31 de janeiro de 2011

Janeiro 2011

Já que estou numa de mudar algumas coisas no blog que começou com o visual, ainda em finais do ano, passando pela inauguração de uma rubrica que está a revelar-se interessante pelos contactos e ideias que se vão trocando, pelo quase fenómeno (sim, estou um pouco inchada de orgulho :P ) que foi o post sobre a minha história com os livros e que originou posts semelhantes, e muito agradáveis de ler, de outras pessoas com quem tenho o prazer de conviver na blogosfera, resolvi também mudar o post mensal. Este costumava enunciar as aquisiçõs e empréstimos, e passa agora a ser também de balanço de leituras, antes feito de forma semestral.

Posto isto, parece-me que comecei bem o ano. Para começar, li um dos mais belos livros dos últimos tempos. Queixava-me em como não era arrebatada e este felizmente fê-lo, tendo a autora tornado-se numa das minhas favoritas, ainda que só tenha lido este livro da sua autoria. Falo, claro, de O Segredo da Casa de Riverton da Kate Morton. Só o posso aconselhar e não me canso de o fazer. Também não posso deixar de aconselhar a antologia de contos de Natal portugueses, editado pelo Vasco Graça Moura, que constituiu uma enorme surpresa e deu ainda mais força ao meu desejo de ler mais autores portugueses. Falta mesmo é pegar nos livros e não é que sejam escassos cá por casa mas parece que há sempre outros que se metem à frente... :P

Pela negativa destacou-se P.S. - Eu Amo-te, o primeiro livro, e espero que o último, deixado a meio este ano. Resolvi este ano que vou deixar de ler os livros que não me estiverem a agradar, por uma qualquer razão. Não quer dizer que não lhes venha a pegar mais tarde quando a premissa até é interessante, como no caso deste livro, mas se naquele momento não me está a agarrar e sinto que não consigo avançar ou que prefiro passar à frente e pegar noutro, é isso que vou fazer. Como dizem por aí há tantos livros e tão pouco tempo para os ler, que não vale a pena estar a forçar a leitura de um livro, quando ele até pode querer ser lido noutra altura. Sim, acredito que há alturas e estados de espíritos que aconselham a leitura ou a não leitura de determinados temas, o mais difícil, por vezes, é entender qual é a ideal e ouvir o livro chamar por nós. :)

Aproveito para deixar também a foto da pilha de livros por ler que se encontra em cima da mesa de cabeceira. Não é muito diferente da que mostrei em Agosto do ano passado (embora esta agora esteja ordenada pelo tamanho, já que uma vez ia caindo), muito por culpa de empréstimos. Vamos a ver se no mês de Fevereiro a consigo diminuir.
Por fim as aquisições e empréstimos, mas ainda antes de passar aos livros tenho de dizer que... tenho um Kindle! Foi uma prenda de Natal atrasada do meu irmão (que por muito mal que diga dele não deixa de ser o melhor irmão do mundo, e não, não digo isto por ele ter me oferecido o Kindle, é simplesmente a verdade, por muito chato que ele seja é a minha melga preferida *abraça o irmão até os olhos lhe saírem das órbitas*) a que planeio dar uso, sobretudo para ler os vários clássicos disponíveis gratuitamente no site do Projecto Gutenberg. Mas volto a falar neste aparelho assim que tiver tido a possibilidade de o experimentar melhor, já que o recebi a semana passada e as oportunidades para o explorar têm sido escassas.

Aquisições através do BookMooch:
  • Beguiled de Shannon Drake
  • The Untamed Heiress de Julia Justiss
  • Millie's Fling de Jill Mansell

Empréstimos pelas BLX:
  • O Segredo da Casa de Riverton de Kate Morton (crítica aqui)
  • P.S. - Eu Amo-te de Cecelia Ahern (crítica aqui)
  • O Décimo Terceiro Conto de Diane Setterfield (estou a acabar de lê-lo)

27 de janeiro de 2011

Booking Through Thursday: Pesado

A pergunta desta semana é...
What's the largest, thickest, heaviest book you ever read? Was it because you had to? For pleasure? For school?

Provavelmente, os livros mais pesados ou com mais páginas que já li são os da Diana Gabaldon. Penso que exceptuando o primeiro volume, Outlander, todos os outros têm mais de 1000 páginas. O quinto volume, no qual ainda não peguei, parece mesmo um tijolo, com a sua capa avermelhada e 5cm de espessura!

Anna Karenina, que ainda não consegui ler até ao fim (fiquei por volta da página 100 e qualquer coisa à espera de melhores dias, ou melhor estado de espírito para epgar nele), também tem um peso considerável mas penso que se deve mais à sua capa dura.

Li-os, ou comecei a lê-los, por prazer. Para a escola o maior que li deve ter sido Os Maias, que só li até ao quarto capítulo. :P

26 de janeiro de 2011

P.S. - Eu Amo-te

Autor: Cecelia Ahern
Género: chick-lit
Editora: Editorial Presença | Nº de páginas: 380

Resumo (do livro): Quase todas as noites Holly e Gerry tinham a sua private discussion – qual dos dois é que se ia levantar, enfrentar o frio soalho de tijoleira e voltar tacteando pateticamente para a cama? Comprar um candeeiro de mesa-de-cabeceira parecia não fazer parte dos planos, e assim o episódio da luz repetia-se a cada noite, num ritual cómico a que nenhum desejava, aparentemente, pôr termo. Agora, ao recordar esses momentos de pura felicidade, Holly sentia-se perdida num presente sem Gerry. Mas ele conhecia-a demasiado bem para a deixar no mundo sozinha e sem rumo. Por isso, imaginou uma forma de perpetuar ainda por algum tempo a sua presença junto da mulher que amava, incentivando-a a aprender a viver de novo. Como é que se sobrevive à perda de um grande amor? Na primeira parte da narrativa, Holly ter-nos-ia simplesmente respondido: não se sobrevive. Mas Holly sobreviveu! P.S. – Eu Amo-te é uma narrativa admirável sobre a coragem, a amizade e o amor. A sua adaptação ao grande ecrã, com o título P.S. – I Love You, é já uma realidade.

