Director: Zack Snyder
Adaptação da novela gráfica Watchmen de Alan Moore, Dave Gibbons e John Higgins por David Hayter e Alex Tse
Atores: Jackie Earle Haley, Jeffrey Dean Morgan, Patrick Wilson, Billy Crudup
Mais informação técnica no IMDb.
Quando e onde o vi: epá, já foi no início do mês, *consulta as cábulas* a 3 de agosto, em casa. Posso não me lembrar muito bem, mas aqui fica a minha modesta opinião.
Opinião: Vi este filme logo a seguir ao "Thor", pois no final daquele filme começámos a falar sobre o porquê de as adaptações da Marvel aparentemente serem mais bem sucedidas que as da DC. Chegámos à conclusão que se deve sobretudo à espectacularidade e ligeireza. Os filmes da Marvel parece que costumam ter mais humor e explosões, enquanto que os heróis da DC transpostos para o grande ecrã, nomeadamente o Batman que acaba por ser o que conheço melhor, são mais soturnos, mais propensos à introspeção. E sim, já sentia isso com o Michael Keaton (mesmo que depois tivéssemos o Pinguim e o Joker), não foi só com os filmes do Nolan.
Este acaba por ir na mesma onda introspetiva, ponderando sobre a razão de ser dos super-heróis que, nesta espécie de história alternativa, apareceram nos anos 30/40 e chegam a trabalhar para o governo americano, ajudando a ganhar a guerra do Vietnam, por exemplo. Apesar de serem chamados de super-heróis, apenas o Dr. Manhattan tem poderes e acaba por equilibrar a balança da Guerra Fria, evitando uma guerra nuclear pois, trabalhando para o governo americano, faz com que os russos recuem. No entanto, um destes super-heróis é assassinado e Rorschach começa a investigar.
Como disse, o filme é algo introspetivo, sendo que a atmosfera de film noire ajuda à coisa bem como os constantes saltos temporais. A história não é contada de forma linear, havendo constantes flashbacks, por assim dizer, que nos mostram como apareceram e que tipo de relações tinham os super-heróis entre si, permitindo conhecer o seu passado e o que os motiva. Pelo que tenho visto, parece ser bastante fiel à obra original e devo dizer que fiquei interessada em ler. Os atores pareceram-me bem escolhidos, gostei sobretudo de Jackie Earle Haley e do seu Rorschach, bem como de Patrick Wilson que até agora só tinha visto n'"O Fantasma da Ópera". Devo dizer que não fui surpreendida pelo twist e que o sexo ao som de "Hallelujah" do Leonard Cohen foi estranha, de resto, numa banda sonora bastante agradável para os meus ouvidos. :P
Veredito: Vale o dinheiro gasto. Apesar de, eventualmente, não ser tão espetacular e ligeiro como os da Marvel, que reconheço podem apelar mais à minha pessoa, até porque cresci a ver desenhos animados dos seus heróis, parece-me haver espaço para diferentes super-heróis e diferentes histórias. Gostei muito desta e pondero vir a ler a novela gráfica, talvez não a correr porque o final ainda está bem presente, mas daqui a uns tempos.
6 comentários:
E ainda achei o livro melhor. Mas o Alan Moore é um autêntico génio, põe-te a ler as graphic novels dele que não ficarás desapontada.
Li o V for Vendetta depois de ter adorado o filme e é, também, magnífico! Não duvido do seu génio. :D
Tenho de me pôr a ler mais graphic novels e comics. Sinto que há todo um mundo de belíssimas histórias para eu descobrir.
O V for Vendetta é uma autêntica obra prima!
E tens toda a razão, o que tu andas a perder! O Swamp Thing do Alan Moore, os Sin City e os Batman do Frank Miller... E tantas outras coisas espectaculares :)
Tenho que me pôr a par de todo um mundo!
Bem, vinha aqui todo lançado mas o Rui Bastos já disse tudo: o livro é ainda melhor. Aliás, é das melhores BD que já peguei e dos meus livros favoritos de sempre. Quanto ao final, digamos apenas que o filme não é totalmente fiel ao livro pelo que podes ler sem medo e mal o tenhas na mão! :)
Há diferenças, mesmo que ligeiras? *reserva o livro na biblioteca* Pronto, assim que me chegar à mão leio-o. :D
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