Diretor: Alex Proyas
Adaptação da comic O Corvo de James O'Barr por David J. Schow e John Shirley
Atores: Brandon Lee, Ernie Hudson, Michael Wincott
Mais informação técnica no IMDb.
Quando e onde o vi: 13 de maio, cortesia da BLX que tinha o DVD. Está um pouco riscado, deu algumas dores de cabeça por parar a meio de algumas cenas, mas imagino que seja pedido várias vezes.
Opinião: Este é um daqueles filmes que, desde que me lembro de ser gente, me despertava a curiosidade. Mas, como geralmente acontece com filmes que têm o epíteto de clássicos, sentia que tinha de estar no right frame of mind. Não sei se o facto de ter ouvido falar no remake terá ajudado mas achei que era desta.
Não estou arrependida de ter visto o filme, acho que é muito bom, mas tenho a certeza que não teve o impacto que teve noutro público. Antes de ver o filme tinha falado com a Telma sobre o mesmo e agora entendo melhor o fascínio e mesmo a catarse que terá sido para ela e outra gente de uma faixa etária algo diferente da minha e que vibravam, na época, com o grunge e sobretudo com os Nirvana, e cuja morte de Kurt Cobain acabou por abalar. A própria morte do protagonista durante as filmagens também contribui para o culto, mas tentei-me alhear-me de isso tudo enquanto via o filme e a verdade é que, ainda hoje, parece-me que o filme e a sua história resultam. Não é só um reflexo de uma época dos anos 90.
Pareceu-me notória algumas semelhanças com o "Batman" do Tim Burton, sobretudo no que toca a personagem mas também ao ambiente gótico, mas acaba por se distanciar na medida em que Bruce Wayne é um humano regular que depende de engenhocas e Eric Draven regressa dos mortos para vingar a sua morte e a da sua noiva. O facto de a história de ambos ser contada em flashbacks em tons saturados ajuda a distinguir da escuridão em que se passa a ação e que de certa forma ilustra a alma de Draven. Gostei bastante de toda a cena em que ele regressa dos mortos e tem que lidar com as memórias do dia fatídico.
Menos conseguido são, no entanto, as interpretações. Algumas muito forçadas e pouco convincentes, mesmo do próprio protagonista. Ainda assim é melhor que algumas donzelas em apuros *cough*Kristen Stewart*cough*. A história tem alguns clichés, como o detective que não percebe peva, o polícia que devia ter conseguido a promoção e percebe tudo, para além de dizer umas piadas e ajudar o herói, mas são clichés que acabam por resultar neste tipo de filmes.
Acaba por ser um filme bastante interessante e fiquei com curiosidade para ler a comic, pois gostava de ver sobretudo a história mais aprofundada. Quanto a um remake, realmente não sei se fará sentido ou se trará alguma coisa de novo a não ser dar a conhecer esta história a outro público.
A edição que vi tinha um disco com bónus. Para além das behind the scenes aconselho sobretudo a feature em que o autor da comic fala das suas influências, do que o levou a desenhar. Infelizmente não consegui ver tudo porque o disco estava bastante riscado e o meu leitor parava.
A edição que vi tinha um disco com bónus. Para além das behind the scenes aconselho sobretudo a feature em que o autor da comic fala das suas influências, do que o levou a desenhar. Infelizmente não consegui ver tudo porque o disco estava bastante riscado e o meu leitor parava.
Veredito: Parece-me valer o dinheiro gasto.
3 comentários:
Este é um dos meus filmes preferidos! Sim, algumas interpretações não são assim tão brilhantes... mas vale pela história e pelo ambiente. Gostanto! <3
Este filme deve ter uns 20 anos, mais coisa, menos coisa.
Na altura rapidamente se transformou num filme de culto e ainda hoje o aprecio.
Eu fiquei bastante surpreendida, sobretudo pela história, está realmente muito bem conseguida. Tinha 10 aninhos quando o filme saiu, andava mais entretida a ver O Rei Leão. :D
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