31 de dezembro de 2014

Dezembro 2014

Não sei para onde vai o tempo. Parece que ainda no outro dia começava o ano e já está a chegar outro. A coisa bem que podia passar mais devagar, mas é como a Gretchen Rubin diz «The days are long, but the years are short.» Não posso dizer que este seja o meu mês preferido e realmente em leituras podia ter sido bem melhor, mas compensou em filmes, sendo que revi alguns favoritos, incluindo "Em Busca da Esmeralda Perdida" que, tenho de confessar, juntamente com o "Horizonte Longínquo" me fez gostar de romances, ainda que só viesse a ler o género muitos anos mais tarde. :P

Livros lidos:
  1. O Grande Amor da Minha Vida (The Bronze Horseman, #1) de Paullina Simons - Não acabei
Filmes vistos:
  1. National Security - Com tanto filme para ver e tive de ver este
  2. The Ghost Writer - Deu na televisão e pouco se perde com isso
  3. Boyhood - Vale o dinheiro gasto
  4. Em Busca da Esmeralda Perdida - Vale o dinheiro gasto
  5. Starship Troopers - Vale o dinheiro gasto
  6. A Fada dos Dentes - Com tanto filme para ver e tive de ver este
  7. Wreck-It Ralph - Deu na televisão e pouco se perde com isso
  8. Love Actually - Vale o dinheiro gasto
  9. The Simpsons Movie - Deu na televisão e pouco se perde com isso
  10. A Jóia do Nilo - Deu na televisão e pouco se perde com isso
  11. Anastasia - Para ter na estante
Séries vistas:
  1. You're the Worst - Vale o dinheiro gasto
Compras:
  1. Todos os Contos de Edgar Allan Poe
Ofertas:
  1. Wrecked (Iron Seas #3.4) [e-book] de Meljean Brook, estava grátis na Amazon
  2. Some of the Best from Tor.com: 2014: A Tor.Com Original [e-book] editado pela Tor.com, grátis na Amazon
Empréstimos:

Desafios:
Desafio 2014 ou Desafio Mini-pilha - li 1 e adquiri 3, pelo que o saldo é de 2 livros acrescentados à pilha, mas o saldo acaba por ser positivo pois este ano li muitas das aquisições que fiz e ainda me dediquei aos que tinha por ler. *\o/*
Disney Movie Challenge - 8 filmes vistos de 98. Pois... parece que este, como alguns desafios de leitura, é para a vida. :P

Artigos que me chamaram a atenção:
  • Acho que já tenho partilhado mais coisas parecidas com isto, não que eu ache que seja preciso mas de qualquer modo fica a nota.
  • Eu não faço parte do grupo que se vira para os livros nos meses de verão, ou em férias, mas não me parece estranho que mais pessoas se virem para eles, tendo em conta que muita gente aproveita as férias para ler o que não lê durante o resto do ano. E muitos não possuírão e-readers por isso mesmo e devem pretender afastar-se de tablets e telemóveis, coisas que nem jeito dá para ler na praia...
  • A história é contada pelos vencedores, e não é só na vida real! xD Ainda assim, como Tolkien trouxe a mitopeia para as nossas estantes.

30 de dezembro de 2014

Só Ler Não Basta #22.2 - Balanço de 2014


Chega ao fim mais um ano e completam-se dois de SLNB. Neste último vídeo de 2014, depois de responder-mos a algumas questões colocadas pela Su, no Goodreads, fazemos um balanço das leituras deste ano que acaba e alguns planos para 2015.



Está disponível um índice da conversa e da lista interminável de livros que enunciamos no Youtube, podem participar no grupo do Goodreads e seguir-nos no Google+.

Maus

Autor: Art Spiegelman
Não-Ficção | Género: memória, comic
Editora: Bertrand Editora | Ano: 2014 (originalmente publicado em 2003) | Formato: livro | Nº de páginas: 296 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: foi-me oferecido pelo meu querido mano pelos meus anos. *estrafega mano fofo com mimos*

Quando e porque peguei nele: 21 a 22 de novembro, porque é claro que o tinha de ler assim que o tive nas mãos.


Opinião: Eis como o género ou o modo que se escolhe para contar uma história pode ser enganador. Pelo menos eu, até aos últimos anos, jamais pensaria que a banda desenhada pudesse ser usada para contar histórias de vida, nomeadamente vidas passadas numa época como a Segunda Guerra Mundial. Mas uma das maravilhas da internet foi mesmo dar a conhecer-me outras coisas, diferentes do que lia e via até aquela altura (bolas, sinto-me velha), facilitando o acesso a coisas que não sabia serem do meu interesse.

Este foi mais um livro que conheci nesses primeiros tempos mas que vim a adiar constantemente porque para mim banda desenhada era o que lia na infância, eram aqueles livros com bonecos que lia numa tarde para passar o tempo no ATL. Mas uma pessoa tem que se abrir a novas experiências e, descobrindo livros em que eu estou interessada e que o meu irmão pode querer ler porque não é só texto (nada me fará mudar a ideia de que o meu irmão me oferece estes livros porque têm bonecos e logo também pode vir a estar interessado, mas YAY por isso! \o/), ele tem-me oferecido preciosidades, tendo sido este o último e tendo saído este ano em português.

Sabia então o tema que tratava, tema que geralmente me deixa curiosa mas reticente em pegar quando se trata de livros porque fico feita num farrapo. Por ter animais em vez de pessoas, pensei que não teria tanto efeito em mim e uma parte de mim chegou mesmo a pensar se esta representação não desumanizaria o grupo judaico, já de si vítima de desumanização durante o período que o livro retrata. Foi com surpresa que constatei que não. Houve um painel em particular que provocou uma emoção tão grande em mim que percebi o génio da coisa. Percebi que apesar de estarem ratos na página, eu não conseguia deixar de pensar que era a história de pessoas que estavam a contar. Nunca me consegui alhear do facto de cada uma daquelas figuras ser um indivíduo com nome, família, trabalho, com amigos, com uma vida como a minha, com uma rotina diária e que de um momento para o outro, por capricho de um grupo, deixou de ser. E enquanto lia sobre o que passaram e até sobre as marcas que tal experiência deixou nos sobreviventes, era verem-me a chorar como uma Madalena arrependida.

O meio pode enganar mas este livro é um murro no estômago. Estou habituada ao tema, estudei-o ainda que superficialmente, gosto de ver filmes e documentários sobre a época, mas entendo agora a minha reticência em ler relatos do género. É como se sentisse na pele e só me pergunto como foi possível tal coisa acontecer. Sei que não é caso único, limpezas étnicas acabam por ser uma (triste) constância da história, mas como é que se pode ter a vida humana em tão pouca conta num período em que supostamente somos "iluminados". Como é que se pode deixar que continue a acontecer? Esta é uma parte da história que não se devia repetir, jamais.