Opinião: Não é muito usual, mas tive de desistir do livro. Não sei bem o que não me conseguiu agarrar. Talvez a escrita da autora ou a tradução de fazer bradar aos céus, o que é certo é que existem imensas repetições e o texto é tudo menos fluido. Depois temos as personagens, tão básicas que me fizeram revirar os olhos e o único que parece interessante está morto. Holly, a viúva, infelizmente também não é nenhuma mente brilhante. Como é que ela não percebeu a intenção do irmão e fica pasma quando vê a sua saída nos ecrãs? A sério, fez-me ponderar atirar o livro à parede. Além disso, se a princípio conseguia simpatizar com ela e a dor da sua perda, a empatia foi-se ao ler a passagem
As raparigas ajudaram Holly a colocar uma tiara cintilante que, por sorte, combinava lindamente com o top brilhante
Ok, talvez o mal seja meu já que não sou gaja que aprecie roupas e geralmente veste a primeira coisa que vem à mão, mas pareceu-me que a preocupação com a roupa, e sobretudo o facto de reparar que a tiara combinava, por sorte (!), com um top brilhante é algo que ultrapassa e não tem interesse para alguém que perdeu a pessoa que mais ama. Mas é verdade que cada um é diferente e faz o luto à sua maneira, infelizmente não me revi nessa parte e deixei de me interessar pela personagem.

Acho que me vou ficar pelo visionamento do filme, se o conseguir ver (deu na televisão num destes fins-de-semana mas não consegui ver tudo, daí o interesse que tinha em ler o livro, além disso podia jurar que quando fui à biblioteca o Gerard Butler estava a olhar para mim e a piscar-me o olho), mas ainda que não tenha sido o suficiente para continuar a leitura, o livro tem alguns momentos divertidos e a premissa é das mais interessantes que tenho encontrado dentro deste género. Num futuro longínquo talvez pondere pegar novamente neste título mas para ler na versão original.

Não acabei: Felizmente trouxe este livro da biblioteca pelo que não me sinto muito prejudicada financeiramente, caso contrário andaria por aí a clamar “porque é que não comprei aquele outro?” Definitivamente há algo de errado com a escrita e dentro do género há autores, e traduções, melhores a meu ver.

24 de janeiro de 2011

Verdade ou Consequência? (1)

Uma História da Leitura

Tenho a sorte de poder inaugurar neste blogue que tanto aprecio uma nova rubrica, que irá certamente ajudar a promover a colaboração entre os blogues literários portugueses. Perante o desafio que me foi colocado, escolhi Consequência e a WhiteLady sugeriu-me o tema “Autores Sul-Americanos”. Tenho por ler vários livros de autores provenientes da América do Sul, mas de imediato fiquei indecisa entre o Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez ou Uma História da Leitura, de Alberto Manguel. Por termos concordado que este último é um livro pouco divulgado por cá e por estar com vontade de lhe pegar, escolhi então Uma História da Leitura.

Esta é uma história da leitura, porque decerto muitas existem. Nós próprios estamos a construir a história da leitura, sempre em constante evolução e mutação. Porque data de 1996, este livro não inclui referência às recentes evoluções no que respeita à leitura digital; contudo, todos os séculos que antecedem essa data são mais que fertéis em acontecimentos e personagens que fizeram de nós os leitores que somos hoje.

O livro encontra-se dividido em 3 partes: na primeira, o autor fala-nos um pouco sobre a sua experiência como leitor e sobre a importância que os livros tiveram no seu crescimento. Uma das curiosidades é o período durante o qual leu em voz alta para Jorge Luis Borges, quando o famoso escritor argentino estava já quase completamente cego e, por isso, impedido de ler sozinho.

A segunda e terceira partes, entituladas respectivamente “Actos de Leitura” e “Poderes do Leitor”, não consistem num relato ordenado temporalmente; temos antes uma espécie de divisão temática, com sub-capítulos dedicados a um determinado assunto, nos quais o autor faz diversas referências históricas e acrescenta, quase sempre, alguns detalhes sobre a sua experiência pessoal no que respeita ao tema em causa.

Ao longo do livro temos oportunidade de aprender mais sobre a forma como a escrita se foi adaptando à forma de leitura, pois ao passar-se da leitura em voz alta para a leitura silenciosa tornou-se necessário detalhar mais os símbolos escritos, e introduzir a pontuação, por exemplo. Percebemos também como se foi alterando a memorização de textos ao longo do tempo, a evolução do formato dos livros (marcado pelo aparecimento da imprensa) ou a importância que foi ganhando a leitura como acto individual. Mas a análise histórica incide também sobre a forma como os livros foram sendo ordenados nas bibliotecas, o que determinado livro diz sobre o seu leitor, a invenção dos óculos ou a tradução “como acto supremo de compreensão”.

De um modo geral, é um livro interessantíssimo, repleto de referências e personagens históricas. Por vezes, tem tendência a tornar-se um pouco académico demais, exigindo por isso a máxima concentração da parte do leitor. Muitas referências históricas e literárias passaram-me ao lado devido à minha curta e ainda pouco vasta experiência como leitora, mas esse facto não tornou a leitura frustrante, antes deu-me ânimo para continuar a aprender. Diria que é preciso partir para esta leitura com o espírito certo, e se isso for conseguido, o mais certo é que este livro seja bastante apreciado.


Opinião escrita pela Célia, do blog Estante de Livros, a quem tenho de agradecer o incentivo e disponibilidade para ser a primeira vítima. :)

22 de janeiro de 2011

Eu e os livros - as várias histórias

O post sobre a minha história com os livros originou uma série de posts semelhantes e uma espécie de desafio, ideia da Cat SaDiablo. Como gostei de ler as várias histórias, achei que as devia coleccionar e por isso decidi fazer este post, por forma a reunir as várias experiências.

Podem desde já ler as histórias de:
Caso tenham a vossa própria história e a queiram dar a conhecer, basta deixarem um comentário com um link ou a contá-la. :)

21 de janeiro de 2011

Nova rubrica - Verdade ou Consequência?


Esta rubrica nasceu de ideias e conversas com outros bloggers na tentativa de criar uma maior interacção entre blogs e dinamizar a blogosfera. Perante o que se faz lá fora, onde existem guest posts e guest reviews, pensei cá para comigo “então e se fizesse algo que englobasse ambos?” e eis que surgiu esta ideia.

Trata-se, basicamente, de um jogo. Convido alguém e faço-lhe a questão: “Verdade ou Consequência?”. Se escolher Verdade, essa pessoa tem de escrever um artigo sobre um qualquer assunto à sua escolha e com o qual se sinta à vontade, podendo discursar sobre o seu género preferido, um autor que recomende ou qualquer outro tema. Caso prefira Consequência tem de ler e escrever uma opinião sobre um livro dentro do tema que eu indicar. Estes serão algo vagos, podem mesmo tornar-se em desafios caso proponha um tema que não apreciem por aí além, mas tentarei ter em conta a lista de livros por ler do convidado.

