29 de outubro de 2007

Os Europeus

Autor: Henry James
Género:
Romance
Editora: Publicações Europa-América | Nº de páginas: 136
Nota: 2/5

Resumo (da capa): “Temos de ser cuidadosos. Esta é uma grande mudança; e estamos prestes a ser expostos a peculiares influências.”

Eugenia, baronesa Münster, mulher de um príncipe alemão que deseja ver-se livre dela, atravessa o oceano com o seu irmão Félix em busca dos seus parentes americanos. A sua viagem é impulsionada – assim diz Eugenia – por bons sentimentos; mas a baronesa pretende também procurar fortuna. A chegada destes visitantes é vista pelos Wentworths, dos subúrbios de Bóston, com admiração e alguma apreensão.

Não menos alarmante é o fascínio que a brilhante Eugenia imprime nas suas impressionáveis primas e no mais mundano vizinho delas, Robert Acton.

Conseguirá o seu espírito irrequieto assimilar os sólidos princípios dos familiares de Nova Inglaterra e encontrar na sua fortuna um lugar seguro?

Enquanto Eugenia parece, definitivamente, apostada em destabilizar todos, Félix difunde um charme rejuvenescedor entre os seus anfitriões.

Opinião: Peguei neste livro um pouco por acaso, incentivada por críticas em que o comparavam aos trabalhos de Jane Austen. No entanto, de semelhante pouco tem, sem ser os desentendimentos amorosos. Por muito que o romance me interesse, afinal de contas sou uma rapariga como todas as outras e que sonha em encontrar o seu Mr Darcy (ou melhor, no meu caso um Capitão Wentworth), o que mais gosto nas obras de Austen é a sua crítica à sociedade, coisa que este livro praticamente não tem.

Esta é a história de dois irmãos, que partem para a América em busca dos seus primos mas também com o secreto desejo de, por parte de Eugenia, uma mulher brilhante e casada com um príncipe alemão que a deseja repudiar, encontrar um homem bem sucedido na vida para assim concretizar a separação e continuar a viver bem, como estava habituada na Europa. Chegados a Bóston, são recebidos pelos seus primos, os Wentworth (sem relação com o Capitão de Jane Austen), uma família puritana.

Pondo as coisas desta forma, a história oferecia uma grande oportunidade para criticar, e comparar, tanto a sociedade americana como a sociedade europeia à época, mas quase não o faz ou fá-lo muito superficialmente. A crítica parece cingir-se a “família puritana vs. estrangeiros liberais” e nem isso é explorado da melhor forma. As personagens também não me conseguiram cativar, pouco me importando o destino que tiveram.

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