31 de dezembro de 2012

Só Ler Não Basta #0 - Apresentação


Finalmente, o projecto que me tem deixado mais ansiosa vê a luz do dia! \o/ O que começou como uma ideia do tipo "devíamos fazer uma coisa destas!" ganhou pernas e se ainda não anda, pelo menos gatinha. :) O espírito que se pretende é de conversa, ainda que abordando alguns tópicos pré-definidos, e penso que foi isso que conseguimos neste episódio zero. O resultado pode ser visto no vídeo abaixo.


Blogs das participantes:
Top 5 da Carla:
Robert Enke: uma vida curta demais
O Nome da Rosa
LadyHawke - A Mulher Falcão
Shakespeare

Top 5 da Diana:
Memoirs of a Geisha
Glória dos Traidores
The Happy Prince and Other Stories
The Graveyard Book
Oryx and Crake

Top 3,5 da Telma:
E Tudo o Vento Levou
Revolutionary Road
Great Gatsby
Happiness Project

Desafios 2013:

30 de dezembro de 2012

O Hobbit: uma viagem inesperada

Diretor: Peter Jackson
Adaptação de O Hobbit de J.R.R. Tolkien por Fran Walsh, Philippa Boyens, Peter Jackson e Guillermo del Toro
Atores: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: 22/dezembro no cinema.

Opinião: OK, é difícil escrever uma opinião para este filme, pois era dos que mais ansiava por ver. No geral gostei, afinal estamos a falar de um regresso à Terra Média pela mão do Peter Jackson, mas há alguns problemas sendo o maior, a meu ver, o facto de ser algo repetitivo.

O filme começa bem, tentando fazer a ligação com a trilogia de "O Senhor dos Anéis", o que de certo modo até faz sentido pois é só depois de dar o anel ao Frodo e este começar a sua aventura que Bilbo escreve There and Back Again, a história que vamos então acompanhar e que se inicia, como não podia deixar de ser, por causa de Gandalf que vê em Bilbo o ladrão necessário ao anão Thorin para a sua demanda ser bem sucedida.

Já li o livro há uns 10 anos (o tempo voa) e há detalhes que já me esqueci, no entanto, do que me lembro, o filme parece-me fiel ainda que lhe tenham sido acrescentadas algumas partes, para caracterização de personagens e sobretudo para explicar o que leva à Guerra do Anel, evento retratado na trilogia. E aqui está um outro dos problemas, pois de certa forma desequilibra a narrativa. O Hobbit é um livro mais dirigido a um público jovem e por isso mais ligeiro que O Senhor dos Anéis, e essa ligeireza é passada magistralmente para o filme, sobretudo no que toca aos anões, no entanto, partes como a do Concílio Branco conferem um tom mais grave que parece destoar um pouco neste filme, ainda que de acordo com a trilogia.

Mas como disse, o que achei de pior foi mesmo o ser repetitivo pois, como disse o meu irmão, "eles correm, correm, correm, lutam, lutam e correm". Toda esta correria e luta não é de estranhar, já em O Senhor dos Anéis acontece isto, mas é que se for a pensar que o pequeno livro (em tamanho não se compara com a trilogia) é quase sempre isto e ainda estão dois filmes por estrear, a coisa não augura muito de bom. :/ É para evitar isto que espero que o enredo sobre a sombra que se começa a espalhar de Dol Guldur seja bem aproveitado.

De resto, em termos de atores, os que regressam tão muito bem e foi fantástico poder revê-los. No que toca às novas aquisições, por assim dizer, adorei ver o Richard Armitage como Thorin, espero que este papel lhe abra outras portas pois é um autor excepcional (o meu Mr Thornton! <3), e Martin Freeman está excepcional como Bilbo, conseguindo dar a ver a expetativa de participar numa aventura enquanto sente também alguma relutância. Já agora, as “Riddles in the Dark” estão exatamente como imaginei e o Gollum está ainda melhor, se tal é possível. Dos anões sobressaiu o interpretado por Aidan Turner, Kili, acho que é fácil perceber porquê ( :P ) e aparentemente é quem consegue nomear todos os anões no mais curto espaço de tempo, e James Nesbitt como Bofur, que apesar do pouco tempo de antena surpreendeu-me de tal forma que fiquei curiosa em ver mais trabalhos dele, e sim já sei que no MOV está a dar uma série em que ele é o protagonista.

Em termos técnicos, o CGI também é muito bom, deixou-me quase sem ar no final, mas quando o ambiente está mais claro é bastante perceptível a artificialidade de alguns elementos. Isto acontece sobretudo na luta com Azog, perto do final do filme, e esta criatura é mesmo o elemento mais estranho do CGI, o que até lhe acaba por dar um carácter ainda mais sinistro. O_o A banda sonora é também magnífica, como já tinha sido em LOTR e nota-se muito a ligação com a trilogia, sendo apenas novo o tema dos anões. E opá que a música é linda!


Outro ponto negativo, não propriamente do filme mas de quem o distribui nas salas portuguesas, é a tradução e como há quem fale melhor do que eu sobre esse tema deixo aqui este link.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Apesar de lhe encontrar algumas coisas menos boas e temer um pouco a continuação, é um regresso à Terra Média e só por isso já é bom. Penso sobretudo que os fãs vão gostar, quem já não gostou da trilogia inicial, também não vai ser este a mudar de ideias. Podem ler outras opiniões aqui, aqui, aqui e aqui.

28 de dezembro de 2012

Book Bingo 2013

Acabei por não fazer todo o cartão de 2012 mas achei que correu tão bem que cá estou eu a tentar um novo Bingo em 2013! \o/

Para a primeira edição pensei em várias categorias e acabei com 28 temas. No entanto, o cartão só comporta 25 e houve por isso 3 temas que ficaram de fora. Este ano queria incluir esses temas, juntamente com os que acabei por não conseguir fazer no cartão de 2012 até que dei por pensar "porque não juntar outros temas de desafios a que me inscrevi e não completei?" e surgiu então o cartão deste ano:


Há então temas desta lista mas também coisas como "clássico traduzido do original para PT" que fazia parte do desafio Back to the Classics 2012, "rastejante arrepiante" do desafio What's in a Name 2012, "3 livros de ficção histórica PT" já que no ano passado tinha-me proposto e não li nada ou "2 livros pós-apocalípticos" porque só comecei (e ainda não acabei) a ler um livro para a Temporada Pós-Apocalíptica. Isto faz com que em vez de 25 livros tenha de supostamente ler 28 para completar o cartão, que é o grande objectivo, mas se fizer uma linha já não será mau. :)

Em 2013, ao contrário deste ano, não vou fazer os cartões para todos os que queiram participar, o que fez com que fosse algo limitado. Os temas são à escolha, por isso quem quiser fazer está à vontade para fazer o seu próprio Book Bingo. No Goodreads há um grupo onde podem ver a lista de temas (se tiverem ideias para outros temas são bem vindos) e ver os Bingos de outra gente doida que achou a minha ideia engraçada. Ainda estou a tentar perceber como isto aconteceu... :P

