30 de outubro de 2010

Aprendiz de Assassino (A Saga do Assassino, Livro 1)

Autor: Robin Hobb
Género: fantasia
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: 382
Nota: 3,5/5

Resumo (do livro): O jovem Fitz é filho bastardo do nobre Príncipe Cavalaria e cresce na corte do Rei Sagaz. Marginalizado por todos, o rapaz refugia-se nos estábulos reais, mas cedo o seu sangue revela o Talento mágico e, por ordens do rei, é secretamente iniciado nas temidas artes do assassino.

Quando salteadores bárbaros atacam as costas, Fitz enfrenta a sua primeira e perigosa missão que o lançará num ninho de intrigas. E embora alguns o encarem como uma ameaça ao trono, talvez ele seja a chave para a sobrevivência do reino.

Com uma narrativa povoada de encantamentos, heroísmo e desonra, paixão e aventura, o
Aprendiz de Assassino inicia um das séries mais bem-amadas da fantasia épica.

Opinião: Com tantas opiniões positivas e tanto incentivo, devo ter partido com grandes expectativas para este livro pois, no final, esperava um pouco mais.

A história em si é algo interessante. Temos os Seis Ducados a lidarem com assaltos de Navios Vermelhos, que vêm das ilhas exteriores, que atacam as cidades costeiras, raptam pessoas e propõem estranhos resgates: paguem e matamos os reféns, ou não paguem e libertamo-los. O pior é que quando libertados os reféns deixam de ser as pessoas que eram, tornam-se Forjados, uma espécie de zombies que ataca tudo quanto mexe desde que tenham riquezas e/ou comida. Como se isto não bastasse, há uma crise política, decorrente da abdicação do príncipe herdeiro devido ao facto de ter um bastardo. Isto faz com que outros ponham os seus olhos no trono.

Sem dúvida de que é um bom enredo, daqueles que aprecio, mas parece-me que não foi muito bem conseguido. Primeiro, o relato é feito na primeira pessoa por Fitz, o tal bastardo referido em cima, e percebemos que é feito vários anos depois da história se passar, o que torna as situações de vida ou morte algo entediantes porque já sabemos que ele vai sobreviver. É por isso que em parte odeio este tipo de narração. Se há alguns exemplos bem conseguidos, que apesar de contados na primeira pessoa nos deixam em suspenso, este não o conseguiu fazer.

Segundo, a história tem um ritmo tão lento que parece que nada se passa. Poderia servir para a construção de personagens, mas infelizmente tal também me parece pouco conseguido porque os nomes das personagens já reflecte parte da sua natureza, a parte que mais se destaca, e pouco mais que isso vemos. Mas ainda assim há personagens interessantes, caso de Veracidade, Kettricken e o Bobo, a única que realmente é algo misteriosa (já os seus enigmas nem tanto, como me está a parecer no segundo volume e que me deixa com uma opinião muito pouco positiva do nosso protagonista).

Por último, gostei da magia, o Talento e a Manha, ainda que não perceba o porquê da Manha ser algo que supostamente o protagonista não devia fazer. Parece-me muito semelhante ao Talento e se aquele pode ser estudado e controlado, o mesmo devia de acontecer com o outro e não ser rejeitado.

Apesar de tudo é um livro que se lê bem e deixou-me com curiosidade suficiente para pegar no segundo volume (que estou quase a acabar), sobretudo para saber mais sobre os Forjados e o porquê do assalto dos Navios Vermelhos.

2 comentários:

Elphaba disse...

Tenho este livro na estante White Lady, mas agora deixaste-me um pouco desmotivada, como tu citas-te já li opiniões muito positivas e outras com tantos “senãos” que acabo sempre por ir deixando-o para trás.

WhiteLady3 disse...

Não está propriamente a cativar-me mas longe de mim querer dissuadir alguém de ler esta série. As opiniões são muito subjectivas e apesar de não ser aquilo que estava à espera, acredito que satisfaça quem gosta de fantasia. ;)

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