30 de abril de 2011

Abril 2011

Só este mês me dei conta de que, mesmo parecendo que ando a ler pouco, já li bastantes livros. O_o Ok, está certo que não acabei dois mas mesmo assim... Também reparei que parece que leio um pouco mais lentamente no Kindle e que me canso mais, ou que é mais fácil colocar a leitura de lado. Geralmente tento acabar um capítulo, para então pousar o livro, mas no Kindle tal coisa é um pouco mais complicada, não dá para contar quantas páginas temos ainda para ler até ao final do capítulo, e por isso abandono a leitura em qualquer ponto do texto. Ainda assim, estou a gostar bastante da experiência, como já tinha dito num outro post, mesmo que já me tenha deixado irritada quando, a poucos capítulos de acabar uma leitura (e numa parte muito fofa da história), o Kindle ficou sem bateria. Podia ser como os telemóveis (talvez não de forma tão irritante como alguns que já tive e que começam a apitar mesmo que esteja no modo silêncio) ou os portáteis que aconselham a ligar a uma fonte de energia, mas não aparece simplesmente um ecrã a dizer "Carregue..." BAH!

Mas continuando... Tal como em meses anteriores, tenho lido sobretudo por escapismo, daí a escolha recair em livros tidos como leves, com alguma acção e mesmo algum romance pelo meio. Livros que não exigem muito do leitor, mas que mesmo assim distraem de alguns problemas do dia-a-dia. Richelle Mead para além de possibilitar tudo isto, apresenta ainda uma heroína agradável de seguir, ainda que com algumas atitudes que nos fazem revirar os olhos, e com um sentido de humor do meu agrado e que me tem feito rir bastante enquanto leio, algo que é, muito sinceramente, bem vindo. :)

No que toca a aquisições, este mês não foi Natal mas quase pareceu com tanto livro que me deram! A maior parte deles vieram de uma amiga que aparentemente precisava de espaço ou de estantes novas ( :P ) e já não os queria. Estou-lhe muito agradecida por se ter lembrado de mim. *abraça* Prometo que vou tomar muito bem conta deles. ;) Além disso, parece que a sorte, por vezes, anda a meu lado. Vá lá, vai dando para balançar com períodos de mais azar. :)

Ofertas:
  • I Thee Wed de Amanda Quick
  • Mistress de Amanda Quick
  • Ravished de Amanda Quick
  • Fortress of Eagles de C. J. Cherryh
  • A Dangerous Man de Candance Camp
  • Shakespeare's Landlord de Charlaine Harris
  • Real Murders de Charlaine Harris
  • Kiss of Darkness de Heather Graham
  • The Bodyguard Joan Johnston
  • Those Who Walk in Darkness de John Ridley
  • An Unlikely Governess de Karen Ranney
  • Mr. Impossible de Loretta Chase
  • The Mediator - Shadowland de Meg Cabot
  • The Burning de Susan Squires
  • A Little Bit Wild de Victoria Dahl
  • Ramsés, o Templo dos Milhões de Anos de Christian Jacq
  • Sangue Mortífero de Charlaine Harris ganho num passatempo no blog Sangue Fresco

Empréstimos da Tchetcha:
  • Sangue Felino de Charlaine Harris
  • Laços de Sangue de Charlaine Harris

28 de abril de 2011

Booking Through Thursday: Brevemente num cinema perto de si

A pergunta desta semana é...
If you could see one book turned into the perfect movie–one that would capture everything you love, the characters, the look, the feel, the story–what book would you choose?

Felizmente os que mais queria ver já estão adaptados, falo claro de Harry Potter e a Guerra dos Tronos. O Senhor dos Anéis não entra porque li os livros por causa dos filmes...

Quanto a HP, bem... prefiro de longe os livros mas acho que mesmo assim os filmes não estão muito mal, tendo em conta que tentam condensar uma história com muitos pormenores em cerca de 2 ou 3h. Quanto ao segundo, estou a gostar bastante da série, ainda que o segundo episódio me tenha parecido mais parado e a tentar contar muita coisa ao mesmo tempo. :/

Não me recordo de mais nenhum livro, nomeadamente que ainda não tenha sido adaptado. :/ Já vi Austen, Elizabeth Gaskell, Dumas...

