27 de abril de 2010

Aquisições em Abril

A desgraça continua, o que vale é que vai pesando pouco no bolso… Do BookMooch chegaram-me sobretudo romances históricos, que parece ser a minha leitura de eleição para este ano. No total recebi 5 livros: The Pretender de Celeste Bradley, And Then He Kissed e The Marriage Bed de Laura Lee Guhrke (sendo o último o 3º volume da série Guilty, da qual já li o primeiro título), Lessons of Desire de Madeline Hunter (acho que é o segundo livro de uma trilogia que a Asa publicou, mas publicou apenas o 1º e o 3º) e The Heartbreaker de Rexanne Becnel.

Mas eu também vivo de empréstimos… Das BLX trouxe (finalmente!) e já li O Jardim Encantado da Sarah Addison Allen e Dívida de Sangue da Charlaine Harris, que aguardam crítica porque o tempo não tem dado para tudo. A sempre simpática Slayra, como não podia deixar de ser, depois de me emprestar o quarto e quinto volume da saga Bridgerton, emprestou-me os 3 primeiros: The Duke And I (que estou agora a ler), The Viscount Who Loved Me e An Offer From a Gentleman. E quer-me parecer que os empréstimos dela não se ficarão por aqui... :P

Só gastei dinheiro na Bertrand do CCB, que é provavelmente a minha perdição no que a gastar dinheiro diz respeito. De lá vieram, no Dia Mundial do Livro, E se fosse verdade... de Marc Lévy e Os Prazeres do Ócio: 24 horas, 24 maneiras de não fazer nada de Tom Hodgkinson. O último livro conquistou-me pelo título e espero aprender a não fazer nada de forma conveniente. Sim, porque não fazer nada não é assim tão simples como se pensa. Pode ser considerado mesmo uma arte. :D

25 de abril de 2010

Sangue Fresco (Sangue Fresco, Livro 1)

Autor: Charlaine Harris
Género: fantasia urbana
Editora: Saída de Emergência | Nº de páginas: 272
Nota: 3/5

Resumo (do livro): Uma grande mudança social está a afectar toda a humanidade. Os vampiros acabaram de ser reconhecidos como cidadãos. Após a criação em laboratório de um sangue sintético comercializável e inofensivo, eles deixaram de ter que se alimentar de sangue humano. Mas o novo direito de cidadania traz muitas outras mudanças…

Sookie Stackhouse é uma empregada de mesa numa pequena vila de Louisiana. É sossegada, tímida, e não sai muito. Não porque não seja bonita – porque é – mas acontece que Sookie tem um certo “problema”: consegue ler os pensamentos dos outros. Isso não a torna uma pessoa muito sociável.

Então surge Bill: alto, moreno, bonito, a quem Sookie não consegue ouvir os pensamentos. Com bons ou maus pensamentos ele é exactamente o tipo de homem com quem ela sonha. Mas Bill tem o seu próprio problema: é um vampiro. Para além da má reputação, ele relaciona-se com os mais temidos e difamados vampiros e, tal como eles, é suspeito de todos os males que acontecem nas redondezas. Quando a sua colega é morta, Sookie percebe que a maldade veio para ficar nesta pequena terra de Louisiana.

Aos poucos, uma nova subcultura dispersa-se um pouco por todos os lados e descobre-se que o próprio sangue dos vampiros funciona nos humanos como uma das drogas mais poderosas e desejadas. Será que ao aceitar os vampiros a humanidade acabou de aceitar a sua própria extinção?


Opinião: Mais uma tentativa de incursão na literatura de vampiros. Apesar de não ter ficado muito entusiasmada com a história (os vampiros de Del Toro ainda são os meus preferidos), reconheço-lhe alguns méritos, nomeadamente na construção da sociedade vampírica, mas é uma pena ver muito pouco de tal.