Espero que apreciem este pequeno jogo. Se tudo correr bem terá periodicidade mensal.

20 de janeiro de 2011

Booking Through Thursday: Periódicos

A pergunta desta semana é...
Even I read things other than books from time to time … like, Magazines! What magazines/journals do you read?

Sou assinante da National Geographic. :) Comecei a comprá-la quando andava na faculdade e entretanto resolvi subscrever a assinatura, já que nem sempre a encontrava. Acho muito interessantes os artigos referentes a História, Arqueologia e Antropologia. Os de Ciências não aprecio tanto, não é propriamente área que goste, mas tem fotografias magníficas.

Também compro a Sábado, comecei a fazê-lo devido à Biblioteca, mas o meu irmão é que a lê mais assiduamente.

19 de janeiro de 2011

O Segredo da Casa de Riverton

Autor: Kate Morton
Género: romance
Editora: Porto Editora | Nº de páginas: 480

Resumo (do livro): Como sobrevivem os que presenciam a tragédia?

Verão de 1924

Na noite de um glamoroso evento social, um jovem poeta perde a vida junto ao lago de uma grande casa de campo inglesa. Depois desse trágico acontecimento, as suas únicas testemunhas, as irmãs Hannah e Emmeline Hartford, jamais se voltariam a falar.

Inverno de 1999

Grace Bradley, de noventa e oito anos de idade, antiga empregada da casa de Riverton, recebe a visita de uma jovem realizadora que pretende fazer um filme sobre a morte do poeta.

Memórias antigas e fantasmas adormecidos, há muito remetidos para o esquecimento, começam a ser reavivados. Um segredo chocante ameaça ser revelado, algo que o tempo parece ter apagado mas que Grace tem bem presente.

Passado numa Inglaterra destroçada pela primeira grande guerra e rendida aos loucos anos 20,
O Segredo da Casa de Riverton é um romance misterioso e uma emocionante história de amor.

Opinião: Este livro é simplesmente perfeito. Queixava-me de no último ano não me ter sentido arrebatada por livros, pois este fê-lo. É maravilhoso. Kate Morton já se tornou uma das minhas escritoras preferidas. E nem sei o que mais dizer deste livro, porque perfeito é a única palavra que me vem à cabeça.

A história deste livro é-nos contada por Grace, nonagenária a viver num lar, em Saffron, onde quase sempre viveu. Nessa pequena cidade existe uma casa de campo, Riverton, palco de uma morte há muitos anos atrás, em 1924, exactamente quando Grace trabalhava como empregada de Hannah, uma das irmãs que terá assistido à tragédia. Mas o que levou a tal? O poeta suicidou-se realmente? Que segredos escondem os habitantes de Riverton? É sobre isto que Grace nos fala, quando a sua memória é reavivada ao ser contactada por uma realizadora que deseja reconstruir o que se terá passado naquela fatídica noite.

Grace revela-se uma excepcional narradora. Apesar de os acontecimentos terem lugar à 70/80 anos atrás, o relato é credível e está muito bem feito. Podia imaginar Grace, bastante idosa, a perder-se nas suas memórias por tempo indefinido, por vezes tanto tempo que quando voltava a si era já noite, e outras em que apenas um segundo havia passado, mas em que a sua mente vagueava por semanas. Achei também muito bem conseguido o facto de as memórias não aparecerem do nada. Havia sempre algo que despoletava tal recolecção, nem que tal fosse devido às cassetes que gravou para o seu neto, Marcus. Pergunto-me se não será interessante ouvir em áudio-livro, como se estivéssemos a ouvir as cassetes gravadas.

Há todo um tom de inevitabilidade na história, mas não deixa de ser esperançosa. Há momentos que nos partem o coração mas outros que nos enchem de alegria. Achei que o livro tinha realmente vida, já que todos temos momentos desses e a autora conseguiu representá-lo de forma fenomenal. As personagens, a quem pertencem os momentos deste livro, também são agradáveis de seguir. Não me canso de referir Grace, a narradora, com uma vida mais que colorida e, gosto de pensar, preenchida. Pode ter-se arrependido de algumas coisas, mas acho que no final o saldo é positivo. Admiro os criados de Riverton, com um sentido de dever que hoje é um pouco difícil de perceber. Como pode alguém respeitar e servir de tal forma, abdicar de sonhos e amar uma família que acaba por não ser a deles? Hannah e Emmeline também são personagens interessantes, ambas prisioneiras, cada uma à sua maneira, de Riverton e laços familiares. Penso que o único de que não gostei foi mesmo Robbie, mas tal deve-se ao facto de sentir que não cheguei a conhecê-lo realmente, como acontece com as outras personagens, já que não convivia tanto com Grace.

São notórias as influências do filme "Gosford Park" e de Possession de A.S. Byatt (apesar de esta só ter reparado mesmo no fim, quando a autora aponta as várias referências, foi como se uma luz tivesse acendido na minha cabeça :P ), o primeiro pelo ambiente em que a história decorre, o segundo no que toca às personagens e mesmo ao enredo, e tal como essas duas obras, O Segredo da Casa de Riverton é um livro que só posso aconselhar! Não será uma leitura para ler de ânimo leve, mas acho que não deixará ninguém indiferente.

Para ter na estante: O exemplar que li veio da biblioteca mas estou, seriamente, a pensar adquirir a versão áudio-livro. Este é um livro a reler, a aconselhar e a autora é para continuar a seguir. O Jardim dos Segredos não deve escapar, até porque tenho um vale de desconto da Bertrand.

15 de janeiro de 2011

Sherlock

Informação técnica no IMDb.

