Este ano tem sido atípico para mim e tal reflectiu-se não só no blog mas nas leituras. No blog porque a certa altura simplesmente parei. Quis tentar inovar, desafiar-me a ir mais além das opiniões, a fazer coisas que vejo em blogs lá fora e que tanto gosto de ler, quis tentar uma maior cooperação com bloggers que admiro pelos mais variados motivos. Mas o blog parou. Parou por falta de ideias, falta de tempo, mas sobretudo por falta de paciência. Na tentativa de querer que ele fosse tanta coisa acabou por não ser nenhuma.
Decidi então virar-me para mim, para o que me fez abrir o blog em primeiro lugar. Decidi virar-me para o simples prazer de ler, sem ter que criticar a seguir. Nunca foi uma tarefa ler mas convenci-me a mim própria que tinha de escrever e publicar textos sobre o que havia lido e pensava sobre determinado assunto, vai-se lá perceber porquê. E como não gosto de ver blogs desactualizados (o meu sonho sempre foi ter algo como as Book Smugglers) e críticas em blogs do género "ah e tal até está giro" (se bem que a Jen e a Slayra tiveram uma ideia bem interessante para aqueles livros sobre os quais não há muito a dizer), sendo no entanto a única coisa que penso sobre alguns livros, sinto que matei as minhas célulazinhas cinzentas a tentar escrever algumas das coisas publicadas.
Fechei então o blog e virei-me para uma plataforma maravilhosa, o excelente Goodreads onde não importa se uma pessoa dá a opinião ou não, se é longa ou curta. Escrevo o que sinto quando acabo de ler, seja algo como "OMD é o melhor livro de sempre!" ou algo com mais conteúdo. Edito se quero alongar-me um pouco mais, edito se passado um tempo, com alguma distância, vejo que afinal não foi assim tão bom ou se pelo contrário vejo que foi mais importante ou melhor do que tinha achado a início (aconteceu com Possession de A.S. Byatt por exemplo, que agora tenho como um dos melhores e mais bonitos livros que li e que quero tanto reler). É certo que o Goodreads não dá para publicar os tais textos sobre as mais variadas coisas, nem sobre os filmes e séries de tv que vamos vendo. Não que eu publicasse muitos textos do género, mas ainda assim há alguns que sentia necessidade de andar por aí a aconselhar. Mas há sempre contras nas decisões que se tomam, não é verdade?
Mas dizia, virei-me então, para mim e para a leitura pelo simples prazer de ler. Mais que isso virei-me para comfort reading. Virei-me para livros com bonecos, infantis ou comics (geralmente adaptações de livros que já li, como Austen), e mais que isso virei-me para releituras. A maior parte foi impulsionada por gente doida *abraça* que partilha alguma maluqueira comigo e assim, mais que reencontrar amigos (o que eu sinto cada vez que volto a pegar num livro de que gostei), pude partilhar e discutir com outras pessoas. Encontrei noutros lados o incentivo para a leitura, para a discussão, para a troca de experiências e opiniões que não estava a encontrar aqui.
O tempo de reflexão que me tinha dado a mim foi assim passado sem pensar no blog e vi que estava bem sem ele. Reparei que gosto de companhia, que ler não tem de ser um acto que se faz sozinho, o que a certa altura senti que estava a fazer ao manter este espaço. Queria escrever textos mas sobre o quê e para quem? De mim para mim? Mas para isso não preciso de escrever, eu já sei o que penso. Sim, que uma pessoa diz que escreve em blogs para si, mas acaba por querer ter público e, sobretudo, ter quem comente. Tal não estava a acontecer, ou pelo menos não da maneira que eu queria ou imaginava (ai a mania de sonhar alto!), sobretudo com uma rubrica na qual até tinha algum orgulho (fiquei tristíssima quando um texto que achei o mais interessante a ser publicado teve poucas reacções e nem era meu, daí que ache que a qualidade era muito maior e mais digna de atenção :P ). Assim até tinha ideia para textos, mas ao sentir que os escrevia sobretudo para mim, ficaram-se pela intenção ou bloqueios.
No fundo, este blog já estava a ser como uma pedra no sapato. Não deixa de ser o meu cantinho, mas por vezes é preciso deixar o cantinho em paz, e mudar para outros...