27 de dezembro de 2012

Pilha de livros (5)

Já tinha saudades de mostrar a pilha por aqui, mesmo que as últimas não tenham resultado como esperava. Em 2012 raramente tirei fotos à pilha mas também diga-se que ela pouco se moveu, a foto do final do ano mostra basicamente o mesmos livros que lá estavam no início do ano:
Ok, é basicamente a mesma à excepção do livro da Julia Quinn para cima... Muitos dos livros que aí estão foram empréstimos deste ano que ainda não li, e por isso passam para 2013. Os da Auel voltaram à estante, excepto o terceiro livro partes 1 e 2, já que é um dos que tem a leitura pendurada, por assim dizer. Em 2013 devo então começar com esta pilha: 
Debaixo para cima temos, livros com leituras penduradas caso das Complete Works de William Shakespeare (ok, não é bem leitura pendurada mas espero vir a ler umas peças de vez em quando), duas antologias steampunk (também para ir lendo aos poucos), e os tais volumes 1 e 2 do terceiro livro da Auel. Seguem-se 4 livros que deverei reler, já que o público deste blog quer que eu leia As Crónicas de Gelo e Fogo, cujo primeiro livro foi colocado na votação para o Monthly Key Word Challenge de Janeiro. :D Depois há 4 empréstimos, o último livro da série Iron Seas da Meljean Brook (mas estou a pensar reler os outros 2, por isso está ali em banho maria), um outro empréstimo, um almanaque da Bertrand (para ir lendo aos poucos) e o livro da Julia Quinn que deixei pendurado mas que quero ver se acabo (jamais pensei poder deixar um livro da rainha do romance histórico pendurado!) enquanto no kindle o Oryx and Crake também está pendurado. Sim, é muita coisa pendurada mas sabem aquela sensação de que escolheram a altura errada para ler alguns livros? Pois...

Esta vai ser a pilha com que vou entrar em janeiro e quero ver se em 2013 vou fazendo updates mensais da mesma por forma a manter-me motivada em ler coisas que tenho cá por casa e não andar a adquirir novos títulos feita doida. Quero deixar a doidice para outras coisas que esta dos livros já dura há muito. :P E não, não estou a dizer que é uma doidice má, mas 700 livros por ler? Há que estabelecer um limite e estou aqui a tentar estabelecer o meu. *bate o pé e sorri de forma confiante enquanto pensa "espero não meter água desta vez"*

26 de dezembro de 2012

Leviathan (Leviathan, #1) [e-book]

Autor: Scott Westerfeld
Ficção | Género: steampunk
Editora: Simon Pulse | Ano: 2009 | Formato: e-book | Nº de páginas: - | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: veio ter comigo no mês de outubro deste ano.

Quando e porque peguei nele: 21/novembro a 14/dezembro. O Clockwork Portugal anunciou no Goodreads que seria o próximo livro a ser debatido num episódio dos Diários Steampunk e achei que era uma boa ocasião para pegar nele.



Citações:
Most men’s awareness doesn’t extend past their dinner plates.

Opinião: Estava algo ansiosa por ler este livro, já que adorei uma outra série do autor, mas desde cedo tive um grande problema, achei extremamente irritante que a cada dois capítulos o ponto de vista alterasse entre Alek e Deryn. Não é que não esteja habituada a este tipo de contar a história, o Martin fá-lo e bem a meu ver, mas aqui pouco me sentia ligada às personagens e quando começava a ficar investida na personagem e na sua história essa ligação era quebrada. Além disso, achei que o Alek era menos interessante que a Deryn. A sério, cheguei a preferir de longe o Volger e a desejar que este desse um valente par de estalos ao Alek (pior que o Alek só muito provavelmente o Harry Potter, e já deveis saber o quanto odeio o Potter). Além de me mexer com os nervos, a sua história também me pareceu no geral menos entusiasmante que a da Deryn, mas tal talvez se deva ao facto do mundo da Deryn ser muito mais diferente e por isso despertar mais curiosidade. Mas nem todo é mau...

A história começa com o assassinato do arquiduque Francisco Fernando, o que faz com que Alek, seu filho, fuja e coloca várias potências antagonistas à beira da guerra. De um lado temos os Clankers, adeptos das máquinas e engenhos mecânicos, que devem o seu nome ao “clank clank” das engrenagens movidas a vapor; e do outro temos Darwinistas, com animais fabricados devido à mistura de ADN de diferentes espécies, aproveitando as características de cada animal de modo a obter uma criatura que sirva os seus propósitos, seja para fazer deles uma arma ou qualquer outro engenho, isto após a descoberta da ciência genética por Charles Darwin e servindo de resposta à poluição que começaria a fazer-se sentir em Londres devido à steam age. É-nos, deste modo, apresentada uma espécie de história alternativa do que antecede a Primeira Guerra Mundial, onde Alek e Deryn se vão encontrar em lados diferentes da barricada.

O enredo demora um pouco a arrancar, só mais ou menos a meio, quando entra a Dra Barlow em campo, contribuindo com um mistério para a história, é que as coisas começam a aquecer. Mas se a segunda metade é mais interessante, a primeira acaba por dar a oportunidade de conhecer os dois lados, donde destaco o mundo de Deryn que, como já disse, por ser completamente diferente do que uma pessoa está habituada, acaba por ter muitos mais pontos de interesse nem que seja o facto de sabermos como é que uma baleia pode voar ou morcegos dispararem flechas (?, em inglês são os fléchette bats, não faço ideia de como está traduzido para PT e entretanto a Tchecha disse que são "morcegos de flecha", obrigada :D ). O mundo Clanker acaba por ser mais parecido com o nosso, ainda que com outro tipo de máquinas como os Walkers. Também destaco as ilustrações, apesar de no Kindle nem sempre a definição ser a melhor, que ajudam a imaginar todo este mundo.

A escrita é algo básica, algo que já tinha notado na série Uglies, mas tendo em conta o público-alvo, que será a camada mais jovem, parece-me bem. Ficou-me também a ideia de que o autor tenta dar uma aula de História, recorrendo no entanto a uma situação alternativa, mas também ponderar sobre questões actuais como a genética. Pessoalmente, apesar de ter gostado da ideia de animais como “máquinas”, coloquei isso de lado a partir do momento em que os combates começam. Não duvidem, eu sou daquelas que gosta dos seus livros e filmes com sangue a rodos, mas aleijem um bocadinho um animal e até fico mal disposta, isto para dizer que mexeu comigo que eles fossem usados como armas e sofressem baixas, está claro.

Veredito: Se fosse emprestado, pouco se perdia com isso. Acaba por ser um livro interessante ainda que um pouco desequilibrado. Houve momentos em que cheguei a pensar que tinha pouca acção e depois tinha muita, ou que tinha pouca informação e depois que tinha muita, se é que isto faz algum sentido. O_o O importante é que fiquei bastante curiosa quanto à continuação, mesmo que não o suficiente para ir ler logo a correr. Faz sentido? Não?!... Ok, não é mau e entretém o suficiente para uma pessoa querer ler o resto da história.

