog da Jen, para quem vai o crédito, e podem também dar uma espreitadela no blog da p7 que também tem feito isto. É muito simples de jogar bastando então:
  1. Escolher um livro;
  2. Arranjar imagens que representem as palavras do título (geralmente usa-se uma imagem por palavra, ignorando algumas tais como ‘o/a’, ‘os/as’, ‘de’, ‘por’, ‘em’, etc);
  3. Fazer um post e convidar o pessoal a tentar adivinhar de que livro se trata;
  4. Podem ser fornecidas pistas — exemplos: este livro faz parte de uma série,pertence ao género x, o autor é da nacionalidade y, etc. Fornecer pistas é boa ideia se estiver a ser muito difícil de alguém acertar no título, mas usá-las ou não fica inteiramente ao critério do autor do puzzle;
  5. As imagens não têm de representar as palavras do título no sentido literal.

Como é a primeira vez que faço isto, vou colocar um só puzzle. Boa sorte!

Pistas: 
  • o título está em inglês


11 de abril de 2012

Again the Magic (Wallflowers, #0.5)

Autor: Lisa Kleypas
Ficção | Género: romance histórico
Editora: Avon | Ano: 2004 (publicado originalmente em 2003) | Formato: livro | Nº de páginas: 391 | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: Chegou-me via BookMooch em 2010

Quando e porque peguei nele: 1/abr/2012 a 6/abr/2012. Depois de ler Julia Quinn apetecia-me continuar a ler romances históricos e resolvi dar uma nova oportunidade a esta autora, de quem tinha lido Um Estranho nos Meus Braços que não apreciei por aí além mas de quem oiço falar muito bem. Conta para o desafio: Mount TBR Challenge


Citação:
One should make the best choice possible given the circumstances, and then avoid second-guessing for the sake of one's own sanity.


Opinião: Como disse, queria então dar nova hipótese a esta autora, sobretudo depois de ouvir a Jen falar tão bem dela e reparar que ia sair um novo livro por cá. Mas se calhar não devia tê-lo lido depois de ler a Julia, que é só a minha autora preferida neste género (não que conheça muito, mas das poucas autoras que li nenhuma se lhe compara, na minha humilde opinião... ok, talvez a Laura Lee Guhrke), não só porque escreve muito bem e com bastante humor, mas sobretudo porque escreve personagens com quem me consigo identificar e desenvolve relações credíveis. Um romance é sobretudo isto, tem de convencer-me que realmente aquelas pessoas gostam verdadeiramente uma da outra e merecem ficar juntas, num final feliz.

Infelizmente, este incorre no mesmo mal que tinha apontado no outro livro que li da autora:
gosto de romances mas em que ao menos haja algo entre os personagens sem ser apenas luxúria.
O livro até começa bem e acreditei realmente na relação do par com maior destaque no livro, mas depois passa a um enredo do tipo “não vou parar enquanto não tiver a minha vingança e ela será servida na cama!!!” do qual não sou grande apreciadora, sobretudo quando a sinopse no verso do livro me havia levado a esperar algo mais na onda de Persuasão. Ainda assim é viciante, manteve-me a virar constantemente as páginas, mas acabei por achar que determinadas situações poderiam ter sido melhor desenvolvidas.

Neste livro temos dois pares amorosos, sendo que em cada um deles heróis e heroínas têm de ultrapassar os seus próprios problemas e inseguranças para então encontrarem um final feliz junto daquele de quem gostam. Num dos pares, após a partida do herói, a heroína sofre queimaduras terríveis nas pernas que a marcam fisicamente e psicologicamente, de tal modo que pensa que o herói não a conseguirá amar como antes porque já não seria tão bela. Isto é resolvido de forma muito rápida no final, quando eu preferia ter visto como é que ela passou a lidar com aquela situação, que assim se resume a “ai que estou deformada e ele nunca vai olhar para mim da mesma maneira! Mas não, ele não se importa!” *rolls eyes* No outro par, que não percebemos muito bem o que os liga sem ser o facto de acharem-se giros e sensuais, o herói também tem de ultrapassar um problema, desta feita com a bebida. Em vez de nos mostrar a sua luta não, a heroína diz “só fico contigo se deixares de beber” pelo que ele vai-se embora e volta meses depois com o vício sobre controle. :/ Basicamente, não nos mostra como lidam com os problemas, o que lhes custa ultrapassar a péssima visão que têm de si e do mundo, de como o outro os leva a querer ser melhores, acabando por ser tudo muito superficial quando, pelo menos para mim, o aprofundamento teria sido bem mais interessante que todas as cenas quentes...

