Autor: James Clavell
Género: ficção histórica
Editora: Círculo de Leitores | Nº de páginas: 560+514
Nota: 4/5
Resumo (do Goodreads): A bold English adventurer. An invincible Japanese warlord. A beautiful woman torn between two ways of life, two ways of love. All brought together in a mighty saga of a time and place aflame with conflict, passion, ambition, lust, and the struggle for power.
Opinião: Comecei a ler este livro em inglês, no âmbito do mês temático dedicado ao Japão, mas por andar muito cansada, o que fazia com que o inglês se parecesse com japonês, pedi à mesma pessoa de sempre (à Slayra, que também me emprestou o livro em inglês) que me emprestasse os volumes em português. Isto também me deu a oportunidade de ir comparando a tradução com o original e posso dizer que apesar de algumas trocas de nomes e termos menos conseguidos, a meu ver, não me pareceu muito má.
Seguimos a história de Blackthorne, o primeiro piloto inglês a colocar pé no Japão (na verdade a história ficcionada é baseada em William Adams) após passar pelo Estreito de Magalhães com um portulano português (supostamente roubado). Aí chegado, a integração parece difícil, não só pela diferença linguística mas também por aí se encontrarem padres jesuítas, que o consideram herege por ser protestante, mercadores portugueses, que o consideram pirata e vêem-no como uma ameaça à sua exclusividade na Ásia, mas sobretudo porque Blackthorne não se encontrava preparado para se descobrir no meio de uma sociedade com costumes tão diferentes e incompreensíveis nem no meio de uma elaborada e complicada política interna, onde um conflito parece latente entre Toranaga e Ishido, sendo que o primeiro toma Blackthorne sob a sua protecção por se encontrar interessado nos vários conhecimentos do piloto.
No primeiro volume vemos então a difícil adaptação do Anjin-san (Blackthorne) à cultura japonesa, com a ajuda de Mariko, uma japonesa convertida ao Cristianismo e fluente em português (servindo de intérprete entre o inglês e Toranaga), por quem se vem a apaixonar. É um amor proibido, porém, já que ela é casada com um importante samurai. Juntamente acompanhamos o desenvolvimento político que leva ao embate entre as duas forças que se opõem. E é no que parecem ser as vésperas da guerra que este volume acaba.
No segundo volume, compreendemos que a guerra, afinal, ainda está longe. Encontramo-nos num jogo de paciência, onde cada parte espera que o outro dê um passo em falso para desta forma ir de encontro à vitória. Ao mesmo tempo, vemos como Blackthorne mudou, abraçando de vez a cultura oriental, chegando mesmo a desprezar os seus colegas, bárbaros e vivendo no meio dos “imundos” etas (população cuja ocupação lidava com morte, sendo muitos deles executores ou curtidores).
Um livro fenomenal mas que não deve ser lido de ânimo leve. Não admira que tenha levado quase 2 meses a lê-lo. É um livro ríquissimo em História, política, intrigas e até romance. Dá a conhecer de forma excepcional o contraste entre Oriente e Ocidente, sendo que o leitor, tal como Blackthorne, vai aos poucos abrindo a sua mente e aceitando o que lhe era estranho a início. Além disso, tem personagens fantásticas, cada uma movida pela sua própria ambição, pelo seu coração mas sobretudo pela razão. Um livro que só posso aconselhar e que só não leva a nota mais alta porque não o li numa altura favorável, o que fez com que adormecesse nalguns momentos, e porque senti falta de alguma acção. :P
Género: ficção histórica
Editora: Círculo de Leitores | Nº de páginas: 560+514
Nota: 4/5
Resumo (do Goodreads): A bold English adventurer. An invincible Japanese warlord. A beautiful woman torn between two ways of life, two ways of love. All brought together in a mighty saga of a time and place aflame with conflict, passion, ambition, lust, and the struggle for power.
Opinião: Comecei a ler este livro em inglês, no âmbito do mês temático dedicado ao Japão, mas por andar muito cansada, o que fazia com que o inglês se parecesse com japonês, pedi à mesma pessoa de sempre (à Slayra, que também me emprestou o livro em inglês) que me emprestasse os volumes em português. Isto também me deu a oportunidade de ir comparando a tradução com o original e posso dizer que apesar de algumas trocas de nomes e termos menos conseguidos, a meu ver, não me pareceu muito má.