O livro é contado na primeira pessoa, por Sookie, o que achei deveras irritante. Geralmente a narração não me desagrada, mas assim que ela se descreve como loura e sexy, percebi que aquilo não ia fazer muito o meu estilo. Odiei e achei completamente supérfluo e desprovido de interesse saber que roupa ela vestia, como é que apertava o seu rabo-de-cavalo e se punha ou não maquilhagem, e mesmo se Bill ficava entusiasmado com o seu outfit ou se seria excessivo para ir a algum bar. Bah! Fez-me lembrar Anita Blake e não pude deixar de revirar imenso os olhos nestas partes. Mas ainda assim, e apesar de por vezes me apetecer esbofeteá-la, Sookie consegue ser uma personagem fácil de seguir, lançando aqui e ali alguns comentários sarcásticos e deixando-nos antever o que se passa na cabeça dela, o que é interessante até porque ela é telepata. Infelizmente, não se vê muito do uso deste poder, apenas a espaços quando parece que a autora se lembrava que tinha um mistério por resolver. Este é construído de forma muito simples e parece ser deixado para último lugar apenas para ser resolvido, rapidamente, no final. Fiquei com a sensação de que a autora andou a engonhar um pouco por todo o livro, o que não seria mau se nos possibilitasse conhecer as personagens, mas infelizmente nenhuma, provavelmente com a excepção de Sookie, é aprofundada. Isto tornou algumas relações, sobretudo a de Sookie e do vampiro Bill, muito forçada não sendo perceptível o que cada uma vê no outro para além do físico (num lado o vampiro que supostamente é lindo de morrer e no outro a loura, que se faz de burra, com o corpo escultural, ou pelo menos não tão má como isso) e do silêncio mental, já que Sookie não consegue ler a mente do vampiro. E também achei muito pouco realista a naturalidade com que ela aceita as revelações que lhe surgem, como a do metamorfo… Dá de caras com um homem nu, na sua cama, e nem sequer grita ou lhe atira alguma coisa à cara? A primeira coisa que me ocorreu foi “tarado!” e garanto que não actuaria como Sookie.

Ainda assim, apesar de irritar um pouco e parecer que tudo passou a correr, entretém e conhecemos personagens que parecem ser interessantes se um pouco mais aprofundadas, caso dos vampiros Bill e Eric, bem como de Sam. Além disso, gostei de como o sangue dos vampiros afecta os humanos (o que levanta algumas questões quanto ao futuro de Sookie), fiquei curiosa quanto à organização hierárquica vampírica e gostava de saber mais sobre a sua luta para serem reconhecidos, daí que apesar de o interesse não ser muito, é o suficiente para ler os restantes se os conseguir encontrar na biblioteca.

22 de abril de 2010

To Sir Philip, With Love (Bridgertons, Livro 5)

Autor: Julia Quinn
Género: romance histórico
Editora: Avon | Nº de páginas: 372
Nota: 5/5

Resumo (do livro):

“My dear Miss Bridgerton,

We have been corresponding now for quite some time, and although we have never formally met, I feel as if I know you.

Forgive me if I am too bold, but I am writing to invite you to visit me. It is my hope that we might decide that we will suit, and you will consent to be my wife.

- Sir Phillip Crane”

Sir Phillip knew that Eloise Bridgerton was a spinster, and so he’d proposed, figuring that she’d be homely and unassuming, and more than a little desperate for an offer of marriage. Except… she wasn’t. The beautiful woman on his doorstep was anything but quiet, and when she stopped talking long enough to close her mouth, all he wanted to do was kiss her… and more.

Did he think she was mad? Eloise Bridgerton couldn’t marry a man she had never met! But then started thinking… and wondering… and before she knew it, she was in a hired carriage in the middle of the night, on her way to meet the man she hoped might be her perfect match. Except… he wasn’t. Her perfect husband wouldn’t be so moody and ill-mannered, and while Phillip was certainly handsome, he was a large brute of a man, rough and rugged, and totally unlike the London gentlemen vying for her hand. But when he smiled… and when he kissed her… the rest of the world simply fell away, and she couldn’t help but wonder… could this imperfect man be perfect for her?

Opinião: Mais um livro com o selo de recomendação da Slayra. Penso mesmo que é o preferido dela, mas eu gosto mais do volume anterior, onde a história deste começa, com as estranhas manchas de tinta nas mãos de Eloise e o seu desaparecimento inesperado. Este livro segue então esta personagem e descobrimos o porquê e para onde foi ela.