Mas ainda assim acaba por ser uma leitura satisfatória, que entretém quando se quer algo bastante leve. Como disse, via-me a virar constantemente as páginas, mas realmente não precisava de tanta tensão e cenas sensuais. Estão muito bem escritas, é verdade, mas a certa altura dava por mim a pensar “epá, andem mas é com isso que já li uma cena assim antes!”, o que não é bom sinal. O_o

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perderia com isso. Ainda não foi desta que me convenceu e segundo a Slayra esta autora é um hit and miss. Se calhar li os mais fraquinhos mas tenho ainda outros escritos por ela pelo que não me dou por vencida. :)

Há de seguir-se: O Nome da Rosa de Umberto Eco

9 de abril de 2012

Os direitos inalienáveis do leitor

1. O direito de não ler.
2. O direito de saltar páginas.
3. O direito de não acabar um livro.
4. O direito de reler.
5. O direito de ler não importa o quê.
6. O direito de amar os “heróis” dos romances.
7. O direito de ler não importa onde.
8. O direito de saltar de livro em livro.
9. O direito de ler em voz alta.
10. O direito de não falar do que se leu.

Retirado de Estante de Livros

Adoro esta lista de que tomei conhecimento devido a um poster (download aqui) há alguns anos, salvo erro, e que a Canochinha entretanto publicou no seu blog. Ia para falar apenas no 3º ponto, como ela já fez, mas depois pensei "e porque não debruçar-me um pouquinho sobre todos?" E pronto, cá está (culpem o não ter nada que fazer em algumas ocasiões).

1. O direito de não ler

Como leitora acho que este é um direito importante. É certo que adoro ler e muitas vezes preferia estar a ler do que a fazer qualquer outra coisa aborrecida (compras ou trabalho por exemplo :P ), mas há também alturas em que não quero pegar em livros. Prefiro estar com amigos e família, passar uma tarde na esplanada a conversar sobre livros ou outras coisas (porque felizmente há mais na vida do que livros), ver um bom filme, adormecer o cérebro a ver programas manhosos na TV. Muito de uma coisa boa pode enjoar e é salutar dar atenção a tudo o que se passa à nossa volta. Há tempo para tudo.

2. O direito de saltar páginas

Porque não? Há momentos em que estou tão empolgada com uma situação que tenho de saltar para ver como acaba, depois sou capaz de voltar atrás e ver como é que tudo aconteceu, mas naquele momento quero é saber a resolução. Há também alturas em que a história se ou descrições se arrastam e salto umas páginas para continuar a leitura. Há livros de não ficção que têm páginas dedicadas a coisas que não me interessam. Há livros cuja primeira página me leva a ler a última e só então mergulhar na história...

3. O direito de não acabar um livro

Já coloquei este direito em prática por várias vezes. Porque hei-de estar a forçar, a insistir numa leitura que não me está a dizer nada? Por vezes o momento não é o mais propício para aquela leitura, outras vezes a história é igual a tantas outras e tem pouco mais que se recomende, como personagens que não nos cativam e nos metem nervos. A leitura, para além de formar e informar, é também um escape (sobretudo se falarmos em ficção) e quando se torna um calvário e pouco ganhamos com ela, o melhor é mesmo colocar o livro de lado, seguir para outro. Não digo que se desista completamente do livro, apesar de também já o ter feito, mas nada nos impede de lhe pegar noutro momento e, quem sabe, até passar a adorá-lo.

