24 de fevereiro de 2009

Mansfield Park

Autor: Jane Austen
Género: Romance
Editora: Wordsworth Classics |Nº de páginas: 472
Nota: 3/5

Resumo (da capa): Adultery is not a typical Jane Austen theme, but when it disturbs the relatevely peaceful household at Mansfield Park, it has quite unexpected effects.

The diffident and much put-upon heroine Fanny Price has to struggle to cope with the results, re-examinig her own feelings while enduring the cheerful amorality, old-fashioned indifference and priggish disapproval of those around her.

Opinião: Neste livro, seguimos a história de Fanny Price, uma jovem rapariga que aos 10 anos de idade, vai viver com os seus tios, Lady e Sir Bertram. Aí, sendo a relação pobre da família, não consegue deixar de se sentir inferior aos restantes, sendo Edmund, o seu primo, a excepção, tratando-a sempre com muito cuidado e amizade. Com o passar dos anos, acaba por sentir mais por Edmund do que apenas o amor de uma prima, mas a chegada dos irmãos Crawford, Mary e Henry, vem destabilizar a sua pacata existência.

Sinto-me desiludida com a autora mais uma vez, a única outra vez em que me senti assim foi com o seu Ema. A heroína não me agradou por aí além, bastante mais fraca (mal pode andar 15 minutos que fica exausta) e mais facilmente persuadida que Anne Elliot de Persuasão, sobretudo no que toca a ideias e ideais onde se deixa guiar quase sempre pelo “herói”, Edmund Bertram. No entanto, nota-se que vai crescendo um pouco (não tanto como Catherine Morland de Northanger Abbey, é certo) e há que aplaudir a sua convicção moral e a sua força em resistir e fincar o pé, quando entende que há algum erro nos actos do resto da sua companhia.

O resto das personagens também não é assim tão cativante por aí além. Edmund chega a ser um pouco irritante, as irmãs Bertram também não têm muito que as recomende, os Crawford idem. Na verdade, cheguei a gostar mais de Sir Thomas e a entende-lo melhor que ao resto das personagens.

A história, felizmente, é um pouco mais interessante, ainda que um pouco parada, que as personagens, mas tenho pena que o tal adultério, cuja sinopse fazia alusão, tenha tão pouca importância na história, já que só aparece quase mesmo no final. O resto do livro debruça-se, mais uma vez, sobre o estilo de vida e o carácter das pessoas em sociedade, e é aí que Jane Austen, mais uma vez, mostra o seu valor.

Vale mais pela história, a pequena visão sobre a sociedade rural da época, do que propriamente pelas personagens.

4 comentários:

Célia disse...

Hum... Não me parece que o vá ler tão cedo!

WhiteLady3 disse...

Eu até aconselhava a adaptação do canal ITV, mas também não me cativou por aí além. Resta-me tentar ver o filme com o Jonny Lee Miller ou a série da BBC...

slayra disse...

Eek, tive exactamente os mesmos problemas com este livro. Não me incomodou tanto a fraqueza fisica da heroina mas mais a facilidade com que a convencem a mudar de opinião.

Quanto a adaptações televisivas, recomendo o filme de 1999 da BBC. Está muito bom, aborda o tema da escravatura e claro, há a crítica social. Quanto à adaptação da ITV não gostei muito.

WhiteLady3 disse...

O filme de 1999 é da BBC? Bem me parecia que tal qualidade não devia ser por acaso... Estive ontem a vê-lo e era aquela história que eu estava à espera quando li as várias sinopses sobre o livro.

Realmente no filme com a Frances O'Connor, a temática da escravatura é bem mais explícita, coisa que não acontece no livro, com muita pena.

Eu depois tento escrever uma opinião mais elaborada.

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