Está então encerrado este espaço. Custa um pouco, pois apesar de tudo foi uma viagem agradável e deu-me a possibilidade de conhecer as mais variadas e interessantes pessoas (vós sabeis quem são), mas este foi só o veículo para as encontrar. As maluqueiras e os "OMD têm de ler este livro e ver este filme/série!" continuam por aí...
Decidi então virar-me para mim, para o que me fez abrir o blog em primeiro lugar. Decidi virar-me para o simples prazer de ler, sem ter que criticar a seguir. Nunca foi uma tarefa ler mas convenci-me a mim própria que tinha de escrever e publicar textos sobre o que havia lido e pensava sobre determinado assunto, vai-se lá perceber porquê. E como não gosto de ver blogs desactualizados (o meu sonho sempre foi ter algo como as Book Smugglers) e críticas em blogs do género "ah e tal até está giro" (se bem que a Jen e a Slayra tiveram uma ideia bem interessante para aqueles livros sobre os quais não há muito a dizer), sendo no entanto a única coisa que penso sobre alguns livros, sinto que matei as minhas célulazinhas cinzentas a tentar escrever algumas das coisas publicadas.
Fechei então o blog e virei-me para uma plataforma maravilhosa, o excelente Goodreads onde não importa se uma pessoa dá a opinião ou não, se é longa ou curta. Escrevo o que sinto quando acabo de ler, seja algo como "OMD é o melhor livro de sempre!" ou algo com mais conteúdo. Edito se quero alongar-me um pouco mais, edito se passado um tempo, com alguma distância, vejo que afinal não foi assim tão bom ou se pelo contrário vejo que foi mais importante ou melhor do que tinha achado a início (aconteceu com Possession de A.S. Byatt por exemplo, que agora tenho como um dos melhores e mais bonitos livros que li e que quero tanto reler). É certo que o Goodreads não dá para publicar os tais textos sobre as mais variadas coisas, nem sobre os filmes e séries de tv que vamos vendo. Não que eu publicasse muitos textos do género, mas ainda assim há alguns que sentia necessidade de andar por aí a aconselhar. Mas há sempre contras nas decisões que se tomam, não é verdade?
Mas dizia, virei-me então, para mim e para a leitura pelo simples prazer de ler. Mais que isso virei-me para comfort reading. Virei-me para livros com bonecos, infantis ou comics (geralmente adaptações de livros que já li, como Austen), e mais que isso virei-me para releituras. A maior parte foi impulsionada por gente doida *abraça* que partilha alguma maluqueira comigo e assim, mais que reencontrar amigos (o que eu sinto cada vez que volto a pegar num livro de que gostei), pude partilhar e discutir com outras pessoas. Encontrei noutros lados o incentivo para a leitura, para a discussão, para a troca de experiências e opiniões que não estava a encontrar aqui.
O tempo de reflexão que me tinha dado a mim foi assim passado sem pensar no blog e vi que estava bem sem ele. Reparei que gosto de companhia, que ler não tem de ser um acto que se faz sozinho, o que a certa altura senti que estava a fazer ao manter este espaço. Queria escrever textos mas sobre o quê e para quem? De mim para mim? Mas para isso não preciso de escrever, eu já sei o que penso. Sim, que uma pessoa diz que escreve em blogs para si, mas acaba por querer ter público e, sobretudo, ter quem comente. Tal não estava a acontecer, ou pelo menos não da maneira que eu queria ou imaginava (ai a mania de sonhar alto!), sobretudo com uma rubrica na qual até tinha algum orgulho (fiquei tristíssima quando um texto que achei o mais interessante a ser publicado teve poucas reacções e nem era meu, daí que ache que a qualidade era muito maior e mais digna de atenção :P ). Assim até tinha ideia para textos, mas ao sentir que os escrevia sobretudo para mim, ficaram-se pela intenção ou bloqueios.
No fundo, este blog já estava a ser como uma pedra no sapato. Não deixa de ser o meu cantinho, mas por vezes é preciso deixar o cantinho em paz, e mudar para outros...
Está então encerrado este espaço. Custa um pouco, pois apesar de tudo foi uma viagem agradável e deu-me a possibilidade de conhecer as mais variadas e interessantes pessoas (vós sabeis quem são), mas este foi só o veículo para as encontrar. As maluqueiras e os "OMD têm de ler este livro e ver este filme/série!" continuam por aí...