Veredito: Para ter na estante.

29 de dezembro de 2014

Curtas: Legends, Jane Eyre

Título: Legends
Criadores: Howard Gordon, Jeffrey Nachmanoff, Mark Bomback
Atores: Sean Bean, Ali Larter, Tina Majorino

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Nos últimos tempos tenho tentado não ver só coisas porque gosto de olhar para os atores *cough* mas há atores e atores, não é verdade, e sendo que o Sean Bean é, muito provavelmente, a crush mais antiga que tenho, deve ser óbvio neste momento que faço os possíveis para ver todos os projetos em que ele entra. Devagarinho verei tudo. :D

Ora bem, posto isto devo dizer que parti com poucas esperanças que esta série fosse algo de muito bom, parecendo um banal procedural e estando eu um pouco farta deste género. Mas e não é que até gostei?! O Sean é de facto o que mais se destaca nesta série, estando muito além dos restantes atores, sobretudo de Ali Larter, mas posso ser só eu a achá-la por demais irritante, no entanto também a equipa por detrás dos argumentos destes 10 episódio está de parabéns por não caírem na cena do "um caso por episódio". Sim, de acordo com o AXN eu sou tramática e foi com gosto que vi casos passarem de um episódio para o outro e tendo todos os episódios, uns mais do que outros é certo, dado algum tipo de contributo para a grande questão sobre a qual a série se debruça... será Martin Odum mais uma legend?

De resto, é uma série mediana, com muitos acasos convenientes, e com uma reta final bem mais apelativa do que estaria à espera, deixando-me curiosa quanto a uma segunda temporada.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Na verdade é capaz de ser mais um emprestado e pouco se perde com isso, mas tem Sean Bean...

Título: Jane Eyre
Realizador: Susanna White
Adaptação do livro Jane Eyre de Charlotte Brontë por Sandy Welch
Atores: Ruth Wilson, Toby Stephens

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Depois da leitura, tinha de vir o visionamento de pelo menos uma adaptação. Como será lógico, e porque sou fã das séries da BBC, tinha de começar por esta. Quando soube que era adaptado pela mesma pessoa que pegou no texto da Elizabeth Gaskell e fez a maravilha que é o "North and South" fiquei com ainda mais expectativas, mas infelizmente não me satisfez por aí além.

Jane é uma personagem difícil de encarnar. Apesar da sua aparente placidez, por dentro é uma jovem cheia de vida e genica. Eu diria quase que Jane é como que um Jon Snow (mas que sabe muito :P) e que aqui acaba por acontecer o mesmo que acontece aquela personagem na série "Game of Thrones", fica aquém da original. Ruth Wilson tenta mas não chega lá, não é a minha Jane.

Já Toby Stephens é mais o meu Rochester mas não sei, a relação de ambos, apesar de bem conseguida, não parece ter correspondido à que li. Não sei como explicar melhor. Também não fiquei fã das diferenças em relação ao livro, nomeadamente a cena da cigana. e sobretudo do ritmo da história, coisas que achei bem conseguidas na adaptação do livro de Gaskell e que esperava gostar aqui.

É injusto avaliar a mini-série com base no livro mas, apesar do seu esforço, faltou-lhe algo que torna o livro brilhante. Ainda assim é uma boa série mas não ficou a ser das minhas favoritas.

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

28 de dezembro de 2014

Filmes / TV - 2014

FILMES

Janeiro:
1. O Corcunda de Notre Dame - Vale o dinheiro gasto 
2. Robin Hood - Emprestado e pouco se perde com isso 
3. A Diva da Moda - Deu na televisão e pouco se perde com isso 
4. 50/50 - Vale o dinheiro gasto 
5. Don Jon - Vale o dinheiro gasto 
6. A Gaiola Dourada - Vale o dinheiro gasto 
7. Viciados no Amor - Deu na televisão e pouco se perde com isso 
8. (*) Assassinos- Deu na televisão e pouco se perde com isso 
9. Sem Identidade - Deu na televisão e pouco se perde com isso 
10. A Miúda do Lado - Deu na televisão e pouco se perde com isso

Fevereiro:
11. Then She Found Me - Deu na televisão e pouco se perde com isso
12. (*) Gru, o Maldisposto - Vale o dinheiro gasto
13. (*) Bernardo e Bianca na Cangurulândia - Emprestado e pouco se perde com isso
14. Frozen - Vale o dinheiro gasto
15. (*) Romeo + Juliet - Vale o dinheiro gasto
16. Zombieland - Vale o dinheiro gasto

Março:
17. The NeverEnding Story - Vale o dinheiro gasto
18. Surf’s Up - Deu na televisão e pouco se perde com isso

Abril:
19Hop - Com tanta coisa para ver e tinha de ver isto
20. 9 Semanas e 1/2 - Com tanta coisa para ver e tinha de ver isto
21. O Paraíso da Barafunda - Emprestado e pouco se perde com isso

Maio:
22. Inglorious Basterds - Vale o dinheiro gasto

Junho:
23. The Lego Movie - Vale o dinheiro gasto
24. Submarine - Emprestado e pouco se perde com isso
25. Um Longo Domingo de Noivado - Vale o dinheiro gasto
26. The Social Network - Vale o dinheiro gasto
27. Blue Jasmine - Vale o dinheiro gasto

Julho:
28. As Bonecas Russas - Emprestado e pouco se perde com isso
29. O Padrinho - Para ter na estante
30. Scott Pilgrim vs. the World - Deu na televisão e pouco se perde com isso
31. Wild Wild West - Com tanta coisa para ver e tinha de ver isto
32. Um Azar do Caraças - Com tanta coisa para ver e tinha de ver isto
33. Monty Python Live (mostly) - Para ter na estante (não é filme mas como vi no cinema é como se fosse :P)
34. (*) Papuça e Dentuça - Emprestado e pouco se perde com isso