Criador: Mark Gatiss, Steven Moffat
Actores: Benedict Cumberbatch, Martin Freeman

Tenho de começar por dizer que não aprecio os livros por aí além, mas gostei da série dos anos 80 que tive a oportunidade de ver, ainda não vão muitos anos, na RTP Memória, onde dava por volta das 19h. Quando comecei a ler que iria haver uma nova série, desta feita passada no séc. XXI, fiquei um pouco de pé atrás e tentei não ler as críticas para não criar muitas expectativas. Mas o certo é que gostei. :)

A série estreou e acabou (tem apenas 3 episódios de 90 minutos cada) na RTP2. No dia de estreia estava meio indecisa a vê-la, já que no AXN estreava também "Os Pilares da Terra". Infelizmente o meu irmão é algo averso a séries e/ou filmes históricos (praticamente só vê quando obrigado) e ao ver-me mudar de canal para assistir à adaptação da obra do Ken Follet começou logo a dizer "não! Série histórica e baseada em livros não! Quero ver outra coisa!..." Lá lhe fiz a vontade, já que ele é maior que a minha *indefesa* pessoa e mudei para a RTP2 onde iria começar então a nova versão do Sherlock Holmes. Claro que ele começou a dizer "não! Série policial baseada em livros não! Quero ver outra coisa!..." (basicamente o moço é um chato de primeira e não gosta das coisas que eu gosto) mas aí impus-me e disse “não, vais ver, deixar-me em paz e parar de me chatear”. Devia estar num dia bom, porque caso contrário almofadas e membros voariam pelo ar mas tal não aconteceu e, pasme-se, o rapaz até gostou!

Não tenho a certeza se os episódios são adaptações das obras, apesar do nome do primeiro episódio ser "Um Estudo em Rosa", que faz lembrar o livro Um Estudo em Vermelho. Só li os contos que se encontram nas Aventuras de Sherlock Holmes, mas parece-me que, apesar de se poderem afastar um pouco dos enredos originais, há bastantes semelhanças com os livros. As histórias de Sherlock chegam-nos assim pela mão de Watson, tal como nas obras de Arthur Conan Doyle, e gostei de como na série fizeram o Watson manter um blog onde conta as suas aventuras e desventuras na companhia do amigo.

Como nos livros achei que algumas das situações eram de resolução fácil (sobretudo no último episódio quando investigam a morte de uma apresentadora televisiva, era tão óbvio que meteu um pouco de dó ver o Watson meio perdido e Holmes a ajudar) mas gostei da interacção entre os actores. Martin Freeman é excelente como Watson e Cumberbatch é um excêntrico Sherlock Holmes viciado em adesivos de nicotina. Mycroft, irmão de Sherlock, também está bem conseguido mas, apesar de ter gostado bastante de todas estas interpretações, é Moriarty que para mim está brilhante. Devo de confessar que não encontrei esta personagem nas histórias que li nem me recordo dele na série dos anos 80, pelo que o seu carácter é-me praticamente desconhecido, mas achei que Andrew Scott estava brilhante. Moriarty parece meio doido, com flutuações na voz e maneirismos teatrais, mas um doido muito perigoso, capaz de passar a perna até ao mais brilhante e observador detective.

Gostei bastante e até o meu irmão parece ter ficado fã da série (penso mesmo que se sentiu tentado a pegar nos livros! tentado porque pegar está quieto, só pega em livros para os mudar de sítio...), espero por isso por uma segunda temporada, até porque esta termina com um cliffhanger daqueles de deixar uma pessoa à beira de um ataque de nervos, e que desta feita tenha mais episódios. :)

13 de janeiro de 2011

Booking Through Thursday: Primeiros

A pergunta desta semana é...
Do you remember the first book you bought for yourself? Or the first book you checked out of the library? What was it and why did you choose it?
Esta pergunta vem quase a propósito do post de segunda-feira. :D

Sei qual foi o primeiro livro que li, chamava-se (e chama-se, que ainda o tenho e já tinha sido o primeiro livro que a minha mãe tinha lido!) O Rouxinol encantado e outros contos para crianças, só depois me dediquei então aos livros da Enyd Blyton. No entanto, o primeiro livro que comprei, com o dinheiro que me davam pelos anos e pelo Natal, que me davam primos e tios mais afastados, não me consigo lembrar. Lembro-me também do primeiro livro que pedi para os meus pais comprarem na Feira do Livro (e que é a primeira memória da Feira, apesar de me dizerem que já em anos anteriores lá tinha ido, mas a minha memória não é grande coisa), chamava-se Sissi vai à pesca. Também me recordo que o meu irmão escolheu Petzi vai à pesca, está visto que muito queríamos pescar naquele ano... mas não consigo mesmo recordar-me qual o primeiro livro que comprei para mim. Talvez tenha sido Caderno de Agosto da Alice Vieira, mas não posso dizer com toda a certeza.

O primeiro livro que trouxe da biblioteca, deve ter sido um livro da colecção Viagens no Tempo, da Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, que tinha lugar durante o Terramoto de 1755.

Editado para acrescentar: Esqueci-me de dizer que, a realmente terem sido os livros acima descritos, comprei o da Alice Vieira porque estava numa fase em que só lia, praticamente, livros dela (belíssima contadora de histórias) e trouxe da biblioteca aquele volume porque queria experimentar a colecção e tinha curiosidade em saber um pouco mais sobre o terramoto.

12 de janeiro de 2011

Crimes de Natal

Autor: vários; Richard Dalby (editor)
Género: mistério
Editora: Edições Asa | Nº de páginas: 320

Resumo (do Goodreads): Though Christmas is a time of peace and joy, there can be a dark side to holiday cheer -- murder and mayhem may lurk within the merriment. This tempting collection serves up Christmas crime stories from some of the best mystery writers of the past 150 years: Agatha Christie, Ellis Peters, Arthur Conan Doyle, H.C. Bailey, and Thomas Hardy.

Opinião: À semelhança da última opinião, este foi também aconselhado no post em que pedia que me indicassem alguns livros que se passassem ou tivessem como pano de fundo a quadra natalícia.

Não apreciei tanto este livro como o anterior. Para começar já tinha lido alguns contos, nomeadamente o da Agatha Christie e o de Arthur Conan Doyle, pelo que a resolução foi fácil. Junta-se a isto as restantes histórias que, infelizmente, também não exigem muito das nossas células cinzentas. Destaco no entanto, a personagem Reggie Fortune de H.C. Bailey, uma espécie de “arma da Providência”, e a escrita de Wilkie Collins, belíssima e que nos seus apartes para apresentar as personagens, não se torna maçador, muito pelo contrário. Se já tinha em mente ler The Moonstone e The Woman in White, agora quero mesmo pegar neles!

Apesar de achar os casos muito fáceis, é uma leitura leve e que dá para descontrair, que é exactamente o que costumo procurar em livros deste género.