23 de dezembro de 2012

Dezembro 2012

Nota: Este post será bilingue em algumas partes. A lista de livros lidos pode ser encontrada no post dedicado a cada desafio. É só carregarem no link.
~*~
Note: This post will be bilingual at some parts. The list of books read can be found on the post dedicated to each challenge. Just click on the link.

Este balanço mensal chega mais cedo mas aqui pretendo debruçar-me sobretudo nos desafios a que me propus este ano, fazendo depois fazer um outro balanço mais geral. Podem ver também os anteriores em marçojunho e setembro.


O primeiro grande falhanço, por assim dizer. Demorei bastante tempo a ler os dois primeiros e fiquei a meio da primeira parte do 3º livro (eu sei, é algo complicado :P). O meu maior problema é com a protagonista, a maravilhosa, a espectacular, a perfeita, a poliglota... AYLA! *palminhas para o Homo Sapiens que aprende uma língua da noite para o dia* Ok, agora sem brincadeiras, o facto de ela ser capaz de tudo e perfeita em todos os sentidos tira-me um pouco do sério, mas ainda assim é de louvar o setting histórico destes livros. Muitas das ideias que apresenta já estão ultrapassadas, devido aos estudos que se têm feito nos últimos 30 anos, de lembrar que o primeiro foi editado nos anos 80 e entretanto a Arqueologia tem oferecido novas respostas para um período da História do Homem tão recuado e tão vasto, mas ainda assim parece-me apresentar uma visão algo convincente de como seria o dia-a-dia na época, a organização social e o estilo de vida.


Fiz 2 linhas! O grande objectivo era fazer todo o cartão mas ter lido 19 de 25 temas não me parece um mau resultado. Achei que correu tão bem que fiz um novo cartão para 2013, com algumas diferenças.


O desafio que mais me dói por não ter concluído. Por 3 livrinhos! E não é que não os tivesse, porque sabe Deus a quantidade de livros que tenho por ler em casa, mas distraí-me com empréstimos e aquisições... Mas gostei de o fazer, afinal de contar li livros que vinha a adiar a leitura há bastante tempo e por isso este é outro desafio a manter e até elevei a fasquia. A ver se em 2013 ando mais certinha do que este ano.

~*~

It does hurt me that I haven't finished this challenge. I was so close, only 3 books more! I mean, I have so many books to read but I got distracted with lendings and new aquisitions... Still, I did enjoy it and came around to read some books I was putting off for a very long time so I already signed up for the 2013 edition and even raised the bar. Let's hope I don't go off track next year.


Só li 3 temas de 9. Este não foi um ano muito bom para clássicos, ainda que me tenha feito descobrir Shakespeare. Para mim os clássicos têm que ser lidos no momento certo, e parece que este ano não houve muitos desses momentos em que me apetece levar uma ensaboadela moral ou um verdadeiro enxerto de porrada emocional. Mas os que li foram bons, provavelmente dos melhores livros que li este ano. Não vou fazer este desafio em 2013, mas acho que os temas são interessantes.

~*~

I've only read 3 themes out of 9. This wasn't a good year for classics, even if I came to discover Shakespeare. For me the classics have to be read at the right time and I just didn't felt like having my soul exposed on books. But I did enjoy the ones I read and they're even the best books I've read this year. Won't be signing up for 2013 but the themes seem interesting.


Li 3 de 6 temas. Penso que neste caso o mal foi não ter feito uma lista de potenciais leituras, o que me fez dispersar e acabar por não ler todos os temas. Também me apercebi de que talvez funcione melhor quando é dado realmente uma palavra, como no Monthly Key Word Challenge daí a opção por me inscrever nesse desafio e não na versão 2013 de What's in a Name apesar de os temas serem interessantes.

~*~

Read 3 of 6 themes. I think my mistake was not making a list of potential readings, which led me to stray to other books and not completing the challenge. I realized that a challenge with given words, such as the Monthly Key Word Challenge, might be my thing so I decided to sign up for that one instead of 2013 version of What's in a Name, but the themes are interesting.


Não peguei num único livro. *envergonhada* Ainda pensei "vou pegar neste da Deana Barroqueiro" ou "até me está a apetecer ler o livro do João Paulo Oliveira e Costa" mas realmente pegar neles? Está quieto. Estou realmente bastante triste comigo mesma e em 2013 hei-de corrigir isto!


Já fiz o balanço aqui pois foi a única com balanço positivo, ainda que gostasse de ter ido mais longe.


Foi a última temporada na qual me inscrevi e terminou na passada sexta feira, dia 21 de dezembro. Balanço? Mal peguei num único livro... Aqui culpo o facto de não acreditar realmente que o mundo ia acabar e pensar, por isso, que dispunha de todo o tempo do mundo. :P



E porque um balanço mensal tem, quase obrigatoriamente, de ter artigos que me chamaram a atenção, aqui ficam alguns que não foram parar ao Instapaper para ler mais tarde... Pergunto-me se algum dia vou voltar a pôr a leitura do Instapaper em ordem. Esteve quase, quase...
  • vi este Biblio-mat no início do mês e pareceu-me uma forma interessante de descobrir novos livros
  • mais uma vez a Patrícia do Ler Por Aí foi ao seu baú de memória buscar paixões antigas. Desta vez partilhou a sua "primeira paixão literária", e que foi também a minha, Enid Blyton. Como me revi neste texto *saudades de tempos idos*
  • um infográfico interessante sobre livros em papel e e-books e que basicamente ilustra o que se passa comigo: tenho um e-reader onde até penso que leio bastante, mas não é por isso que deixo de comprar e ler livros em papel ou de frequentar bibliotecas. O que importa é que "nothing beats a good book" seja ele em que formato for
  • isto meus amigos
  • já por aqui falei do Vaginal Fantasy, que há algum tempo passou a ter os seus Hangouts no canal Geek and Sundry no YouTube (têm aqui a playlist), mas agora tenho de chamar a atenção para outros programas também alojados naquele canal como Sword and Laser que, para além de terem um bookclub no Goodreads entrevistam autores (a cada entrevista fico mais fã do Martin e da Gail Carriger!), e têm contribuído para aumentar a minha wishlist, assim como os Hangouts conduzidos pelo Pat Rothfuss, do qual ainda só consegui ver o primeiro e parte do segundo mas achei interessantes e, lá está, contribuiu um pouco para conhecer novos autores e aumentar a wishlist. Damn you people, mas continuem a fazer coisas destas...
  • sobre e-books e design. Realmente já reparei no "amadorismo", sobretudo no que toca a self-published books, e irrita-me um pouco que em alguns e-books em vez da capa tenham só uma página com o nome e o autor, mas gostaria de destacar que, como a autora do artigo, por muito cómodos que sejam os e-books é verdade que em termos de capas nunca poderá possibilitar a mesma experiência, como por exemplo o do amor à primeira vista (sim, já me apaixonei por capas). Destaco também o vídeo, para o qual o artigo faz ligação, com um designer gráfico a explicar como pensou algumas capas, e já agora aproveito para deixar também este (esta é uma das capas pelas quais me apaixonei e tenho pena que em português não seja semelhante)
  • a vida é mesmo assim
  • o meu irmão deu-me a conhecer esta comic aqui há uns tempos e eu só posso aconselhar, não só porque tem coisas com que me identifico mas também é fofinha.

