Adaptação de Un long dimanche de fiançailles de Sébastien Japrisot por Jean-Pierre Jeunet e Guillaume Laurant
Atores: Audrey Tatou, Gaspard Ulliel
Passando 100 anos sobre a Primeira Guerra Mundial, eis que resolvi então ver este filme que em nada me dececionou, pois se ia apenas à procura de uma história de amor, encontrei muito mais. É para mim, sobretudo, uma história de guerra, de quão horrível foi a Primeira Grande Guerra, em que era preferível infligirem-se feridas, mutilarem-se mesmo, por modo a fugir à carnificina das trincheiras. Neste caso, um grupo de soldados acaba condenado à morte por tal tentativa de mutilação, numa altura em que a deserção por tal meio já era mais que muita e os homens para combater escasseavam, e são enviados para a frente da batalha, para a "terra de ninguém". Um desses soldados é Manech (Ulliel), noivo de Mathilde (Tatou) que recusa perder a esperança e procura saber o que de facto lhe aconteceu. Assim, vai seguindo variadas pistas e descobrindo também os destinos dos restantes condenados.
A maneira como a história atual se intercala com o passado está bem conseguida e adorei ver a consequência dos mais diversos atos, sobretudo de pequenos gestos, e de como têm (tanto) impacto na vida dos restantes, o que em certa medida me recordou a batalha de Waterloo de Os Miseráveis. É interessante também ver como as várias linhas de história se cruzam, pois se Mathilde procura o noivo, outros procuram vingança, como Tina Lombardi (Cotillard) que a serve de forma fantástica! Mas isto sou eu que gosto de histórias de vingança. :D
Com atuações bastante boas e uma belíssima história, só posso recomendar.
Veredito: Vale o dinheiro gasto.
2 comentários:
Já vi este filme há uns anos, mas gostei tanto :)
Apeteceu-me bater no meu eu passado por achar que se era francês era treta. :P
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