16 de fevereiro de 2011

Burning Up [e-book]

Autor: Nalini Singh, Angela Knight, Virginia Kantra, Meljean Brook
Género: romance
Editora: Berkley | Nº de páginas: -

Resumo (do site Goodreads): Bring these four authors together and it's sure to ignite a spark...

Angela Knight pairs a vampire warrior and his seductive captor in a battle against demonic predators.

Nalini Singh returns to the world of her Psy-Changeling series as a woman in lethal danger finds an unlikely protector-and lover.

Virginia Kantra continues the haunting tales of the Children of the Sea in her story of a wounded soldier rescued by an enigmatic young woman.

Meljean Brook launches a bold new steampunk series about a woman who strikes a provocative-and terrifying-bargain for freedom.


Opinião: Aconselhado pela Tchetcha, sobretudo por contar com uma “prequela” da série Iron Seas da Meljean Brook de que ela adorou o primeiro livro, aproveitei para ler mais que esse conto, até porque já tenho visto falarem na Nalini Singh por essa internet fora. Mistura muitos géneros, steampunk, romance histórico e paranormal, fantasia urbana, mas o que salta mais à vista é sem dúvida o romance, e tórrido ainda por cima! Segue-se uma breve opinião de cada um dos contos com spoilers. Dou mesmo a conhecer o final de um deles, mas não sei porque raio é que o haveriam de querer ler. De qualquer maneira, ficam avisados.

Whisper of Sin de Nalini Singh

Esta autora foi editada recentemente por cá, e quando surgiu a oportunidade para ler algo dela não hesitei.

Este conto é uma “prequela” da série Psy-Changeling, que penso que não é a escolhida pela editora portuguesa, mas de que tenho ouvido falar bastante por aí. Infelizmente não me conquistou. Senti que apanhei a história a meio e não consegui perceber bem aquele mundo, nomeadamente se os Psy e os Changelings são parceiros, inimigos ou se simplesmente se vão gramando uns aos outros, tentando que não se agitem muito as águas.

As personagens são muito básicas e parece que a relação se desenrola a correr, sendo que também não percebi se os protagonistas já se conheciam ou se Emmett só conheceu Ria depois daquela ter sido vítima de uma tentativa de violação, porque se assim foi é alarmante a velocidade a que ele tenta levar uma suposta vítima de violação para a cama! O_o

Blood and Roses de Angela Knight

Achei-o tão mau, com uma história tão fraquinha, não passa de uma desculpa esfarrapada para levar os protagonistas para a cama, que já nem me lembro de muita coisa pelo que vou socorrer-me das notas do Kindle (afinal é para isso que servem!).

É a história de uma Blood Rose (uma figura criada para servir de companheira/prémio para vampiros) e de como esta tem de se aliar a um vampiro para salvar a sua irmã de ter a alma sugada para um globo capaz de abrir um portal. Convém dizer que a nossa Blood Rose tem problemas de confiança, os vampiros que conhece não são flores que se cheirem, mas é claro que cai nos braços do herói.

O final é das coisas mais parvas que já tive oportunidade de ler. A heroína simplesmente diz para a irmã “joga o teu jogo preferido!”, a irmã desaparece/torna-se invisível lá com o poder que tem e pronto, conseguem confundir e acabar com o vilão! Mas posto isto uma pergunta impõe-se... PORQUE RAIO É QUE A MIÚDA NÃO SE EVAPOROU ANTES? Enfim... completamente parvo e descabido.

Shifting Seas de Virgina Kantra

Depois dos contos anteriores, este foi uma lufada de ar fresco. Pareceu-me uma história com pés e cabeça e de que gostei bastante.

Conta a história de um militar que reformado, por assim dizer, da guerra peninsular toma posse de propriedades na Escócia, visto ser o último descendente vivo do anterior inquilino. Numa saída para conhecer melhor as redondezas, encontra uma estranha mulher com quem trata, rapidamente, de ter sexo. Mas o inevitável acontece e apaixonam-se, no entanto, ela não é moça para se prender nem é igual a outras. A sua ligação com o mar é bastante íntima e tem que abdicar de uma parte de si para ser feliz ao lado do herói.

Pareceu-me o conto mais curto, mas teve melhor caracterização de personagens que os anteriores.

Here There Be Monsters de Meljean Brook

O melhor conto de todo o livro. Com um ritmo agradável de seguir e que permite algum desenvolvimento de personagens, a história de Eben e Ivy arrebatou-me.

Num mundo há pouco tempo liberto da nefasta influência da Horde, que com os seus nanoagents transformava pessoas em zombies e controlava a população, a nossa heroína tenta fugir de Londres num navio. Não tendo dinheiro, oferece-se ao nosso herói, embasbacado por ela desde a primeira vez que a viu, mas ela foge antes de poder embarcar e o herói, como não podia deixar de ser, empreende todos os seus esforços para a encontrar e fazê-la pagar... O destino sorri-lhe quando é ordenado que a encontre, para que ela construa algo que o ajudará na sua luta contra a Horde, e o resto é história.

Gostei bastante do mundo criado pela autora, ainda que seja um pouco confuso a início (não sabemos bem o que é propriamente a Horde ou como começou a infecção) mas fica a curiosidade para conhecer mais. A relação entre os protagonistas também é gira de seguir, com alguns momentos para rir e outros daqueles mais quentes, e evolui de forma constante, com Ivy a mudar a ideia que tinha em relação a Eben devido ao convívio com ele. Pareceu-me uma relação bastante mais credível que todas as outras.

Este conto aconselho deveras, já os outros, leiam por vossa conta e risco.

Emprestado e pouco se perde com isso: O melhor desta antologia é sem dúvida o conto da Meljean Brooks, não fosse ele e a classificação seria “Com tanto livro e tive de pegar neste!” Ainda assim tem méritos. Num período em que pouco ou nada estava a agarrar a minha atenção, estes pequenos contos serviram o seu propósito e distraíram-me um pouco do mês agitado que tenho tido.

3 comentários:

Telma T. disse...

Eu não sou grande fã de antologias mas são uma excelente forma de conhecer novos autores e tirar dúvidas sobre se queremos ou não ler algum livro. Ainda bem que gostaste do Here There be Monsters. O The Iron Duke ajuda a compreender um bocadinho os pontos que focaste não teres compreendido e apresenta um casal muito diferente do Eben e da Ivy, mas igualmente empolgantes.

slayra disse...

Lol, espera lá, se o conto da Nalini Singh (penso sempre na cobra do Voldemort quando leio o nome desta autora... :p) é uma prequela de uma série, como é que ela conseguiu fazer-te sentir que apanhaste a história a meio? O_O

Também não vou muito à bola com antologias.

WhiteLady3 disse...

Tchetcha, também já cheguei a essa conclusão, de as antologias serem uma boa forma de conhecer novos autores. Se conseguirem escrever um bom conto, os livros devem ser melhores. :P O Iron Duke será então para ler em breve. Achei o mundo realmente curioso. :)

Slayra, Nagini! Também me lembro sempre dela! O Singh até parece ser serpentês XD É uma prequela mas foi escrita depois do 8º livro, acho eu, pelo que não apresenta nada do mundo criado pela autora, foca-se sobretudo nas personagens. Do mundo sabemos pouco ou nada, daí ter sentido que estava a meio da história.

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