Diretor: Rupert Sanders
Escritores: Evan Daugherty, John Lee Hancock, Hossein Amini, Evan Daugherty
Atores: Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron
Mais informação técnica no IMDb.
Quando e onde o vi: 3 de junho no cinema.
Opinião: Pouco ou nada sabia sobre este filme, a não ser que atores entravam, que papéis faziam e que o trailer, segundo o meu irmão, estava "muito bom". Está claro que o rapaz, assim como outros e posso incluir-me nesse grupo, não entendia como é que o raio do espelho achava a Kristen Stewart mais bonita que a Charlize mas, como penso que disse a Jen, preferi tomar o "fairest of them all" como a mais justa de todo o reino. E desta maneira o filme também funciona.
Supostamente, o filme tenta mostrar como a beleza interior é a mais importante mas acho que isto perdeu-se um pouco e sobressai é a beleza exterior. A própria mãe da Branca, quando está grávida e faz uma espécie de feitiço, centra-se na beleza exterior. Quer uma filha com pele branca como a neve, lábios vermelhos sangue, e coisas assim. A base do feitiço chega a ser o mesmo que faz a mãe de Ravenna (a Rainha Má) faz, com 3 gotas de sangue, que acabam por se tornar um motivo e julgo que tem haver com a pureza (virgindade e tal?).
Aliás, é a pureza ou a inocência que faz mover o filme e faz da Branca a "fairest of them all". E levamos com tanta pureza que achei demais. Contemos: temos um cavalo branco quando a moça foge (e tive um déjà vu nesta parte e fiquei à espera que um lobisomem aparecesse), é verdade que esperava um unicórnio e fiquei algo dececionada, mas não devia temer pois ele aparece mais à frente; também temos um cervo branco, que julguei ia rugir como Aslan de Nárnia; temos um mundo idílico, virgem, terra de fadas, até que acaba profanado pelo ataque à Branca, Caçador e anões; e finalmente o tal unicórnio, quando a rapariga está adormecida, numa tapeçaria, felizmente não a The Lady and the Unicorn que geralmente aparece para este tipo de coisa. Eu percebi que a moça era pura e inocente, não era preciso reforçarem tantas vezes a ideia!
Outra coisa de que não gostei foi dos constantes déjà vus. Para além do salto e do Aslan, houve alturas em que me lembrei dos Espetros do Senhor dos Anéis, do discurso do Henry V antes de uma batalha (cheguei a pensar que a moça ia recitar "we few, we happy few, we band of brothers" ou a gritar "cry God for Harry, England and Saint George!", perdoem-me mas estou numa de Shakespeare *cough*diz que sim, é mas é o Tom*cough*) e sei lá que mais. A sério, I kid you not! E para além disto há uma certa incerteza neste mundo. Não consegui perceber se pretendiam fazer alguma analogia religiosa, com a cena do cervo/Aslan e a ressuscitação de todos os que haviam sido de alguma forma atacados pela magia da Rainha, e achei um pouco deslocado o facto de a Branca rezar o Pai Nosso num mundo com magia como este. Também fica a dúvida se o Espelho é real ou se tudo não passa de imaginação da Rainha, havendo uma parte em que ela fala com o Espelho mas o seu irmão (coisa mais asquerosa) a vê falar sozinha. O_o
Mas tirando tudo isto, acabei por achar o filme giro. A nível visual está bem conseguido, as histórias das personagens são interessantes ao ponto de querer saber mais sobre a Ravenna e o Caçador, e as atuações não estão más. Ok, é verdade que temos a Kristen Stewart mas ela quase que sorri neste filme! Mas vai daí, com o Hemsworth ao lado qualquer rapariga só pode sorrir. :P
Também gostei da reviravolta no que toca ao beijo, apesar de ser previsível e o triângulo amoroso algo forçado, o que no meu entender mostra um amor real e não idealizado. Um amor que vem da convivência, do conhecer alguém, do impacto que essa pessoa tem na outra, fazendo esquecer mágoas e fazendo com que se deseje ser uma pessoa melhor. Pena é que o Caçador geralmente só tivesse belos discursos quando bêbado, mas pronto não deixa de ter alma de poeta.
Acaba por não ser um mau filme e, apesar dos constantes "acho que já isto noutro sítio", quebra com o usual fim do "e foram felizes para sempre". E foi o facto de o final não ser o mais convencional que fiquei com a pulga atrás da orelha e penso que li algures que vai haver continuação, que é suposto ser uma trilogia. Espero que, se tal acontecer, as back stories das personagens venham a ser mais desenvolvidas e se dê um fim mais definitivo à história. Até acho bem a princesa ficar sozinha, mas que seja mais explícito que o faz porque não gosta de ninguém e é assim que se sente feliz, que não dê espaço para o espetador questionar se ela não seria mais feliz com aquele ou com o outro.
Gostava de deixar aqui um link para uma crítica que gostei de ler (também podem ler a da Jen e a P7) e um resumo ilustrado que me fez rir. Não preciso de dizer que tem spoilers pois não?
Veredito: Se tivesse esperado para que desse na televisão não perdia nada com isso. Mesmo assim está perto de um vale o dinheiro gasto, até porque com o myZONcard ficaram 2 bilhetes pelo preço de um.
2 comentários:
ANOTHER! Só com o Huntsman agora, só com o Huntsman!
LOL xD Sim, só com Hunstman para saber como é que ele passou a ser uma alma tão torturada. *sigh*
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