25 de junho de 2009

Nefertiti

Autor: Nick Drake
Género: Thriller
Editora: Black Swan | Nº de páginas: 448
Nota: 2/5

Resumo (da capa): EGYPT 1800 BC
Power is like fire. It consumes everything. And when it is gone, all that’s left is ash.

Nefertiti – the most beautiful, powerful and charismatic Queen of the ancient world. With her husband, Akhenaten, she rules over an Empire at the peak of its glory and domination. Together, they have built a magnificent new city in the desert on the banks of the Nile. They are about to host kings, dignitaries and leaders from around the Empire for a vast festival to celebrate their triumph.

But suddenly, Nefertiti vanishes.

Rahotep is the youngest chief detective of the Thebes division; a Seeker of Mysteries who knows about shadows and darkness, and who can see patterns where others cannot. His unusual talents earn him a summons to the royal court. Rahotep is given ten days to find the Queen and return her in time for the festival. Success will bring glory - but if he fails, he and his young family will die…

Opinião: Confesso-me um pouco desiludida com este livro. Nunca me conseguiu convencer de que a história se passava no Antigo Egipto. Primeiro, a forma de escrita, tipo diário, parece assemelhar-se a filmes noir, onde não falta a femme fatale. Segundo, termos como “villa” e “forensic” pareceram-me bastante anacrónicos, já que a ideia que se faz de uma “villa” nasce com a época Romana, ou seja, quase um milénio depois da época em que supostamente se passa a acção deste livro, e a palavra “forensic” apresenta mais ou menos o mesmo problema, também aparece com o latim e para designar o debate e não tanto as provas materiais de crimes. Só mesmo os nomes das personagens e a parte histórica chamam então a atenção para o facto da cronologia se situar no Antigo Egipto.

A poucos dias da inauguração da nova cidade de Akhetaton, Nefertiti desaparece colocando em causa a estabilidade do governo de Akhenaton, seu marido, fragilizado devido a dificuldades económicas e pressões externas. Assim, Rahotep é chamado pelo próprio faraó para resolver o mistério e resgatar a rainha a tempo do festival. Pelo meio o “detective” encontra alguns percalços, sobretudo devido aos jogos políticos da corte.

Apesar das expectativas, estas foram goradas já que de mistério parece ter pouco e, apesar de dar algumas luzes sobre esta época algo conturbada do Antigo Egipto, também não satisfaz por aí além em termos históricos. Parece-me que tinha potencialidades para muito mais, mas nem o facto de o protagonista ter que lutar contra o relógio nos consegue agarrar por aí além. As personagens são algo unidimensionais e mesmo Nefertiti parece ter pouco carisma. Sabemos que ela era como que um pilar do governo e da nova religião, mas isso nota-se pouco ao longo do livro e mesmo o seu desaparecimento não se parece coadunar com o seu perfil. Se o autor queria apresentar uma mulher forte, capaz de se imiscuir no governo e aproveitar o seu desaparecimento dos registos históricos para depois a colocar como regente e sucessora de Akhenaton, parece-me que podia tê-lo feito de outra maneira, nomeadamente com esta personagem feminina como protagonista.

3 comentários:

Mónica disse...

Estava com expectativas acerca da tua opinião relativamente a este livro pois o período histórico do Antigo Egipto interessa-me sobejamente.
Pena que te desiludiu :(

Nina Alvarenga disse...

Lady!
nossa que capas diferentes dos livros da Charlaine, e a tradução tambem, mudou o contexto!!

Até

WhiteLady3 disse...

Mónica, foi realmente uma decepção. Confesso que o Antigo Egipto não me fascina por aí além, mas apesar de tudo ainda vou conhecendo um pouco deste período e estava à espera que fosse abordado de uma outra forma, nomeadamente com um título tão sujestivo... Talvez seja melhor dedicar-me ao Christian Jacq. Já ouvi boas opiniões sobre os seus livros que têm por cenário exactamente o Antigo Egipto.

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