No que toca a aquisições e empréstimos, este mês foi outro deslize quase tão grande como em outubro e por isso não vale a pena ir por aí. Resta só dizer que 2013 tem que ser um ano mais comedido e dar-se uma alteração de hábitos. Como disse no balanço de novembro, tenho de apostar mais em e-books do que em livros. Mas o melhor era mesmo não adquirir nada e diminuir a pilha TBR tanto física como no Kindle...

E pronto, com pouco mais de uma semana até ao final do ano posso dizer que em termos de mês e desafios foi isto. Só me resta desejar um Feliz Natal. :)

21 de dezembro de 2012

Campanha de Incentivo à Leitura

Tenho a agradecer às meninas Jen (I don't hate you), Olinda, Patrícia e Landslide este selo. :) Agora quanto às regras:
1. Indicar 10 blogs para receberem o Selo (é proibido apenas deixar para quem quiser pegar sem indicar 10 blogs)
Ah bolas... Há alguém que ainda não tenha recebido? Então assim de repente vêm-me à cabeça...
As 4 que me nomearam lá em cima (AHAH!)

2. Avisar os blogs escolhidos
Estais avisados! :P

3. Colocar a imagem no blog para apoiar a campanha
Oh para ela ali...

4. Responder à pergunta: Qual Livro Indicaria Para alguém Começar a Ler?
Agora esta é que é complicada... Eu comecei por ler livros de aventuras, da Enyd Blyton, da Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, da Alice Vieira... E voltei a redescobrir o gosto de ler com A Lua de Joana e a série Harry Potter. Tenho a perfeita noção de que os livros que me levaram a ler podem não ter o mesmo efeito noutras pessoas, mas acho que com aventuras ou mistérios ninguém pode errar. ;)

19 de dezembro de 2012

Book Confessions (11)


Na verdade, mais do que à espera da legalização, estou à espera que de ficcionais as personagens passem a pessoas de carne e osso. *suspira pelos heróis da Austen, Julia Quinn e por aí fora*

16 de dezembro de 2012

Porque música é poesia (20)

O novo CD chega em Março e está claro que, para além da nova música que deixa antever o que está para vir, tive de voltar a ouvir o primeiro... Já por aqui havia colocado uma música e deixo-vos com outra.


Hurts - Illuminated

Time waits for no one,
So do you want to waste some time,
Oh, oh tonight?
Don't be afraid of tomorrow,
Just take my hand, i'll make it feel so much better tonight

Suddenly my eyes are open,
Everything comes into focus, oh,
We are all illuminated,
Lights are shining on our faces, blinding

Swim with these sorrows,
And try delusion for a while,
It's such a beautiful lie,
You've got to lose inhibition,
Romance your ego for a while,
Come on, give it a try

Suddenly my eyes are open,
Everything comes into focus, oh,
We are all illuminated,
Lights are shining on our faces, blinding
We are, we are, blinding,
We are, we are, blinding

Suddenly my eyes are open,
Everything comes into focus, oh,
We are all illuminated,
Lights are shining on our faces, blinding
We are, we are, blinding,
We are, we are, blinding

9 de dezembro de 2012

Coisas (só para não parecer que isto está abandonado)


Ultimamente não só os dias mas as semanas têm sido assim, passam num abrir e fechar de olhos, e há inevitavelmente coisas que vão ficando para trás. No meu caso tem sido a leitura e a televisão. O facto de ter mudado de trabalho desregulou um pouco os meus hábitos e ainda não consegui organizar-me, e ter o Natal aí à porta também não ajuda.

Felizmente, ontem consegui pôr-me a par, ou quase, com "Downton Abbey" (OMD! lágrimas! lágrimas! esta série dá cabo do meu pobre coração, e até tinha começado de forma tão feliz!), também tenho seguido "How I Met Your Mother" (OMD! o meu coração tem rejubilado também para depois levar facadas, porque sois cruéis escritores? Juntai logo o meu par e que vivam felizes para sempre!), e falta-me ver dois episódios de "Castle" (OMD! está a ser tão giro!). Sim reparei que há ali um excesso do "OMD!" mas quando eu vejo coisas é logo para bradar aos céus de contentamento ou de coração partido, porque é isso que me faz dedicar-me ao que quer que veja ou leia.

E já que falamos em ler, o cansaço não tem deixado ler mais que alguns capítulos do Leviathan por dia, mas até estou a gostar de o ler lentamente. É certo que no início penei um pouco, já que a cada dois capítulos o autor muda o ponto de vista, o que fez com que não sentisse qualquer ligação com as personagens principais, mas a história está a ser interessante e o mundo, dividido em "Clankers" e "Darwinists", parece-me muito bem construído. Também já me apertou o coração, nomeadamente os beasties que sofrem com a guerra, e isso leva-me a questionar a transformação dos animais em máquinas, mesmo que o impacto ecológico seja menor.

E acho que é tudo, agora vou ali preparar um outro projecto com outras malucas que, como eu, devem ter pensado "eh pá, eu tenho TANTO para fazer que ainda acho que consigo fazer mais isto!" Eu bem digo que o meu mal é dar-me com pessoas doidas, pessoas normais diriam "estás parva?!" mas estas não, estas dizem "OMD! sim, we should buy a bar!" (Ok, não é um bar mas sempre que há uma ideia que começa por "opá, devíamos fazer isto!" vem-me aquela cena à cabeça.) Mas não vos trocava por nada. *abraça gente doida e vai preparar cenas e coisas*

Edit: E já agora, votem ali ao lado para saber com que livro é que devo começar o mês de Janeiro...

1 de dezembro de 2012

Monthly Key Word Challenge 2013

O meu mal foi a Canochinha ter dito que ia tentar participar neste desafio e postá-lo no blog. Pior ainda dizer que os livros escolhidos podiam entrar no Mount TBR Challenge que me pôs logo a pensar em matar dois coelhos de uma só cajadada... E o pior de tudo foi ver que palavras faziam parte do mês de Janeiro e pesquisar se tinha alguns livros com as mesmas, e realmente ver que tinha... Por isso a culpa é toda da Canochinha (e já agora aproveitei para lhe roubar a imagem com os temas, acho que é justo :P ).


Ainda pensei em fazer uma lista, como ela fez, mas já que me pus a pesquisar as várias palavras e vi que tinha 7 livros para o mês de Janeiro, pensei "mas porque não escolhem os outros por mim?" Assim, vou colocar os vários títulos a votação e podeis escolher o livro a ler para este desafio em janeiro. Que pensam? :D

Os títulos a concurso são:

Tenho outros mas são partes de séries das quais ainda não li os volumes que os antecedem, o do Martin seria uma releitura e talvez aproveitasse para ler o resto da série de enfiada. Podem votar ali ao lado e se isto correr bem, em janeiro leio o livro com mais votos e coloco a votação para o livro de fevereiro.