Lembrei-me... A Estirpe! Ou a Academia de Vampiros! Como me pude esquecer do Dimitri!? Ou, como respondeu a Slayra, Uglies (ou basicamente qualquer livro) do Scott Westerfeld! A Corte do Ar!

Para quem não se lembrava aidna me vieram alguns à cabeça... Ora bem, o primeiro porque o livro lia-se como um filme, parece um autêntico guião, é bastante gráfico e eu até gosto de gore e um bom thriller de nos deixar presos à cadeira. O segundo porque adorei as personagens, alguma da intriga e adorava ver como seria transposto para o cinema, já que se trata de um livro narrado na primeira pessoa e que, devido a um estranho laço, consegue entrar na mente de uma outra personagem. Os livros do Westerfeld porque são muito imaginativos e os mundos que descreve são bastante interessante. Além disso estamos a falar de livros de ficção científica e steampunk, pelo que o visual deveria ser estimulante e apelativo ao nosso olho. O mesmo argumento vale para o último livro. :)

27 de abril de 2011

Last Sacrifice (Vampire Academy, Livro 6) [e-book]

Autor: Richelle Mead
Género: fantasia
Editora: Penguin Group | Nº de páginas: -

Resumo (do site Goodreads): The astonishing final novel in Richelle Mead's epic series!

Murder. Love. Jealousy. And the ultimate sacrifice. Now, with Rose on trial for her life and Lissa first in line for the Royal Throne, nothing will ever be the same between them.


Opinião: Eis-nos chegados ao último livro, que conta com um pouco mais de acção, ou não estivesse Rose a tentar limpar o seu nome, tendo sido acusada de um crime que não cometeu. Além disso, procura também um Dragomir perdido, para ajudar Lissa na sua pretensão a representar a família na Assembleia da Corte Moroi. Mais uma vez as coisas não são fáceis, mas nota-se que este é de facto um livro que encerra um ciclo, sendo que as personagens tornam-se naquilo que já antecipávamos desde o primeiro livro.

Mais uma vez não posso deixar de salientar o crescimento das personagens, que foi praticamente uma constante em toda a série. Personagens com problemas reais, nem sempre fáceis de ultrapassar mas com os quais nos podemos relacionar. Foi assim um prazer ver Rose tornar-se numa personagem mais calma, um pouco menos impetuosa e mais ponderada, mas ainda assim disposta a meter-se em apuros pelas pessoas que mais ama no mundo. Além disso consegue ultrapassar os seus próprios problemas e ajudar os outros a resolverem os seus. Lissa também tem um crescimento gradual ao longo da série, mas confesso que neste último livro aborreceu-me, ainda que as partes em que Rose estava na sua cabeça fossem interessantes.

Mas nem só de personagens vive um livro e a história também foi muito bem contada. Adorei a voz de Rose, já que os livros são escritos na primeira pessoa, bastante sarcástica e com um humor delicioso. A construção do mundo também me pareceu bem conseguido, ainda que por vezes ficasse com a ideia de que algumas coisas estavam mal contadas ou que havia algumas inconstâncias, sobretudo no que ao Espírito dizia respeito. Fica a curiosidade para conhecer mais de algumas personagens e esperar que outra tenha um final mais feliz, de modo que mal posso esperar pelo spin-off desta série que será lançado este ano e terá como protagonista Sydney, uma Alquimista com quem travámos conhecimento noutros livros e que também neste é importante.

Para além de tudo isto, esta série também constituiu uma interessante leitura, já que comecei por ouvir em versão áudio e só depois passei para a escrita. Achei curioso o facto de que quando lia, conseguia imaginar que estava a ouvir a narradora dos livros anteriores, o que fez com que as personagens tivessem a sua própria voz, a sua própria identidade mesmo na minha cabeça. Conseguia imaginar como a narradora leria as frases e com que intensidade e intenção. Foi um exercício engraçado.

