Adaptação de obras de Henning Mankell sobre o inspetor Kurt Wallander
Atores: Kenneth Branagh, Sarah Smart
Mais informação técnica no IMDb.
Quando e onde o vi: 18 de fevereiro a 24 de março no AXN Black
Temporadas: 1 e 2. As séries são pequenas. Há semelhança de “Sherlock”, tem cada temporada tem 3 episódios de 1h30. Parece que vai haver uma terceira.
Opinião: Depois de acabar “The Killing” pensei que ia deixar de ter uma série interessante para seguir aos sábados, quando de repente comecei a ver posters com o Kenneth Branagh espalhados por Lisboa fora a promover a série (sobre a qual também já tinha lido num qualquer blog, mas não me recordo qual :/ ). A fangirl dentro de mim guinchou de alegria, pois se há ator que aprecio é Kenneth Branagh. E não esqueçamos a sua realização, com filmes como “Much Ado About Nothing” e “Frankenstein de Mary Shelley”. (E OMD no IMDb diz que ele vai realizar a adaptação do livro A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata! *guincha, pula e salta como se não houvesse amanhã*)
Mas voltemos a Wallander... Como penso que já disse anteriormente numa outra crítica, policiais nórdicos parecem estar na moda e, pessoalmente, não tenho nada contra. Parecem-me muito mais bem conseguidos que os americanos, que agora se debruçam mais sobre como se procede à investigação, com a recolha de ADN e outros elementos que possam ser usados para apanhar os culpados. No entanto, acho que estas séries apesar de terem o seu interesse, acabam por ser algo frias e distanciadas. Há casos que tocam os investigadores, mas parece que depois de uma boa noite de sono estão prontos para um novo caso. Já esta, e “The Killing”, mostram os protagonistas a tornarem-se obcecados com a resolução dos casos, já que de certa forma os tocam. Nesta em particular, vemos mesmo o desespero de Wallander a tentar conjugar a vida pessoal, onde tem vários problemas tais como um divórcio, pai com Alzheimer, uma filha que quer passar algum tempo de qualidade com ele, com a vida profissional sendo que esta última geralmente leva a melhor sobre a primeira.
Todos os casos que Wallander tem de resolver mostram como está sozinho, porque de certa forma ele força essa solidão, o que vem a conduzir a uma depressão após matar um suspeito em autodefesa. Mas ele acaba por estar rodeado de pessoas que só querem o seu bem e que o tentam puxar à razão, mas o abanão parece que se dá no último episódio da segunda temporada, com a morte do pai. Os últimos episódios de ambas as temporadas são, na minha opinião, os melhores da série pois exigem que Wallander se foque mais na vida pessoal sob pena de perder o que a vida tem de melhor, a companhia das pessoas de quem se gosta.
Eu recomendo a série, gostei bastante, apesar de ser algo lenta, coisa que a minha mãe não gostou no primeiro episódio. Mas o ritmo lento é essencial para desenvolver a personagem e todo o ambiente à volta dos crimes, que de qualquer forma mostram uma face da sociedade que muitas vezes tentamos esquecer que existe. Agora espero dedicar-me aos livros, em breve, que parecem ter servido de inspiração para a série Millenium de Stieg Larsson.
Veredito: Vale o dinheiro gasto. Penso adquirir os DVDs se os vir à venda. Mas vai daí, tudo o que tenha o nome Kenneth Branagh é praticamente um must have. (Daí não me perdoar o facto de não saber que o “Thor” era realizado por ele... não mereço viver neste mundo!)