Seguimos a história de Blackthorne, o primeiro piloto inglês a colocar pé no Japão (na verdade a história ficcionada é baseada em William Adams) após passar pelo Estreito de Magalhães com um portulano português (supostamente roubado). Aí chegado, a integração parece difícil, não só pela diferença linguística mas também por aí se encontrarem padres jesuítas, que o consideram herege por ser protestante, mercadores portugueses, que o consideram pirata e vêem-no como uma ameaça à sua exclusividade na Ásia, mas sobretudo porque Blackthorne não se encontrava preparado para se descobrir no meio de uma sociedade com costumes tão diferentes e incompreensíveis nem no meio de uma elaborada e complicada política interna, onde um conflito parece latente entre Toranaga e Ishido, sendo que o primeiro toma Blackthorne sob a sua protecção por se encontrar interessado nos vários conhecimentos do piloto.
No primeiro volume vemos então a difícil adaptação do Anjin-san (Blackthorne) à cultura japonesa, com a ajuda de Mariko, uma japonesa convertida ao Cristianismo e fluente em português (servindo de intérprete entre o inglês e Toranaga), por quem se vem a apaixonar. É um amor proibido, porém, já que ela é casada com um importante samurai. Juntamente acompanhamos o desenvolvimento político que leva ao embate entre as duas forças que se opõem. E é no que parecem ser as vésperas da guerra que este volume acaba.
No segundo volume, compreendemos que a guerra, afinal, ainda está longe. Encontramo-nos num jogo de paciência, onde cada parte espera que o outro dê um passo em falso para desta forma ir de encontro à vitória. Ao mesmo tempo, vemos como Blackthorne mudou, abraçando de vez a cultura oriental, chegando mesmo a desprezar os seus colegas, bárbaros e vivendo no meio dos “imundos” etas (população cuja ocupação lidava com morte, sendo muitos deles executores ou curtidores).
Um livro fenomenal mas que não deve ser lido de ânimo leve. Não admira que tenha levado quase 2 meses a lê-lo. É um livro ríquissimo em História, política, intrigas e até romance. Dá a conhecer de forma excepcional o contraste entre Oriente e Ocidente, sendo que o leitor, tal como Blackthorne, vai aos poucos abrindo a sua mente e aceitando o que lhe era estranho a início. Além disso, tem personagens fantásticas, cada uma movida pela sua própria ambição, pelo seu coração mas sobretudo pela razão. Um livro que só posso aconselhar e que só não leva a nota mais alta porque não o li numa altura favorável, o que fez com que adormecesse nalguns momentos, e porque senti falta de alguma acção. :P
6 comentários:
Ainda bem que gostaste! Eu adorei este livro(s - lol) já li e reli e nunca me canso dele! Acho que esté extraordinariamente bem conseguido e só posso recomendá-lo! ^_^
Já devia saber que tendo sido sugerido por ti eu ia gostar. :P
Mwahahahah, claro! Lol, jk, mas ainda bem que não foi uma leitura muito penosa. É um livro bastante grande e se queres saber, eu às vezes tenho medo de começar a ler livros grandes, especialmente se forem históricos. O_O
Como te entendo. Cada vez que quero ler um da Diana Gabaldon tenho de me preparar física e psicologicamente! Conseguem ser esgotantes com tanto pormenor histórico, tanta personagem e tanta acção (em termos de linhas de história) a acontecer ao mesmo tempo, tanta página! Mas acaba por ser uma boa experiência. :)
OH CÉUS!
Este comentário vem totalmente fora de época mas é porque ainda não me tinha deparado com alguém que "conheço" que o tenha lido. Eu amei este livro *.*
LOL
Estás à vontade para comentar em qualquer texto, em qualquer altura. Até agora também só conhecia a Slayra, que mos emprestou, mas é dos que agora recomendo a toda gente. É excelente a ilustrar toda uma sociedade tão diferente da nossa. O leitor faz a mesma viagem que Blackthorne, achei isto muito bem conseguido. :)
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