30 de janeiro de 2014

Booking Through Thursday: Multitasking

A pergunta desta semana é...
Do you do other things while you read? Watch TV? Cook? Brush your teeth? Knit?

(For the record, I’m guilty of all of the above.)

Or is it a quicker question to ask when you DON’T read? (Please tell me you don’t read while you’re driving.)
O termo não será bem vejo, mas oiço TV. Não é sempre, se estiver a dar um filme, por exemplo, acabo por me distrair, mas se for notícias, jogos de futebol, sim não há grandes problemas desde que esteja confortavelmente sentada, o que nem sempre é o caso. Também sou capaz de ouvir aúdio-livros enquanto faço tarefas domésticas ou me dedico ao corte, costura, ponto de cruz e malha, não que agora faça muito dessas coisas... e mesmo a passar a ferro tenho preferido ver séries e filmes. Às vezes leio enquanto almoço, sobretudo se ando a ler no Kindle. Não leio enquanto conduzo porque não sou eu que levo o volante nas mãos, mas diga-se que já li mais no carro.

Aliás, já li mais em todo o lado, em diferentes situações e a fazer várias coisas.

29 de janeiro de 2014

Projecto 365 - #74-83

Tenho-me portado bem a tirar fotos, ainda que algumas sejam repetidas mas em diferentes situações. :P E porque estes posts ficam muito grandes na página principal do blog, deixa cá ver se consigo usar a cena do "ler mais"...

50/50

Diretor: Jonathan Levine
Escritor: Will Reiser
Atores: Joseph Gordon-Levitt, Seth Rogen, Anna Kendrick

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Já não me lembro o que é que o meu irmão me tinha dito sobre este filme para que eu o quisesse ver, mas diga-se que o tema interessava-me, já que os casos de cancro em pessoas que conheço ou que me chegam aos ouvidos estão, infelizmente, a aumentar e a atingir pessoas cada vez mais jovens (cheguei a fazer alguns trabalhos com o meu antigo serviço, em parceria com a Fundação do Gil, no IPO e deixem-me que vos diga que quebra o coração ver crianças com tal doença, todos os problemas que possamos ter são pequenos, ou mesmo ridículos, quando comparados com aquilo que aquelas crianças e pais sofrem).

É sem dúvida um filme muito bom, que explora não só a convivência do protagonista com tal doença após o seu diagnóstico, mas também da sua psicóloga, que começa a ter de perceber como lidar com a coisa para poder ajudá-lo e a outros, assim como dos seus familiares e amigos. Acaba por ser, talvez, uma situação e história cliché, com personagens clichés mas que resulta, pois preocupamo-nos de facto com as personagens, sobretudo se se conhecer casos semelhantes. Mas, e talvez já seja o meu pessimismo (que se tem acentuado nos últimos tempos) a falar, achei o final demasiado feliz.

Eu sei que é mau da minha parte, quem é que no seu perfeito juízo gostaria de ver uma personagem a morrer com tal doença, quando é muito mais bonito e interessante bater a estatística? Porque é a isso que o título se refere, ele tinha 50% de hipóteses de sobreviver ou não. Acreditem, fico imensamente feliz quando alguém consegue superar e vencer o raio da doença, mas eu sei que a estatística sucks (para não andar a dizer asneiras) e que a morte está sempre à espreita. Sei que há quem por muito que lute, que vença sucessivas batalhas numa muito longa guerra para apenas a perder.

Talvez seja estúpido pedir isto num filme mas, sim, esperava algo diferente. Nem digo algo mais realista mas não, não queria sentir a ponta de esperança que o final do filme deixa. Queria ser esmagada pelo sentimento de fatalidade que o filme tinha, até porque dei por mim a pensar "isto não vai acabar bem". Queria ser esmagada pela realidade de todos aqueles que não conseguem vencer. Porque nem todos os finais são felizes.

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso. É um filme muito bom, quer dizer nem o Seth Rogen me irritou e achei que estava bem no seu papel (!), mas o final como que estragou o filme para mim. Eu é que sou parva, deveria querer finais felizes mas não, há finais que estão a deixar de funcionar comigo.

28 de janeiro de 2014

Curtas: Robin Hood, A Diva da Moda

Título: Robin Hood
Diretor: Wolfgang Reitherman
Baseado na lenda do Robin dos Bosques por Larry Clemmons e Ken Anderson
Atores: Brian Bedford, Peter Ustinov, Phil Harris

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: a 12 de janeiro, cortesia de uma colega que me emprestou o DVD. 

Opinião: Já tinha visto este filme há muito tempo, ainda era eu pequenina, pelo que só me lembrava de algumas partes (nem sequer falas me lembrava) e da sensação geral de que havia gostado. É realmente um filme agradável ainda que lhe falte algum contexto histórico, mas também num filme animado quem é que quer saber das Cruzadas?

Vi, desta feita, em inglês (tinha visto antes a versão brasileira mas como disse pouco me recordo) e as músicas são engraçadas mas tirando o assobio pouco memoráveis. Achei a história demasiado feliz, mesmo que as personagens passassem dificuldades (e como me fez lembrar o estado em que está o país) e tal vê-se, sobretudo no final onde ninguém, nem sequer o Robin, fica ferido! (O_o) O DVD traz um final alternativo de que gostei mais, não só porque realmente alguém fica ferido mas sobretudo porque dá alguma coisa para a Maid Marian fazer, de outro modo para pouco serve a personagem para além de beijar o herói, o que convenhamos por muito fofo que possa ser é pouco útil, digo eu. Além disso, mostra o regresso do Ricardo Coração de Leão, que na versão do filme aparece do lado suscitando um "mas que raio?!"

Não é mau, parece ser um produto da época mas ainda se vê muito bem. Acaba por haver alguma inocência, digamos assim, que faz regressar à infância. Pelo menos foi o que senti. :)

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.

Título: A Diva da Moda
Diretor: Andy Tennant
Escritor: C. Jay Cox, Douglas J. Eboch
Atores: Reese Witherspoon, Josh Lucas, Patrick Dempsey

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: a 17 de janeiro, num dos canais Fox, penso que o Movies. 

