Género: Romance
Editora: Vintage International | Nº de páginas: 555
Nota: 4/5
Resumo (da capa): Winner of England’s Booker Prize and the literary sensation of the year, Possession is an exhilarating novel of wit and romance, at once an intellectual mystery and a triumphant love story. It is the tale of a pair of young scholars researching the lives of two Victorian poets. As they uncover their letter, journals, and poems, ant track their movements from London to Yorkshire – from spiritualist séances to the fairy-haunted far west of Brittany – what emerges is an extraordinary counterpoint of passions and ideas.
Opinião: Tomei conhecimento deste livro a partir da adaptação cinematográfica do mesmo que, por qualquer motivo do qual de momento não me recordo, nunca acabei de ver. Mais por curiosidade sobre o final, do que por outra coisa qualquer, li o livro e devo confessar-me surpreendida. Surpreendida não tanto pela história em si, mas pelo modo como se encontra escrita.
A autora criou dois poetas vitorianos, Randolph Henry Ash e Christabel LaMotte, e fez questão de escrever poemas, cartas e diários, como se fosse cada um deles. É através desses testemunhos que dá a conhecer a história de ambos, da mesma maneira que se apresenta aos restantes protagonistas, académicos empenhados em descobrir o que de tão intenso poderá ter existido entre ambos e de que modo isso pode mudar o que se sabia anteriormente sobre os mesmos. O mais impressionante é que este esquema funciona realmente bem.
Ao mesmo tempo, a autora aproveita para debater os vários tipos de possessão que vão sendo apresentados, nomeadamente a possessão amorosa, até que ponto se pode ter/amar uma pessoa, e a possessão dos biógrafos sobre o seu objecto de estudo.
Bastante mais interessante do que estava à espera. Só lamento não ter os conhecimentos necessários da literatura/poesia vitoriana para compreender melhor algumas alusões a autores da época, bem como alguns mitos explorados nos poemas, como o de Melusina. Mas lê-se bem, mesmo com tais lacunas.
2 comentários:
Se algum dia me virar para os clássicos esta tua recomendação fica anotada ;)
Não é bem um clássico, foi publicado em 1990. Faz é bastante uso do esquema e dos temas desenvolvidos pelos poetas vitorianos.
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