Agosto:
35. A Deadly Obsession - Com tanto filme e tive de ver este
36. Guardians of the Galaxy - Vale o dinheiro gasto
37. Saving Private Ryan - Vale o dinheiro gasto
38. Under the Skin - Vale o dinheiro gasto
39. Iron Man - Vale o dinheiro gasto
40. Nora Roberts: Lua de Sangue - Com tanto filme e tive de ver este
41. Nora Roberts: Montana Sky - o testamento - Com tanto filme e tive de ver este
42. Conspiração Militar - Com tanto filme e tive de ver este
43. Nora Roberts: Tributo - Deu na televisão e pouco se perde com isso
44. Margin Call: o dia antes do fim - Vale o dinheiro gasto
Setembro:
45. (*) Os Homens que Odeiam as Mulheres - Vale o dinheiro gasto
46. (*) O Quinto Elemento - Vale o dinheiro gasto
47. O Bom Pastor - Deu na televisão e pouco se perde com isso
Outubro:
48. Em Parte Incerta - Para ter na estante
49. Enough Said - Vale o dinheiro gasto
50. (*) Romeu + Julieta - Vale o dinheiro gasto (sim, vi-o duas vezes num ano)
51. Frank - Vale o dinheiro gasto
52. O Padrinho II - Para ter na estante
53. O Fugitivo - Deu na televisão e pouco se perde com isso

Novembro:
54. Interstellar - Vale o dinheiro gasto

Dezembro:
55. (*) National Security - Com tanto filme para ver e tive de ver este
56. The Ghost Writer - Deu na televisão e pouco se perde com isso
57. Boyhood - Vale o dinheiro gasto
58. (*) Em Busca da Esmeralda Perdida - Vale o dinheiro gasto
59. (*) Starship Troopers - Vale o dinheiro gasto
60. A Fada dos Dentes - Com tanto filme para ver e tive de ver este
61. Wreck-It Ralph - Deu na televisão e pouco se perde com isso
62. (*) Love Actually - Vale o dinheiro gasto
63. (*) The Simpsons Movie - Deu na televisão e pouco se perde com isso
64. (*) A Jóia do Nilo - Deu na televisão e pouco se perde com isso
65. (*) Anastasia - Para ter na estante

SÉRIES

Março:
1. True Detective (temporada 1) - Para ter na estante

Abril:
2. Foi Assim que Aconteceu (últimas temporadas) - Com tanta coisa para ver e tinha de ver isto ou Para ter na estante
3. Velas Negras (temporada 1) - Vale o dinheiro gasto
4. The Killing: Crónica de um Assassinato (temporada 3) - Vale o dinheiro gasto

Junho:
5. Cosmos: a spacetime odyssey - Para ter na estante
6. Game of Thrones (temporada 4) - Vale o dinheiro gasto

Outubro:
7.
Legends - Vale o dinheiro gasto

Novembro:
8.
Jane Eyre - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso

Dezembro:
9. You're the Worst - Vale o dinheiro gasto

Classificação: Para mais informação ler este post.
(*) - indica que foi revisto.
(**) - indica uma curta metragem.

Livros - 2014

Janeiro:
1. Revolutionary Road de Richard Yates - Vale o dinheiro gasto
2. As You Like It de William Shakespeare - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso 
3. O Forte de Bernard Cornwell - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso 
4. Falling for You de Jill Mansell - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso

Fevereiro:
5. (**) Whisper of Jasmine [e-book] de Deanna Raybourn - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
6. Uma Bruxa em Apuros (The Hollows, #1) de Kim Harrison - Não acabei
7. (**) Waking Kate [e-book] de Sarah Addison Allen - Vale o dinheiro gasto
8. A Grande Revelação (Bridgertons, #4) de Julia Quinn - Para ter na estante
9. Neverwhere [áudio-livro] de Neil Gaiman - Vale o dinheiro gasto

Março:
10. The Mysterious Death of Miss Austen de Lindsay Ashford - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso

Abril:
11. O Meu Programa de Governo de José Gomes Ferreira - Vale o dinheiro gasto
12. Far and Away de Sonja Massie - Vale o dinheiro gasto
13. O Livro das Emoções de Laura Esquivel - Se fosse emprestado não se perdia nada com isso
14. A Night Like This (Smythe-Smith Quartet, #2) [e-book] de Juia Quinn - Se fosse emprestado não se perdia nada com isso
15. The Centurion's Wife (Acts of Faith, #1) [e-book] de Davis Bunn e Janette Oke - Se fosse emprestado não se perdia nada com isso
16. O Despertar da Meia-Noite (Raça da Noite, #3) de Lara Adrian - Emprestado e pouco se perde com isso

Maio:
17. Americanah de Chimamanda Ngozi Adichie - Vale o dinheiro gasto
18. Ascenção à Meia-Noite (Raça da Noite, #4) de Lara Adrian- Emprestado e pouco se perde com isso
19. A Cidade dos Deuses Selvagens (As Memórias da Águia e do Jaguar, #1) de Isabel Allende - Emprestado e pouco se perde com isso
20. Just One Day (Just One Day, #1) [e-book] de Gayle Forman - Vale o dinheiro gasto
21. Just One Year (Just One Day, #2) [e-book] de Gayle Forman - Vale o dinheiro gasto
22. (**) Just One Night (Just One Day, #2.5) [e-book] de Gayle Forman - Vale o dinheiro gasto


Junho:
23. Shakespeare's Landlord (Lily Bard, #1) de Charlaine Harris - Com tanto livro para ler e tive de pegar neste
24. Seven Ancient Wonders (Jack West Jr., #1) de Matthew Reilly - Não acabei
25. Serpente (NUMA Files, #1) de Clive Cussler - Com tanto livro para ler e tive de pegar neste

Julho:
26. Graceling: o dom de Katsa (Graceling Realms, #1) de Kristin Cashore - Com tanto livro para ler e tive de pegar neste
27. The Giver: o dador de memórias (The Giver, #1) de Lois Lowry - Emprestado e pouco se perde com isso
28. Hopeless (Hopeless #1) [e-book] de Colleen Hoover - Não acabei
29. Oryx and Crake (MaddAddam trilogy, #1) [e-book] de Margaret Atwood - Vale o dinheiro gasto
30. Ireland Rose [e-book] de Patricia Strefling - Com tanto livro para ler e tive de pegar neste

Agosto:
31. (*) Para Sir Phillip Com Amor (Bridgertons, #5) de Julia Quinn - Para ter na estante
32. Silver Shadows (Bloodlines, #5) [e-book] de Richelle Mead - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
33. O Fio do Tempo de João Paulo Oliveira e Costa - Vale o dinheiro gasto
34. Jonathan Strange & Mr Norrell de Susanna Clarke - Para ter na estante
35. Richard II de William Shakespeare - Vale o dinheiro gasto
36. (**) (*) The Blushing Bounder (Iron Seas, #0.4) [e-book] de Meljean Brook - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
37. (**) (*) Here There Be Monsters (Iron Seas, #0.5) [e-book] de Meljean Brook - Vale o dinheiro gasto

