10 de julho de 2012

Prometheus

Diretor: Ridley Scott
Escritores: Jon Spaihts, Damon Lindelof
Atores: Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: 30/junho/2012 no cinema.

Opinião: Este é daqueles filmes em que dou por mim, semanas depois de ter visto o filme, a pensar “gostei? não gostei? será que percebi tudo? devia revê-lo?” E sinceramente, não sei.

Em termos de paisagens é bem bonito, sobretudo o início, e no que toca a atuações não são más. Todos os atores me pareceram bastante competentes mas o Michael Fassbender como David, um androide construído pela Weyland Corporation, está fenomenal. A sua atuação é fria, desprovida de qualquer sentimento e chegou a fazer-me duvidar se o homem realmente não será uma máquina. Parece ser dos atores mais versáteis que há por aí e espero que continue o bom trabalho.

Já no que toca à história, eis que chegamos à tal indecisão. Parece um daqueles filmes em que a montanha pariu um rato, ou um alien neste caso. Começa quase por ser um filme filosófico, fazendo aquelas perguntas que toda a Humanidade questiona em todas as épocas e ainda não conseguiu responder: de onde vimos, para onde vamos e qual é o nosso propósito. Mas de repente torna-se como que num filme de terror, com o pessoal a dar corda aos sapatos para salvarem as suas vidas, com heróis a sacrificarem-se pela Humanidade (em perigo de extinguir-se por um qualquer capricho dos supostos Engenheiros), com seres estranhos a entrarem nos corpos dos passageiros da nave que dá nome ao filme e acabando por originar mutações.

Parece que tenta ser muita coisa ao mesmo tempo, ou que a meio aborreceram-se, o que fez com que tenha suscitado imensas perguntas sem oferecerem, no entanto, qualquer resposta. É certo que é complicado dar resposta aquelas questões existenciais, a Humanidade ainda não o conseguiu e tenta há milénios encontrar um significado para a vida, mas o filme acaba por ter uma mitologia algo própria, digamos assim, pois apresenta os Engenheiros como criando o Homem (ou toda a vida na terra, acabei por não perceber muito bem, sobretudo se tivermos em conta a teoria da evolução de Darwin que diz que descendemos de primatas) pelo que seria interessante terem tentado oferecer respostas.

Assim sendo o que tiro daqui? Que o ser humano é uma experiência que correu mal, mas penso que isso já se sabia, e, como todas as más experiências, o que corre mal deve ser destruído. De qualquer forma aguardo uma continuação para ver até onde é que Shaw vai na sua busca por respostas.

Já agora, deixo um link para um artigo que achei bastante interessante, que se debruça sobre as grandes questões que o filme aborda.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Mais não seja porque passado uma semana e meia continuo a pensar no filme. Leva a questionar-nos, a fazer algum exame pessoal.

3 comentários:

jen7waters disse...

Pois é, eu também fiquei nesse limbo gostei/não gostei, quer dizer, gostei, mas...mas... it's--just--weird. Vale a pena ir ver por causa do David! #Quero um!

WhiteLady3 disse...

Eu não sei... He's not to be trusted!!! :P Mas a parte em que anda de bicicleta e joga basket quase me convenceu a adquirir um e a montar um circo :D

jen7waters disse...

Só tens de o programar para ele fazer o que quiseres. xD

Gostava de ver o behind de scenes desse momento, e saber quantos takes foi preciso para ele fazer tudo bem nessa cena.

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