Emprestado e pouco se perde com isso: É um livro interessante para conhecer mais autores do género, mas este não é propriamente um género que goste de ter na estante. Serve o seu propósito, mas não me imagino a reler.

10 de janeiro de 2011

Eu e os livros

Já por aqui falei da minha relação com áudio-livros e e-books, mas não me lembro de alguma vez me ter debruçado da minha relação com os livros. Suscitado por um post no fórum Estante dos Livros sobre leituras obrigatórias e sentindo-me algo nostálgica, resolvi então debruçar-me um pouco sobre tal. Aviso, o post pode parecer uma enorme salganhada, numa tentativa de falar de muita coisa ao mesmo tempo. :P

A minha mãe foi em tempos grande leitora, lembro-me de como aproveitava os tempos mortos no antigo emprego para ler, e passou-me o bichinho. Lembro-me de ela ler para mim antes de dormir, quando tinha tempo, e lembro de como ela sempre falou com emoção de alguns livros que teve oportunidade de ler. Parecia que tinha sido ela a viver aquelas histórias e isso fascinava-me. Sempre gostei de ouvir histórias.

Como já tenho dito, ela costumava ler livros emprestados, hábito que também tenho, mas assim que passou a trabalhar fez-se sócia do Círculo de Leitores (hoje já não é) e pedia então, penso que de 3 em 3 meses, cerca de 2 a 4 livros. Quando comecei a ler, passou também a pedir livros para mim e foi assim que fiz a colecção de Os Cinco, Os Sete e As Gémeas, tudo obras da Enyd Blyton, e vários livros da colecção Azul. Li todos os livros da Enyd Blyton, mas da colecção Azul nem por isso. Nesta época, não sei porquê, tinha medo de me esquecer das aventuras que vivia ao ler (coisas parvas, enfim) e então relia sempre as mesmas histórias nas férias, já que em tempos de escola não pegava em livros, tinha de me aplicar nos estudos e se me saísse bem então aí sim tinha a minha recompensa.
Quando passei para o 2º ciclo, de modo a incentivar à leitura, tive uma professora que resolveu apresentar-nos as "fichas de leitura". Podíamos, e devíamos, ler todos os títulos que nos interessassem e depois mostrar-lhe um resumo da história e o que tínhamos achado ou aprendido com o livro. Aqui estava a solução para ler e não me esquecer da história dos livros! Podia ler mais sem medo de novas aventuras ocuparem o lugar de antigas (sim, porque a minha memória nunca foi grande coisa), bastava-me depois escrever um pouco sobre o que lia para mais tarde recordar. Escusado será dizer que achei a ideia tão boa que continuei a fazer isso ao longo dos anos, o que culminou neste blog. :) Por esta altura também comecei a ler obras obrigatórias, tendo sido a primeira, se não estou em erro, Os Lusíadas Contados às Crianças e Lembrados ao Povo do João de Barros, porque a professora achava que era um bom ponto de partida para darmos Os Lusíadas em verso anos mais tarde.

Com pensamento semelhante, a minha professora do 8º ano achava que não deveria ser apenas no secundário que deveríamos ler livros obrigatórios, até porque se assim fosse corríamos o risco de lá chegar sem disciplina nem método. Propôs então duas coisas, todos os alunos deveriam ler um livro que ela escolhesse e fazer um trabalho sobre esse livro, e todos deveriam escolher um livro que quisessem e apresentá-lo ao resto da turma. O livro escolhido pela professora foi A Pérola de Steinbeck, que se tornou logo num dos meus livros e autores favoritos. Foi também o primeiro trabalho que me lembro de ter feito com o uso de um computador. :) Por esta época li vários títulos da Alice Vieira e A Lua de Joana, livro que mudou a minha forma de ver os livros. Se até aí constituíam um escape, aquele mostrou-me que podia passar por variadas experiências de vida que ajudam a crescer e a tornar-nos pessoas melhores, adultas e responsáveis. Passei a encarar a Literatura de outro modo e para além do escape, comecei a procurar enriquecer-me. Assim, tentei ver as obras obrigatórias do secundário como algo que contribuiria para um maior crescimento interior, mas continuei a ler o que bem entendia.

Fazia parte das leituras obrigatórias do meu ensino secundário os títulos Felizmente à Luar, Os Maias e Aparição. Não gostei particularmente de nenhum e apesar de ter concluído a leitura do primeiro, já os outros não consegui acabar: fiquei no 4º capítulo do livro do Eça e na parte em que morre uma galinha n'Aparição. Porque é que não acabei? Achei ambos uma seca e se até gostava das descrições do Eça, elas não deixavam de se arrastar, já o Vergílio Ferreira pareceu-me demasiado filosófico para o meu gosto. Além disso não havia nenhuma contrapartida para mim, na medida em que no básico as professoras não se importavam com o resto das nossas leituras (não importava tema, género ou autor) valorizando apenas que lêssemos e no secundário havia uma atitude de "isto é que é literatura que deve ser lida, tudo o resto, nomeadamente a Fantasia que lê, não a forma como pessoa". E acho que foi mais por isso do que o ser alérgica a obras obrigatórias que me afastou daqueles livros. Como se atreviam a dizer tal coisa, se as histórias de Fantasia - lia na época As Mulheres da Casa do Tigre e Harry Potter - contavam histórias de pessoas que perante a adversidade não desistiam e lutavam como podiam, mesmo sem esperança? Além disso, nunca gostei de analisar obras à exaustão. Eu sei que o autor deve ter tido várias influências, desde autores que tenha lido até à época em que viveu, mas ler um livro à procura disso cansava-me e tirava qualquer gosto da leitura porque "cada palavra foi posta de propósito em determinado lugar para expressar uma ideia qualquer do autor, até contra aquilo que estava a escrever". Enfim, estar a esmiuçar cada palavra ou descrição era tarefa árdua (demorei duas semanas só para ler a descrição do Ramalhete!) e um pouco inglória devido aos inúmeros sentidos que poderia ter. Foi quando descobri que não tinha queda para Literaturas e Línguas.
Acho que ainda hoje isso se nota aqui nas minhas opiniões. Quando escrevo sobre um livro tento debruçar-me sobre a história, as personagens, como isso contribui para um certo enriquecimento pessoal. Sim, porque até os romances mais banais podem ajudar a um crescimento pessoal, já que se debruçam sobre o relacionamento entre personagens e essas têm problemas como qualquer um de nós. Faço poucas pesquisas sobre autor, tema ou acontecimento que escreve a não ser que me sinta curiosa (como quando as histórias tomam lugar num determinado período e acontecimento histórico que não conheço tão bem como isso - já agora, foi quando percebi que Literatura e Línguas não era para mim que segui História :P ), porque acho que o próprio autor queria era contar uma história e não propriamente que o leitor ficasse a conhecer os seus sonhos, pensamentos e frustrações analisando cada palavra, ponto ou vírgula.