Gostei bastante desta série, algo que realmente não estava à espera e não me importava de continuar a seguir as aventuras e desventuras de Rose. Assim parece que tenho de me contentar com Sydney, que espero venha a ter uma voz diferente da de Rose mas com algum humor semelhante (estou mesmo curiosa quanto ao spin-off!) e fiquei com curiosidade em ler mais livros desta autora, no entanto espero que a Slayra me diga algo quanto à série Succubus. *wink wink*

Vale o dinheiro gasto: Tendo em conta que esperava algo na onda Twilight e que pensei em ficar-me pelo segundo volume, esta série foi sem dúvida algo que me apanhou de surpresa. Não esperava de gostar tanto como acabei por fazer e só posso aconselhar ainda que com algumas reservas. É sem dúvida um livro YA, pelo que quem não gosta deste género é capaz de vir a ter problemas com isso. Eu mesma tive a início. Mas se partirem para a leitura apenas desejando uma boa história e personagens credíveis e fortes que vos mantenham entretidos por algumas horitas, este será um bom livro.

25 de abril de 2011

Esperando por... (2)

Tive a felicidade de conhecer a escrita de Scott Westerfeld com a série Uglies, a minha primeira incursão em sociedades distópicas e que me deixou rendida à sua imaginação. Também já me alonguei sobre o meu fascínio com o género steampunk, na crítica ao livro A Corte do Ar, pelo que quando soube que Westerfeld iria lançar uma trilogia steampunk eu só podia desejá-la, como será óbvio.

A trilogia é composta pelos livros Leviathan, Behemoth e Goliath, sendo que este último será editado este ano, e têm lugar durante a Primeira Grande Guerra. No entanto, em vez da Tríplice Entente e das Potências Centrais em confronto, temos os Darwinistas e os Clankers, respectivamente. Os primeiros caracterizados por usarem criaturas evoluídas de modo a serem usadas em guerras, os segundos por usarem máquinas de guerra.
Resumo (do site do autor): Prince Aleksander, would-be heir to the Austro-Hungarian throne, is on the run. His own people have turned on him. His title is worthless. All he has is a battletorn war machine and a loyal crew of men.

Deryn Sharp is a commoner, disguised as a boy in the British Air Service. She’s a brilliant airman. But her secret is in constant danger of being discovered.

With World War I brewing, Alek and Deryn’s paths cross in the most unexpected ways, taking them on a fantastical, around-the-world adventure that will change both their lives forever.


Já agora, o mapa desta Europa em confronto.

23 de abril de 2011

Uma Mulher de Sucesso

Informação técnica no IMDb.

Director: Mike Nichols
Escritor: Kevin Wade
Actores: Melanie Griffith, Harrison Ford, Sigourney Weaver

Aconselhado pela Tchetcha, que considera que este filme dá um belo retrato da vida profissional de uma secretária, e acha engraçado o facto de ela andar de ténis e trocar para sapatos XPTO quando chega ao trabalho, fiquei com alguma curiosidade e por isso lá procurei o DVD nas BLX com sucesso.

Ora bem, a primeira coisa que me vem à cabeça é... Oh meu Deus os cabelos!!! A maquilhagem!!! Mas os cabelos!!! LOL A sério, adoro filmes e música dos anos 80, acho que foram anos brilhantes nesses aspectos, mas o menos conseguido foi sem dúvida a moda. :D

Mas esquecendo os cabelos, gostei bastante do filme. Acompanhamos Tess (Melanie Griffith), uma secretária de origem humilde mas com ambições e ideias que a podem fazer vingar no mundo empresarial, se ao menos lhe dessem uma oportunidade. Ao mudar de chefe sente-se um pouco insegura, já que nunca antes havia trabalhado para uma mulher e ainda por cima mais nova (ainda que por poucos dias), mas Katharine Parker (Sigourney Weaver) rapidamente a põe à vontade e Tess conta-lhe então uma das suas ideias. No entanto, Katharine parte uma perna a esquiar e dá a Tess uma série de tarefas a realizar, nomeadamente cuidar da casa, e é assim que Tess fica a saber o que é ser apunhalada pelas costas e decide aproveitar a baixa da sua chefe para singrar no mundo empresarial, contando para isso com a ajuda de Jack Trainer (Harrison Ford).

Está claro que pelo meio temos um pouco de romance e algumas tiradas engraçadas, mas foca-se sobretudo na luta pela conquista de um sonho. É um bom filme para ver numa noite ou tarde aborrecida, com chuva lá fora e em que não apetece ler.