4. O direito de reler

Outro que tenho colocado em prática, sobretudo porque há histórias que, por mais que as leia, dizem-me sempre algo, tocam-me sempre da mesma maneira. Há mesmo alguns títulos que são como velhos amigos e é sempre bom voltar a lê-los. Há momentos em que são a leitura mais reconfortante, que dizem exactamente o que precisamos de ouvir/ler, que nos lembram que nem tudo é mau ou que as coisas boas não duram para sempre.

5. O direito de ler não importa o quê

Era daquelas que desdenhava alguns títulos por terem capas manhosas ou por serem géneros que considerava menores, mas era parva e não sabia do que falava. Agora não me importo com o que leio, há bons e maus títulos em todos os géneros e o que eu gosto não tem propriamente de ser aquilo que outra pessoa gosta. Leio o que quero e me apetece.

6. O direito de amar os “heróis” dos romances

Acho que já disse por aqui que tenho crushes nalguns personagens. I regret nothing!

7. O direito de ler não importa onde

O melhor sítio para ler é sem dúvida na minha cama, enroladinha nas cobertas, mas já tenho lido aventuras na praia, tenho-me emocionado com os mais belos romances no autocarro, tenho lido e rido com as situações mais hilariantes em consultórios médicos. Leio em viagem, em férias, nos tempos mortos do trabalho, leio na rua e dentro de casa, na esplanada e no jardim.

8. O direito de saltar de livro em livro

De livro em livro, de história em história. Uma das coisas que mais gosto de fazer é passar os olhos pelas minhas estantes e pensar que livro vou ler a seguir e depois desse... Nem sempre sigo a lista ou pilha, porque há de repente um outro livro que me chama a atenção, seja porque me falam dele, porque ele praticamente salta para a minha mão, ou apenas porque sim. :)

9. O direito de ler em voz alta

E de ouvir a história em voz alta! Os áudio-livros são das minhas companhias preferidas para fazer tarefas domésticas. Mas também gosto de ler em voz alta. Há diálogos que tenho de dizer de mim para mim mesma, há partes hilariantes que tenho de partilhar com a minha mãe (ou outro qualquer infeliz que esteja ao meu lado) por modo a convencê-la a ler aquele livro e a gostar tanto dele como eu!

10. O direito de não falar do que se leu

Porque nem sempre há que dizer ou porque ainda se está a fazer o “luto”, por assim dizer, e custa falar do livro. Há alguns que deixam uma tal marca que é preciso digerir bem, organizar ideias suscitadas, emoções... Há livros em que um “que queres que diga? Lê-o!” é suficiente, outros que queremos guardá-los só para nós porque não há como defini-los.

5 de abril de 2012

Booking Through Thursday: Recomendação

 A pergunta desta semana é...
A while ago, I interviewed my readers for a change, and my final question was, “What question have I NOT asked at BTT that you’d love me to ask?” I got some great responses and will be picking out some of the questions from time to time to ask the rest of you. Like now.

If someone asked you for a book recommendation, what is the FIRST book you’d think to recommend (without extra thought)?

Bem, muito provavelmente O Conde de Monte Cristo. Tem de tudo um pouco, acho que é dos livros mais completos que já li, e penso que é daqueles livros que agradaria a toda a gente. A sério, se há alguém que não tenha lido, vá a correr ler! Não é um livro fácil, lembro que demorei semanas a lê-lo, mas vale tanto a pena, o tempo dedicado à sua leitura, e releitura.

3 de abril de 2012

Game of Thrones

Criado por: David Benioff e D.B. Weiss 
Adaptação de As Crónicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin
Atores: Sean Bean, Lena Headey, Peter Dinklage 
Mais informação técnica no IMDb.

Temporada: primeira, mas a segunda estreou no passado domingo, nos Estados Unidos. Este texto foi escrito ainda o ano passado, mas não a cheguei a publicar por aqui, por isso esqueçam a última frase... E fica a nota de que não, não cheguei a atirar-me aos livros.

