Autor: Michael Crichton
Ficção | Género: Thriller
Editora: Publicações D. Quixote | Ano: 2001 (originalmente publicado em 1999) | Formato: livro | Nº de páginas: 532 | Língua: português
Como me veio parar às mãos: Comprei na Feira do Livro de 2011.
Quando e porque peguei nele: 15/abr/2012 a 22/abr/2012. Outro que me deu na cabeça de ler quando passava os olhos pela estante. Conta para os desafios: Mount TBR Challenge, Book Bingo - Thriller, What’s in a Name - qualquer coisa que encontres num calendário.
Opinião: Fiquei a conhecer o livro por ter visto a adaptação cinematográfica há alguns anos. O filme não é das melhores coisas algumas vez feitas mas é um guilty pleasure ou não tivesse arqueólogos, viagens no tempo e época medieval à mistura. Pensei que o livro não seria muito melhor e não saí enganada, mas mesmo assim esperava que fosse um pouco mais interessante.
As primeiras 200 páginas foram quase um martírio para ler e pensei mesmo colocar o livro de parte. Apesar de começar a gostar de ficção científica, Física é coisa de que não pesco praticamente nada. Em Flashforward achei que as explicações até estavam bem conseguidas mas neste livro perdi-me realmente com toda a conversa da Física Quântica, mesmo metendo a teoria dos multiversos, que tinha sido abordada no livro mencionado. Além disso parece que os capítulos arrastam-se e que os personagens não vão a lado nenhum. Mexem-se por aqui e por ali mas nada de interessante, o que me estava a deixar algo desesperada, eu queria era que voltassem atrás no tempo e parecia que nunca mais o faziam. Mas chegando à página 200 lá se metem na máquina, e através dos buracos da espuma quântica passam para um universo paralelo (e sim, foi a única coisa que percebi de toda a conversa sobre Física).
A ação a partir daqui desenvolve-se numa região francesa e em plena Guerra dos Cem Anos. Se tivemos muita informação sobre Física, a História não lhe fica atrás, mas sinceramente por mim até podia ter sido mais e melhor desenvolvida. O livro é sobretudo interessante na medida em que mostra como esta época era brutal, deixando também entrever um pouco (muito pouco no entanto) da vida quotidiana em tempos de guerra.
Apesar desta parte do livro ser praticamente de leitura compulsiva ou não se desenrolasse a ação numa espécie de contrarrelógio, aborreceu-me a alternância entre presente e “passado” (por assim dizer, porque com toda a história da Física Quântica fiquei sem perceber se realmente viajavam no tempo ou entre universos O_o), sobretudo porque se dava naqueles momentos mais emocionantes em que queremos é saber o que se passou. Era como estar a ver um filme interessante e no momento chave começar um intervalo. Irritante.
Falando em filme... O livro difere um pouco da adaptação (ou melhor dizendo a adaptação difere do livro) e isso aborreceu-me já que no filme os personagens têm ações no passado que se refletem no futuro, como uma personagem queixar-se de “quem seria capaz de destruir uma coisa destas?” e depois no passado ela rebentar com a obra de arte para descobrir um túnel. Foram estes detalhes que apreciei no filme e queria ver no livro, mas tal infelizmente não aconteceu. Assim sendo fico-me pelo visionamento do filme, o livro não me parece que seja para voltar a ler.
Veredito: Se fosse emprestado pouco se perderia com isso. Não digo que lamento o dinheiro que gastei nele, sempre ficou por 5€, mas é daqueles que realmente não me importaria de ter lido da biblioteca. Ainda assim tenho alguma curiosidade em ler mais coisas do autor, nem que seja o Parque Jurássico...
Há de seguir-se: Wicked Games de Jill Myles
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