Para mais sobre o desafio podem ver o blog Bookmark to Blog.

Novembro 2012

Novembro foi mês de mudança em termos profissionais, o que me levou a ter de me habituar a um novo local e uma nova realidade. Geralmente tenho tido o meu dia mais preenchido, tenho chegado a casa mais cansada e por isso a vontade ou disponibilidade para ler tem sido menor, até porque dou por mim a adormecer com o livro ou o Kindle na mão. No entanto, as leituras que fiz este mês foram bastante interessantes, destacando-se o livro Robert Enke: uma vida curta demais que não posso deixar de aconselhar outra vez.

Em termos de leituras de artigos on-line a coisa também não anda famosa, sendo mais os que guardo para ler noutra altura mais calma, do que os que tenho parado para ler com a atenção merecida (o meu Instapaper já vai com 12 páginas de artigos por ler que remontam a julho), mas desses destaco os seguintes:

Este mês também foi de Fórum Fantástico, de que já falei aqui, e apesar das bancas não comprei nada o que reflete que este mês também foi de poucas aquisições. E ainda bem que assim deu para compensar, muito pouco, a loucura que foi o mês passado em e-books. O saldo é assim de mais 4 para 683 livros por ler (299 e-books + 374 livros + 10 áudio-livros), penso eu, tenho de conferir os números no Goodreads mas falta a pachorra para isso.

Compras:
  • Homem de Ferro - Extremis
  • Surfista Prateado - Parábola
  • Wolverine -Velho Logan
  • Dr. Estranho - o Juramento
  • Homem-Aranha - Reino

Ofertas:
  • Robert Enke: uma vida curta demais de Ronald Reng
  • Riveted (The Iron Seas, Livro 3) de Meljean Brook

Empréstimos da Janita:
  • Soulless: the manga (The Parasol Protectorate manga, Livro 1) de Gail Carriger, ilustrado por Rem

O mês de dezembro também não deve ser de grandes aquisições, pois só espero completar a coleção Heróis Marvel Série II. Para o ano isto também tem de levar uma grande volta, e já nem digo que seja por causa do dinheiro ou da pilha ser grande, o problema é mesmo a falta de espaço. Estou quase numa fase em que se entra mais um livro, sou capaz de ter que ir dormir para a rua. :/ No entanto, parece que algumas editoras portuguesas já estão a apostar em e-books, e sobretudo na loja do Kindle (até agora só tinham disponíveis e-books em epub, formato que o Kindle não lê), pelo que se calhar no próximo ano vou virar-me, não digo definitivamente porque há livros que quero ter em formato papel para emprestar e guardar com carinho na estante, mais para este formato. Já agora, eu não me insiro no grupo, uso o meu e-reader com alguma frequência, mas parece que um terço de e-readers só foram usados uma vez.

E falando no ano que vem, já estou a pensar em que desafios vou entrar (até já me inscrevi num) e que projetos gostaria de realizar. Se conhecerem desafios engraçados ou quiserem fazer leituras conjuntas (Slayra, estou a olhar para ti) é só dizer, que eu até gosto deste tipo de coisas, mesmo que não as leve até ao fim. :P

Booking Through Thursday: Sendo um leitor


Não é quinta-feira mas a pergunta desta semana é...
I was talking to a co-worker the other day about a book I’d read recently, and realized how very, very few people I can do that with. In my daily life, it seems like almost no-one reads anything more than a newspaper or a fashion magazine. I only have one person I can truly chat about books with … and yet, being a Capital-R-Reader, I simply can’t imagine going through life without a book constantly at hand, or shelves of them proudly displayed downstairs. I’m proud of being a person who not only reads, but who reads a lot–not just in volume but in variety. I like having an inquiring mind. I like exploring new ideas. I love following an intricately plotted story (the more layers the better). I love BEING a reader and simply can’t imagine what it’s like to go through life without being one.

Am I the only one who feels this way? That wonders at how other people can simply NOT do something that should be so essential? Who feels almost sad that so many people seem content to go through their lives without stretching their mental wings at all?

Can you imagine NOT being a Reader? How does it shape your life? Your perception of it?

How does being a Reader affect your relationship with all those folks who are looking at it from the other side and simply can’t understand how you can sit and READ all the time?

Yep, it’s a long-winded, philosophical springboard to a ephemeral conversation … go, see what you can make of it!
Eu posso dizer que não me sinto assim. Já o fiz mas vim a compreender que as pessoas são diferentes e o que é essencial para mim não tem de o ser para o meu irmão, por exemplo. Por acaso, ainda no outro dia falávamos disto pois se há algo em que somos completamente opostos é em termos literários. Ele não lê livros (e quando lê é capaz de gostar de títulos que não gostei) mas devora revistas, já eu sou mais de devorar livros e ler apenas as letras gordas dos jornais. No entanto, penso que isso que não quer dizer que as nossas mentes são menos inquisitivas, simplesmente o modo como retemos e procuramos informação (ou divertimento) é diferente, assim como os nossos temas de interesse o são, como a maneira como pensamos também o é... É engraçado ver como tendo crescido num mesmo ambiente conseguimos ser tão diferentes um do outro.

E não consigo imaginar-me como não sendo leitora, ainda que haja períodos durante os quais não consigo ler ou não o quero fazer. Já me senti mais culpada por não ler ao ver a pilha crescer, às vezes ainda me sinto frustrada por querer ler e não conseguir, sobretudo porque o cansaço e o sono vencem, mas estou a chegar a termos com isso e cada vez mais leio quando quero e, sobretudo, posso. Leio os títulos que me apetece no momento, abandono quando não estou a gostar, salto entre livros se me der vontade... Posso não me estar a tornar numa maior ou melhor leitora, mas estou a ser a leitora que quero e aprendo, descanso, choro e divirto-me com o que vou lendo.

Felizmente o facto de ser leitora nunca afetou o meu relacionamento com outras pessoas. Talvez os géneros e temas que leio não sejam os que lhes chamem mais atenção ou os que pensavam que eram do meu interesse (às vezes há uns olhares estranhos quando menciono livros fantásticos ou de ficção científica, já com filmes não parecem achar tão estranho O_o, mas de qualquer modo não é nada a que já não esteja habituada e ficam a pensar que faz parte do meu charme meio esquisito :P) mas como não estou o tempo todo a ler pois também dedico o meu tempo aos vários grupos com quem me relaciono, o facto de ler não atrapalha a minha vida social, digamos assim.

30 de novembro de 2012

Robert Enke: uma vida curta demais

Autor: Ronald Reng
Não Ficção | Tema: biografia
Editora: Lua de Papel | Ano: 2012 (originalmente publicado em 2011) | Formato: livro | Nº de páginas: 424 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: foi-me oferecido pelo meu irmão, que consegue ser um fofo.

Quando e porque peguei nele: 10 a 21/novembro. Tinha recebido o livros uns dias antes e como dia 10 fazia 3 anos desde que o Enke pôs termo à sua vida, quis tentar perceber o porquê de escolha tão drástica, se é que a compreensão é possível.