Setembro:
38. (*) The Iron Duke (Iron Seas, #1) de Meljean Brook - Vale o dinheiro gasto
39. (**) Mina Wentworth and the Invisible City (Iron Seas, #1.5) de Meljean Brook - Vale o dinheiro gasto
40. (*) Heart of Steel (Iron Seas, #2) de Meljean Brook - Vale o dinheiro gasto
41. (**) Tethered (Iron Seas, #2.5) [e-book] de Meljean Brook - Vale o dinheiro gasto
42. Riveted (Iron Seas, #3) de Meljean Brook - Vale o dinheiro gasto

Outubro:
43. Jane Eyre [e-book] de Charlotte Brontë - Para ter na estante
44. Dawn of Avalon (Twilight of Avalon, #0.5) [e-book] de Anna Elliot - Foi gratuito e pouco se perde com isso
45. The Hook (Iron Seas, #0.6) [e-book] de Meljean Brook - Foi gratuito e pouco se perde com isso
46. For Darkness Shows the Stars (For Darkness Shows the Stars, #1) [e-book] de Diana Peterfreund - Vale o dinheiro gasto
47. (**) The First Star to Fall (For Darkness Shows the Stars, #1.5) [e-book] de Diana Peterfreund - Foi gratuito pouco se perde com isso
48. Mystère de la chambre jaune. English [e-book] de Gaston Leroux - Vale o dinheiro gasto

Novembro:
49.
Vasto Mar de Sargassos de Jean Rhys - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
50. O Sentido do Fim de Julian Barnes - Vale o dinheiro gasto
51. Longbourn: amor e coragem de Jo Baker - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
52. Maus de Art Spiegelman - Para ter na estante
53. Pride, Prejudice and Curling Rocks [e-book] de Andrea Brokaw - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
54. Stoner de John Edward Williams - Vale o dinheiro gasto

Dezembro:
55. O Grande Amor da Minha Vida (The Bronze Horseman, #1) de Paullina Simons - Não acabei

Classificação: Para mais informação ler este post.
(*) - indica que foi relido.
(**) - indica uma ficção curta.

21 de dezembro de 2014

Só Ler Não Basta #22.1 - Leituras de Dezembro


Já vai com atraso mas o tempo (e a cabeça) nem sempre dá para tudo. Estamos então a comemorar 2 anos e achámos que a melhor maneira seria responder às vossas questões.

Podem deixar, as vossas perguntas no nosso grupo no Goodreads, podem encontrar (futuramente) um índice da conversação no Youtube e seguir-nos no Google+.



Artigos interessantes:

Leituras:
Telma: The Last Hour of Gann, de R. Lee Smith; Expiação, de Ian McEwan
Carla: Maus, de Art Spiegelman; Stoner, de John Williams; O Grande Amor da Minha Vida, de Paullina Simons; Todos os Contos, de Edgar Allan Poe
Diana: A Game of Thrones, de George R. R. Martin

18 de dezembro de 2014

Porque música é poesia (38)



Hurts - All I Want for Christmas Is New Year's Day

Everybody waits for Christmas
For me it's New Year's day
That's gonna come and take my blues away
I'm wishing on the stars for Christmas
And hoping for a better day
When it doesn't hurt to feel this way

And everywhere there's joy around this festive time of year
And happiness has never felt so far away

All of the bells ringing out for christmas
I'm singing goodbye to the year before
I know that the next one will be different and so much more
All of the bells ringing out for Christmas
And I'm not supposed to feel this way
All that I want this year for Christmas is New Year's day

It's only seven days till Christmas
Six more till New Year's day
It's not a good time to feel this way
Everywhere there's snow surround you
And melt your troubles away
I can only hope to feel the same

I know there'll be tidings of joy this time next year
But happiness has never felt so far away

All of the bells ringing out for Christmas
I'm singing goodbye to the year before
I know that the next one will be different and so much more
All of the bells ringing out for Christmas
And I'm not supposed to feel this way
All that I want this year for Christmas is New Year's day

I remember how I used to feel at Christmas

All of the bells ringing out for Christmas
I'm singing goodbye to the year before
I know that the next one will be different and so much more
All of the bells ringing out for Christmas
And I'm not supposed to feel this way
All that I want this year for Christmas is New Year's day

12 de dezembro de 2014

Longbourn: amor e coragem

Autor: Jo Baker
Ficção | Género: romance histórico
Editora: Editorial Presença | Ano: 2014 (originalmente publicado em 2013) | Formato: livro | Nº de páginas: 392 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: foi oferecido este ano. Quer dizer, na verdade foi oferecido outro que já tinha mas troquei por este. :D

Quando e porque peguei nele: 6 a 16 de novembro, porque tinha curiosidade e estou a tentar não deixar para 2015 livros que comprei ou me chegaram às mãos este ano.


Opinião: Apesar de existirem muitos livros inspirados nas histórias de Jane Austen, sejam continuações, diários ou versões com zombies e outras criaturas sobrenaturais, não posso dizer que tenha lido muitos e dos poucos que li ainda menos são os memoráveis ou que fazem justiça à obra mãe, digamos assim. Este é mais um desses.

Por incrível que pareça, este peca sobretudo por se colar tanto à obra original, já que se fosse uma obra independente, se dedicasse a contar simplesmente a história dos criados de uma qualquer família da época georgiana, teria muito mais liberdade para explorar as personagens upstairs e contrastar com as de downstairs. No entanto, ao partir de personagens e de uma história que já se conhece, esta nova visão acaba por empalidecer personagens que fazem do original uma obra intemporal. E estas personagens tanto são vistas como vápidas e depois tão dignas de consideração pelos criados, que leva uma pessoa a pensar se estas não serão inconstantes.

Infelizmente, o facto de as personagens de Austen serem menos entusiasmantes não leva a que as personagens em que se centra a história, os criados, sejam mais interessantes. Excetuando James Smith, as suas histórias são banais e parece haver uma tentativa de copiar também o drama original, o que não resultou de todo comigo. Sim, tenho a plena noção que realmente a vida destas pessoas deveria ser banal, com longos dias todos eles iguais ao anterior ou à semana que lhe antecedeu, e sinceramente é neste ponto, no retrato do quotidiano, que este livro se destaca, mas as próprias personagens não aprecem ser desenvolvidas de forma conveniente acabando por ser arquétipos que são melhor desenvolvidos em outras obras semelhantes, nem que seja "Downton Abbey" com todos os seus defeitos.

O drama de Sarah parece patético e o de Mrs. Hill parece um daqueles de faca e alguidar. Há também temas que, apesar de não duvidar que existissem naquele tempo, me parecem ter uma abordagem muito moderna. Além de que tudo é previsível, e não me refiro apenas aos dramas do livro original que atravessam, em segundo plano, esta história.