O início não foi tão divertido como eu esperava, o que me fez colocar o livro de lado e dedicar-me a outros pelo meio, mas rapidamente ganhou outro fôlego, sobretudo a partir do momento em que conhecemos melhor as personagens, nomeadamente Sir Phillip. Viúvo e com dois filhos em seu cuidado, este começa a corresponder-se com Eloise, após ela lhe mandar uma carta de condolências pela morte da esposa, e decide então pedi-la em casamento, esperando que ela fosse uma solteirona desesperada mas divertida e uma boa influência para os seus filhos. O que não esperava era que ela fosse atraente e tivesse tal energia, mas isso cativa-o e rapidamente se apaixona. Já Eloise, perante o casamento da sua melhor amiga e não querendo casar sem conhecer primeiro o carácter de um possível futuro marido, resolve aparecer em casa de Sir Phillip sem avisar e trava, deste modo, conhecimento com ele, um botânico recatado e com algo sombrio no seu passado.

Este livro tem um tom mais carregado que o anterior, já que lida com melancolia e suicídio. Apesar disso, tem situações bastante divertidas, assim que os restantes Bridgerton entram em cena, e fez-me recordar o filme "Música no Coração", já que aos poucos Eloise vai conquistando as duas crianças, também com episódios hilariantes. Senti a falta dos mexericos da Lady Whistledown, que abriam os capítulos no livro precedente (e acho que acontece o mesmo nos 3 primeiros volumes que não li), mas aqui temos excertos de cartas de Eloise, que parece ser uma correspondente prolífera, também eles engraçados.

É mais um livro leve e de leitura agradável, ideal para descomprimir. Não achei tão engraçado como o anterior, mas gostei do tom mais sombrio que lhe dá um cunho mais maduro. Os três primeiros volumes já cá estão em casa, mas devido à experiência da Mónica, e à minha própria experiência com Jane Austen, vou tentar intercalá-los com outras leituras. Se há coisa que já reparei é que nas séries românticas, apesar de cada livro se debruçar sobre personagens diferentes, ligadas a outras que aparecem em outros volumes, acabam por ter uma história muito semelhante pelo que parece tudo mais do mesmo, o que não acontece com obras de fantasia, por exemplo, onde há uma continuidade na história. Por isso, é aconselhado, mas a intervalos moderados. :P

8 de abril de 2010

O Monte dos Vendavais

Autor: Emily Brontë
Género: romance
Editora: Publicações Europa-América | Nº de páginas: 301
Nota: 2/5

Resumo (do livro): A acção deste clássico da literatura inglesa decorre num ambiente rude e agreste, tendo como paisagem os montes de Yorkshire, onde Emily Brontë viveu durante muitos anos.

Por isso, o drama de
O Monte dos Vendavais atinge o cume de uma autobiografia em que a infância e a adolescência de Emily, carregadas por uma imaginação fantástica, desempenham lugar de relevo no desenrolar desta história. A paixão de Catherine e o amor de Heathcliff assinalam de forma flagrante o fio romanesco desta obra.

Opinião: Este é um daqueles livros de que sempre ouvi falar, tenha sido por já terem sido feitas adaptações para cinema e televisão, algumas até trazendo a história até aos nossos dias, terem sido escritas músicas ou por simplesmente ser considerado um dos maiores clássicos ingleses de sempre. Apesar das várias adaptações, só conhecia mesmo a música da Kate Bush, que até é uma das minhas músicas preferidas, pelo que parti para o livro sabendo pouco da história mas com altas expectativas… que foram defraudadas.