Opinião: Sabem aqueles filmes que fazem uma pessoa sentir-se bem e por isso vemos vezes sem conta, sempre que passam na televisão? Este é um deles para a minha pessoa. Okay, não digo que veja sempre-sempre, mas sempre que estou para aí virada. :P

Sim, tem clichés, afinal de contas é uma comédia romântica, e então? Como diria o Marshall de HIMYM, os clichés são-no porque funcionam e, neste caso, a história usa-os bem. O elenco também é competente, com Reese Witherspoon muito bem como Melanie e a relacionar-se de forma convincente com todos os que "abandonou" para seguir o seu sonho e vencer em Nova Iorque. E vá lá, qualquer filme em que trocam o Dempsey por outro gajo é bom de ser visto.

Veredito: Deu na televisão e pouco se perde com isso.

27 de janeiro de 2014

Só Ler Não Basta #12.2 - Sagas literárias

Acho que já há algum tempo que não fazíamos um vídeo tão grande! Mas justifica-se, afinal falamos de sagas e séries literárias que também se prolongam no tempo. :D Estivemos à conversa com a Sónia do The Book Wielding Harpie que é tão ou ainda mais "seriólica" que nós as três. Aviso à navegação, são mencionadas várias séries... mas é que são mesmo muitas, podem encontrar referência a todas aqui, assim como aos posts e sites referidos.


Podem visitar-nos no Goodreads e encontrar um índice da conversa no Youtube. Caso prefiram ouvir em vez de assistir ao vídeo, podem seguir este tutorial para converter o vídeo em ficheiro MP3.

25 de janeiro de 2014

Inspira-me (5)

Do blog Inspira-me:
Inspirados neste post, faça o seu "top das chatices".
O post original tem um ponto com que concordo, o ponto 4 e não é só no Multibanco, chateia-me quase todo o tipo de filas. No supermercado é porque demoram a fazer o pagamento ou lembram-se que ainda têm de "ir buscar depressinha uma coisa que me esqueci", no trânsito é porque não andam mesmo que o carro da frente esteja a 5 metros de distância... enfim, eu sei que não posso controlar os outros e é tudo uma questão de expectativa e perspectiva mas.... *respira fundo*

Outras coisas que me chateiam:
  • pessoas com bom humor logo pela manhã cedo e que parece que em vez de falarem gritam, como se isso contagiasse as outras pessoas com "boa disposição";
  • pessoas que não assumem responsabilidade pelos seus atos;
  • quando saio preparada para a chuva e 5 minutos depois vem um sol desgraçado;
  • quando saio toda lampeira para o sol e 5 minutos depois parece que o céu cai em cima de mim.

E porque se fala muito sobre livros por aqui:
  • livros com uma sinopse completamente diferente da verdadeira história do livro;
  • personagens com atitudes idiotas;
  • quando o volume seguinte de uma série ainda não está publicado;
  • quando o volume finalmente sai e é uma desilusão;
  • não poder reler uma história que adoro como se fosse a primeira vez.

24 de janeiro de 2014

Sherlock (3)

Criado por: Mark Gatiss, Steven Moffat
Atores: Benedict Cumberbatch, Martin Freeman

Mais informação técnica no IMDb.

Temporada: Terceira. Crítica às anteriores aqui e aqui.

Opinião: Isto de esperar dois anos por uma temporada de uma série que começa e acaba num abrir e fechar de olhos é um pouco frustrante. Ainda assim, não trocava estes três episódios desta fantástica série por nenhuma outra.

O primeiro episódio foi giro, com as várias teorias sobre como o Sherlock teria sobrevivido, tal como "Manny Happy Returns" prometia, a suscitarem a maior parte das gargalhadas. O segundo também foi engraçado, com Sherlock num papel que jamais teria imaginado. xD E o terceiro foi genial. O pior foi mesmo os casos que não achei tão bem conseguidos como outros. O do primeiro episódio fez-me lembrar "V de Vingança" (por momentos esperei que o Old Bailey fosse pelo ar ao som de 1812 Ouverture); no segundo adivinhei quem era o culpado, quem seria a vítima e o porquê antes do Sherlock (aliás, o meu problema com este detective é exactamente o de conseguir descobrir o culpado, ao contrário do Poirot), só me faltou o como; o terceiro episódio foi genial. Já o tinha dito? É só para verem o quanto gostei, foi o único que me surpreendeu verdadeiramente e passou directamente para o Top 3, suplantado apenas pelo "Scandal in Belgravia" porque esse sim é fantástico a todos os níveis e eu quero que a Irene Adler (a.k.a The Woman) volte de uma vez por todas e tenha muitos filhinhos com o Sherlock chamados John Hamish Watson!

Ora, se os casos não são assim tão bons porque é que eu acho que é uma excelente série e temporada, em que o pior dos episódios é ainda assim muito melhor que o melhor episódio de outras séries? Tudo se resume à relação entre Sherlock e Watson. Minha gente, não há nada melhor que ver a sociopatia funcional do Sherlock a interagir com a lealdade e a bondade inerentes a Watson. E nesta temporada a relação é explorada como nunca de uma maneira magnífica, sendo colocada à prova não só pelo logro, digamos, de Sherlock mas pela nova mulher na vida de Watson que veio, aparentemente, para ficar por muitos e longos anos. Pelo menos assim espero eu, e penso que todas as outras pessoas, porque Mary é sem dúvida, apesar dos seus defeitos, ou melhor apesar do mistério sobre o seu passado, a companheira ideal não só para Watson como para Sherlock porque, convenhamos, quem casa com o Watson casa também com o detective. :D Mary foi uma lufada de ar fresco numa série que provavelmente não o precisava, mas que ainda bem que o fez porque só a eleva a outro patamar.

Mas não foi só Mary, nem mesmo Mycroft (se o Sherlock é um sociopata funcional, pergunto-me o que será Mycroft e que raio fez ele a outro irmão? *medo, muito medo, mas também respeito, quero ser como o Mycroft quando for grande*) cuja relação com Sherlock é também explorada de forma maravilhosa, dando-nos a conhecer melhor como as duas personagens se relacionam e como terão crescido, a elevarem ainda mais a série. Também o fez o vilão que, sinceramente, já deixa saudades até a mim que sou fã do Moriarty (já agora... *guinchinhos*). Charles Ausgustus Magnusson, veio, viu e (con)venceu-me e tenho pena que não volte pois ver mais alguém a usar o mind palace para além do Sherlock foi fenomenal e acaba por o tornar mais humano, já que não é assim tão infalível e único como julgaria ser, e era coisa para render mais episódios, digo eu.

E lá volta a espera... mas compensa, oh se compensa.