Felizmente, encontrei pessoas que pensam como eu, primeiro na faculdade, e daí para a frente também com a ajuda da internet. Tomei conhecimento de novos livros, autores e de como outras pessoas encaram a leitura e o que tiram dela. Tem sido salutar toda esta troca de opiniões e experiências tendo como base os livros, e tal como os livros, tem contribuído para o meu crescimento pessoal. Se antes desdenhava alguns géneros hoje estou aberta a novas experiências literárias; acho interessante ver como os mesmos livros podem suscitar diferentes opiniões e ao ler opiniões positivas/negativas de livros que detestei/adorei, sinto que ganho uma maior compreensão dos outros e de mim própria.

6 de janeiro de 2011

Booking Through Thursday: Resoluções

Tenho visto participações neste meme semanal por essa internet fora e como acho algumas perguntas interessantes, também resolvi começar a participar. Podem ler como participar aqui ou carregando na imagem.

A pergunta desta semana é...
Any New Year’s reading resolutions?
Não tenho propriamente resoluções, é mais uma declaração de intenções, mas passa:
  • pela leitura de 50 livros, coisa que tenho conseguido fazer nos últimos 2 anos, mas se não conseguir também não me preocupo muito, quero é ler bons livros;
  • pela leitura de autores de língua portuguesa, talvez mesmo a realização de um mês temático que acabei por não realizar o ano passado;
  • por reler North and South da Elizabeth Gaskell, já que foi o último livro que me arrebatou por ter uma história, personagens e escrita magníficas;
  • por ler Oscar Wilde, que tem sido constantemente relegado para a prateleira, apesar de ser um autor que me suscita muita curiosidade, não apenas pelas suas obras mas pela sua personalidade.
Acho que é isto. Já não digo ler os livros que tenho cá por casa porque, para dizer a verdade, as bibliotecas alheias são quase sempre mais apetecíveis. :P

5 de janeiro de 2011

Gloria in Excelsis - as mais belas histórias portuguesas de Natal


Autor: vários; Vasco Graça Moura (editor)
Género: romance
Editora: Quetzal | Nº de páginas: 464

Resumo (do livro): «(...) a festividade religiosa (do presépio à missa do galo) e a sua paralela celebração secular e jubilante quase sempre no plano da família; o contraste mais ou menos chocante entre Graça e desgraça, ou entre grupos e condições sociais; o regresso de alguém que, regra geral, estava ausente havia muito; a evocação do tempo e das vivências do passado; a reconciliação entre os homens; por vezes o sofrimento, a tragédia ou a violência numa quadra que não deveria comportá-los; quase sempre a ruralidade do meio em que a acção decorre (nesta colectânea, todavia, com algumas excepções nítidas); como cenário de fundo, é frequente a contraposição do mau tempo (chuva, frio, neve, ventania) a um ambiente aconchegado e familiar.»

Opinião: Aconselhado pelo Iceman no post em que pedia para me aconselharem livros com temas natalícios, em boa hora o li! Para começar, tem contos de autoria portuguesa. Alguns já tinha lido, caso dos contos de Eça e de Sophia de Mello Breyner, outros deram-me a conhecer, de mansinho, autores que tenho adiado conhecer, como Saramago, e outros de que nunca tinha ouvido falar, como Jorge de Sena e José Maria de Andrade Ferreira. Junta-se a isso, a variedade de temas ainda que em comum tenham o facto de as histórias se passarem ou mencionarem o Natal. O saldo é mais que positivo.

Confesso que espantou-me a qualidade da escrita. Sim, sempre desdenhei autores portugueses, não se pode dizer que os livros que havia lido tivessem-me agradado. Lembro-me de Constantino, guardador de vacas e de sonhos de Alves Redol que me fez desejar voltar atrás no tempo e não pegar no livro. Deve ter sido o único livro em que senti ter perdido uma tarde para nada, mas perante o conto do mesmo autor nesta antologia sinto-me tentada a reler o livro, pois parece-me agora que talvez não tivesse a maturidade suficiente para entender a história de Constantino na época em que o li (com 12 ou 13 anos). Ficou também a curiosidade de descobrir mais dos outros autores descobertos aqui.

Nem todos os contos, ou melhor episódios porque foi isso que me pareceram - episódios de várias vidas - , me agradaram ou tocaram da mesma maneira mas gostei do facto de se debruçarem e focarem diferentes temas e aspectos do Natal. Alguns são alegres, cheios de esperança, fazendo-nos acreditar no Homem e na promessa de um Salvador, mas outros há, porém, que retratam histórias que seriam trágicas em qualquer altura do ano, mas que por decorrerem no Natal ganham um carácter ainda mais negro, levando a uma descrença em finais felizes.

É um livro que aconselho. Não será propriamente uma leitura para quando se quer algo leve, ainda que alguns contos sejam bem humorados, mas leva-nos a pensar na quadra e no seu primeiro propósito, no estar com a família e acreditar em algo de bom, na promessa de um mundo melhor e numa verdadeira Humanidade entre Homens.

Para ter na estante: Fui buscar este livro à biblioteca, mas sem dúvida de que é um livro a comprar e a oferecer. A opinião em cima não lhe faz justiça, mas a variedade de autores e de temas focados enriquece a obra e permite que seja verdadeiramente apreciado na quadra festiva, levando-nos a pensar no propósito da mesma e em como existem Natais diferentes do nosso.

