19 de maio de 2013

O Grande Gatsby

Diretor: Baz Luhrmann
Adaptação de O Grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald por Baz Luhrmann e Craig Pearce
Atores: Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: dia 18 de maio no cinema.

Opinião: Não me interessa o que digam, eu adoro os filmes do Baz Luhrmann (e não, ainda não vi o "Australia" mas parece-me que como outros fazem, é melhor ignorar que foi feito)! Os seus filmes estão tão cheios de cor, som, tudo é em excesso, são filmes que gritam "olhem para mim, sou LINDO!" e eu simplesmente fico fascinada com eles. Este é mais um.

Sim, tem alguns problemas, sobretudo no que ao casting diz respeito, mas esse também já é um problema que tinha notado noutro filme deste realizador. Sim, por muito jeitoso que seja o Ewan McGregor deve ter sido a pior coisa que aconteceu ao "Moulin Rouge", na minha opinião (lembro-me que no final, quando o homem desata a chorar, eu desatei a rir), já neste filme a pior coisa que lhe pode ter acontecido foi o Tobey Maguire. Sim, eu tenho um certo problema com este senhor, não sei explicar porquê mas é daqueles actores que não me dizem nada e fico pasma como é que alguém pensa que ele sabe actuar. Ok, também não sei muito de actuações, pelo que vale o que vale, mas o certo é que não gosto dele (foi a pior coisa, no meio de muita coisa má, que aconteceu ao "Homem-Aranha" *why?!*) e não foi este filme que me fez mudar de opinião, sobretudo quando é o próprio que conta a história e parece que a história sofre com isso. :/

Na outra ponta do espectro está, talvez, o Leonardo DiCaprio. Gostei bastante do seu Gatsby, sobretudo da sua insegurança na parte em que se prepara para rever Daisy, na que é provavelmente a cena mais hilariante do filme, e na esperança que emana em várias cenas. Quase que a sentia como palpável e não poderia deixar de esperar que tudo corresse como ele havia imaginado. Também gostei de Carey Mulligan, mas sobretudo pela mudança na sua personagem. É curioso como as duas personagens parecem transformar-se em opostos. Gatsby começa como alguém misterioso e que por isso só pode ter uma reputação e carácter duvidoso, enquanto Daisy parece pura, inocente, vítima de um marido adúltero, para depois os seus caracteres se inverterem aos olhos de Nick Carraway.

O resto do elenco também me pareceu bem, ainda que não saltem muito à vista, talvez com a excepção de Joel Edgerton e o seu Tom Buchanan. O que salta à vista, no entanto, é a exuberância das festas de Gatsby, o brilho dos loucos anos 20 e é engraçado como o hip hop se funde com os sons mais consentâneos com a época. A banda sonora é belíssima, com músicas que sinceramente não estava à espera de gostar, porque os artistas pouco me dizem, mas que se adequam aos momentos e mesmo à história, como "Young and Beautiful" da Lana Del Rey. Sinceramente, não deveria duvidar das escolhas musicais do senhor Baz Luhrmann. :P

O filme é belíssimo, mas a história não lhe fica nada atrás. O final ia-me partindo o coração (acho que o Luhrmann não acredita em finais felizes) e acho que por um momento perdi toda a esperança de que a esperança existisse, se é que faz sentido. Pelo que percebi de algumas críticas foram feitas algumas alterações, e não sei que tipo de impacto tem em termos da adaptação, mas que também está lá muito do texto original na boca das personagens. Isso consegui perceber pois há frases que são simplesmente magníficas e só aquela frase no final me deixou desejosa de ler o livro.

Citação:
Gatsby believed in the green light, the orgastic future that year by year recedes before us. It eluded us then, but that's no matter - tomorrow we will run faster, stretch out our arms farther... And one fine morning - So we beat on, boats against the current, borne back ceaselessly into the past.

Veredito: Para ter na estante.

3 comentários:

Landslide disse...

Epá não podia concordar mais em relação ao Tobey Maguire. Não sabe representar e nem sequer é bonito para compensar o ser canastrão... E o que me custou mais no Homem-Aranha foi quando vi o Topher Grace como Venom no Homem-Aranha 3 e percebi que devia ter sido ele o Peter Parker all along.

Quanto ao Gatsby ainda não vi, mas tenho fé que o Baz não me vai decepcionar, já que até o Austrália eu adorei!

WhiteLady3 disse...

Alguém que me entende! \o/ Ainda não vi o Homem-Aranha 3 mas não duvido que o Topher Grace teria feito um trabalho melhor que o Tobey.

E de repente até fico com curiosidade de ver o Austrália... :D

Landslide disse...

Não vejas, não perdes muito. Se o Tobey já é mau a fazer de geek tímido, imagina-o a fazer de geek tímido transformado em cool guy. É tão, mas tão mau. E o Topher tinha feito aquilo tão bem...

O Austrália não é um típico Baz Luhrmann, por isso percebo que muita gente tenha ficado decepcionada. E talvez tenha ajudado o facto de não me ter apercebido que era ele o realizador quando o fui ver. Agora até percebo o dedinho dele em algumas coisas, mas é mais subtil, não tem a extravagância dos outros filmes.

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