Veredito: Para ter na estante. Caso não tenham percebido adorei, mesmo que os casos não fizessem nada por mim, mas já é hábito nas histórias com este detective. Mas se os casos são menos bons, a relação entre Sherlock e os que o rodeiam é explorada de forma fenomenal e só por isso valerá sempre a pena ver e rever.

Booking Through Thursday: Igualdade e odiei

Ena pá! Há tanto tempo que já não respondia a isto. Não sei o que é que aconteceu para deixar de responder, se perdi o interesse nas perguntas ou simplesmente passei a ignorá-las porque o tempo ou a paciência para responder não abundavam. Por isso esta semana trago duas perguntas, era para ter respondido na semana passada mas depois esqueci-me e respondo à desta semana porque faz sentido responder às coisas em tempo útil. :P

A pergunta da semana passada foi...
All other things (writing quality, story, etc), which would you rather read?
1. Something written by a man or a woman?
2. Something with a male or female protagonist?
3. Something funny or something tragic?
4. Something short or something long with many parts?
5. Something simple or something layered?
1. Até agora nunca pensei seriamente no género dos autores que leio, mas como tenho lido tanta coisa sobre o tema, este ano estou a tentar manter um registo para perceber se leio mais coisas escritas por homens ou mulheres. E nunca pensei porque sinceramente não me interessa quem escreve, interessa-me sobretudo a história que contam, apesar de acreditar que o autor realmente passa muito dos seus ideais e da sua filosofia de vida para a escrita e que isso pode ter algum impacto no leitor a diferentes níveis. Interessa-me uma boa história. Quando penso em autores favoritos vêm-me à cabeça sobretudo mulheres e talvez preferisse um livro escrito por uma por achar que seja algo com que me relacione mais.

2. É a mesma coisa que no ponto 1 mas não estou a manter nenhum registo. Talvez devesse... Aqui quando penso em personagens com as histórias mais marcantes penso em personagens masculinos, Harry Potter e Frodo vieram-me rapidamente à cabeça, mas também há muita gaja rija por aí, como a Hermione ou a Yelena. :D Aqui sem dúvida que preferia ler um livro com uma protagonista feminina, mas em algo que não fosse romance, ou se num romance que ela não fosse uma damsel in distress.

3. Neste exacto momento, alguma coisa cómica. Preciso de rir e de boa disposição.

4. Algo curto. Adoro sagas mas e o prazer de ler todo um livro onde fica tudo resolvido e as pontas todas atadas? É tão bom chegar ao fim e suspirar porque tudo deu certo, que os pombinhos ficaram juntos ou que o bem venceu o mal. :P

5. Simples. Neste momento não há espaço para grandes complicações.

E a pergunta desta semana é...
If there was one book you could make sure nobody ever read again … what would it be? And why?
Não aconselho o Blood and Chocolate nem Confessions of a Jane Austen Addict, e por este blog fora devem encontrar outros. O porquê? Fizeram-me revirar tantas vezes os olhinhos com situações e , sobretudo, personagens estúpidas que cheguei a temer ficar a olhar para o meu cérebro tanto *massive eye roll* que causaram.

23 de janeiro de 2014

Quando não estou a ler (12.1)

E porque sou estúpida esqueci-me completamente de dizer que ando a vandalizar livros! Quer dizer, ando a escrever a caneta o número e a data de registo, ando a escrever a lápis a cota do livro ou outras informações pertinentes! Ando a quebrar a lombada porque para copiar algumas das informações o raio do livro não fica aberto! E sou tão feliz a fazer tudo isto! :D 

Mas sou sobretudo feliz a carimbar livros. Sim, é algo completamente idiota mas lembra-me uma das minhas cenas preferidas, de um dos meus filmes favoritos e que tanto contribuiu para onde estou hoje. E a cena é esta:



É impossível não me lembrar desta cena e dou sempre por mim a rir-me sozinha, não só porque a cena tem piada mas porque me recordo que na primeira vez que vi o filme, há muito muito tempo, pensei "qualquer dia vou fazer aquilo" e aqui estou eu hoje, a fazer um pouco das duas coisas que sempre me fascinaram. :)

22 de janeiro de 2014

Quando não estou a ler (12)

Ora bem vindos a mais um olhar para trás nesta rubrica, mais propriamente a este "episódio", para dar conta dos desenvolvimentos. :) Não que tenham algum interesse mas deixai-me, às vezes gosto de falar para as paredes.

Já tive então oportunidade de dizer que, desde há um ano, trabalho numa biblioteca. Sim, quando não estou a ler ando a mexer em livros. Dream job, certo?! Nem por isso. Cheguei à biblioteca numa altura pouco habitual, em processo de reestruturação, e os primeiros meses, e mesmo alguns dos seguintes, foram passados a montar e desmontar estantes, a carregar e a descarregar livros. Sim, perdi 5 kilos com este exercício físico (YAY!) e mexer em livros é sempre um divertimento para mim, mas cheguei a ficar saturada de livros. Se tinha dúvidas quanto à necessidade de e-books e e-readers, perdi-as completamente ao ter de mover quilos de livros escadas acima e escadas abaixo, de um lado da prateleira para o outro, de uma estante para a próxima... E a arrumação? Porque não podem ser todos do mesmo tamanho, mesmo dentro da própria série?! Já para nem falar na alfabetização dos títulos, pois houve alturas em que já não sabia se o "P" vinha depois ou antes do "M". Cheguei a usar uma cábula, pelo amor de Deus! *hangs head in shame*

Mas finalmente veio a parte que, sinceramente, é a mais gira para mim... a catalogação! *\o/* A sério, dêem-me um monte de livros e é ver-me catalogar com gosto. Preencher todos aqueles campos, ler um pouco do livro para perceber quais os assuntos mais relevantes e pelos quais podem ser pesquisados. Já me vieram parar às mãos coisas interessantes, que conto ler quando tiver disponibilidade ou até necessidade, e algumas surpresas. Já me passaram vários tipos de documentos pelas mãos com os mais diversos modos de catalogação, tal como periódicos ou formatos digitais. Passei a dar ainda mais valor a apresentações e a índices. Nunca vos falei do meu fascínio por índices? Pois agora é muito maior. :D

No entanto, nem tudo são rosas, pois agora o que me dá cabo da paciência, mas sobretudo da cabeça, é mesmo as línguas e os alfabetos que não o latino. 

