Autor: Matthew Reilly
Ficção | Género: thriller
Editora: Pan MacMillan | Ano: 2006 (originalmente publicado em 2005) | Formato: livro | Nº de páginas: 535 | Língua: inglês
Quando e porque peguei nele: de 12 a 14 de junho. Como o mistério não deu certo, quis pegar num thriller, em algo que me deixasse em pulgas.
Opinião: Como disse antes, depois de uma fase de livros fantásticos parece estar a seguir-se uma em que os livros são apenas mais um com pouco que se lhe diga ou não chego sequer ao fim. Foi o que sucedeu neste caso.
Não penso que seja muito exigente com as minhas leituras. Uma boa sinopse geralmente ganha a minha atenção e uma história que entretenha é o suficiente para que leia o livro até ao fim. Este parecia prometer algo desse género, para além de mencionar as Sete Maravilhas do Mundo (melhor só se falasse da Atlântida) e ter como protagonista um arqueólogo. Mas já devia saber que arqueólogo em thrillers quer dizer "caçador de tesouros" mas eu até nem me importo! Sim, a única parte de arqueologia a sério que os filmes do Indiana Jones representam é a parte das aulas aborrecidas, tudo o resto são MENTIRAS, nem sequer se usa chicotes! *chora pelo sonho destruído* Sou a primeira a admitir que estar de rabo para o ar, ou em posições desconfortáveis no meio de buracos e quadrículas, com colheres de pedreiro a escavar terra para encontrar fragmentos de cerâmica não dá propriamente um livro emocionante e uma pessoa gosta (porque eu não fujo à regra) é de coisas com tiros e morte iminente enquanto se procura um artefacto. O único perigo que corri foi dedos dos pés partidos, porque não tinha as botas de biqueira de aço e os meus pés acertavam em tudo o que era cavilhas, insolações e alguns escaldões, sem esquecer os ataques de asma porque pó, tanto pó. Não, já estou habituada a esta má representação e nem condeno porque lá está eu também gosto, mas não gosto de ser tida como idiota.
Ainda não percebi se foi isso, achar que o leitor é burro demais para acompanhar a história, ou se foi falta de confiança nos seus dotes como escritor mas ter uma personagem a dizer "Five by five grid: the sequence of the jump stones is 1-3-4-1-3" e depois mostrar aquele desenho ali ao lado deixou-me simplesmente atónita de tão desnecessário, e até inconsequente, que aquilo era. E eu até gosto de ilustrações e mapas, mas dar a sequência e mostrar a mesma, volto a relembrar que é uma grelha de 5x5, é chamar estúpido a alguém.
Portanto, se até aí, ou seja até à página 27, já tinha revirado os olhos devido à imensidão de clichés que havia, só não desisti nesse ponto porque pensei que estava ainda muito no início e a coisa podia ficar melhor. Mas depois o protagonista relembra o passado, ao ver uma criança de 10 anos que tem a certeza já a viu à 10 anos atrás, quando seguiu um dos maus até um vulcão, onde uma mulher deu à luz um menino que o mau tratou de raptar (a tal criança que era portanto um recém-nascido e que ele reconhece agora com 10 anos), mas o nosso herói não chegou tarde porque... tcharan!... a mulher estava grávida de gémeos e há uma menina! Mas estavam presos num vulcão em plena atividade e para se salvarem o nosso herói teve de colocar a mão pela lava adentro para puxar uma alavanca e por isso ficou sem braço mas não faz mal porque... ele agora tem uma prótese toda xpto que é bué da forte! E os gémeos são oráculos que conseguem ler, com 10 anos, uma língua que ninguém entende! E como ele tem a menina e o mau o menino não faz mal, podem continuar a sua aventura para salvar o mundo! E neste ponto achei que a palermice já era demais. A sério, a certa altura até pensei que da lava ia saltar um crocodilo, porque a primeira parte tem imensos crocodilos a saltarem dos sítios mais estranhos porque eram parte das armadilhas que os egípcios construíram milhares de anos antes. Como é que os crocodilos sobreviveram 4 mil anos em poços, e sei lá que mais, à espera que o nosso grupo de salvadores do mundo ativassem as armadilhas? Não faço ideia.
Enfim, prometia mas não. É preferível ver os filmes do Indiana Jones (a trilogia inicial, prefiro pensar que o quarto filme não existe) e até os "Tomb Raider". Raios, acho que até o "Uncharted" deve ser melhor e nunca o joguei! Mas por falar nisso, deixa cá experimentar...
Veredito: Não acabei. Eu até gosto de coisas parvas mas há limites.
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