Ficção | Género: romance
Editora: Difel | Ano: 2002 | Formato: livro | Nº de páginas: 284 | Língua: português
Como me veio parar às mãos: já está na estante há uns valentes anos.
Quando e porque peguei nele: entre 11 e 16 de maio. Achei que seria melhor ler algo de um autor latino-americano já que no SLNB nos debruçaríamos sobre eles.
Quando e porque peguei nele: entre 11 e 16 de maio. Achei que seria melhor ler algo de um autor latino-americano já que no SLNB nos debruçaríamos sobre eles.
Opinião: Sinceramente, às vezes não sei se são os livros que nos encontram no momento certo ou se bons livros puxam outras boas histórias, mas o certo é que neste mês de maio não tive razões de queixa e este foi mais um livro prazenteiro.
É verdade que entrei para este livro com receio. A autora é uma das preferidas dos adeptos, digamos, de autores latino-americanos, e por isso esfriei a expetativa avançando para um livro juvenil e não para aquela que é considerada a sua obra-prima, apesar de estar ali numa estante da sala, com as fantásticas Glenn Close e Meryl Streep na capa e tudo.
Talvez não tenha ficado completamente rendida mas garanto que enquanto lia eu andava pela Amazónia e maravilhei-me com aquele recôndito perdido num vulcão no meio da floresta. Achei a escrita fenomenal, com poucos ou nenhuns floreados mas exatamente o que era preciso para descrever e me transportar para uma cena, um local, para entender um personagem. Aquela beleza da escrita simples e direta mas que contém tudo o que é necessário. Confesso que tinha saudades de uma escrita assim, sem o saber.
A história é muito previsível, mal entram na floresta, aliás talvez ainda antes, já sabia que tipo de desenvolvimento algumas situações iam ter. As personagens também são um pouco unidimensionais mas não penso que isso afete a leitura já que servem uma função na história, e por isso os maus são maus, os bons são muito bons e há um "palhaço" que acaba por revelar ter cabeça. Também não sabia as saudades que tinha de personagens assim, se é que faz sentido quando o que eu costumo adorar é personagens complicadas. :/
Longe de ser brilhante, não deixou de ser exatamente o que queria e não sabia, para além de uma boa introdução a esta autora. Sinto-me mais confiante para conhecer A Casa dos Espíritos.
Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso. Só ao chegar ao fim da opinião é que me dei conta de que talvez seja um pouco bipolar. Apesar de gostar de enredos que me surpreendam, escrita poética, personagens que dêem luta e que tenham camadas (como as cebolas)... o que mais apreciei neste livro foi mesmo a sua simplicidade, o que de facto me apanhou de surpresa porque era algo que não estava à espera. E era calmante, ao fim de alguns dias menos bons, voltar a algo que não era complicado. Faz sentido? De qualquer forma, se com Americanah senti um pouco do que tinha sentido com A Lua de Joana, este livro fez-me reviver quando lia Alice Vieira ou Os Cinco. Sinto que estou a fazer as pazes com os livros, depois de no ano passado quase os ter passado a detestar. :P
É verdade que entrei para este livro com receio. A autora é uma das preferidas dos adeptos, digamos, de autores latino-americanos, e por isso esfriei a expetativa avançando para um livro juvenil e não para aquela que é considerada a sua obra-prima, apesar de estar ali numa estante da sala, com as fantásticas Glenn Close e Meryl Streep na capa e tudo.
Talvez não tenha ficado completamente rendida mas garanto que enquanto lia eu andava pela Amazónia e maravilhei-me com aquele recôndito perdido num vulcão no meio da floresta. Achei a escrita fenomenal, com poucos ou nenhuns floreados mas exatamente o que era preciso para descrever e me transportar para uma cena, um local, para entender um personagem. Aquela beleza da escrita simples e direta mas que contém tudo o que é necessário. Confesso que tinha saudades de uma escrita assim, sem o saber.
A história é muito previsível, mal entram na floresta, aliás talvez ainda antes, já sabia que tipo de desenvolvimento algumas situações iam ter. As personagens também são um pouco unidimensionais mas não penso que isso afete a leitura já que servem uma função na história, e por isso os maus são maus, os bons são muito bons e há um "palhaço" que acaba por revelar ter cabeça. Também não sabia as saudades que tinha de personagens assim, se é que faz sentido quando o que eu costumo adorar é personagens complicadas. :/
Longe de ser brilhante, não deixou de ser exatamente o que queria e não sabia, para além de uma boa introdução a esta autora. Sinto-me mais confiante para conhecer A Casa dos Espíritos.
Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso. Só ao chegar ao fim da opinião é que me dei conta de que talvez seja um pouco bipolar. Apesar de gostar de enredos que me surpreendam, escrita poética, personagens que dêem luta e que tenham camadas (como as cebolas)... o que mais apreciei neste livro foi mesmo a sua simplicidade, o que de facto me apanhou de surpresa porque era algo que não estava à espera. E era calmante, ao fim de alguns dias menos bons, voltar a algo que não era complicado. Faz sentido? De qualquer forma, se com Americanah senti um pouco do que tinha sentido com A Lua de Joana, este livro fez-me reviver quando lia Alice Vieira ou Os Cinco. Sinto que estou a fazer as pazes com os livros, depois de no ano passado quase os ter passado a detestar. :P
3 comentários:
Olá Carla,
Gosto muito da Allende e gostei muito desta série. Claro que é uma série juvenil mas, como dizes, está muito bem escrita.
Da Allende gosto especialmente dos livros que têm algo de biográfico. Gostei mais do Retrato a Sépia do que da Casa dos espíritos mas acho que isso foi porque li a obra prima dela cedo demais.
Boas leituras
Também tenho O Retrato a Sépia e A Filha da Fortuna, que pelos vistos com A Casa dos Espíritos fazem uma trilogia. Conto pegar neles ainda este ano. :)
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