4 de janeiro de 2011

Livros - 2011

Janeiro:
1. Gloria in Excelsis - as mais belas histórias portuguesas de Natal editado por Vasco Graça Moura - Para ter na estante
2. Crimes de Natal editado por Richard Dalby - Emprestado e pouco se perde com isso
3. O Segredo da Casa de Riverton de Kate Morton - Para ter na estante
4. P.S. - Eu Amo-te de Cecelia Ahern - Não acabei
5. O Décimo Terceiro Conto de Diane Setterfield - Vale o dinheiro gasto

Fevereiro:
6. Burning Up [e-book] de Nalini Singh, Angela Knight, Virginia Kantra, Meljean Brook - Emprestado e pouco se perde com isso
7. Os Despojados - uma utopia ambígua (2 volumes) de Ursula K. Le Guin - Vale o dinheiro gasto

Março:
8. The Pretender de Celeste Bradley - Não acabei
9. Néfer, o Silencioso (A Pedra de Luz, Livro 1) de Christian Jacq - Emprestado e pouco se perde com isso
10. A Mulher Sábia (A Pedra de Luz, Livro 2) de Christian Jacq - Emprestado e pouco se perde com isso
11. Shadow Kiss (Vampire Academy, Livro 3) [áudio-livro] de Richelle Mead, lido por Khristine Hvam - Vale o dinheiro gasto

Abril:
12. Blood Promise (Vampire Academy, Livro 4) [e-book] de Richelle Mead - Vale o dinheiro gasto
13. Spirit Bound (Vampire Academy, Livro 5) [e-book] de Richelle Mead - Vale o dinheiro gasto
14. Last Sacrifice (Vampire Academy, Livro 6) [e-book] de Richelle Mead - Vale o dinheiro gasto
15. Sangue Felino (Sangue Fresco, Livro 7) de Charlaine Harris - Emprestado e pouco se perde com isso

Maio:
16. Dragon Ball, volume 1 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto
17. Laços de Sangue (Sangue Fresco, Livro 8) de Charlaine Harris - Emprestado e pouco se perde com isso
18. A História do Pedrito Coelho de Beatrix Potter - Vale o dinheiro gasto
19. A História do Coelho Casimiro de Beatrix Potter - Vale o dinheiro gasto
20. A História do Coelhinhos Flopsi de Beatrix Potter - Vale o dinheiro gasto
21. A História da Rã Jeremias de Beatrix Potter - Vale o dinheiro gasto
22. A História do Esquilo Trinca-Nozes de Beatrix Potter - Vale o dinheiro gasto
23. A História do Tó Gatinho de Beatrix Potter - Vale o dinheiro gasto
24. A História da Pata Patrícia Patanisca de Beatrix Potter - Vale o dinheiro gasto
25. A História da Rata Migalha de Beatrix Potter - Vale o dinheiro gasto

Junho:
26. GTD - Fazer Bem as Coisas: a arte de fazer acontecer de David Allen - Vale o dinheiro gasto
27. Sangue Mortífero (Sangue Fresco, Livro 9) de Charlaine Harris - Se fosse emprestado pouco se perderia com isso
28. When He Was Wicked (Bridgertons, Livro 6) [e-book] de Julia Quinn - Se fosse emprestado pouco se perderia com isso

Julho:
29. Kismet de Monica Burns - Se fosse emprestado pouco se perderia com isso
30. Heir Apparent de Vivian Vande Velde - Se fosse emprestado pouco se perderia com isso
31. Tokyo Killer de Barry Eisler - Vale o dinheiro gasto

Agosto:
32. O Vale dos Cinco Leões de Ken Follet - Vale o dinheiro gasto
33. O Estranho Caso de Benjamin Button de F. Scott Fitzgerald - Se fosse emprestado pouco se perderia com isso
34. Pride and Prejudice [comic] de Jane Austen, adaptado por Nancy Butler, ilustrado por Hugo Petrus - Vale o dinheiro gasto
35. (*)Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter, Livro 1) de J.K. Rowling - Vale o dinheiro gasto
36. (*)Harry Potter e a Câmara dos Segredos (Harry Potter, Livro 2) de J.K. Rowling - Vale o dinheiro gasto
37. A Cidade e as Serras [e-book] de Eça de Queirós - Vale o dinheiro gasto
38. Songs of Love and Death: All-Original Tales of Star-Crossed Love [e-book] editado por George R.R. Martin e Gardner R. Dozois - Emprestado e pouco se perde com isso
39. (*)Outlander - Nas Asas do Tempo (Outlander, Livro 1) de Diana Gabaldon - Vale o dinheiro gasto
40. (*)Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Harry Potter, Livro 3) de J.K. Rowling - Vale o dinheiro gasto
41. The Girl Who Chased the Moon [e-book] de Sarah Addison Allen - Emprestado e pouco se perde com isso
42. The Iron Duke (The Iron Seas, Livro 1) [e-book] de Meljean Brook - Vale o dinheiro gasto

Setembro:
43. The Exile (Outlander, Livro 1.5) [comic] de Diana Gabaldon, ilustrado por Hoang Nguyen - Vale o dinheiro gasto
44. Bloodlines (Bloodlines, Livro 1) de Richelle Mead - Vale o dinheiro gasto
45. A Filha do Sangue (Trilogia das Jóias Negras, Livro 1) de Anne Bishop - Se fosse emprestado pouco se perderia com isso
46. Mesmerized de Candance Camp - Emprestado e pouco se perde com isso
47. The Awakening (Vampire Diaries, Livro 1) [áudio-livro] de L.J. Smith, narrado por Rebecca Mozo - Não acabei
48. (*)Harry Potter e o Cálice de Fogo (Harry Potter, Livro 4) de J.K. Rowling - Para ter na estante
49. Vampire Academy [comic] de Richelle Mead, adaptado por Leigh Dragoon, ilustrado por Emma Vieceli - Vale o dinheiro gasto

Outubro:
50. (*)Harry Potter e a Ordem da Fénix (Harry Potter, Livro 5) de J.K. Rowling - Se fosse emprestado pouco se perderia com isso
51. Soulless (Parasol Protectorate, Livro 1) de Gail Carriger - Vale o dinheiro gasto
52. Sense and Sensibility [comic] de Jane Austen, adaptado por Nancy Butler, ilustrado por Sonny Liew - Vale o dinheiro gasto
54. Changeless (Parasol Protectorate, Livro 2) de Gail Carriger - Vale o dinheiro gasto
55. Blameless (Parasol Protectorate, Livro 3) de Gail Carriger - Se fosse emprestado não se perderia nada com isso

Novembro:
57. Heartless (Parasol Protectorate, Livro 4) de Gail Carriger - Vale o dinheiro gasto
60. A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata de  Mary Ann Shaffer e Annie Barrows - Vale o dinheiro gasto
61. Heart of Steel (The Iron Seas, Livro 2) de Meljean Brook - Vale o dinheiro gasto