Como disse, o retrato do quotidiano below stairs, a que junto o período que um dos personagens passa na guerra peninsular, foi o que de melhor encontrei neste livro. Apesar de repetitivo, e por isso mesmo, o dia-a-dia pareceu-me credível, fazendo mesmo dar valor às pequenas inovações tecnológicas que temos em casa e que tanto nos facilitam a vida. *abraça a máquina de lavar roupa* Já a sua ligação a Orgulho e Preconceito acaba por ser o menos conseguido, pois acho mesmo que se fosse uma história independente, e não uma outra visão sobre aquele livro de Austen, teria aceite melhor algumas das situações que aqui são retratadas.

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perdia com isso.

10 de dezembro de 2014

Interstellar

Realizador: Christopher Nolan
Escritores: Jonathan Nolan, Christopher Nolan
Atores: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Não sou adepta deste tipo de coisas, porque acho que não dá para discutir coisas sem recurso a falar no que acontece e quem lê sobre algo que não viu ou leu tem de ter isso em conta. Mas seguem-se spoilers, não digam que não avisei.

Eu devia ter mais confiança no meu instinto. Tanto o teaser como o trailer não me puxaram como a outros (já que quanto mais penso nos filmes do Batman, sobretudo no último, parece que menos gosto) mas eu garanto, eu entendo o fascínio dos filmes do Nolan, a sério! E acho que os temas que aborda são pertinentes, sim. Mas no que toca à suspensão da descrença e finais ele, a meu ver, exagera. Ok, talvez não aconteça sempre mas com este foi a segunda vez, e seguida, que não consegui evitar pensar que queria ir embora da sala de cinema chegando a um determinado momento do filme. :/ Mas vamos por partes...

Gostei do mundo apocalíptico que aqui é apresentado, sobretudo por me parecer bastante credível. E não me refiro só aos problemas com as plantações e tempestades de pó, o retrocesso científico e a colocação em dúvida de avanços, conquistas ou conhecimentos tecnológicos também me pareceu algo que pode vir a acontecer. Muito basicamente, o início e a premissa pareceram-me, durante a primeira parte do filme, bastante interessantes de seguir, no entanto, o modo como descobrem a NASA e a espécie de "destino" que faz com que haja "coincidências" fez germinar em mim a semente da dúvida (eu sei, pareço um poeta :P). Comecei a imaginar que caminhos a história poderia tomar e cheguei-me a virar para o meu irmão e dizer, quando eles finalmente partem, "ele é o fantasma da filha". No entanto, enquanto a semente da dúvida crescia, os meus sentidos, nomeadamente a visão, iam ficando fascinados com imensidão do espaço e o seu silêncio sepulcral, com o wormhole e os novos mundos que dava a conhecer e com o gigantesco buraco negro de aspeto fenomenal.

Realmente em termos visuais este filme esmerou-se e é uma pena que tal não se tenha alastrado às personagens que, tirando Cooper (Matthew McConaughey), Murph (Jessica Chastain) e Dr Mann (Matt Damon e surpresa!!! não estava à espera de o ver aqui), pouco interesse têm. Vai havendo algum conflito, é certo, e a parte com o Mann foi, talvez, a minha preferida pelas questões que aborda (e sim, eu às vezes sou meio aluada e não tinha percebido a cena do nome Mann, só depois de ver este vídeo xD ). A certa altura até achei que os robots tinham mais profundidade que as personagens, mas pronto.

Perante isto tudo, eu até estava a engolir a coisa, apesar da semente da dúvida e de alguns conceitos científicos, como a teoria da relatividade, me fazerem alguma confusão. Fui sendo capaz de suspender a descrença e maravilhar-me com tudo o resto. Até que entram no buraco negro e começo a perceber que o que eu tinha dito ao meu irmão está prestes a desenrolar-se à minha frente mas com um detalhe que eu, apesar de imaginar, não queria. *suspira e revira os olhinhos* Tive exatamente a mesma reação que ao ver o símbolo do Batman em chamas no terceiro filme, mas se ali pensei "com a cidade em perigo e ele perde tempo a desenhar um morcego em gasolina para lhe chegar fogo e mostrar que está de volta? Não há nada de mais útil para fazer como salvar pessoas?!" aqui pensei "o amor é capaz de fazer alguém sobreviver e guiá-lo através de um buraco negro?!" Eu não duvido que o amor é um poder do caraças, sobretudo quando falamos de laços familiares como os que unem pais e filhos (vide Harry Potter), mas eu traço o meu limite na sobrevivência pelo amor em pleno espaço interestelar! Enfim, só queria vir-me embora porque, a partir dali para a frente, perdi qualquer interesse que tinha no filme.

E depois a cena do cubo numa outra dimensão e como teria sido construído por humanos... ok, aqui o problema pode ser só meu, que não consigo imaginar o tempo como algo que não seja uma linha contínua e por isso não vejo como pode alguém no futuro ter construído aquela dimensão para o Cooper comunicar com a filha no passado, se a ação do Cooper é fundamental para que haja um futuro. Só numa linha paralela que se intercepta mas a intercepção não fará com que um futuro deixe de existir? Enfim, não sei se isto fará sentido, mas o desenho para explicar também não sairia melhor. :P

Tudo isto para dizer que sim, visualmente é fenomenal mas tal como o terceiro filme do Batman há demasiada coincidência e o terceiro ato, chamemos-lhe assim, ultrapassa o meu limite da suspension of disbelief. Se calhar já é ser mórbida mas ao menos que o Cooper morresse depois de comunicar com a filha, porque não esqueçamos que... ele atravessa um buraco negro! Isto fez-me pensar que o Nolan só consegue fazer finais felizes (quase tanto como o Baz Luhrman só sabe fazer finais tristes), apesar de dar a ilusão de finais abertos, em que qualquer coisa pode acontecer. Mas agora, para mim, essa abertura soa a falso, o que me leva a questionar o "Inception", que para mim é, até ao momento do que pude ver do Nolan, o seu melhor filme. Tendo em conta uma certa teoria relacionada com o totem do personagem do Leonardo DiCaprio e agora o meu sentimento em relação aos seus finais, temo que o desfecho também seja um "falso aberto". :/

Veredito: Vale o dinheiro gasto mas sobretudo pelos visuais, porque quando o filme entra na sua recta final eu estava era a querer sair da sala e pedir o meu dinheiro de volta. Já agora, aproveito para deixar outra opinião que li aqui.

9 de dezembro de 2014

O Sentido do Fim

Autor: Julian Barnes
Ficção | Género: romance
Editora: Quetzal | Ano: 2011 | Formato: livro | Nº de páginas: 152 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: salvo erro em 2012 e foi prenda de natal do mano.