Citações: 
“Se tivesses a minha cabeça durante meia hora, ficarias a saber como eu me sinto.”
“Há muitas coisas que mexem dentro de uma pessoa e que a devoram, porque em caso algum podem ser desabafadas”

Opinião: Era fã deste jogador desde que ele veio para o Benfica e segui aí a sua carreira de forma muito atenta. Depois de ele ter ido para o Barcelona deixei de seguir tanto, mas sempre que via ou ouvia alguma menção deixava o que estava a fazer para prestar atenção, e foi assim que fui sabendo que não teve tanto sucesso como esperava nos clubes pelos quais foi passando, havia tido uma filha que veio a falecer devido a problemas cardíacos congénitos e que tinha finalmente encontrado o seu lugar no Hannover 96, tendo sido reconhecido como um dos melhores guarda-redes a atuar na Bundesliga, de tal maneira que era apontado como principal candidato à baliza da seleção germânica no Mundial de 2010. Porque é que quando parecia correr-lhe tudo bem, tinha mesmo adotado uma nova filha, resolveu pôr fim à sua vida?

A pergunta parece continuar sem ter uma resposta, o livro não a dá nem tenta responder (jamais alguém pode responder, parece-me), mas ajuda a perceber como é que uma cabeça trabalha, ou não trabalha, quando alguém sofre de depressão. Ainda há muitas dúvidas sobre esta doença, mesmo no que toca ao que a faz despoletar (stress, propensão genética?) mas aqui temos um relato de como se vive com ela, não só do ponto de vista do jogador, que deixou diários que ajudam a perceber pelo que estava a pensar e como se sentia (ou não sentia sequer), mas também de quem viveu de perto com ele os períodos mais negros (2003 e 2009) como o seu empresário/amigo e, sobretudo, a mulher Teresa Enke.

Este livro tem a capacidade de abrir os olhos ao leitor não só para a depressão mas em outros aspetos. Robert Enke, que era visto como um guarda-redes frio, que lidava bem com a pressão em campo frente a adversários, afinal não seria assim tão seguro, sendo bastante crítico de si mesmo e quebrando sob a tensão fora das quatro linhas. Quantas outras pessoas não serão assim? Também fiquei com a ideia de que talvez não seja tão salutar assim fazer profissionalmente o que se adora, nomeadamente quando existe uma pressão exterior enorme, mas vai daí há pressão em todo o lado. Dentro do futebol fica a nota de que a visão que se tem, ou pelo menos eu tinha até há uns anos atrás, é algo romanceada. De fora parece muito bonito, com os jogadores a serem muito bem pagos para jogarem 90 minutos por semana deslumbrando o público, mas a pressão a que estão submetidos é imensa, nem todos conseguem chegar ao topo, a competição consegue ser feroz e altamente individualista, podendo o jogador passar de herói a besta na sequência de um único lance infeliz, deitando por água abaixo uma carreira que se via fenomenal até aí.

O livro ganhou um prémio internacional no âmbito de livro desportivo e realmente aconselho, não só a quem gosta de futebol ou desporto mas a toda a gente, para que fique a saber um pouco mais sobre essa doença que é a depressão, que chega a ser altamente incapacitante, não tem cura e pode aparecer quando menos se espera, mesmo quando parece, aos olhos de todas outras pessoas, que se tem tudo o que jamais se poderia desejar.

Veredito: Vale o dinheiro gasto. Na verdade está bem perto de um para ter na estante. Pouco mais tenho a acrescentar, mas podem ler mais uma crítica aqui e aqui.

29 de novembro de 2012

Ler os Clássicos no Sítio Certo

Não sou muito de fazer publicidade por aqui, mas acho que este vale a pena, mesmo que não fosse bem o que estava a imaginar. Perante o título pensei "OMD devem de ir ler o Nossa Senhora de Paris do Victor Hugo na Catedral de Notre Dame!" mas foi apenas wishful thinking. *suspira tristemente* E sim, ando a querer ler o livro desde que visitei a catedral que é das coisas mais bonitas que já tive oportunidade de conhecer. *recorda Paris e sonha lá voltar* Nunca pensei que fosse gostar tanto da cidade... mas onde é que ia mesmo?!

Ah pois, no ano em que comemora 120 anos, o Museu Nacional de Arqueologia vai ter então uma comunidade de leitores que discutirá clássicos da literatura, nomeadamente greco-latina, sob os mais variados temas. Desde Marguerite Yourcenar a Platão, passando por Sófocles ou Cícero, tenta-se "entrever e apreciar uma ínfima parte dessa sabedoria".

Para mais informação podem consultar o blog ou o site da instituição.

27 de novembro de 2012

Quando não estou a ler (8)

Este último fim de semana foi de Fórum Fantástico e como sempre, ou pelo menos como nos últimos dois anos (as únicas edições a que tinha ido), só pude ir um dia, ou seja sábado. Mas se naqueles anos ficava lá fora (na primeira vez foi uma visita muito rápida, só para comprar um livrinho, e no ano passado estava em amena cavaqueira, na companhia do Twitgang, fora do auditório), este ano entrei no auditório para assistir a algumas das atividades que por lá decorreram. Blogs, como o da Bookeater/Booklover da p7 e, sobretudo, o Viagem a Andrómeda, fazem um retrato bastante completo do que se passou.

ClockWork Portugal
Fui sobretudo para assistir à participação do ClockWork Portugal, que promete continuar tão ativo em 2013 como esteve este ano. Eu cá fico à espera de assistir a novos Diários Steampunk e espero vir a visitar a EuroSteamCon se vier a acontecer, já que este ano com muita pena minha não o pude fazer. :(

Também tive a oportunidade de assistir ao painel "Mitos e Fantasmas na ficção nacional", da qual destaco a intervenção de David Rebordão, realizador da curta "A Curva", que me fez saltar na cadeira quando a vi há já algum tempo. Foi interessante vê-lo falar sobre como a curta cresceu como fenómeno na internet, o que parece tê-lo apanhado de surpresa. Fiquei também bastante satisfeita por ouvir que para o ano é capaz de estrear um filme seu com o Rutger Hauer (acho que o meu fangirlismo e o da Tchetcha foi audível) e menos satisfeita por saber que um outro projeto seu, sobre lendas portuguesas de caráter paranormal, não encontre apoios apesar de estar quase tudo pronto (recolha de lendas feita, guião para 13 episódios de 25 minutos escrito). Também foi possível assistir a uma curta de animação, "Conto do Vento", com uma história bastante interessante, contada por um narrador e de um ponto de vista pouco usual.

Rogério Ribeiro, Dan Wells e Luís Filipe Silva
Por fim, tenho de destacar Dan Wells, de quem fiquei praticamente fã apesar de nada ter lido da sua autoria. No entanto, pareceu-me salutar que ele se tivesse dedicado ao que era forte, o aspeto negro e macabro, em vez de continuar a escrever dentro de géneros em que aparentemente não se saía tão bem, e explicasse o que o levou a escrever sobre serial killers. A sua intervenção teve bastante piada e despertou a minha atenção já que também tenho alguma curiosidade sobre os temas (a dualidade de como algo bom pode criar ou fazer lembrar algo mau e vice-versa) que ele parece tentar abordar nas suas obras, nomeadamente na série "John Cleaver".