Já agora, deixo o trailer (os cabelos!! *medo*)

20 de abril de 2011

Spirit Bound (Vampire Academy, Livro 5) [e-book]

Autor: Richelle Mead
Género: fantasia
Editora: Penguin Group | Nº de páginas: -

Resumo (do site Goodreads): After a long and heartbreaking journey to Dimitri’s birthplace in Siberia, Rose Hathaway has finally returned to St. Vladimir’s and to her best friend, Lissa. It is at long last graduation, and the girls can’t wait for their real lives beyond the Academy’s iron gates to begin. But Rose’s heart still aches for Dimitri, and she knows he’s out there, somewhere.

She failed to kill him when she had the chance. And now her worst fears are about to come true. Dimitri has tasted her blood, and now he is hunting her. And this time he won’t rest until Rose joins him... forever.


Opinião: Continuando o volume anterior, Rose regressa à Academia para se formar. Se andava ansiosa por se tornar guardiã, menos ansiosa fica por ter de abandonar a St. Vladimir. Afinal de contas o perigo espreita. Dimitri anda por perto, mal podendo esperar que ela saia da segurança da Academia para a apanhar e matá-la. Sim, porque se ela não acedeu ao seu pedido, então ela tem de morrer pois é vista como uma forte adversária pelos outros Strigoi. E se ela tem de morrer, então deverá morrer às mãos de Dimitri.

A história tem ficado ainda mais emocionante a cada volume, o que dá muita vontade de continuar a leitura e não colocar os livros de lado. Este é repleto de acção, ainda que a espaços aborrecesse um pouco, nomeadamente no que toca à política. No entanto tal é necessário para entender alguns desenvolvimentos, além de que nos permite conhecer melhor a sociedade Moroi.

No que toca a personagens, o crescimento não da heroína não é tão acentuado, acho que regride mesmo um pouco, voltando a ser um pouco mais movida por hormonas numa certa parte da narrativa, mas é compreensível (e de quebrar o coração! :P ). As restantes mostram outras facetas, Lissa parece tornar-se numa digna representante da sua família, com todo o seu porte e antecipando que dali podem vir algumas mudanças para a sociedade Moroi; Adrian revela-se compreensivo quando o leitor até seria capaz de entender que não fosse; Eddie e Michael são personagens que apesar de secundárias, revelam-se muito importantes na acção e agradáveis de seguir, sendo que só lhes podemos desejar o melhor, nomeadamente para o segundo.

Este volume tem algumas surpresas, mas pareceu-me um pouco menos conseguido que o antecedente. Ainda assim não posso deixar de o aconselhar. ;)

Vale o dinheiro gasto: Não tenho muito mais a acrescentar ao que já tenho dito em volumes anteriores. Está a ser uma agradável surpresa, tendo em conta que estava um pouco de pé atrás com mais um livro de vampiros.

18 de abril de 2011

Verdade ou Consequência? (4)

O Leopardo

Aceitei o desafio da Carla para a rubrica “Verdade ou Consequência”. Escolhi Consequência, sendo o livro escolhido, dentre aqueles que tenho para ler, O Leopardo de Tomasi di Lampedusa.

Publicado postumamente e escrito dois antes do seu falecimento, O Leopardo é considerado um clássico da literatura e tornado mundialmente conhecido em 1963 quando Visconti realizou um filme com o mesmo nome.

Logo nas primeira páginas compreendemos que este livro estava, desde o início, destinado à galeria dos clássicos devido à escrita do autor e também porque consegue estratificar as várias camadas culturais e sociais da Sicília, assim como é exímio na explanação de sensações. Ou seja, logo nas primeiras páginas, sentimos a força e o carácter da Sicília. O cheiro da terra, os sons que povoam o ambiente. Uma escrita irónica, extremamente visual que me agradou imenso, pois teve o condão de me fazer sentir parte da história, interagir com os personagens.

A nível estrutural, a história é-nos contada por um narrador omnipresente. Nunca saberemos de quem se trata, mas é em jeito de memória nostálgica que ele nos vai apresentando a história. Por vezes sentimos que o narrador é o próprio Lampedusa, pois sabe-se que este romance é algo biográfico, até porque os cenários criados pelo autor são baseados nos cenários da sua infância.