Começando pelas línguas, as de raiz latina ainda vá: o espanhol/castelhano não é mau, assim como o catalão e o galego, já o basco é mais complicado mas geralmente os livros que me têm chegado também têm indicações em castelhano; o francês até que nem é mau, pensei que soubesse menos apesar dos 5 anos de estudo dos quais talvez só se aproveitem 2 ou 3; o italiano também se entende bem. O inglês é praticamente a minha segunda língua, até posso dar erros a escrever e meter dó a falar mas percebo o que estou a ler como se estivesse a ler em português. Por incrível que pareça começo a perceber um pouco (muito pouco mesmo mas bem mais do que percebia há um ano atrás, o que não é muito difícil dado que não percebia nada) de alemão, pelo menos já reconheço palavras e começo a tirar algum sentido de uma frase ou outra, pelo que tento primeiro ler antes de ir ao tradutor do Google. Agora o alfabeto cirílico e as línguas de países de leste é que me tramam. Assim como o hebraico e o árabe. Sim, já apanhei livros em línguas muito diferentes e com alfabetos completamente diferentes. Ok, até é giro, mas passado alguns livros, um número considerável de livros no mesmo dia, é demasiado para a minha cabeça.

O tradutor do Google tem sido fundamental para, pelo menos, entender o tema fundamental do livro e, apesar das várias falhas inerentes a uma ferramenta informática, adoro-o. A internet tem sido outra ferramenta fantástica, sobretudo para temas sobre os quais pouco ou nada sei (palinologia? pedologia?), para saber onde ficam alguns locais que são o foco de alguns títulos e às vezes para completar mesmo a informação bibliográfica.

Apesar de por vezes sair ao fim do dia com a cabeça num nó, de odiar livros e todo o conceito de linguagem, é engraçado ver como passei a adorar ainda mais tudo isso. :D É giro ver como já sei onde estão alguns livros e quais podem interessar ao utilizador, consoante o tema que pesquise. Ainda não tenho, nem me parece que venha a ter, toda a biblioteca na cabeça como a minha colega (a sério, toda a minha admiração vai para ela) mas não deixa de ser giro saber o que está por detrás da concepção temática, perceber o porquê de algumas escolhas e onde se vai buscar informação.

Há toda uma ciência por detrás do livro, por detrás da gestão e armazenamento da informação que não fazia ideia, e descobrir esse mundo tem os seus momentos menos bons é verdade, sobretudo quando uma pessoa anda mais cansada, mas no computo geral sinto que estou no meu meio. :)

21 de janeiro de 2014

Só Ler Não Basta #12.1 - Leituras de Janeiro


Eis o primeiro SLNB deste ano! \o/ Voltamos, nesta primeira parte do SLNB, com alguns dos artigos que têm chamado a nossa atenção assim como com os livros que nos encontramos a ler. Já sabem que podem acompanhar-nos no grupo do Goodreads e no Google+. Voltaremos em breve com a segunda parte, em que falaremos de Sagas Literárias.



Artigos interessantes:

Leituras:
Telma: O Senhor da Guerra dos Céus de Michael Moorcock e Contos Completos Irmãos Grimm de Jacob Grimm
Carla: O Forte de Bernard Cornwell
Diana: To Sir Phillip With Love da Julia Quinn

Outros livros mencionados:
Grendel de John Gardner
Eurico, o Presbítero de Alexandre Herculano
As You Like It de William Shakespeare
Nada tenho de meu de João Paulo Cuenca, Miguel Gonçalves Mendes e Tatyana Salem Levy

Facebook de Nada Tenho de Meu

Já sabem que podem ver o índice, comentar e ver outros vídeos no Youtube. Caso prefiram ouvir em vez de ver o vídeo, podem seguir este tutorial para converter o vídeo em ficheiro MP3.

19 de janeiro de 2014

Projecto 365 - #68-73

O descalabro! Praticamente só tirei fotos no fim-de-semana e vá lá que já tinha colocado uma foto extra. *hangs head in shame* É certo que esta semana andei um pouco mais ocupada e o tempo também não ajudou mas tenho de me comportar melhor. Sair faça chuva ou sol, andar com a máquina atrás mesmo que pareça turista.

#68
#68
Andei ocupada com isto...

#69
#69
E isto...

#70
#70
Consegui terminar isto e ver bastantes filmes...

#71
#71
Ainda que tenha estado muito tempo à frente disto ou semelhante...

#72
#72
Mas como não pode ser só trabalho o domingo foi passado fora de portas...

#73
#73
E dentro de outras. Ok, esta foto é do meu irmão mas porque não queria usar o flash da máquina e a foto ficou tremida e o meu telemóvel não é grande coisa.

As You Like It

Autor: William Shakespeare
Ficção | Género: peça de teatro - comédia
Editora: Wordsworth Classics | Ano: originalmente publicado em 1603(?) | Formato: livro | Nº de páginas: - | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: até aqui tinha lido as obras em e-book, já que no ano passado fiz download das obras completas no site do Project Gutenberg, mas entretanto comprei as Complete Works e foi então o livro físico, que é como que a reprodução do First Folio, que li. Não coloco por isso as páginas.

Quando e porque peguei nele: 5 de janeiro de 2014. Era para pegar no Richard II mas soube que ia ser representado e como queria ir ver achei melhor lê-la primeiro. Conta para a Temporada William Shakespeare - Acto III e faz parte de uma antologia, como tenho de ler para o meu desafio anual (tenho de lhe dar um nome :/ ).


Opinião: Coisas que aprendo com Shakespeare: ter cuidado com os irmãos *olha desconfiadamente para o seu* e tios, ter muito cuidado com os tios.

Mais uma vez senti que a leitura das peças deve perder algo para a representação, mas não é por isso que deixo de a achar boa. No entanto, para uma comédia não achei tanta piada como isso. Quer dizer, há situações engraçadas mas não fiquei perdida de riso. Sei que o mal é meu, não devo ler uma peça como um livro pois até a estrutura é diferente e não há a informação de como certas frases são ditas, não há nenhum "disse ela pensativamente" ou coisa do género. Há todo um trabalho por trás, de conhecimento da personagem que o ator ou atriz tem de fazer mas que eu, como mera leitora, geralmente não faço. É o texto, a descrição das suas ações, pensamentos e relações que desenvolve com outros, que me leva a fazer uma análise, coisa que em peças é um pouco mais difícil de fazer.

