Título: Enough Said
Realizador: Nicole Holofcener
Escritor: Nicole Holofcener
Atores: Julia Louis-Dreyfus, James Gandolfini,
Mais informação técnica no IMDb.
Opinião: Depois de "Gone Girl", este foi o filme fofinho de que precisava. Não conhecia, foi o mano que aconselhou apesar de saber que não vou muito à bola com a Julia Louis-Dreyfus. Não gosto de "Seinfeld" nem da personagem que aí interpreta, assim como também era um tormento vê-la em "The New Adventures of Old Christine", mas tentei ignorar a minha pouca simpatia que nutro por ela e ver o filme. Acabou por compensar pois foi uma boa surpresa.
Também não gostei por aí além da personagem dela mas a coisa aqui funciona, sobretudo por causa de algumas atitudes que toma quando percebe que o mundo é muito pequeno. É certo que a posição dela não é fácil, pelo menos não lhe invejo a situação, e leva-nos a questionar o que aconteceria se estivéssemos nos seus sapatos. Daríamos ouvidos ao que nos dizem sobre outra pessoa? Ou tomaríamos a nossa própria relação com essa pessoa em conta em detrimento do que possamos ouvir? Ou até tomar as duas em conta, balançando-as? De certo modo, acho que é uma "ginástica" que já fazemos todos os dias, pelo que é uma questão pertinente e aqui muito bem explorada.
É também uma história de segundas oportunidades, coisa que venho aperceber-me gosto bastante (sim, sei que já devia ter percebido com Persuasão :P ), muito fofa, com um romance bem desenvolvido sendo que os dois protagonistas terem uma boa química também ajuda.
Veredito: Vale o dinheiro gasto.
Título: Frank
Realizador: Lenny Abrahamson
Escritores: Jon Ronson, Peter Straughan
Atores: Michael Fassbender, Domhnall Gleeson, Maggie Gyllenhaal
Mais informação técnica no IMDb.
Opinião: Se me dissessem que alguém com uma cabeça de papel machê poderia ser tão carismático e levado a sério, o mais certo era rir-me. E de facto, tal como um dos protagonistas deste filme, não deixei de achar a personagem de Frank, a início, alvo de chacota. Ri-me tanto da premissa do filme como da personagem, mas com o decorrer da história a nossa visão muda e a sua inocência, a sua compaixão e amizade que mostra por todos aqueles que se atravessam no seu caminho, acabam por fazer-nos esquecer o bizarro daquela cabeça. De tal modo que bizarro foi ver Frank com a cara do Fassbender. E não sabem como dizer isto é estranho porque estamos a falar do Fassbender! Tipo, a minha lista é Tom Hiddleston e logo atrás... Michael Fassbender! Mas a sério, o Frank sem aquela cabeça de papel machê enorme simplesmente não era o Frank.
No geral, gostei bastante do filme. Achei o Fassbender genial no uso que faz da voz e dos seus movimentos para se expressar e o resto do elenco também faz um bom trabalho. É um filme engraçado, com momentos bizarros mas nem por isso deixa de fazer-nos pensar sobre o que é realmente importante, chamar a atenção para doenças do foro mental e valorizar o que nos torna únicos, nem que seja a nossa excentricidade.
Veredito: Vale o dinheiro gasto.
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