Escrito em 1956, o autor situa-nos na Sicília em 1860.

Don Fabrízio, O Leopardo (devido ao brasão da família) é o chefe de uma velha e respeitada família aristocrata.

Uma época de transição social (na altura a Itália era composta por pequenos principados e mini-repúblicas), a obra retracta essa transição que levou à unificação da Itália sob o comando de Garibaldi.

É este o principal pólo de interesse do romance. Lampedusa dá-nos uma visão das movimentações das forças de Garibaldi, em simultâneo que explora a visão e perspectiva da velha burguesia ainda a viver debaixo de leis feudais e caracterizada pela família de D. Fabrízio, que olha para esta transição de uma forma pessimista mas ao mesmo tempo esperançosa, no entanto surpreendeu-me a atitude passiva com que essa classe reagiu a essa transição.

Para além de D. Fabrízio, há outro personagem que gostei. O jovem sobrinho e protegido de Fabrízio, Tancredi. Tancredi representa, pelo menos de início, os ideais dos “camisas vermelhas” de Garibaldi. Tancredi representa a mudança, a força da nova nação, os ideais revolucionários assim como e ao casar com a filha de um latifundiário, simboliza a rotura com o passado.

Uma obra que merece ser analisada com muito cuidado, não só porque nos permite compreender o nascimento da Itália (há pouco mais de 100 anos), como também por conter mensagens e críticas a outros sectores da sociedade italiana, tal como a igreja e o regime fascista vivido por Lampedusa.

Pessoalmente não foi um romance que me deixe saudades e que um dia pense em reler.

Enfadonho na sua maior parte, é uma obra que deve interessar a curiosos e estudiosos da temática central, mas enquanto entretenimento, honestamente, penso que o tempo a ler pode ser melhor passado.

Passado na sua maior parte entre quatro paredes, com diálogos por vezes sensaborões, gostei de facto da ironia do autor e da estrutura do romance, mas confesso que me aborreceu a história e, embora tenha aprendido sobre os acontecimentos da época, pouco ou nada me diverti.


Opinião escrita pelo Iceman, do blog nlivros, a quem agradeço a disponibilidade para participar. :)

17 de abril de 2011

Insólitos (2)

Ora bem vindos a mais um insólito! Na verdade este é uma espécie de continuação do anterior, já que foi encontrado no mesmo dia e no mesmo local, mas achei que o melhor seria apresentar um insólito de cada vez...

Nesta edição, digamos assim, debruçamo-nos sobre géneros e a sua arrumação em livrarias. Devo dizer que adoro ver estantes a dizerem "Fantasia", "Autores Portugueses", "Literatura Importada", porque é uma maneira prática e rápida de encontrar os títulos que ando à procura ou que me podem interessar. Mas pelos vistos tenho que redefinir a minha definição de alguns géneros...

Andava eu a deambular por uma livraria quando algo a dizer "Romance Histórico" chamou-me a atenção. Lá me dirigi ao expositor pensando "uh, será que têm alguma coisa interessante passada em época romana ou medieval" e qual não foi a minha surpresa quando me deparei com o seguinte cenário!

Duna? Uglies? Os Jogos da Fome? Terei andado enganada todo este tempo e Duna tem lugar num qualquer período da história europeia? O_o Serão Os Jogos da Fome protagonizados por Teseu e Ariadne, tentando encontrar a saída do labirinto para fugir ao Minotauro?

14 de abril de 2011

Booking Through Thursday: Personalidade

A pergunta desta semana é...
In a related question to last week’s–

I was reading the other day a quote from JFK Jr who said on the death of his mother, that she died surrounded by family, friends, and her books. Apparently, Jackie’s books were very much a part of HER, her personality, her sense of self.

Up until recently, people could browse your bookshelves and learn a lot about you–what your interests are, your range of topics, favorite authors, how much you read (or at least buy books).

More and more, though, this is changing. People aren’t buying books so much as borrowing them from the library. Or reading them on their e-readers or computers. There’s nothing PHYSICAL on the shelves to tell strangers in your home, for better or worse, who you ARE.

Do you think this is a good thing? Bad? Discuss!