Quando e porque peguei nele: 3 a 5 de novembro, porque estava constantemente a chamar por mim. Sim, os livros às vezes chamam-me.


Opinião: Este livro chamou-me a atenção não por ter ganho o Man Booker Prize (embora me tenha levado a manter o autor debaixo de olho) mas pela belíssima capa original, já que havia tropeçado num vídeo em que mostrava a evolução do conceito gráfico para o design final. De resto, pouco ou nada sabia mas convenci o meu irmão a oferecer-mo num dos últimos natais e, apesar de saber que a Telma não tinha ficado impressionada, tentei não desanimar com as opiniões menos boas.

Apesar de o protagonista não me ter cativado, acho mesmo que não chegou a aprender nada com tudo aquilo porque passou, achei a escrita belíssima e com ponderações nas quais me revi um pouco. Adorei as reflexões sobre a memória, como apercebemos as nossas ações e a de outros, como tudo acaba por ser percebido de forma diferente, uma vez que não somos imparciais e, claro está, tentamos contar uma história em que somos o bom da fita, em que se há algo a apontar, a culpa é dos outros, que nos magoaram, que não fizeram o que achamos que deveriam ter feito não correspondendo às nossas expetativas.

Também foi interessante perceber como os nossos atos bem pensados ou não, podem ter influência e mudar a vida das outras pessoas, acabando por ter uma mão no destino das mesmas.

Enfim, não direi que merece ou não o prémio que ganhou, até porque não sei com que livros competia (chego sempre tarde à festa, já que não sou muito de ler as novidades nos anos em que são editados), mas é sem dúvida uma história que convida o leitor a ponderar sobre o seu passado e atitudes e penso que só por isso vale a pena. Além de que a escrita é realmente belíssima e se já tinha curiosidade em conhecer a obra do autor depois de ter lido entrevistas suas e perceber sobre o que é que escreve, ainda com mais vontade fiquei de devorar as suas restantes obras.

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

8 de dezembro de 2014

Vasto Mar de Sargaços

Autor: Jean Rhys
Ficção | Género: romance
Editora: Biblioteca Sábado | Ano: 2009 (publicado originalmente em 1966) | Formato: livro | Nº de páginas: 179 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: fiz a coleção da Biblioteca Sábado.

Quando e porque peguei nele: 30 de outubro a 3 de novembro. Tinha lido o Jane Eyre à pouco tempo e como tinha ouvido dizer que era uma prequela, achei que era melhor ler este que reler o livro da Charlotte Brontë.


Opinião: Talvez seja estranho, eu pelo menos acho estranho, mas ao ler este livro supostamente inspirado numa história de uma das irmãs Brontë, de que por acaso gostei bastante, lembrei-me foi de uma outra história, de uma outra irmã Brontë e que por acaso não me cativou  por aí além. E tal como esse, este livro pouco ou nada fez por mim.

Apesar de Jane Eyre ser a força do livro com o seu nome, não deixa de haver outras personagens que exercem algum fascínio sobre o leitor, ou pelo menos sobre mim. Posto isto, está claro que Rochester e Bertha são as duas personagens que se destacam por terem um passado misterioso e comum, passado esse que influencia a narrativa de Charlotte. A descoberta desse passado levou-me então a pegar nesta história e de certa maneira não consegui deixar de me sentir enganada.

Para começar, entendo que um autor tenha liberdade criativa mas ao pegar, ainda que sem nunca ser realmente explícito que se tratam das mesmas personagens, na história de uma outra pessoa, eu esperava que alguma coisa das personagens se mantivesse nesta nova visão mas acabei por achá-las completos estranhos. Também sei que a visão que temos pode ser algo enviesada, em Jane Eyre nunca temos a perspectiva de Bertha, mas pareceu-me que estava a ler coisas diferentes e por isso rapidamente perdi qualquer entusiasmo.

Nunca me senti ligada às personagens, sendo que ambas me desesperaram um pouco pelas suas atitudes, a meu ver, bastante inconstantes e por isso algo incompreensivas. E foi neste aspecto que achei o livro mais parecido com o de Emily do que o de Charlotte.

Outra coisa que aproximou este livro a O Monte dos Vendavais foi a descrição do local. O ambiente também me sufocou e oprimiu, conseguia sentir a humidade e o calor doentio, mas não foi o suficiente para em cativar.

Não digo que foi um tiro ao lado, tenho a certeza de que a autora terá tido alguma motivação e terá conseguido atingir o seu fim, mas ao retratar uma realidade que para mim é algo desconhecida, como é o séc. XIX jamaicano e as convulsões sociais que aí parecem ter tido lugar, posso não o ter apreciado dignamente. Também reconheço que o facto de o ter colado no meu imaginário a Jane Eyre, não ajudou a apreciar este livro de forma livre, digamos assim, já que esperava um outro tipo de história, e a escrita em stream of conscious, talvez por não estar muito habituada ao estilo, pareceu-me bastante confusa.

Enfim, não foi um livro para mim mas questiono-me o que teria achado do mesmo se o tivesse lido sem o ter preso ao Jane Eyre. :/

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perdia com isso.

1 de dezembro de 2014

Só Ler Não Basta #21.2 - Literatura e as restantes artes


Voltamos a ter como convidada a Sofia Romualdo, desta vez não como representante, digamos assim, do género steampunk mas das artes. E é sobre artes e livros que ela vai falando no blog The Curious Curator e no seu canal do Youtube, pelo que nos pareceu a melhor pessoa para falar sobre como a literatura contagia e se deixa contagiar pelas restantes artes. Tentámos abordar um pouco de tudo, cinema, artes plásticas, música... pelo que a conversa se foi esticando e, mesmo assim, mais haveria para dizer.

Como sempre, a tempo ficará disponível um índice da conversa no Youtube e não deixem de ler também as participações no grupo do Goodreads



Agora está o vídeo correto. :D

30 de novembro de 2014

Novembro 2014

Mais um mês. Este geralmente costuma ser especial, costuma ser o meu "reset" com projetos que chegam ao fim e outros que se iniciam. Pode ser só uma curiosidade, mas é uma curiosidade que nos últimos anos me levam a ver este mês com outros olhos até porque, como costumo dizer, coincidências assustam. Ou então é mesmo porque durante o mês de novembro tomo particular consciência do último ano que passou, porque acho que é inevitável ponderar-se sobre tal coisa quando se completa mais um ano de vida.