Opinião: Fantástica, é a única palavra que me vem à cabeça para descrever esta série onde, a meu ver, muita coisa poderia correr mal. Há quem diga que George R.R. Martin é o Tolkien americano, tenho alguma tendência a concordar com essa opinião, já que ambos constroem mundos fenomenais e com uma backstory interessante (por vezes talvez mais interessante que os acontecimentos que seguimos). Mas penso que a comparação acaba aí e mesmo assim Tolkien sai a ganhar porque ele não se limita a criar o mundo e a mitologia, criou também línguas, algo de que Martin não se pode gabar até porque o dothraki foi desenvolvido de propósito para a série. Mas nada disso interessa agora. O que há a reter é que se apenas Peter Jackson foi capaz de pegar nos livros de Tolkien e adaptá-los, somente David Benioff e D.B. Weiss podiam fazer o mesmo com os livros de Martin.

Li os livros há uns anitos, apenas os volumes 1 e 2 originais (4 volumes na edição portuguesa), e pensei ter esquecido muita coisa, no entanto ao ver a série dei conta de como a história se encontrava tão bem preservada na minha mente. Sim, esqueci-me de alguns detalhes e houve cenas em que fiquei “é verdade, não me lembrava que isto era assim” mas, do que me lembro, a história está toda lá. Talvez um pouco condensada é certo, com a omissão de algumas personagens ou diálogos, e com alguns factos e cenas que me parecem eram revelados ou confirmados em volumes mais à frente, mas o essencial está lá e, no que a adaptações diz respeito, está bastante fiel (o que não se pode dizer de "True Blood", por exemplo). Há muitas cenas que são praticamente tal e qual as tinha imaginado, diálogos que são retirados do livro ipsis verbis. As novas cenas, criadas de propósito para a série, não me parecem assim tantas e servem, sobretudo, para explorar personagens e dar mais informação sobre a história e o mundo em que nos encontramos.

Mas uma boa história pode ser prejudicada por vários factores, como o casting, mas neste caso nem isso acontece. O casting está perfeito! Para começar, escolheram logo um dos meus atores preferidos para fazer de Ned. Aliás, ao ler o livro só Sean Bean me vinha à cabeça e quando ouvi que ele ia fazer o papel penso que os meus guinchos e squees de fã histérica terão sido ouvidos nos confins do universo. Lena Headey para Cersei também me pareceu apropriado, apesar de as cabeleiras não a favorecerem, Mark Addy era o “meu” Robert e Peter Dinklage o “meu” Tyrion. Mas tenho de ressalvar as atuações de Aiden Gillen (penso que os meus squees também foram audíveis quando soube que ele seria o Mindinho) e Conleth Hill (que não conhecia mas que é um perfeito Varys) que, na minha humilde opinião, roubaram praticamente todas as cenas em que entraram e que, quando juntos, fizeram alguns dos pontos altos da série.

Mais uma vez, achei fantástica. Adorei seguir as personagens, que se nota crescerem durante estes 10 episódios, sendo talvez Dany e Robb os personagens com crescimento mais vísivel (apesar de Sansa também ganhar algum backbone no último episódio); visitar os vários pontos de Westeros e fiquei fascinada com a capacidade de mostrarem diferentes locais e pessoas, com o Norte a ser mais agreste e ter um aspeto quase de vikings (sem os barcos... por enquanto, julgo eu), enquanto o Sul quase que se assemelhava ao Mediterrâneo. Imagino o trabalho que deve ter estado por detrás de tudo isso e faz-me lembrar LotR, onde também conseguiram dar um cunho distinto a todos os locais e pessoas que aí habitavam. Era possível distinguir entre Rohirrim e Gondor, tal como aqui é possível distinguir acampamentos Stark e Lannister, entre Winterfell e King’s Landing.

O único senão da série é mesmo ter de esperar quase um ano pela continuação, mas entretanto sou capaz de me atirar aos livros.

Veredito: Para ter na estante. Esta série, há semelhança dos livros, será para rever.