Desde que me conheço como leitora, que sempre pedi livros emprestados mas não é por isso que tenho as estantes vazias, muito pelo contrário. Aliás, tenho pena de não ter mais espaço, estantes e dinheiro ou muitos mais livros tinha. E a aquisição do Kindle também não contribuiu para que comprasse menos livros, pois uma cópia digital não é o mesmo que uma física. Não a podemos emprestar, quando queremos dar a conhecer os nossos livros preferidos aos nossos amigos, e digamos que já tenho tido más experiências com produtos electrónicos, pelo que sei que uma cópia digital é muito fácil de perder.

Posto isto, acho que se pode perceber um pouco da minha personalidade olhando para as estantes. Penso que salta à vista que sou apaixonada por História, tenho alguma curiosidade sobre variadas Ciências, adoro ficção cujo enredo decorre em épocas passadas e que têm magia, dragões ou espadas. Penso que também dizem que adoro bodice-rippers mas um clássico é capaz de me arrebatar muito mais; que o mistério e o suspense fazem parte da minha vida. Que tive uma infância, apesar de tudo, feliz quando comparada com as das crianças de Dickens, pois pelo menos tinha livros que me deram a perceber isso mesmo. :)

13 de abril de 2011

Blood Promise (Vampire Academy, Livro 4) [e-book]

Autor: Richelle Mead
Género: fantasia
Editora: Penguin Group | Nº de páginas: -

Resumo (do site Goodreads): After the massacre at Vampire Academy, Rose Hathaway faces the most task of her life and she knows that she must do it alone. With Mason departed for the other world, Rose must hunt down and kill Dimitri Belikov, the man she most loves. The fourth nail-biting episode of Richelle Mead's popular vampire series dramatically shows the fatal power of a promise.

Opinião: Sem dúvida de que a série tomou um rumo bem mais interessante do que os primeiros volumes prometiam. Neste continuamos a seguir a história de Rose, que desta feita parte para a Sibéria em busca de Dimitri para cumprir uma promessa que lhe havia feito. Mas Dimitri não é o mesmo ainda que se assemelhe em alguns momentos, o que não torna fácil a tarefa de Rose.

Estava redondamente enganada quando pensei que esta série, antes de a começar a ler, era uma espécie de “amor-Crepúsculo”. Rose não é nenhuma Bella e ainda bem! É verdade que nos primeiros livros era algo impetuosa, partindo para a acção sem pensar muito nas consequências, mas ao longo da série vai-se notando um verdadeiro crescimento da personagem, o que não aconteceu com a protagonista dos livros da Meyer. Além disso, perante o facto de ambas serem refeições para as respectivas caras metades, uma luta e resiste, não se iludindo com a promessa de vida eterna ao lado de quem ama, por troca da sua alma e de tudo aquilo que a caracteriza. Foi com muito interesse que segui esta parte da narrativa e a sua luta interior, pois mesmo drogada com a mordida de um Strigoi (que tal como as dos Moroi, nesta série, provoca um correr de endorfinas que deixa as vítimas uns verdadeiros viciados em dentadas) nunca cedeu.

Paralelamente a esta história, acompanhamos também Lissa em St. Vladimir graças ao estranho elo que une a princesa Moroi a Rose, pois apesar de ter feito a sua escolha, Rose não consegue abandonar a amiga. Lissa vendo-se sozinha sem a sua melhor amiga, aproxima-se de Avery, filha do novo reitor da Academia, que tem segundas intenções.

A nível da mitologia desta série, aprofundamos os nossos conhecimentos sobre o significa ser um shadow-kissed e qual a sua importância e poderes, bem como ficamos a conhecer um pouco mais do quinto poder, o estranho espírito, ficando no ar uma pergunta relativamente a este poder e o seu uso em Strigoi, que parece-me vai ser aprofundada nos livros seguintes, e sinceramente, mal posso esperar por ver se o que desejo se realiza. :D