E é isto. Este mês viu o fim de projetos, entre os quais o Projecto 365, e pensou-se sobre o fim de outros enquanto se aceitam novos desafios e responsabilidades. Nos entretantos, vai-se lendo e vendo filmes e televisão. :)

Livros lidos:
  1. Vasto Mar de Sargassos de Jean Rhys - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
  2. O Sentido do Fim de Julian Barnes - Vale o dinheiro gasto
  3. Longbourn: amor e coragem de Jo Baker - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
  4. Maus de Art Spiegelman - Para ter na estante
  5. Pride, Prejudice and Curling Rocks [e-book] de Andrea Brokaw - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
  6. Stoner de John Edward Williams - Vale o dinheiro gasto
Filmes vistos:
  1. Interstellar - Vale o dinheiro gasto
Séries vistas:
  1. Jane Eyre - Se fosse emprestado pouco se perdia com isso
Compras:
  1. Stoner de John Edward Williams
  2. Tatiana (The Bronze Horseman, #2) de Paullina Simons
  3. Alexander (The Bronze Horseman, #2.5) de Paullina Simons
  4. Persuasion de Jane Austen
Ofertas:
  1. Maus de Art Spiegelman

Desafios:
Desafio 2014 ou Desafio Mini-pilha - li 6 e adquiri 5, pelo que o saldo é de 1 livros retirado à pilha!, mas tenho vindo a ler quase tudo o que comprei este ano e os que tenho à mais tempo na estante por ler. *\o/*
Disney Movie Challenge - 8 filmes vistos de 98. Pois... parece que este, como alguns desafios de leitura, é para a vida. :P

Artigos que me chamaram a atenção:
  • Porque há quem consiga pôr em palavras aquilo que penso bem melhor do que eu, em relação ao novo filme do franchise "Jurassic Park". Fiquei com mais vontade de rever o primeiro (que tive na última vez que o vi a oportunidade de o ver em IMAX 3D! *fangirla que nem doida) do que de ver este. É que já nem falo em como aparentemente se esqueceram de como a coisa correu mal quando resolveram armar-se em espertos no primeiro filme e "ressuscitar" espécies extintas sem terem em conta que as coisas poderiam dar para o torto, mas também é por isso que há um filme, para agora andarem de novo a "brincar" e fazerem novos dinossauros híbridos. *suspira* A sério, alguém aprende História?! E os raptors são bonzinhos?! Eu estava preparada para ver T-Rex e raptors com penas coloridas, mas bonzinhos? O_o
  • Eis um termo que já deixei de ter usar no que toca a livros. Ok, não ando para aí a declamar como gosto de romances românticos e tal aos 4 ventos, mas também já não faço por esconder.
  • Como a autora do vídeo não acho que sejam literatura, nem que tenham a presunção de o ser. Não sou a maior entusiástica de videojogos, porque dom para os jogar é coisa que não tenho, mas gosto de ver o meu irmão jogar e há jogos com histórias muito interessantes de seguir, e às vezes confusas (meu Deus o "Metal Gear" é coisa para me fazer doer a cabeça). O facto de ser mais interactivo acaba por dar uma outra dimensão a uma história, diferente da que a leitura ou uma versão em filme oferecem. São meios diferentes e julgo que em muitos casos têm-se provado complementares, em que uma mesma história ou universo, uma narrativa, pode originar diferentes formas de ser experimentada e explorada, que agrada a toda a gente gostem ou não de ler, de cinema ou de jogar.
  • E ainda sobre livros e videojogos...

26 de novembro de 2014

Mystère de la chambre jaune [e-book]

Autor: Gaston Leroux
Ficção | Género: mistério
Editora: - | Ano: 2012 (publicado originalmente em 1907) | Formato: e-book | Nº de páginas: 240 | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: estava e está gratuito na Amazon.

Quando e porque peguei nele: 19 a 30 de outubro. Foi o livro de outubro num bookclub do Twitter. Infelizmente não participei ativamente na discussão, porque não tem dado para frequentar tanto aquela rede social, mas foi o pretexto para pegar no livro de um autor que já tinha lido e gostado.


Opinião: Ele há livros que nos levam a perceber o que nos faz gostar tanto de um género. Este levou-me a perceber, se bem que já tinha uma grande suspeita, de que o que mais gosto em mistérios é do narrador. Tanto nos livros com Poirot de Agatha Christie e Sherlock Holmes de Conan Doyle, é o narrador que me leva a admirar os célebres detectives que, graças às suas célulazinhas cinzentas ou pensamento analítico, em todas as histórias descobrem o culpado, e que me conduz pelos meandros da cena e resolução do crime, fazendo uso dos seus conhecimentos e, por vezes, dos relatos de outros. Eu, pelo menos, sempre que leio um livro deste género, sinto-me mesmo como que na pele do narrador, e apesar de achar que os autores por intermédio dos seus brilhantes detectives nos escondem sempre uma peça vital para a descoberta do culpado, não é por isso que, tal como Hastings ou Watson, deixo de ficar impressionada com o intelecto daqueles, ainda que mais com o de Poirot que com o intelecto de Holmes, pois o primeiro sempre me apanha de surpresa enquanto que em alguns casos do segundo já tenho chegado à conclusão certa antes de ele a revelar.

Ora tudo isto para dizer que encontrei mais um detective, ao nível daqueles dois tão conceituados, neste livro de Gaston Leroux. Rouletabille é tão competente como Poirot e Holmes e claro que nós, como Sainclair, ficamos atónitos perante as suas capacidades, ainda para mais sendo aquela personagem tão jovem, com apenas 18 anos.

O caso em si é um locked room mystery, penso que até o primeiro do género a aparecer, e procura-se perceber como é que num quarto fechado a Mademoiselle Stangerson foi atacada, conseguindo o seu atacante fugir sem que ninguém desse por ele. Inicia-se então a busca de um ser quiçá sobrenatural mas movido por propósitos muito humanos. A história encontra-se bem estruturada e gostei que se fizesse uso de escritos que não apenas os do nosso narrador, até porque Gaston Leroux é exímio no romance epistolar, como já tinha tido hipótese de comprovar em O Fantasma da Ópera e aqui apenas o confirma. Quero ler tudo o que o homem escreveu, a sério.

As personagens também são interessantes de seguir, mais não seja para perceber se são inocentes ou culpados, mas não consegui deixar de sentir durante a leitura de que o autor tinha alguma carta guardada na manga para o desenlace. Mas importei-me? Não. Como disse, já o mesmo parece acontecer com Agatha Christie se bem que ela é muito mais matreira. :)

Apesar de descoberto o culpado, no final há algumas linhas que ficam em aberto e, apesar de ter quase a certeza do que acabará por ser revelado, não deixo de ter curiosidade em confirmar as minhas suspeitas.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Sim, eu sei que foi gratuito mas se tivesse gasto dinheiro tinha-o dado por bem empregue.

