Género: Fantasia
Editora: Presença | Nº de páginas: 469
Nota: 3/5
Resumo (do site Editorial Presença): O último título da trilogia Mundos Paralelos – O Telescópio de Âmbar- consagra Philip Pullman como um escritor que alia a popularidade à qualidade literária. Assim, com este livro Pullman foi o primeiro autor de literatura infantil a ser distinguido com o 'Whitbread Book of The Year Award', inaugurando este galardão com o primeiro romance para crianças. Mas na verdade, o público alvo desta trilogia é mais juvenil, já que o universo da acção se desenrola num mundo adulto, sendo os adolescentes os leitores mais receptivos a esta saga. O Telescópio de Âmbar recebeu ainda o 'Children’s Book of The Year Award' e foi nomeado para o 'Booker Prize'.
Traduzido para mais de 20 línguas em todo o mundo, este terceiro volume, considerado por muitos uma obra-prima, completa esta trilogia revelando-a como um incontornável clássico, que será adaptado ao cinema.
Tal como o volume anterior, este nunca chegou aos pés do primeiro. Não sei o que teria o primeiro de tão especial, talvez um outro tipo de inocência, mas o certo é que tanto o segundo e o terceiro nunca me agarraram como o primeiro. Mesmo a escrita parecia-me mais bem conseguida no primeiro volume, fazendo a luta entre os ursos blindados mais bem conseguida que a batalha, supostamente monumental, presente neste último volume.
No entanto, e apesar de ter ficado um pouco aquém do que estava à espera, o final surpreendeu-me. Gostei de como Lyra e Will descobriram-se um ao outro, por assim dizer, e o papel de Mary como serpente. Era notório a evolução da relação de ambos e a história de Mary foi uma maneira linda de ambos descobrirem tais emoções. Também gostei de como Lord Asriel e a Sra. Coulter se sacrificaram para dar uma hipótese a Lyra. Por uma vez terão actuado como pais.
Achei também curioso, e aí há que elogiar o génio de Pullman, como ele conseguiu fazer dos adultos tão extremistas ao ponto de a luta, entre a Igreja e os que desejavam acabar com ela, parecer quase uma birra entre crianças cada um exigindo o seu direito a um rebuçado; enquanto que as crianças pareciam realmente os seres responsáveis e capazes de carregar o mundo às suas costas. Uma troca bem conseguida. Na verdade, as personagens são, talvez, o melhor de toda a trilogia. Não são só apelativas, como é vísivel um crescimento, nomeadamente das duas personagens principais que passam da infância à adolescência.
No todo, a trilogia é interessante mas já li melhor.
2 comentários:
Confesso que não gostei mesmo desta trilogia e que só me forcei a lê-la pois comprei toda de seguida, como, mesmo que não goste do primeiro volume nunca fico a meio de nada e acabo sempre por comprar os volumes todos!
Felizmente todos os livros me foram emprestados. O primeiro ainda me pareceu apelativo, mas os dois últimos desiludiram. Pensei que a história seguisse um outro caminho.
Esta trilogia vive muito do hype de, supostamente, ser contra a Igreja estabelecida, mas mesmo assim...
Enviar um comentário