Vale o dinheiro gasto: Esta série não será a oitava maravilha do mundo, mas está a revelar-se muito interessante de seguir, constituindo, pelo menos para mim, uma lufada de ar fresco na literatura YA. Não há cá exagerados dramas românticos lamechas e temos uma heroína decente, com cabeça pensante ainda que precipitada, mas pronto é uma jovem o que desculpa algumas acções menos conseguidas (já o Harry Potter era estúpido e achava que tinha de enfrentar o mundo sozinho, Rose não é muito diferente). Além disso, o humor com que Rose nos relata a sua história consegue arrancar umas valentes gargalhadas, o que para mim é sempre algo positivo. :)

11 de abril de 2011

Uma visão da blo­gos­fera lite­rá­ria portuguesa

Foi com grande prazer que aceitei o convite da Estante de Livros para me debruçar sobre blogs literários em Portugal, para a excelente rubrica Leitor Convidado. É lá então que podem ler o texto que escrevi. Aconselho também que leiam as participações de meses passados e que mantenham a rubrica debaixo de olho, pois tem opiniões interessantes, que convidam a pensar e a conhecer um pouco mais de um mundo que não se cinge unicamente ao livro em si. :)

10 de abril de 2011

Insólitos (1)

Eis um pequeno espaço para divulgar algumas coisas absurdas e/ou que me deixam de boca aberta. Como nem sempre encontro coisas insólitas, esta pequena rubrica não terá data certa, e estais convidados a partilhar. ;)

Numa missão exploratória a uma certa livraria encontrei o primeiro exemplo de algo insólito! Ora bem, andava a ver o que comprar (felizmente consegui controlar os meus impulsos e saí de lá de mãos vazias :P ) quando encontrei dois exemplares, um paperback e outro mass market paperback, de um mesmo livro. Ora bem, o mass market é mais pequeno e devia ter o preço mais em conta, certo? Pois aqui temos um exemplo do oposto! Infelizmente a qualidade da foto não é a melhor, mas podem ver que o livro mais pequeno até tem a capa em tudo semelhante à do maior, parecendo que foram apenas cortadas as margens. Têm mais ao menos o mesmo número de páginas, ainda que o pequeno tenha uma letra mais pequena. No entanto, o pequeno custa 10,84€ e o maior 7,50€! Claramente, os livros não se pagam aos palmos...

7 de abril de 2011

Booking Through Thursday: Visual

A pergunta desta semana é...
So… the books that you own (however many there may be)… do you display them proudly right there in plain sight for all the world to see? (At least the world that comes into your living room.)

Or do you keep them tucked away in your office or bedroom or library or closet or someplace less “public?”

Eu guardo livros onde tenho espaço ou onde me fazem falta. Já mostrei por aqui as estantes do meu quarto, onde se podem ver livros de ficção e não-ficção, sobretudo dedicados a História e Arqueologia, já que é a minha área de estudo. Na sala, o local mais público da casa, pode ver-se exactamente a mesma coisa. Variados livros dos mais variados temas, arrumados de qualquer maneira por modo a aproveitar todo o espaço possível. Garanto que não é uma vista agradável para quem vem cá a casa, já que as estantes são um caos e nada apelativas ao olho, e se procuram algum título em particular, é bem provável que não o encontrem, porque muitas vezes os livros estão arrumados em segundas e terceiras filas mas só porque não tenho mais espaço onde os pôr. Mas não tenho a preocupação de esconder determinados títulos, preocupo-me é em arranjar um lugar onde os guardar. :)

6 de abril de 2011

Shadow Kiss (Vampire Academy, Livro 3) [áudio-livro]

Autor: Richelle Mead; Khristine Hvam (narradora)
Género: fantasia
Editora: Penguin Group USA and Audible | Nº de páginas: -

Resumo (do site Goodreads): Is Rose's fate to kill the person she loves most? It's springtime at St. Vladimir's Academy, and Rose Hathaway is this close to graduation. Since Mason's death, Rose hasn't been feeling quite right. She has dark flashbacks in the middle of practice, can't concentrate in class, and has terrifying dreams about Lissa. But Rose has an even bigger secret... She's in love with Dimitri. And this time, it's way more than a crush.

Then Strigoi target the academy in the deadliest attack in Moroi history, and Dimitri is taken. Rose must protect Lissa at all costs, but keeping her best friend safe could mean losing Dimitri forever...


