Autor: Arthur Golden
Género: romance histórico
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 496
Nota: 4/5
Resumo (do livro): Sayuri tinha um olhar invulgarmente belo, de um cinzento translúcido, aquático, a reflectir numa miríade de cristais límpidos o brilho prismático e incandescente do universo perfeito e atroz sobre o qual repousava. Era uma transparência súbita, inesperada, a contrastar violentamente com a estranha opacidade branca da máscara onde sobressaíam uns lábios exageradamente vermelhos. E se os olhos ainda reflectiam Chiyo, a menina de nove anos, filha de pescadores, de uma cidade remota, junto ao mar, a máscara inquietantemente delicada, o penteado ostensivo, a sumptuosidade dos quimonos de brocados, ricamente ornamentados, pertenciam à mulher em que ela se tinha tornado, Sayuri, uma das mais célebres gueixas do Japão dos anos 30.
É este mundo anómalo, secreto e decadente, construído sobre cenários de papel de arroz e que parece ser a manifestação da própria fantasia erótica masculina que Golden evoca com uma autenticidade notável e um lirismo requintadamente raro. Um romance sobre o desejo e a natureza indominável do espírito humano; desafiador, cativante pela pureza da prosa, pela prodigalidade das nuances, das atmosferas, das imagens esculpidas com a precisão e subtileza da arte do bonsai.
Memórias de Uma Gueixa é o primeiro romance de Arthur Golden, uma obra admirável que rapidamente se tornou um sucesso internacional.
Opinião: Este foi o primeiro livro a ser lido para o mês temático sobre o Japão e que início! Já andava de olho neste livro desde que saiu o filme, que ainda não tive oportunidade de ver, mas tentei nunca ler críticas de modo a ser surpreendida e surpreendida fui.
Este livro conta a história de Chiyo que se transforma na gueixa Sayuri. Contado na primeira pessoa, a protagonista mostra-nos como saiu da pequena aldeia de pescadores onde vivia e foi para Quioto para aprender a ser gueixa. Aprendemos então como foi a sua adaptação a um local tão diferente, como foi estar longe da família, como foi duro a sua aprendizagem em tal ofício, o que a motivou seguir em frente mesmo perante a adversidade e a inveja de outra gueixa, Hatsumomo, e como encontrou o verdadeiro amor.
Como disse, este livro surpreendeu-me. Gostei bastante da história, achei-a cheia de vida e cor, nem que seja pela descrição dos quimonos. Achei sobretudo curioso como apesar de viverem numa recessão, poucos efeitos dela fossem sentidos no bairro de gueixas, até à participação do Japão na guerra. As personagens, apesar de fictícias, pareceram-me bem reais e muito bem descritas, com mais do que se vê à primeira vista. Foi fácil simpatizar com algumas, odiar outras e desejar por um final feliz. A escrita pareceu-me bastante poética, onde se vê, a meu ver, a influência de autores nipónicos. O único problema foi mesmo com a tradução que a partes parece estranha.
Um belíssimo livro que nos transporta para o interior de uma cultura diferente. Pode não corresponder totalmente à realidade, apesar de tudo o autor é ocidental, mas dá um olhar interessante sobre o Japão tradicional antes da 2ª Guerra Mundial e a transformação após a mesma.
Género: romance histórico
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 496
Nota: 4/5
Resumo (do livro): Sayuri tinha um olhar invulgarmente belo, de um cinzento translúcido, aquático, a reflectir numa miríade de cristais límpidos o brilho prismático e incandescente do universo perfeito e atroz sobre o qual repousava. Era uma transparência súbita, inesperada, a contrastar violentamente com a estranha opacidade branca da máscara onde sobressaíam uns lábios exageradamente vermelhos. E se os olhos ainda reflectiam Chiyo, a menina de nove anos, filha de pescadores, de uma cidade remota, junto ao mar, a máscara inquietantemente delicada, o penteado ostensivo, a sumptuosidade dos quimonos de brocados, ricamente ornamentados, pertenciam à mulher em que ela se tinha tornado, Sayuri, uma das mais célebres gueixas do Japão dos anos 30.
É este mundo anómalo, secreto e decadente, construído sobre cenários de papel de arroz e que parece ser a manifestação da própria fantasia erótica masculina que Golden evoca com uma autenticidade notável e um lirismo requintadamente raro. Um romance sobre o desejo e a natureza indominável do espírito humano; desafiador, cativante pela pureza da prosa, pela prodigalidade das nuances, das atmosferas, das imagens esculpidas com a precisão e subtileza da arte do bonsai.
Memórias de Uma Gueixa é o primeiro romance de Arthur Golden, uma obra admirável que rapidamente se tornou um sucesso internacional.
Opinião: Este foi o primeiro livro a ser lido para o mês temático sobre o Japão e que início! Já andava de olho neste livro desde que saiu o filme, que ainda não tive oportunidade de ver, mas tentei nunca ler críticas de modo a ser surpreendida e surpreendida fui.
Este livro conta a história de Chiyo que se transforma na gueixa Sayuri. Contado na primeira pessoa, a protagonista mostra-nos como saiu da pequena aldeia de pescadores onde vivia e foi para Quioto para aprender a ser gueixa. Aprendemos então como foi a sua adaptação a um local tão diferente, como foi estar longe da família, como foi duro a sua aprendizagem em tal ofício, o que a motivou seguir em frente mesmo perante a adversidade e a inveja de outra gueixa, Hatsumomo, e como encontrou o verdadeiro amor.
Como disse, este livro surpreendeu-me. Gostei bastante da história, achei-a cheia de vida e cor, nem que seja pela descrição dos quimonos. Achei sobretudo curioso como apesar de viverem numa recessão, poucos efeitos dela fossem sentidos no bairro de gueixas, até à participação do Japão na guerra. As personagens, apesar de fictícias, pareceram-me bem reais e muito bem descritas, com mais do que se vê à primeira vista. Foi fácil simpatizar com algumas, odiar outras e desejar por um final feliz. A escrita pareceu-me bastante poética, onde se vê, a meu ver, a influência de autores nipónicos. O único problema foi mesmo com a tradução que a partes parece estranha.
Um belíssimo livro que nos transporta para o interior de uma cultura diferente. Pode não corresponder totalmente à realidade, apesar de tudo o autor é ocidental, mas dá um olhar interessante sobre o Japão tradicional antes da 2ª Guerra Mundial e a transformação após a mesma.
7 comentários:
Excelente leitura!!!
Já viste o filme? Aconselho a vê-lo!
Bom fim de semana!!!
Bjs!
Não conhecia, mas despertaste-me a curiosidade. Penso que ainda não li nenhum livro passado nessa época no Japão.
Deu o filme na tvi a semana passada e eu pus a gravar. Infelizmente não ficou todo, portanto foi da maneira que peguei no livro que tinha comprado no Natal. A leitura está a ser muito lenta for falta de disponibilidade mas para já estou a gostar.
Quero muito ler esse livro...
Bjs
Olá!
Adorei o filme. Só depois soube que havia o livro...que quero ler assim que surgir uma oportunidade.
Boas Leituras!
Só posso aconselhar o livro. Ainda não vi o filme mas, quando houver oportunidade, será a não perder. :)
Quanto a falta de disponibilidade para a leitura, também estou a passar por um desses momentos... :(
Quanto a esse livro em particular só me apraz fazer um comentário: Lindo!
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