16 de julho de 2014

Blue Jasmine

Realizador: Woody Allen
Escritor: Woody Allen
Atores: Cate Blanchett, Alec Baldwin, Sally Hawkins

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Finalmente, um filme do Woody Allen que vejo do princípio ao fim! Também diga-se que até agora só tinha visto, ou melhor tentei ver, o "Scoop" que me aborreceu de sobremaneira apesar de ter atores que gosto de ver como a Scarlett Johansson e o Hugh Jackman.

Este filmes tem também atores, ou melhor atrizes, que gosto de ver mas até acho que se o filme tivesse unicamente a Cate Blanchett, o resultado seria o mesmo pois ela está simplesmente fenomenal e não dá sequer a possibilidade de os outros brilharem por si. Ela é o filme. Claro que nada disto é surpreendente, esta senhora é das maiores estrelas e das que mais gosto dá ver no cinema, mas penso que só neste filme reparei na importância de um supporting cast e de como este e o seu trabalho ainda fazem a estrela brilhar mais. Não sei se dá para entender o que estou a dizer. Não é que o trabalho dos restantes seja mau e ela brilhe na mediocridade, eles com as suas magníficas representações ajudam a que ela se destaque ainda mais.

Não sei se o Woody Allen só faz personagens neuróticas, mas aqui está outro exemplo já que Jasmine é capaz de falar sem parar, muitas vezes sozinha, sobre os seus problemas e a sua vida. Encontramos esta personagem depois de um percalço na sua vida e com o desenrolar da história vamos compreendendo o que a levou aquele momento, ao mesmo tempo que a vemos tentar adaptar-se à sua nova condição.

O enredo não surpreende e sinceramente acho que só existe para a Cate brilhar. Apesar da reviravolta, digamos assim, que apesar de tudo antecipei, me levar a querer odiar a personagem, simplesmente não consegui. Sim, é narcisista e aparentemente sem qualquer tipo de emenda mas só consegui sentir pena. Senti que era alguém que precisava de algum tipo de ajuda, talvez médica, para sair do seu mundo, pois a sua loucura parece acabar por ser uma espécie de defesa para enfrentar a realidade, nomeadamente a realidade que não é tão perfeita como imaginou e para a qual pensa que não terá nascido para pertencer.

Um bom filme que vive de interpretações. Que tem em Cate a sua maior e mais brilhante estrela, mas em boa companhia de Sally Hawkins que, como já disse antes, é sempre bom ver.

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

Sem comentários:

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