Mas como disse, é uma boa peça, ou melhor um bom texto, com bons momentos e diálogos (o tão conhecido "All the world's a stage"). Apesar de tudo gostei da Rosalind, que me pareceu muito feminista para a sua época, ainda que precise de se disfarçar de homem. Gostei de como critica o amor cortês, sobretudo a imagem da mulher colocada num pedestal (já no soneto 130 o Shakespeare desafia a convenção e sim, isto foi apenas uma desculpa para andar à procura de um áudio do Tom Hiddleston), mas não é por isso que deixa de sentir amor por Orlando e tentar ajudá-lo a conquistar uma mulher, ainda que seja ela. :D

Achei um pouco estranho como a floresta muda tão rapidamente as pessoas. Se no caso do irmão do Orlando até é compreensível, devido à experiência de quase morte, digamos assim, e de ser salvo pelo irmão, não o achei tanto assim como o Duque Frederick. Mas penso que seja um tema da época, como a Natureza pode subjugar e repor a natural ordem das coisas, assim como dá alguma liberdade que a vida em sociedade (ou na corte) não permite e oferece uma vida mais honesta, mesmo que de trabalho.

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perdia com isso. Apesar de tudo gostei bastante, continuo a preferir as tragédias, mas é por darem mais que pensar e serem tão dramáticas (e eu adoro um bom drama :D). Resta agora ver a peça.

13 de janeiro de 2014

Projecto 365 - #60-67

Esta semana, a primeira de volta em força ao trabalho, fez com que não tirasse fotos em dois dos dias, mas mais uma vez tentei compensar pelo que acho que já trago uma foto extra. :P

Noto que dou comigo mais vezes a pensar "isto dava uma ótima fotografia" mas geralmente não tenho a máquina comigo, nem o telemóvel. Quando tenho, falta o talento. Sinto que são pálidas captações de momentos que com outros dariam fotos excecionais, mas está a ser um projecto engraçada e tem sido giro experimentar o que a máquina pode fazer.

#60
#60
O pequeno almoço, num dia em que cheguei cedo ao trabalho.

#61
#61
Uma das leituras da semana.

#62
#62
A outra leitura e o filme da semana.

#63
#63
A mãe trouxe-me esta capa linda! O tecido é muito bonito, com imagens da minha adorada cidade. Está claro que a coloquei logo a uso, até porque tem um marcador e assim não tenho de estar à procura do meu que, de vez em quando, é algo esquivo.

#64
#64
Acho incrível a quantidade de gaivotas com que me deparo. Deve de haver muita tempestade no mar, nestes últimos anos.

#65
#65
Eu ia jurar que costumava existir um monumento ali. :P Adoro nevoeiro, sinto-me como se estivesse num sonho. Mas passava bem era sem a humidade excessiva.

#66
#66
Primeira tentativa para fazer suspiros, não ficaram muito maus, talvez sejam um pouco doces demais para quem anda a cortar no açúcar, mas comem-se. :D

#67
#67
Esta devia ter sido antes da dos suspiros, mas enganei-me a fazer o upload. Chuvinha boa, sobretudo quando se está dentro de casa. :D

12 de janeiro de 2014

Quando não estou a ler (11)

Na verdade devia ser (5.1) porque é uma espécie de follow-up a este "episódio" da rubrica, em que falei de como estava a fazer uma agenda, o meu primeiro (e até agora único) projeto DIY, que juntaria planos semanais e journal num só. Fiz pesquisas, fiz templates e o resultado foi este:

Agenda 2013Agenda 2013Agenda concluída

Mas acabou por surgir um problema, não o usei tanto como estava à espera. Talvez tenha começado logo mal com a escolha de um dossier que tem argolas pequenas o que fez que não tivesse tantas folhas como queria ou precisava, ou tinha em maior quantidade as do planner onde nem escrevia tanto como isso. Além disso, as argolas rasgavam as folhas o que fazia com que ficassem "feias" (para além dos imensos rabiscos característicos da minha escrita) e chegassem a cair do dossier.

Andava a desanimar quando encontrei isto, fui investigar melhor e percebi o óbvio, o melhor sistema acaba por ser o mais simples e é ok tirar diferentes ideias, experimentar diferentes coisas até se encontrar o sistema perfeito. Parece que o encontrei agora, desde setembro que o uso com relativo sucesso e digo relativo porque mesmo assim encontrei um percalço ou outro.

Sempre pensei que precisava apenas de, como a Telma diz, "um caderno para todos dominar" e até tinha sido isso a razão para fazer a tal agenda, mas descobri que trabalho e coisas pessoais no mesmo sítio não dá certo: ou perco as notas das reuniões, pois apesar do índice tenho que andar para a frente, para trás e ver se não tenho outros apontamentos na parte "mensal" digamos assim; ou tenho medo de emprestar as notas por causa dos textos mais pessoais. Quer dizer, não é propriamente um diário e a maior parte do que escrevo até vem parar aqui porque se trata de opiniões ou ideias e notas para o SLNB, mas mesmo assim... *medo*

Mas apesar do percalço, resolvido com um outro notebook para trabalho, o sistema está a agradar-me e resolve um dos grandes problemas que me chateia em agendas convencionais que é não usar as folhas todas ou esgotar as folhas de uma parte, geralmente a das "Notas", enquanto o resto, "Contactos" e "Plano" permanecem em branco. Assim uso as que preciso e as que ficam em branco (já que geralmente deixo 4 spreads, como lhe chamam no vídeo, em branco para cada novo mês, quase um por semana mas já percebi que 3 talvez seja o suficiente) podem vir a ser utilizadas depois, já que o índice ajuda a navegar pelos apontamentos (sim, também me perco de vez em quando, mas é menos grave do que perder informação para uma reunião porque apontámos uma ideia num dia qualquer e não na folha dos tópicos a discutir :P).

Ainda há algumas arestas por limar e nada garante que daqui a mais algum tempo também não pense que este sistema deixou de ser para mim, mas pronto há sempre um constante busca pela perfeição.