Dezembro:
62. Expiação de Ian McEwan - Para ter na estante
65. Steamed de Katie MacAlister - Não acabei
66. It's In His Kiss (Bridgertons, Livro 7) [e-book] de Julia Quinn - Vale o dinheiro gasto
67. It's In His Kiss: The Epilogue II (Bridgertons, Livro 7.5) [e-book] de Julia Quinn - Emprestado e pouco se perde com isso
68. Wild and Steamy [e-book] de Meljean Brook, Jill Myles, Carolyn Crane - Com tanto livro e tive que pegar neste
69. A Christmas Carol [e-book] de Charles Dickens - Se fosse emprestado pouco se perderia com isso
70. Cântico de Natal de Charles Dickens - Se fosse emprestado pouco se perderia com isso
71. As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e PizzaBoy [comic] de Filipe Melo, Juan Cavia - Vale o dinheiro gasto
72. TimeRiders - Os Guardiões da História (TimeRiders, Livro 1) de Alex Scarrow - Vale o dinheiro gasto
73. Dragon Ball, volume 2 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto
74. Dragon Ball, volume 3 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto
75. Dragon Ball, volume 4 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto
76. Dragon Ball, volume 5 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto
77. Dragon Ball, volume 6 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto
78. Dragon Ball, volume 7 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto
79. Dragon Ball, volume 8 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto
80. Dragon Ball, volume 9 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto
81. Dragon Ball, volume 10 de Akira Toriyama - Vale o dinheiro gasto

Classificação: Para mais informação ler este post.

P.S.: Os títulos dos livros encontram-se por ordem de leitura e na língua em que os li/ouvi. Assim, os que possuem o título em inglês foram lidos nessa língua.

(*) - indica que foi relido.

1 de janeiro de 2011

A Corte do Ar

Autor: Stephen Hunt
Género: steampunk
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: 512

Resumo (do livro): Quando a orfã Molly Templar testemunha um assassinato brutal no bordel onde foi colocada como aprendiz, o seu primeiro instinto é o de correr de volta para o orfanato onde cresceu. Ao chegar e encontrar todos os amigos mortos, apercebe-se de que era ela o verdadeiro alvo do ataque... pois o sangue de Molly contém um segredo que a torna um alvo a abater para os inimigos do Estado.

Oliver Brooks levava uma existência tranquila na casa do tio, mas quando é acusado da morte do seu único familiar é forçado a fugir para salvar a sua vida, acompanhado por um misterioso agente da Corte do Ar. Perseguido pelo país, Oliver vê-se na companhia de ladrões, foras-da-lei e espiões, e aprende mais sobre o segredo que destruiu a sua vida.

É então que Molly e Oliver são confrontados com uma ameaça à própria civilização por um poder antigo que se julgava derrotado há milénios. Os seus inimigos são implacáveis e numerosos, mas os dois órfãos terão a ajuda de um formidável grupo de amigos nesta aventura cheia de acção, drama e intriga.


Opinião: Nada melhor que começar o ano com uma crítica ainda que a um livro lido no ano anterior. As festas, o trabalho e uma gripe não ajudaram a escrever esta crítica mais cedo, mas o que é certo é que também não sei muito bem sobre o que me debruçar.

Talvez deva começar por dizer que aguardava este livro com muita expectativa. Não sou grande fã de ficção científica, na verdade sempre desdenhei um pouco este género no que à literatura diz respeito, já que me parece ser um género que tem mais impacto visualmente, ou seja em filmes. Mas ficção científica com máquinas a vapor e com a acção a desenrolar-se numa época vitoriana? Como é que poderia não me atrair? :D

Tomei conhecimento do termo steampunk depois de ler o primeiro livro da trilogia de Pullman e desde aí tenho andado fascinada com toda a subcultura. Há quem ande por aí vestido e transforme mesmo computadores, Ipods e telemóveis em objectos steampunk, o que acho simplesmente espectacular. Claro está que quis ler mais coisas neste género, mas a oferta por cá não é muita, pelo menos de que tenha conhecimento. Quando a Saída de Emergência disse no seu encontro BANG! que ia publicar steampunk (timidamente disse “obrigado!”) fiquei em pulgas e, claro está, fui de propósito ao Fórum Fantástico para o comprar. Infelizmente não pude aguardar pela dedicatória do autor (tive de ir com o irmão às compras, a tortura, o medo... o horror!), mas o meu exemplar vem assinado e por isso guardo o livro com bastante estima.

No entanto este livro não tem apenas steampunk. É verdade que a história se passa no que parece ser um séc. XIX saído das páginas de Dickens, num mundo com vaporomens, aeróstatos, revólveres que funcionam sei lá como, computadores que fazem análises sanguíneas, mas há também laivos de magia aqui e ali, lutas sociais, sei lá que mais. É todo uma mescla de temas que, infelizmente, acabou por me fazer sentir perdida e daí talvez o sabor meio amargo que deixou no final e a dificuldade em escrever esta crítica.

Este é um livro que sinto ter de reler novamente para apreender tudo aquilo que transmite. Foi difícil entrar nele, já que parece que somos largados no meio de uma história que vai a meio e temos de tentar perceber por nós o que raio se passa ali. Isto levou-me a pegar em outros livros pelo meio, coisa que vejo agora não devia ter feito e que fez com que o lesse aos soluços, o que em nada contribuiu para melhor entender a acção. Talvez devesse tê-lo colocado de lado quando senti que a história não me estava a agarrar, até porque também não se pode dizer que a forma de narração e as personagens tenham ajudado a manter a concentração e o entusiasmo. Se o mundo é perfeitamente descrito e interessante, já as personagens nem por isso. Gostei de Molly e da sua história, mas o mesmo já não posso dizer de Oliver, por exemplo, cujas partes pareciam arrastar-se. A narração a saltitar entre personagens também me confundiu um pouco, sobretudo quando estava dias sem pegar no livro e esquecia-me de quem andava a seguir.

Apesar de tudo gostei e como disse guardo este livro com estima. Tem uma história interessante e um mundo fascinante que quero revisitar e entender melhor, pelo que fica agendada uma releitura para uma época mais propícia, talvez em férias. :)

Vale o dinheiro gasto: apesar do sabor algo amargo, é um livro que me imagino a reler e aconselhar. A altura em que o li também não foi a mais propícia e não posso dizer que tenha dedicado toda a minha atenção ao livro, daí a dificuldade em entrar na história e, talvez, nos personagens.

Feliz Ano Novo


Vamos a ver o que traz 2011. Espero que só coisas boas. :)

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