Convém dizer que este livro há muito que fazia parte da minha pilha de livros e por lá a estas horas continuaria não fosse a Canochinha ter sugerido uma Mini Leitura Conjunta. Como a primeira tinha resultado e mostrou-se interessante (de resto como todas as Leituras Conjuntas em que participei mais activamente), lá parti então à descoberta deste livro cuja história começa em 1801, quando Mr. Lockwood decide arrendar a Granja dos Tordos e visitar o seu senhorio, Mr. Heathcliff, habitante do Monte dos Vendavais. Conhece então um grupo peculiar e com estranhas relações, para além de ver um fantasma. Algo fascinado por tudo isto, Lockwood decide pedir à sua governante, antiga habitante do Monte, para contar a história que nos chega então por mãos terceiras.

Tenho de começar por dizer que não gostei do livro sobretudo por não conseguir relacionar-me com as personagens principais, Heathcliff e Catherine I, não percebendo o que os motiva já que parecem bastante mimados e arrogantes, querendo ver todos à sua volta infelizes porque eles se sentem infelizes. Isto é sobretudo notório com Heathcliff, já que quase toda a trama se centra nele e na sua vingança. Mas as personagens secundárias também não se escapam, já que um par delas se revela estúpido e outro par é quase tão insípido que nem sei se gostei ou não. Escapam-se Catherine II mas sobretudo Hareton, que no meio das adversidades conseguem arranjar algo de positivo a que se agarrar, não cedendo perante a adversidade e a maldade dos outros, e mantendo os seus espíritos abertos para o amor.

Também achei quase todo o livro desprovido de sentimento. Sempre ouvi dizer que este era um dos mais belos romances da literatura, mas eu não senti nada. Nem mesmo quando Heathcliff profere as suas célebres palavras:
"Como posso eu viver sem a minha vida?! Como posso eu viver sem a minha alma?!".
Leio-as, mas não sinto emoção por detrás. Não sinto o amor, a obsessão de que tanto falam. Para mim soam como palavras ditas sem alma, se é que me conseguem compreender, como se estivesse a ver maus actores que não sentem o que pretendem demonstrar. Penso que esta falta de sentimento talvez se deva à experiência de vida da autora que, segundo me pareceu, seria a mais sossegada das irmãs Brontë e penso que nunca se lhe conheceu algum amante ou objecto do seu amor, como aconteceu com Charlotte.

Apesar de tudo isto, posso dizer que gostei do ambiente gótico que rodeia a acção, assim como das descrições, sobretudo quando as condições atmosféricas pareciam desencadeadas pelo que sentiam as personagens. Diga-se que só assim conseguia também eu sentir alguma coisa na primeira metade do livro… Gostei também da narração, em que parece notar-se igualmente o cunho da autora já que sairia pouco e seria assim que ela era informada do que se passava na região que habitava, apesar de a culpar em parte pelo afastamento que senti em relação à dupla de personagens principais. Tendo em conta que a história é contada por Nelly, nota-se alguma parcialidade desta em relação às personagens e penso que algum do preconceito e do favoritismo pode ter passado para mim como leitora e receptora da sua história.

Finalizando, é um livro que se lê bem, ainda que custasse a pegá-lo sempre que o punha de lado por não me sentir ligada nem a personagens nem à história, ainda que esta vá sendo desenvolvida em crescendo (achei a última parte bem mais interessante) sem, no entanto, realmente atingir um clímax. Todas as personagens têm o que merecem e penso que assim encontram todas o seu final feliz.

2 de abril de 2010

Aquisições em Março

Em bem queria reduzir o número de aquisições e empréstimos e dedicar-me mais aos livros que tenho cá por casa, mas é díficil resistir! Felizmente este mês só comprei dois livros, um que já li caso do Flashforward, e outro que espero ler em breve, A Hora Secreta de Scott Westerfeld, depois de adquirir os dois volumes que faltam.

Através do BookMooch chegaram-me às mãos quatro livros do Jorge Luis Borges, a saber: História Universal da Infâmia, Borges Oral, O Aleph e Ficções. Não sei se vou gostar mas sempre tive curiosidade em ler algo do autor que proclamou
Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca.

O Mago - Aprendiz de Raymond E. Feist, chegou-me através de um passatempo da editora Saída de Emergência (ainda digo eu que não tenho sorte *assobia inocentemente*) e da biblioteca trouxe Sangue Fresco de Charlaine Harris.

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