Autor: Stephenie Meyer
Género: Fantasia urbana
Editora: Gailivro
| Nº de páginas: 480
Nota: 3/5
Resumo (da capa)
: Em três pontos, eu estava absolutamente segura.
Em primeiro lugar, Edward era um vampiro.
Em segundo lugar, uma parte dele – e eu não sabia qual era o poder dessa parte – ansiava pelo meu sangue.
Por fim, em terceiro lugar, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele.Opinião: Sinceramente, não achei nada por aí além mas consigo ver o porquê de atrair tanta gente, nomeadamente moças. No entanto, confesso que o vampiro não me seduziu por aí além. Digam o que disserem parece-me um
stalker e eu não gosto de
stalkers. Mas passando ao livro…
Bella muda-se para Forks, após a sua mãe se casar pela segunda vez com um jogador de baseball, o que faz com que viaje bastantes vezes para não ficar longe dele. Bella, que com 17 anos não pode dar-se a esse luxo, decide então ir viver com o pai. Eis que conhece Edward Cullen, que reage de forma bastante estranha assim que a conhece, mas Bella não desiste até descobrir o segredo deste e da sua família – um grupo de vampiros
que coloca em causa tudo o que sabia sobre vampiros. Mas há mais perigos, já que Bella, afinal de contas, parece ser um prato bastante apetitoso.
As personagens são bastante básicas, praticamente unidimensionais. Bella é uma rapariga que, claramente, não tem a cabeça no sítio (ok, está apaixonada e isso pode desculpar este problema, em parte…), é algo desastrada, pensa sobretudo no bem-estar dos outros e (
gosta) parece estar constantemente a correr perigo de vida. Edward é belo, é lindo, de uma “beleza estonteante”, de uma “desconcertante perfeição” e
gosta de namorar a comida. Ah, também parece que é inteligente (apesar de tudo já fez o secundário várias vezes) mas isso não o impede de pensar melhor naquilo que faz e aproxima-se demais de Bella, que salva constantemente apesar de o próprio dizer que ele é o maior perigo de todos para ela. As personagens secundárias são também igualmente bastante superficiais e foi difícil preocupar-me o suficiente com algum deles, nomeadamente com os vampiros que são capazes de tudo e tão perfeitos naquilo que fazem. Por acaso, as personagens humanas parecem bem mais interessantes.
A história tem pouca acção, centrando-se sobretudo na relação dos dois protagonistas. Confesso que gostei mais da parte em que Bella tentava perceber a natureza de Edward, sendo que a partir do momento em que começam a andar há demasiado mel para o meu gosto, chega a ser um pouco enjoativo, revirei por várias vezes os olhos (nunca um bom sinal), e pensei mesmo deixar o livro a meio. No entanto, o diálogo entre o casal não deixa de ser interessante, sobretudo para perceber as reviravoltas que Meyer introduziu ao mito vampírico, se bem que ache a cena da pele brilhar à luz do sol um pouco demais. Mas sendo os maiores predadores, os mais letais, deviam ter alguma coisa que os denunciasse certo? Pelo menos, só assim é que a minha mente consegue aceitar isto.
Apesar de tudo, é um livro que se lê bem, como se fosse um diário de outra pessoa e nós (leitores) muito cuscos, já que a história é contada sob o ponto de vista de Bella. É um livro indicado para quando se pretende algo leve, depois de um dia algo stressante. No entanto, se toda a série não me tivesse sido emprestada, penso que não seria capaz de ler os restantes já que este se safa bem como um
stand-alone, apesar de deixar em aberto algumas questões. Assim sendo, segue-se
Lua Nova.
Editado a 1/Jan./2010: Porque a saga era para ter continuado sob o ponto de vista do Edward, podem ler uma crítica ao rascunho do quinto livro, que retrata os eventos deste livro mas sob o ponto de vista daquele,
aqui.