Agenda e notebook

E para quem pensa "mas porque raio está ela a falar disto neste espaço?" Bem, eu passo algum do tempo que não estou a ler a pensar em como posso tornar a minha vida mais fácil com uma agenda, para além de que me estava a apetecer procrastinar um pouco e nada melhor que escrever sobre coisas que não interessam nem ao Menino Jesus. :D

11 de janeiro de 2014

450 anos de Shakespeare ou a comemoração em que eu devia ter reparado

É verdade, ando eu toda armada em esperta a fazer temporadas temáticas e não reparo, mesmo tendo nomeado duas peças que se podiam muito bem inserir no Shakespeare Anniversary, que o senhor comemoraria 450 anos. Já não o pode fazer, mas atingiu a imortalidade que só grandes obras dão a quem as escreve e tal, geralmente, só acontece a quem consegue permanecer atual (outro artigo aqui) mesmo tendo passado séculos desde a sua existência.

É o caso de Shakespeare e não espanta por isso, que neste ano, tantas produções subam ao palco, em Lisboa e no resto do país:
Foi o que encontrei até agora. Vamos a ver se consigo ir a algumas. :)

Edit: Foi acrescentado um link e mais uma peça.

9 de janeiro de 2014

O Corcunda de Notre Dame

Diretor: Gary Trousdale, Kirk Wise
Baseado no livro Nossa Senhora de Paris de Victor Hugo por Tab Murphy, Irene Mecchi, Bob Tzudiker, Noni White e Jonathan Roberts
Atores: Tom Hulce, Demi Moore, Tony Jay, Kevin Kline

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: 5 de janeiro, em casa já que uma colega emprestou-me o DVD. Vi a versão original porque, apesar de achar que as edições portuguesas são magníficas, agora prefiro ver no original porque se perde sempre algo com a tradução. Em alguns casos ganha-se, continuo a preferir a piada do enxofre do "Shrek" ao original, mas geralmente perde-se. Mas claro que a ver alguns dos meus preferidos de infância, é sempre em português. Primeiro amor e tal. <3 Conta para o desafio Disney Movie Challenge.

Opinião: Talvez seja incrível mas nunca vi este filme. Na verdade, e apesar de ser fã da Disney, quase sempre revi a mesma dezena de filmes que tinha por casa em VHS. Só de vez em quando consegui ver outros, que os meus tios alugavam em videoclubes, pois darem filmes de animação na TV era coisa impensável. Mesmo assim, este nunca vi, nem sequer tinha curiosidade em ver, pois pensava que seria uma outra espécie de "A Bela e o Monstro", mas sem a grandiosidade e a piada daquele, nem Monstro fofinho. :P Mas o facto é que, até pode não ser tão bom como "A Bela e o Monstro", mas vai daí sou parcial, o que não quer dizer que não seja um muito bom filme.

Tenho de começar por dizer que o desenho das personagens não me apelou tanto (pode ser impressão minha mas houve alturas em que os personagens me pareceram estranhos, que as feições não eram semelhantes) mas em termos de cenários é belíssimo, sobretudo no que à Catedral diz respeito, pois é simplesmente magnífica. Mas se o desenho não me convenceu, fê-lo o carácter das personagens, sobretudo Esmeralda que é fantástica. Eis um exemplo a seguir! Talvez tirando a parte do "varão"... :P Uma personagem feminina forte, que se sabe defender e desenrascar sozinha, ajudando também quem precisa. Sai um pouco do cânone e só ganha com isso.

O tom do filme também me pareceu mais sombrio. Tom em termos de conteúdo, pois a cidade de Paris e a Catedral acabam por ter imensa luz e vida. Apesar de aparentemente leve, o tema da descriminação não passa despercebido assim como a luxúria. Sim, eu vi um filme da Disney com referências sexuais?! Ok, n'"O Rei Leão" a Nala faz "olhos de cama" *momento solene pela perda da inocência característica da infância*, mas aqui o Frollo fala em fogo (do género "que arde sem se ver"), ficar fora de controlo ao ver Esmeralda dançar, diz "this fire in my skin, this burning, desire, is turning me to sin". Mas está claro que a culpa não é dele, é a bruxa que o enfeitiça... *revira os olhinhos* Não me admiraria de ver uma cena de violação, se não fosse de um filme de animação que estivesse a falar, e de tal servir de desculpa (e deixem-me já dizer que não é desculpa, não há desculpas para violações). Toda a música "Hellfire" é brilhante no ardor e urgência que transmite sobre o desejo sexual/carnal e não deixa de ser interessante como, apesar do ato de contrição por trás e referências à "Beata Maria", esta cena assemelha-se ao de alguém a fazer um pacto com o Demónio. É sem dúvida das melhores cenas que já vi.

Mas aquela não é a única música que se destaca, também gostei de "God Help the Outcasts", que me fez pensar na numa questão que me tinha surgido durante a leitura de The Handmaid's Tale, e claro "Someday" que não sabia pertencer a este filme! A sério, conheço-a e adoro-a há anos (ANOS!), desde que a ouvi pela primeira vez na voz de Chloë Agnew das Celtic Woman, e não sabia de onde era originária! Eu bem achei estranho algumas melodias durante o filme me lembrarem a música, ia mesmo cantando-a para mim, até que começam a rolar os créditos e eis que ela toca, numa versão que apesar de tudo não gostei por aí além (é a tal coisa do primeiro amor :P) mas que nem por isso me deixou de fazer parecer uma Madalena arrependida. *lágrimas* A letra da música mexe comigo, que posso dizer?

O humor não é nada de especial, as gárgulas são engraçadas mas é só isso. Achei o Febo um bocado chato, o típico gajo que conquista a moça. Eu até entendo porque ficou com ele e não vou dizer que ele estar ou não estar é a mesma coisa, porque ele tem impacto na história, mas sinceramente não via grande necessidade de um interesse amoroso. Mas isto sou eu que quero heroínas que mostrem que casar e ter filhos não é tudo o que há na vida para uma mulher. Entendo que sou eu que peço demais, ou peço finais que me agradem (apesar de ler romances em que fico toda "OMD eles ficaram juntos no fim!", sim sou a contradição em pessoa), mas que há que obedecer a certas regras e, afinal de contas, trata-se da adaptação de um clássico da literatura e na época a condição da mulher era diferente.

Posto isto, se ainda não viram não sejam parvos como eu e adiem o visionamento deste filme. A sério, às vezes só me apetece dar porrada no meu "eu" passado, mais ao menos como o Marshall faz num episódio de "HIMYM".