Opinião: Depois de um primeiro volume prometedor mas previsível e um segundo algo fraquinho, não fazia contas de ler este livro. No entanto, ao ler a crítica da Silent Raven fiquei curiosa (fantasmas? final surpreendente?) e lá arrisquei. Confesso, estou fã! Esta série tornou-se um guilty pleasure!

Depois dos acontecimentos do volume anterior, Rose tem de lidar com os seus fantasmas, literalmente, enquanto se prepara para acabar a sua formação e assiste ao julgamento de Viktor Dashkov. Claro que as coisas não são fáceis para Rose, e se a personagem irritava-me um pouco a início, neste volume gostei bastante dela.

Rose surge como uma personagem real, com dilemas reais ainda que seja uma personagem de ficção num mundo fantástico. Ela cresce neste livro a olhos vistos e a sua relação com as restantes personagens evolui de maneira credível, seja com Dimitri, Lissa ou a sua própria mãe. Ainda tem aquele tipo de humor que a caracteriza, e de que já tinha gostado anteriormente, mas aprende a seguir ordens (aliás, ela é treinada para isso) e torna-se mais ponderada. Rose cresce bastante interiormente, crescimento esse que a leva a perceber que ela pode controlar a sua vida, apesar de toda a sua formação apontar para um sacrifício em favor dos moroi, ela tem escolhas e é obrigada a fazer uma escolha muito difícil no final. E que final... Deixou-me de boca aberta, à beira das lágrimas (é verdade, às vezes dá-me para ser sensível) e com vontade de pegar imediatamente no próximo volume. No que toca à história deste, ficamos a conhecer mais um pouco da mitologia da autora, nomeadamente como o espírito é usado e como funciona a sociedade em que Lissa se irá mover, e o enredo já não é tão previsível como os anteriores, o que não me levou ao desespero (ou constante revirar de olhos).

Sinceramente não sei o que mais dizer deste livro. Simplesmente adorei-o. Nunca pensei dizer isto desta série mas... estou a gostar e recomendo!

Vale o dinheiro gasto: É o primeiro volume da série em que acho que vale a pena investir o dinheiro. Os dois primeiros são muito previsíveis e a personagem parece um pouco burra, já que o leitor consegue antecipar o final a quilómetros, mas tal não acontece neste o que o torna bastante mais agradável. O final de facto surpreendeu-me, e é daquelas surpresas boas que nos deixam a arrancar cabelos enquanto esperamos pela continuação.

4 de abril de 2011

Porque música é poesia (4)


Adele - Someone Like You

I heard that you’re settled down,
That you found a girl and you’re married now.
I heard that your dreams came true,
Guess she gave you things I didn’t give to you.

Old friend, why are you so shy?
It ain’t like you to hold back or hide from the lie.

I hate to turn up out of the blue uninvited,
But I couldn’t stay away, I couldn’t fight it.
I hoped you’d see my face and that you’d be reminded,
That for me, it isn’t over.

Nevermind, I’ll find someone like you.
I wish nothing but the best for you too.
Don’t forget me, I beg, I remember you said:
“Sometimes it lasts in love but sometimes it hurts instead”
Sometimes it lasts in love but sometimes it hurts instead, yeah.

You’d know how the time flies,
Only yesterday was the time of our lives.
We were born and raised in a summer haze,
Bound by the surprise of our glory days.

I hate to turn up out of the blue uninvited,
But I couldn’t stay away, I couldn’t fight it.
I hoped you’d see my face & that you’d be reminded,
That for me, it isn’t over yet.

Nevermind, I’ll find someone like you.
I wish nothing but the best for you too.
Don’t forget me, I beg, I remember you said:
“Sometimes it lasts in love but sometimes it hurts instead”, yay.

Nothing compares, no worries or cares.
Regret’s and mistakes they’re memories made.
Who would have known how bittersweet this would taste?

Nevermind, I’ll find someone like you.
I wish nothing but the best for you too.
Don’t forget me, I beg, I remembered you said:
“Sometimes it lasts in love but sometimes it hurts instead”

Nevermind, I’ll find someone like you.
I wish nothing but the best for you too.
Don’t forget me, I beg, I remembered you said:
“Sometimes it lasts in love but sometimes it hurts instead”
Sometimes it lasts in love but sometimes it hurts instead, yeah.

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