E acho que foi isto. As fotos não são as melhores, foram tiradas com o telemóvel, mas foi o possível. Estavam lá algumas bancas a vender livros. Consegui sair de mãos a abanar, apesar de ter ficado MESMO tentada em comprar os livros do Dan Wells, mas a minha carteira não tinha uma moedinha que fosse. Foi um daqueles dias "comer ou comprar livros?" e eu preferi comer. E diga-se que fiquei bem almoçada, por isso I regret nothing. :D

25 de novembro de 2012

Mount TBR Reading Challenge 2013


O ano ainda não acabou mas sim, já ando a pensar nos desafios que vou fazer no ano que vem. Em princípio serão menos, até porque apesar de ter gostado de participar neles, este ano não acabei nenhum. Ok, fiz duas linhas no Book Bingo e uma temporada dedicada ao Shakespeare, mas de resto o único que ainda poderei vir a completar é o Mount TBR Reading Challenge, e sinceramente é o que pessoalmente mais me interessa, já que significa que terei lido 12 livros que estavam à espera na pilha, alguns há anos. Mesmo assim, ter lido 9 já me parece muito bom. :)

Posto isto, resolvi elevar a fasquia para o ano que vem e vou aproveitar, que desta vez se pode contar com os e-books, para ver se domino a pilha TBR do Kindle que neste último ano cresceu exponencialmente, quase rivalizando com a pilha de livros físicos. Assim, resolvi tentar escalar o Mount Blanc, o que corresponde a 24 livros. Destes 24 vou tentar ler 12 livros físicos e outros 12 e-books.

Para outros níveis e regras podem visitar o blog My Reader's Block.

Este post para além de servir de apresentação também apresentará os títulos lidos para o desafio, conforme os for lendo.

Livros lidos:
  1. Sputnik, Meu Amor de Haruki Murakami
  2. A Little Bit Wild (York Family, #1) de Victoria Dahl
  3. O Jardim dos Segredos de Kate Morton
  4. Blade Runner: perigo iminente de Philip K. Dick
  5. Priestess of the White (Age of the Five, #1) de Trudi Canavan
  6. Last of the Wilds (Age of the Five, #2) de Trudi Canavan
  7. Voice of the Gods (Age of the Five, #3) de Trudi Canavan
  8. Fama, Amor e Dinheiro de Menna van Praag
  9. O Navegador da Passagem de Deana Barroqueiro
  10. Herdeira das Sombras (Trilogia das Jóias Negras, #2) de Anne Bishop
E-books lidos:
  1. The Native Star (Veneficas Americana, #1) [e-book] de M.K. Hobson
  2. The Handmaid's Tale [e-book] de Margaret Atwood
  3. The Book Thief [e-book] de Markus Zusak

22 de novembro de 2012

Curtas: Os Contos de Beedle o Bardo, Just Like Heaven (Smythe-Smith Quartet, #1) [e-book]

Título: Os Contos de Beedle o Bardo 
Autor: J.K. Rowling
Ficção | Género: fantasia
Editora: Editorial Presença | Ano: 2008 | Formato: livro | Nº de páginas: 110 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: comprei na Feira do Livro de Lisboa em 2009.

Quando e porque peguei nele: 4/novembro. Conta para os desafios: Mount TBR Challenge, Book Bingo - contos, permitindo fazer duas linhas de uma vez. \o/


Opinião: Narra 5 contos do mundo de Harry Potter, que seriam contados pelos pais aos pequenos feiticeiros de modo a ensinar algumas morais, na mesma medida em que os contos de fadas são contados a muggles (grupo a que pertenço *suspira tristemente*). No geral achei todos bastante bem conseguidos mas os meus preferidos foram o terceiro e o último conto, pois está claro. “O Feiticeiro do Coração Medonho” pareceu-me uma espécie de “Bela e o Monstro” mas muito mais sombrio e brutal, enquanto que “O Conto dos Três Irmãos” acaba por ser o mais interessante de todos, não só pela importância que tem na série; por a mensagem que passa ser, na minha opinião, a mais forte e mais real, útil tanto para muggles como feiticeiros; e por ser o melhor escrito, já que os restantes parecem demasiado curtos e algo escritos à pressa.

Os contos têm no final uma breve explicação, bastante útil, de Dumbledore que permite dar a conhecer a influência deles na vida mágica e explica, com algum detalhe, a lição de moral subjacente, o que pode não ser tão percetível para muggles.

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perderia com isso. Mas “vale o dinheiro gasto” para fãs da série e do mundo HP. 

Título: Just Like Heaven (Smythe-Smith Quartet, #1) [e-book]
Autor: Julia Quinn
Ficção | Género: romance histórico
Editora: HarperCollins | Ano: 2011 | Formato: e-book | Nº de páginas: - | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: comprei na Amazon em Maio deste ano aquando da saída do segundo livro.

Quando e porque peguei nele: 4 a 10/novembro. Apetecia-me algo leve, perfeito para descansar a cabeça depois de algumas mudanças súbitas.


Opinião: Gostei tanto deste livro, apesar de o achar um pouco diferente dos que tenho lido da autora. Para começar há poucos Bridgertons, mas o Colin aparece (só isso já vale alguns pontos), e além disso não há muito drama, bickering, luxúria nem verdadeiro conflito, já que esta é basicamente uma história de friends to lovers. Mas os personagens são engraçados de seguir, pois desde logo estão muito à vontade um com outro sendo, no entanto, percetível algumas mudanças na sua relação. Há algumas cenas que me fizeram rir bastante e está claro que não podia faltar um recital desta família de afamadas artistas musicais, ainda que pelos piores motivos.

Já agora uma chamada de atenção: não ler este livro de barriga vazia ou arrisca-se a ficar com fome, já que os personagens adoram relembrar tartes e sobremesas de chocolate, um pouco como no último livro dos Bridgertons...

Também podem ler outra crítica aqui.

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

20 de novembro de 2012

Lucrécia Bórgia

Autor: Geneviève Chastenet
Não Ficção | Tema: biografia
Editora: Bertrand Editora | Ano: 2003 (originalmente publicado em 1993?) | Formato: livro | Nº de páginas: 407 | Língua: português

Como me veio parar às mãos: foi oferecido à minha mãe, no longínquo ano de 2004, por algumas colegas e como fazia parte da bibliografia de uma cadeira da faculdade, apoderei-me dele... MUAHAHAH! E sim, é a primeira vez que o li mesmo fazendo parte de uma cadeira da faculdade... Eram muitos os livros OK?!

Quando e porque peguei nele: 21/outubro a 4/novembro porque Bórgias! Além disso conta para os desafios: Mount TBR Challenge, Book Bingo - biografia.