Veredito: Vale o dinheiro gasto. É um filme que me imagino a rever, não tanto por toda a história mas há bons momentos. Além disso quero ler o livro em que se baseia. Na verdade já ando para ler o livro desde que fui a Paris, onde visitei e apaixonei-me pela Catedral e a sua vista. Cheguei a dizer que odiava a cidade, jamais queria ir a Paris, e que vim de lá a adorá-la e a querer voltar? Só mais uma prova do quanto os meus juízos de valor podem estar, e geralmente estão, redondamente enganados. :P

7 de janeiro de 2014

Oh Meu Deus!

O dia começou cedo, cinzento e com chuva, o humor não era dos melhores, mas depois vi isto...


... e a fangirl em mim endoideceu. :D 

Minha gente, É O LIVRO DO COLIN E DA PENELOPE!!! Falta ainda saber a data mas já estou em pulgas porque estava a ver que nunca mais! Ia temendo que não publicassem mais livros. Mais informações devem ser dadas a seu tempo no blog Chocolate para a Alma.

6 de janeiro de 2014

Revolutionary Road

Autor: Richard Yates
Ficção | Género: romance
Editora: Biblioteca Sábado | Ano: 2010 (publicado originalmente em 1961) | Formato: livro | Nº de páginas: 280 | Língua: português

Quando e porque peguei nele: entre 10 de dezembro de 2013 e 5 de janeiro de 2014. Foi o vencedor da última votação do Monthly Key Word Challenge e estava cá por casa desde 2010, pelo que era elegível para o Mount TBR Challenge. Como só o acabei agora, acabou por não contar para nenhum.


Opinião: A melhor ideia que tive o ano passado foi dar a escolher por votação os livros a ler para o desafio do Monthly Key Word, mais não tenha sido por, deste modo, atirar-me a alguns bons livros que tenho por casa, pois apesar de qualquer que tenha sido minha opinião final, não deixaram de ser leituras boas e interessantes, de onde sempre consegui retirar algo. Este não foi excepção.

Esperava vir a gostar mais da escrita deste autor e apesar de achar que passa bem alguns dos sentimentos das personagens, achei-a algo seca e monótona. Mas o mais estranho é que parece acabar por se coadunar à história, que apresenta várias personagens presas a uma vida monótona, tendo no entanto ambicionado, perspectivado, uma vida completamente diferente e, a seus olhos, muito mais preenchida do que aquela que inevitavelmente acabaram por seguir.

Não vou dizer que me reflito nas personagens mas entendo o desespero de April, por exemplo, e a relutância em largar tudo, sobretudo a estabilidade que se tem e a rotina confortável, de Frank e perseguir algo tão esquivo como sonhos. De facto, passei o livro todo a achar que ele era um cretino convencido e armado em superior até perceber que talvez eu faça o mesmo, numa tentativa, algo vã reconheço, de manter um resquício de singularidade, de mostrar a mim mesma que sou única, que me destaco do mar de gente que encontra conforto na rotina, num emprego que dá algum tipo de satisfação mesmo que seja o de às 18h sair porta fora. Aqui até sei que sou mais afortunada, pelo menos, que o personagem e muitos outros, mas não deixam de existir dias em que dúvidas como "é mesmo isto que quero fazer? é o melhor que consigo? não há outra vida para além disto?" assaltam o espírito.

As restantes personagens, Campbells e Givings, também nos mostram dilemas parecidos, sob uma aparente noção de normalidade, mas é o elemento anormal que destoa e mostra a imperfeição da imagem, criticando a sociedade que se contenta em viver num "vazio sem esperança" e colocando-nos a pensar na nossa própria situação.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Só ao escrever me apercebi do quanto gostei do livro, apesar de ter demorado a entrar nele por achar a escrita algo secante e ter sido difícil ligar-me às personagens a nível emocional apesar de entender os seus dramas. Mas é um livro que acaba por se entranhar. Fica a curiosidade para ver o filme.

5 de janeiro de 2014

Projecto 365 - #53-59

Receio que ande preguiçosa no que toca a este projecto, mas ter ficado em casa durante os dias de férias que tive entre o Natal e a Passagem de Ano também não ajudou a arranjar inspiração para as fotos.

#53
#53
A pilha em cima da mesa de cabeceira. Tem um tamanho considerável. Tem muitas das aquisições do ano passado daí que a ver se em 2014 dou cabo dela.

#54
#54
Como disse a passagem de ano foi em casa, mas deu para ver algum fogo de artifício, ainda que muito longe e tapado por prédios.

#55
#55
Os últimos meses do ano são cheios de festas, para além do Natal e Ano Novo. No final de ano pais completaram 30 anos de casamento...

#56
#56
e no início do ano novo o mano fez 28.

#57
#57
Voltei a estar um dia sem tirar fotos, tentei compensar com outras duas que, admito, não são grande coisa (não que as outras o sejam). Aqui está um cruzeiro, não é dos maiores nem mais bonitos que tenho visto atracados, mas gostei do nome.

#58
#58
O ano passado, em agosto, fiz de turista na minha própria cidade (a ver se ainda ponho alguma coisa por aqui) e estou com vontade de o voltar a fazer.

#59
#59

Temporada William Shakespeare - Acto III

Tanta coisa boa neste Tumblr. xD
É verdade que depois de uma boa estreia, o segundo acto deixou a desejar, mas não quero desistir de conhecer ainda melhor um autor que vim a admirar, daí que venha o Acto III!

Uma das minhas intenções para esta terceira parte era ver a peça "Coriolanus" com o Tom Hiddleston (<3), já que tinha lido que seria transmitida a nível internacional no final do mês. Pensava que tal seria através da net, nalgum tipo de streaming e só depois reparei que é em cinemas e que já aconteceu com outras produções, nomeadamente "Macbeth" com o Kenneth Branagh. *chora porque também não pode ver* No entanto, e porque os astros por vezes se alinham, estava um dia destes a folhear a Agenda Cultural de Lisboa quando me deparei com a notícia de que o Teatro S. Luíz ia exibir "Como Queiram" e hoje de manhã vi que o Teatro D. Maria II ia apresentar, nada mais nada menos que... "Coriolano"! Ok, não tem Tom mas parece que tem Albano Jerónimo, o que também não é mau. A ida ao primeiro está garantida (Shakespeare in the theatre!), ao segundo logo se vê.

Para além de ir ao teatro, proponho-me novamente a ver adaptações das peças para o cinema e televisão, documentários, ou qualquer outra coisa relacionada com o Shakespeare. Também quero ler algumas coisas inspiradas ou que mencionem peças do tio Shakes, como o livro Just One Day, ou até retellings, como o Julieta, Quando Tu Eras Meu, sei lá... coisas desse tipo mas dependerá se são livros que tenha ou consiga arranjar na biblioteca e não me impeça de concretizar o maior desafio deste ano - diminuir a pilha e comprar ou pedir emprestados poucos livros.