25 de novembro de 2014

Curtas: Enough Said, Frank

Título: Enough Said
Realizador: Nicole Holofcener
Escritor: Nicole Holofcener
Atores: Julia Louis-Dreyfus, James Gandolfini,

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Depois de "Gone Girl", este foi o filme fofinho de que precisava. Não conhecia, foi o mano que aconselhou apesar de saber que não vou muito à bola com a Julia Louis-Dreyfus. Não gosto de "Seinfeld" nem da personagem que aí interpreta, assim como também era um tormento vê-la em "The New Adventures of Old Christine", mas tentei ignorar a minha pouca simpatia que nutro por ela e ver o filme. Acabou por compensar pois foi uma boa surpresa.

Também não gostei por aí além da personagem dela mas a coisa aqui funciona, sobretudo por causa de algumas atitudes que toma quando percebe que o mundo é muito pequeno. É certo que a posição dela não é fácil, pelo menos não lhe invejo a situação, e leva-nos a questionar o que aconteceria se estivéssemos nos seus sapatos. Daríamos ouvidos ao que nos dizem sobre outra pessoa? Ou tomaríamos a nossa própria relação com essa pessoa em conta em detrimento do que possamos ouvir? Ou até tomar as duas em conta, balançando-as? De certo modo, acho que é uma "ginástica" que já fazemos todos os dias, pelo que é uma questão pertinente e aqui muito bem explorada.

É também uma história de segundas oportunidades, coisa que venho aperceber-me gosto bastante (sim, sei que já devia ter percebido com Persuasão :P ), muito fofa, com um romance bem desenvolvido sendo que os dois protagonistas terem uma boa química também ajuda.

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

Título: Frank
Realizador: Lenny Abrahamson
Escritores: Jon Ronson, Peter Straughan
Atores: Michael Fassbender, Domhnall Gleeson, Maggie Gyllenhaal

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Se me dissessem que alguém com uma cabeça de papel machê poderia ser tão carismático e levado a sério, o mais certo era rir-me. E de facto, tal como um dos protagonistas deste filme, não deixei de achar a personagem de Frank, a início, alvo de chacota. Ri-me tanto da premissa do filme como da personagem, mas com o decorrer da história a nossa visão muda e a sua inocência, a sua compaixão e amizade que mostra por todos aqueles que se atravessam no seu caminho, acabam por fazer-nos esquecer o bizarro daquela cabeça. De tal modo que bizarro foi ver Frank com a cara do Fassbender. E não sabem como dizer isto é estranho porque estamos a falar do Fassbender! Tipo, a minha lista é Tom Hiddleston e logo atrás... Michael Fassbender! Mas a sério, o Frank sem aquela cabeça de papel machê enorme simplesmente não era o Frank.

No geral, gostei bastante do filme. Achei o Fassbender genial no uso que faz da voz e dos seus movimentos para se expressar e o resto do elenco também faz um bom trabalho. É um filme engraçado, com momentos bizarros mas nem por isso deixa de fazer-nos pensar sobre o que é realmente importante, chamar a atenção para doenças do foro mental e valorizar o que nos torna únicos, nem que seja a nossa excentricidade.

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

23 de novembro de 2014

Shakespeare in the Park

Tinha que partilhar as últimas tiras da comic Mutts, já que esta semana incidiram sobre Shakespeare. :D

Richard III

Romeo and Juliet

Hamlet

Hamlet

Romeo and Juliet

Much Ado About Nothing

10 de novembro de 2014

Só Ler Não Basta #21.1 - Leituras de Novembro


Quem diria que já temos quase dois anos disto, hein?! Mas cá estamos de volta com mais um episódio sobre as nossas leituras e lançamento do tema do mês, a ser debatido mais para o final de novembro, que desta feita se debruçará sobre livros e arte.

Podem deixar, como sempre, a vossa opinião sobre o tema no tópico de discussão no nosso grupo do Goodreads, podem encontrar um índice da conversação no Youtube e seguir-nos no Google+.



Leituras:
Carla: The Mistery of the Yellow Room, de Gaston Leroux; Vasto Mar de Sargaços, de Jean Rhys; O Sentido do Fim, de Julian Barnes; Longbourn: Amor e Coragem, de Jo Baker 
Diana: The City and The City, de China Miéville
Telma: The Last Hour of Gann, de R. Lee Smith

Artigos interessantes:
Diana: Weighing up the virtues of long novels
Telma: Opinião de A Sangue Frio, de Truman Capote

Sobre o #ReaderGate

9 de novembro de 2014

Projecto 365 - #362-365

E chegou ao fim! \o/

#362
#362
Porque há dias em que por muito que o chocolate nos entenda, não há melhor que ir às compras e mimar-me, o que para mim significa trazer pelo menos um livro.

#363
#363
A sério, as obras não param!

#364
#364
A nova leitura do momento.

#365
#365
Por fim, prenda para mamãe, que faz anos no dia anterior ao meu. :D Eu e o meu irmão demos-lhe um CD do Leonard Cohen, cantor de que ela gosta muito.

E entretanto também já comemorei a passagem de mais um ano. Foi um dia bem passado, com um livrinho e um caderno de oferta. :D Tirei fotos mas vou comemorar o facto de ter acabado este desafio sem as colocar aqui. :D Estava a pensar fazer no final destes 365 dias de fotos o 100 Happy Days, e o ter completado 3 décadas de vida seria o primeiro desses dias felizes, mas acho que vai ficar para outra altura.

Foi engraçado fazer este projecto, ainda que pelo meio a coisa não tenha corrido tão bem como estava à espera, por falta de tempo, paciência, imaginação... Mas esforcei-me e levei a coisa até ao fim e só por isso estou satisfeita. Tenho levado vários e diferentes projectos até ao fim. Para quem desiste à menor dificuldade, acreditem que os últimos anos têm sido satisfatórios nesse aspecto. Sinto que agora sim sou uma pessoa adulta e sinto-me pronta para encarar qualquer desafio que surja no meu caminho, como já acabou por surgir. Vou fazer parte de um projecto profissional com o qual sonho desde pequena. *\o/*

Não sei como é que isso se vai refletir por aqui, porque o meu tempo vai ficar um pouco mais curto e tenho de confessar que isto não dá a pica de outros tempos. Tenho escrito com mais gosto nos meus cadernos, talvez até porque tenho passado a preferir discutir livros em tertúlias virtuais e em carne e osso. Além de que já passo tanto tempo ao computador durante o dia, que chegando a casa é a última coisa em que quero pegar. Por isso, se acharem que este meu cantinho anda mais parado do que seria habitual não se preocupem, é porque ando a fazer outras coisas e a ler como tenho feito até aqui. :)

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