Opinião: Primeiro, tenho de começar por chamar a atenção para a capa. Sim, é uma Lucrécia que está representada, mas aparentemente Lucrécia de Médici que terá casado com o neto da Lucrécia Bórgia... Mas pronto, também não se tem a certeza que a figura que aparece noutras edições, pela mão de Bartolomeo Veneto, seja a Lucrécia Bórgia mas acaba por ser mais parecida com a figura de Pinturicchio.

Passando ao texto, que é o que interessa, não gostei muito da escrita, demasiado floreada para o meu gosto. Eu percebo que os documentos da época possam convidar a isso mas esperava pelo menos maior imparcialidade e profissionalismo. Digo isto porque apesar de a autora dizer que os escritos nem sempre reflectiriam o que as pessoas pensavam, assume que toda a gente amava ou adorava a Lucrécia e que aquela só tinha qualidades. Não digo que não era apreciada, mas quando só lhe apontam virtudes eu fico desconfiada. É como o César, é sempre mau como às cobras. Ok, não seria a melhor pessoa do mundo e voltou-se contra a família (pelo menos terá assassinado João) que usava como peões na sua tentativa de unir a Itália, mas será que não tinha pontos bons? Tenho de ler o Maquiavel e diga-se, estou a adorar o que a série tem feito com a sua personagem, aliás com todas apesar de haver algumas coisas que me deixaram confusas, nomeadamente haver dois Afonsos que eram irmãos da Sancha... O_o Ou o que foi torturado era o pai? É que para tal parecia muito novo... Tenho de rever a primeira série e acabar de ver, como deve ser, a segunda...

Mas onde é que ia? Ah pois, apesar de preferir uma escrita mais directa e imparcial achei interessante e educativo, na medida em que dá a conhecer uma faceta que não conhecia como patrona e inspiradora de artistas e humanistas do Renascimento, bem como a sua vida afastada de Roma e da sua família, já que também pouco conhecia da sua corte e vida em Ferrara. Além disso, explica como começaram as ondas de difamação e tenta reabilitar a imagem de Lucrécia.

Veredito: Se fosse emprestado pouco se perderia com isso. Seria um “vale o dinheiro gasto”, não fosse pelas coisas de que não gostei e de me fazer ficar de pé atrás com a imagem de Lucrécia que apresenta, só detentora de qualidades, o que acaba por lhe tirar alguma credibilidade a meus olhos.

18 de novembro de 2012

Curtas: Brave, Stargate

Título: Brave
Diretor: Mark Andrews, Brenda Chapman, Steve Purcell
Escritores: Brenda Chapman, Mark Andrews, Steve Purcell, Irene Mecchi
Atores: Kelly Macdonald, Billy Connolly, Emma Thompson

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: Este é daqueles filmes que me faz sentir bipolar, de tanto que rio e logo depois me apetece chorar. Não estará ao nível de um “Up”, que tem os primeiros 10 minutos mais lindos da história da animação, se não do cinema, mas entretém ao contar uma história que parece tirada de um qualquer conto de fadas, sem no entanto envolver príncipes encantados, o que achei bastante fresco e que ultimamente tenho procurado em livros e outros trabalhos de ficção. Acaba por ser previsível mas não deixa de ser uma história interessante. Visualmente também é bastante bom, com cenários bem bonitos.

Já agora, uma das cenas que me põe sempre a rir:


Veredito: Vale o dinheiro gasto.

Título: Stargate
Diretor: Roland Emmerich
Escritores: Dean Devlin, Roland Emmerich
Atores: Kurt Russell, James Spader

Mais informação técnica no IMDb.

Quando e onde o vi: 2/novembro no Canal Hollywood.

Opinião: Eu bem digo que coincidências assustam, então estava para começar a trabalhar num lugar novo, com coisas egípcias e o que dá na televisão? Um filme de ficção científica que mete a civilização egípcia... Mas esta não é das únicas coincidências estranhas mas não é disso que quero falar.

Este é dos meus filmes preferidos de todos os tempos. Tanto a civilização egípcia como a ficção científica não são bem a minha onda mas aqui juntam-se numa história que acaba por ser bastante interessante, apesar da tal coisa de “americanos trazem a liberdade a todos os pontos do mundo e da galáxia” e que me irrita um pouco. Mas que posso dizer? É daqueles filmes que tenho sempre, SEMPRE, de ver quando apanho na TV. Acho que é por causa daquela areia toda e da teoria da conspiração dos deuses e de como as pirâmides e a linguagem se teriam desenvolvido. Acredito no engenho humano mas acho piada a este tipo de justificações.

Veredito: Vale o dinheiro gasto.

14 de novembro de 2012

007: Quantum of Solace

Diretor: Marc Forster
Baseado na personagem de Ian Fleming por Neal Purvis, Paul Haggis e Robert Wade
Atores: Daniel Craig, Judi Dench, Olga Kurylenko

Mais informação técnica no IMDb.

Opinião: É realmente o mais fraquinho desta nova vaga, por assim dizer, de filmes sobre o agente britânico mais conhecido em todo o mundo. Estava então com as expetativas muito em baixo de tal modo que verdadeiramente não desapontou, nem surpreendeu (podia dar-se o caso de estar um pouco melhor do que eu estava à espera ou ser daqueles que é tão mau que acaba por ser bom). É simplesmente “meh”...

A primeira parte é muito focada na ação, ou assim me pareceu de tal modo que cheguei a olhar para o meu irmão e ele para mim com cara de “não parece que tem ação a mais e nada mais acontece?” Não que a gente não goste de ação, porrada e explosões é comigo e muitas vezes é o que se safa num filme ou série, mas tendo sido presenteada nos outros dois filmes com histórias envolventes e desenvolvimento de personagens, as muitas cenas de ação pareceram servir nenhum propósito para além de encher chouriços. Quase que imagino aquela gente a dizer “vamos pôr aqui umas cenas de porrada e tal para disfarçar o facto de não termos enredo!” É que realmente de enredo pouco há. Bond é movido por uma necessidade de vingar a morte de Vesper Lynd e de chegar a termos com o que ela significou para ele, o que acaba por conseguir mas a sua jornada não parece me pareceu assim tão catártica como estava à espera.

Não fosse por atar pontas soltas do “Casino Royale”, seria um filme dispensável nesta espécie de reboot do franchise (e mesmo assim não é tão mau como outros). Mesmo a nível de atuações pareceu-me tudo subaproveitado, nomeadamente Gemma Arterton que para pouco mais serviu que ser uma cara bonita como se pede a qualquer Bond girl e mandar um gajo escadas abaixo...

Veredito: Emprestado e pouco se perde com isso. É uma pena que não tenham conseguido manter o nível narrativo e de desenvolvimento de personagens de “Casino Royale” e continuado em “Skyfall”, até porque mesmo o tema do ambiente poderia ter sido melhor abordado caso Mr Green não fosse uma personagem tão insípida. Quantum pareceu-me uma organização que valia a pena explorar, assim como a personagem de Mr White, mas Mr Green nem por isso. Ainda assim, não é dos piores filmes do franchise.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...