Para além disto, e aqui reside a grande diferença, penso eu, em relação às outras edições, é que quero tentar ler pelo menos metade das Complete Works. De momento vou a 10% do livro, com 4 peças lidas. Não sei a quantas peças equivalerá 50%, mas devem ser muitas. Este livro será então a antologia (o ponto 6 do meu desafio) a que devo recorrer mais e vou tentar variar entre os géneros das peças, tragédias e comédias, e ler alguns poemas.

É uma grande empreitada, mas tenho ano todo para me ir dedicando a ela. Vamos a ver como corre.

2 de janeiro de 2014

Pilha de livros (6)

Já não é novidade que gosto de mostrar as minhas pilhas, sobretudo a que tenho em cima da mesa de cabeceira. Essa fica para uma outra ocasião, agora pretendo mostrar os títulos que me vão (espero eu) acompanhar neste início do ano no meu desafio.

Pilha de livros
  • há muito tempo na estante - Falling for You de Jill Mansell
  • nova compra (2013) - O Forte de Bernard Cornwell
  • volume de uma saga - Uma Bruxa em Apuros (The Hollows, #1) de Kim Harrison
  • não-ficção - O Meu Programa de Governo de José Gomes Ferreira
  • antologia - Richard II em The Complete Works of William Shakespeare
  • e-book - The Mysterious Death of Miss Austen de Lindsay Ashford

Esta não será a ordem de leitura mas uma intenção de escolher a próxima leitura entre estes 6 títulos e a sua justificação, diremos assim. Curioso que 3 são compras deste ano, um é emprestado e o primeiro volume de uma série pois quero ver se valerá a pena investir tempo (e eventualmente dinheiro) nela, outro está na estante há 3 anos. Com a peça do Shakespeare também vou tentar iniciar o 3.º ato da temporada temática, que deve decorrer durante todo o ano. A escolha da não-ficção prende-se pela política e medidas do Orçamento de Estado que a partir deste ano passo a sentir (ainda) mais na carteira.

Como a Telma, vou tentar encarar este desafio um livro e tema de cada vez. Ela não parece escolher os livros com antecedência mas eu achei que seria melhor, para tentar não me dispersar pelas estantes. Não duvido que tal venha a acontecer, porque os livros são muitos e se os tenho foi porque em algum momento os achei interessantes, o importante é tentar ler dentro dos 6 temas e ler coisas que já tenha por aqui. *repete mantra*

No entanto, e antes disto tudo, ainda tenho de terminar Revolutionary Road.

1 de janeiro de 2014

Curtas: Downton Abbey, Hansel & Gretel: Witch Hunters

Era para fazer uma curta com mais filmes, mas ou já escrevi porque entretanto revi alguns ou não me apetece escrever agora porque já faz algum tempo que os vi. Ficam a última série cujo último episódio da temporada assisti e o último filme visto. A ver se em 2014 faço um registo mais completo por aqui. *fingers crossed*

Título: Downton Abbey
Criador: Julian Fellowes
Atores: Hugh Bonneville, Elizabeth McGovern, Maggie Smith, Michelle Dockery

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: 28 de outubro a 27 de dezembro, gravei a série na box e ia acompanhando conforme a minha disponibilidade.

Temporada: quarta, as temporadas anteriores aqui e aqui.

Opinião: Ponderei não assistir a esta temporada depois do final absurdo da terceira, mas que posso dizer? Dowager Countess e todo o factor novelesco chamam por mim! Mas o drama é tanto e começa a aborrecer. Já falei de como a Edith aborrece, e tal volta a acontecer nesta temporada, mas devo dizer que gostei da sua decisão no último episódio. Eu sabia que as coisas com a Mary teriam de trazer um novo interesse romântico, depois do acidente do Matthew, mas três pretendentes? A sério? E tinham de ser todos abastados, mesmo que um não o mostre a princípio?! *head desk* Quanto aos criados, doeu ver a história da Anna, ainda que se adivinhasse o desfecho mal ela começa a "dar bola", por assim dizer, ao tipo. O Thomas foi uma deceção, mas Mrs Hughes e Mr Carson <3

Estou num ponto em que já só vejo por uma ou outra personagem e interações, como as da Dowager Countess com a Mrs Crawley ou até com o Branson, mas já não me consigo importar com as personagens.

Veredito: Deu na televisão e pouco se perde com isso.

Título: Hansel & Gretel: Witch Hunters
Diretor: Tommy Wirkola
Baseado na história contada pelos Irmãos Grimm por Tommy Wirkola
Atores: Jeremy Renner, Gemma Arterton, Famke Janssen

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: a 30 de dezembro enquanto passava roupa a ferro. :D 

Opinião: Eu sei que não é dos filmes mais brilhantes, que tem um monte de clichés e um enredo demasiado prevísivel, de tal forma que os twists não me surpreenderam. Mas é tão engraçado! E tem sangue, tripas pelo ar, a Gemma Arterton a dar porrada e a ser um bad ass girl. Achei a personagem da Gretel feminista, na medida em que aparentemente dá-se conta de que as mulheres podem ser acusadas de feitiçaria injustamente, ao passo que Hansel não se importaria de matar qualquer uma que seja acusada. Ele não exige tantas provas como a irmão mas achei curioso que ele sofresse de diabetes como resultado de comer uma casa feita de doces. xD

Apesar das suas imensas falhas, mesmo o CGI não me pareceu assim tão bem conseguido, se se partir com poucas (nenhumas mesmo) expetativas para o filme e só se quiser passar um bom bocado (com gore à mistura), este parece ser uma boa escolha.

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso.

Só Ler Não Basta #11.2 - Balanço de leituras de 2013

Um ano termina, um novo começa e o Só Ler Não Basta comemora o seu primeiro aniversário! \o/ Para comemorar fizemos um balanço de 2013 e convidámos a Tita do blog O Prazer das Coisas para conversar sobre o ano de 2013 em leituras. :D


Podem visitar-nos no Goodreads e encontrar um índice da conversa no Youtube. Caso prefiram ouvir em vez de assistir ao vídeo, podem seguir este tutorial para converter o vídeo em ficheiro MP3.

Bom Ano Novo!


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