Informação técnica no IMDb.
Director: Andrew Stanton
Escritores: Andrew Stanton, Pete Docter, Jim Reardon
Actores/Vozes: Ben Burtt, Elissa Knight, Jeff Garlin, Fred Willard
Nota: 5/5
Simplesmente magnífico. Há muito tempo que não via um filme de animação que mexesse tanto comigo, penso que o último terá sido mesmo O Rei Leão. Sim, os estúdios da Disney e, posteriormente, os da Pixar ou da Dreamworks sempre fizeram coisas magníficas e contaram belas histórias, mas é impossível ficar indiferente a esta.
Num futuro (quiçá não muito) distante, encontramos WALL-E, o que parece ser o único “ser” na Terra, a desempenhar pacientemente as suas tarefas e maravilhando-se com o que vai encontrando (um pouco como um arqueólogo) no meio do lixo que compacta. Apesar de viver sozinho, ele anseia por companhia, fascinado por um filme antigo que vê, vezes sem conta. Eis que aparece EVE, com a missão de encontrar vida orgânica, de modo a perceber se a Terra se tornou novamente habitável, após os humanos a deixarem praticamente como uma lixeira. Estes vivem agora numa nave, e não deixa de ser interessante ver a evolução da espécie humana que se torna praticamente dependente de computadores e elementos electrónicos.
É incrível como dois robots conseguem mostrar tanta emoção e sentimentos humanos. WALL-E parece uma autêntica criança, muito inocente, maravilhado por tudo, e gostei de como tocou a vida dos humanos com que contactou, que até esse momento viviam como que numa redoma, numa sociedade enormemente consumista e, parece, sem qualquer tipo de contacto que não inclua um computador pelo meio. É giro ver como que acordarem para o que os rodeia.
O filme está cheio de pormenores deliciosos, começando por M-O, que se atreve a desviar do caminho traçado para limpar a sujidade que WALL-E vai largando; a barata, provando resistir a tudo e todos, e que aqui assemelha-se a um cão de estimação; a sociedade humana, praticamente obesa e sem se conseguir manter de pé; as crianças desde cedo a serem ensinadas a consumirem; os pratos do futuro, que não são comprimidos, mas uma espécie de batidos (o que é muito mais agradável); a banda sonora, tão perfeita e tão em sintonia com as imagens, com a acção, que nem nos percebemos que está lá apesar de a sentirmos…
É mais que uma história de amor, é mais que uma crítica à sociedade actual, é um abrir de olhos para o que temos ao redor, seja a Terra ou a pessoa ao nosso lado, e que devemos cuidar com todo o carinho e atenção.
2 comentários:
Este quero definitivamente ver. Este e o Bolt! A história pareceu-me muito querida e interessante. ^^
Ainda não vi o Bolt, nem o tenho ainda cá em casa... Mas este é lindo. :') E acho que vais gostar dos humanos no futuro. É de partir o côco a rir. :D
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