2 de abril de 2012

Curtas: Crónica de Paixões e Caprichos (Bridgertons, # 1), On the Way to the Wedding (Bridgertons, #8) [e-book]


Título: Crónica de Paixões e Caprichos (Bridgertons, # 1)
Autor: Julia Quinn
Ficção | Género: romance histórico
Editora: Edições Asa | Ano: 2012 (publicado originalmente em 2000) | Formato: livro | Nº de páginas: 368 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: Comprei-o este ano, durante o mês de Março.

Quando e porque peguei nele: 18/mar/2012 a 25/mar/2012. Apeteceu-me reler este livro e ver como estava a tradução. Conta para o desafio: Book Bingo - Releitura.


Opinião: Acaba por não ser muito diferente de aquando da primeira leitura. Senti exatamente o mesmo mas também peguei neste livro sobretudo para ver como estava a tradução e qual foi a minha surpresa ao reparar que é bastante competente. As piadas funcionam, as cenas mais quentes não são banais nem de mau gosto, e apesar de uma frase do Colin não soar tão dramática como o original, não deixa de estar bem conseguida. 

Está claro que só poderia adorar e aguardo que o público português adore esta autora, como eu o faço, para que ela continue a ser publicada por cá. Quero ler o livro do Anthony e sobretudo o do Colin em português!

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

Título: On the Way to the Wedding (Bridgertons, #8) [e-book]
Autor: Julia Quinn
Ficção | Género: romance histórico
Editora: HarperCollins | Ano: 2009 (publicado originalmente em 2006) | Formato: e-book | Nº de páginas: - | Língua: inglês

Quando e porque peguei nele: 25/mar/2012 a 31/mar/2012. Depois de ler o primeiro da série, nada melhor que ler o último e despedir-me dos Bridgerton. Pelo menos em inglês que quero ler todos em português!


Opinião: Devo dizer que de todos os Bridgertons, Gregory era o que menos curiosidade levantava pois aparece sempre muito pouco. Ainda assim parti com algumas expectativas para esta leitura e apesar de não ter ficado desagradada com ela, Julia Quinn num livro menos bom continua a ser excelente, não me parece que este se compare com os restantes. Ainda assim gostei bastante da heroína e revi-me nalgumas das suas compulsões obsessivas, o livro surpreendeu numa certa ocasião mas há algumas coisas previsíveis. O ritmo pareceu-me um pouco estranho e penso que algumas coisas se arrastaram ao ponto de achar que a autora se repetia um pouco.

Ainda assim fez-me rir e não deixa de ser um livro excelente quando se deseja algo leve. Não digo que tenha sido um excelente fim para a série, mas rever alguns dos irmãos e dar uma espreitadela aos seus casamentos, cerca de 10 anos depois, foi giro.

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perderia com isso, mas toda a série é um valente vale o dinheiro gasto.

Kreativ Blogger Award


A Djamb passou-me este selo, por isso cá vai...

Nome da minha música favorita:
"Who Wants to Live Forever" dos Queen

Nome da minha sobremesa favorita:

Waffle com bola de gelado e chocolate quente por cima. Ou tudo o que tenha chocolate e seja doce...

O que me tira do sério:
Gente estúpida e coisas parvas.

Quando estou chateada:
Ninguém me atura.

Qual o meu animal de estimação favorito:
Cão e canário.

Preto ou Branco:
Cinzento. :P

Maior medo:
Perder os que amo.

Atitude quotidiana:
Vá lá, não é assim tão mau.

O que é perfeito?
Alguns dias. :)

Sete factos aleatórios sobre mim:
  1. trabalho com coisas velhas
  2. nunca me lembro de datas importantes
  3. o ano passado saí de Portugal pela primeira vez \o/
  4. já conheci algumas pessoas com quem falo pela net e adorei conhecê-las :D
  5. não gosto de côco mas adoro caril que leva leite de côco
  6. lamentavelmente, vou poucas vezes ao cinema
  7. estou em pulgas para ver a nova temporada d'"Os Bórgias" e "A Game of Thrones", que ainda por cima parece que estreiam no mesmo dia! \o/

Acho que é suposto passar isto a mais gente, mas estais à vontade para responder se quiserdes.

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